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Como garantir a biosseguridade no manejo da ordenha?

A saúde do úbere e a incidência de mastite estão relacionados com a adoção de práticas de biosseguridade na ordenha. Mas quais são as ações recomendas. Confira!

Publicado em: - 3 minutos de leitura

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A biosseguridade no manejo de ordenha consiste em um conjunto de práticas e ações destinadas a minimizar a transmissão de patógenos, prevenir casos de mastite e reduzir a presença de bactérias prejudiciais à saúde do rebanho.

Além de promover a saúde e o bem-estar dos animais, também assegura a qualidade e a segurança dos produtos lácteos para os consumidores, reforçando o conceito de saúde única, que integra a saúde animal, humana e ambiental.

Quais são os manejos de biosseguridade durante a ordenha?

Os manejos de biosseguridade durante a ordenha são fundamentais para garantir a qualidade do leite, a saúde dos animais e a redução de contaminações de bactérias causadoras de mastite.

Manejo do ambiente: O ambiente de ordenha deve ser cuidadosamente higienizado para reduzir possíveis fontes de contaminação. A limpeza deve abranger tanto as áreas onde as vacas são ordenhadas quanto os espaços utilizados pelos ordenhadores. Um ambiente limpo e bem organizado contribui para a prevenção de doenças e a preservação da qualidade do leite.

Higiene de ordenha: A higiene durante a ordenha envolve tanto os ordenhadores quanto os animais. É essencial que os trabalhadores utilizem roupas limpas, luvas e mantenham as mãos higienizadas. Nos animais, a limpeza e o cuidado com os tetos são fundamentais para evitar a entrada de patógenos na glândula mamária.

Rotina de ordenha eficiente: Uma rotina de ordenha eficiente garante processos rápidos e seguros. Isso inclui o uso de equipamentos em bom estado, submetidos a manutenção periódica, e o treinamento adequado dos responsáveis pela ordenha para assegurar o cumprimento dos procedimentos corretos.

Controle de índices: O controle de indicadores é indispensável para avaliar os resultados das práticas de biosseguridade e identificar oportunidades de melhoria. Isso permite a implementação de medidas preventivas e corretivas, otimizando continuamente os processos.

Como manter a biosseguridade na ordenha?

A biosseguridade na ordenha deve ser garantida por meio de alguns procedimentos básicos que garantem a maior saúde às vacas, maior qualidade do leite e consequentemente, um produto final mais seguro para o consumidor. Os procedimentos básicos são:

1. Desinfecção dos tetos

A desinfecção dos tetos é realizada por meio do pré-dipping e do pós-dipping, que consistem na imersão dos tetos em soluções desinfetantes antes e após a ordenha, respectivamente. O pré-dipping é precedido pela extração dos três primeiros jatos de leite, que apresentam maior carga bacteriana.

No pós-dipping, os tetos são novamente submersos em solução desinfetante, garantindo a proteção contra novos patógenos. É importante atentar para a formulação, diluição e tempo de ação dos produtos utilizados para assegurar sua eficácia.

2. Limpeza dos equipamentos

A higienização dos equipamentos deve seguir um protocolo padronizado após cada ordenha:

  • Pré-enxágue: remoção dos resíduos iniciais nas tubulações e teteiras.
  • Uso de detergente alcalino clorado: responsável pela remoção de gorduras e proteínas, com água a 70–75°C por cerca de 10 minutos.
  • Uso de detergente ácido: aplicado de uma a duas vezes por semana para eliminar resíduos minerais, com água a 35°C por 5 minutos.

3. Manutenção e troca de teteiras

A substituição periódica das teteiras é necessária para evitar microfissuras, que podem abrigar bactérias e comprometer a ordenha. Além disso, teteiras em boas condições minimizam riscos de flutuações de vácuo, promovendo maior conforto para as vacas.

4. Controle da qualidade da água

A qualidade da água utilizada na higienização tem impacto direto na eficácia dos produtos desinfetantes e detergentes. Parâmetros como dureza, pH, turbidez e microbiologia devem ser monitorados regularmente para garantir que a água atenda aos padrões necessários.

5. Resfriamento do leite

Após a ordenha, o leite deve ser rapidamente resfriado a uma temperatura de até 4°C, no prazo máximo de duas horas. O armazenamento na propriedade não deve ultraar 48 horas, evitando a proliferação bacteriana e preservando a qualidade do produto.

Os procedimentos de biosseguridade vão além da qualidade do leite

As práticas de biosseguridade vão além da garantia da qualidade do leite. Elas criam um ciclo virtuoso que beneficia tanto a saúde e o bem-estar das vacas quanto a segurança alimentar e a rentabilidade da produção.

Ao adotar essas medidas, os produtores promovem um ambiente seguro e confortável para os animais, resultando em maior imunidade e produtividade. Embora possam parecer trabalhosas inicialmente, essas práticas tornam-se rotineiras com o tempo, assegurando leite de alta qualidade, redução de casos de mastite e maior retorno econômico para a atividade.

 

Agora é a hora de testar seus conhecimentos sobre o assunto!

 

 

 

 

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Material escrito por:

Fernanda Antunes

Fernanda Antunes

Engenheira Agrônoma pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC/CAV.

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A biosseguridade no manejo de ordenha consiste em um conjunto de práticas e ações destinadas a minimizar a transmissão de patógenos, prevenir casos de mastite e reduzir a presença de bactérias prejudiciais à saúde do rebanho.

Além de promover a saúde e o bem-estar dos animais, também assegura a qualidade e a segurança dos produtos lácteos para os consumidores, reforçando o conceito de saúde única, que integra a saúde animal, humana e ambiental.

Quais são os manejos de biosseguridade durante a ordenha?

Os manejos de biosseguridade durante a ordenha são fundamentais para garantir a qualidade do leite, a saúde dos animais e a redução de contaminações de bactérias causadoras de mastite.

Manejo do ambiente: O ambiente de ordenha deve ser cuidadosamente higienizado para reduzir possíveis fontes de contaminação. A limpeza deve abranger tanto as áreas onde as vacas são ordenhadas quanto os espaços utilizados pelos ordenhadores. Um ambiente limpo e bem organizado contribui para a prevenção de doenças e a preservação da qualidade do leite.

Higiene de ordenha: A higiene durante a ordenha envolve tanto os ordenhadores quanto os animais. É essencial que os trabalhadores utilizem roupas limpas, luvas e mantenham as mãos higienizadas. Nos animais, a limpeza e o cuidado com os tetos são fundamentais para evitar a entrada de patógenos na glândula mamária.

Rotina de ordenha eficiente: Uma rotina de ordenha eficiente garante processos rápidos e seguros. Isso inclui o uso de equipamentos em bom estado, submetidos a manutenção periódica, e o treinamento adequado dos responsáveis pela ordenha para assegurar o cumprimento dos procedimentos corretos.

Controle de índices: O controle de indicadores é indispensável para avaliar os resultados das práticas de biosseguridade e identificar oportunidades de melhoria. Isso permite a implementação de medidas preventivas e corretivas, otimizando continuamente os processos.

Como manter a biosseguridade na ordenha?

A biosseguridade na ordenha deve ser garantida por meio de alguns procedimentos básicos que garantem a maior saúde às vacas, maior qualidade do leite e consequentemente, um produto final mais seguro para o consumidor. Os procedimentos básicos são:

1. Desinfecção dos tetos

A desinfecção dos tetos é realizada por meio do pré-dipping e do pós-dipping, que consistem na imersão dos tetos em soluções desinfetantes antes e após a ordenha, respectivamente. O pré-dipping é precedido pela extração dos três primeiros jatos de leite, que apresentam maior carga bacteriana.

No pós-dipping, os tetos são novamente submersos em solução desinfetante, garantindo a proteção contra novos patógenos. É importante atentar para a formulação, diluição e tempo de ação dos produtos utilizados para assegurar sua eficácia.

2. Limpeza dos equipamentos

A higienização dos equipamentos deve seguir um protocolo padronizado após cada ordenha:

  • Pré-enxágue: remoção dos resíduos iniciais nas tubulações e teteiras.
  • Uso de detergente alcalino clorado: responsável pela remoção de gorduras e proteínas, com água a 70–75°C por cerca de 10 minutos.
  • Uso de detergente ácido: aplicado de uma a duas vezes por semana para eliminar resíduos minerais, com água a 35°C por 5 minutos.

3. Manutenção e troca de teteiras

A substituição periódica das teteiras é necessária para evitar microfissuras, que podem abrigar bactérias e comprometer a ordenha. Além disso, teteiras em boas condições minimizam riscos de flutuações de vácuo, promovendo maior conforto para as vacas.

4. Controle da qualidade da água

A qualidade da água utilizada na higienização tem impacto direto na eficácia dos produtos desinfetantes e detergentes. Parâmetros como dureza, pH, turbidez e microbiologia devem ser monitorados regularmente para garantir que a água atenda aos padrões necessários.

5. Resfriamento do leite

Após a ordenha, o leite deve ser rapidamente resfriado a uma temperatura de até 4°C, no prazo máximo de duas horas. O armazenamento na propriedade não deve ultraar 48 horas, evitando a proliferação bacteriana e preservando a qualidade do produto.

Os procedimentos de biosseguridade vão além da qualidade do leite

As práticas de biosseguridade vão além da garantia da qualidade do leite. Elas criam um ciclo virtuoso que beneficia tanto a saúde e o bem-estar das vacas quanto a segurança alimentar e a rentabilidade da produção.

Ao adotar essas medidas, os produtores promovem um ambiente seguro e confortável para os animais, resultando em maior imunidade e produtividade. Embora possam parecer trabalhosas inicialmente, essas práticas tornam-se rotineiras com o tempo, assegurando leite de alta qualidade, redução de casos de mastite e maior retorno econômico para a atividade.

 

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