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Como ter sucesso no alimentador automático para bezerras?

Antes de adotar um alimentador automático para as bezerras leiteiras, é preciso garantir que alguns fatores serão atendidos no sistema de criação desses animais. Entenda!

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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Antes de adotar um alimentador automático para as bezerras leiteiras, é preciso garantir um alto nível de saúde para elas. Isso inclui um manejo impecável do colostro e baixa prevalência de doenças. A Dra. Melissa Cantor enfatiza que a transferência iva de imunidade deve atingir, em média, 90% ou mais — superando o padrão da indústria — para prevenir doenças respiratórias. “Antes da transição para o sistema automatizado, os bezerros alojados individualmente não devem apresentar problemas de saúde”, aconselha.

Disposição para fornecer maior quantidade de leite

“Se você pretende investir nesse sistema, mas alimentar os bezerros com apenas 6 litros de leite por dia, provavelmente vai querer desistir dele em poucos anos”, alerta Cantor. Bezerros alojados em grupos são mais ativos, gastam mais energia e, portanto, necessitam de uma nutrição adequada para crescer e desenvolver imunidade contra doenças. O volume diário e o tamanho das refeições são fatores determinantes para o comportamento dos animais nesse sistema. “O tamanho da refeição é mais importante do que qualquer outra coisa”, acrescenta Cantor. Se os bezerros receberem apenas 0,5 litro por refeição, não ficarão satisfeitos e podem desenvolver o hábito de sugar outros bezerros. A recomendação da especialista é que cada refeição tenha, no mínimo, 1,5 litro de leite.

Progressão estratégica

Uma das grandes vantagens dos alimentadores automáticos é a possibilidade de personalizar a alimentação de cada bezerro. Cantor recomenda um desmame progressivo e gradual ao longo de várias semanas. “Os bezerros que am por um desmame lento no alimentador automático apresentam um bom desenvolvimento corporal, com costelas bem abertas e um rúmen preparado para a transição alimentar”, explica. Além disso, ela sugere escalonar procedimentos estressantes, como castração e descorna, em vez de realizá-los simultaneamente, para que os bezerros continuem se alimentando e crescendo de forma consistente.

Conforto e manejo adequados

“Quem será o responsável pelo manejo dos bezerros?” questiona Cantor. “É fundamental que essa pessoa tenha experiência em identificar bezerros doentes, pois não será mais possível contar com o alimentador para essa função. Esse profissional deve analisar tanto os animais quanto os dados fornecidos pelo sistema automatizado para tomar decisões assertivas.”

A infraestrutura também desempenha um papel crítico, incluindo ventilação adequada e um manejo eficiente da cama. Cantor desaconselha fortemente o uso de pisos ripados em instalações para bezerros, pois esses pisos não favorecem o comportamento natural de aconchego dos animais, especialmente no inverno. “Infelizmente, esses bezerros adoecem rapidamente diante de qualquer fator de estresse”, afirma. “Muitas fazendas acabam abandonando o uso de alimentadores automáticos em instalações com piso ripado, pois a combinação não funciona bem.” O alojamento deve ser planejado de forma que garanta o conforto dos animais e ajude a evitar doenças respiratórias.

Tamanho ideal dos grupos

O tamanho do grupo também é um fator determinante. Pesquisas realizadas na Europa — onde os alimentadores automáticos são utilizados há mais tempo — indicam que alojar mais de 15 bezerros por baia/bico aumenta significativamente o risco de doenças respiratórias, mesmo quando há espaço adequado para descanso e uma boa cama.

Para manter grupos menores, Cantor recomenda que os produtores vendam as bezerras de menor desempenho antes que elas entrem no sistema automatizado. “Em vez de investir recursos em um animal que pode aumentar o risco de doença para os demais, é melhor vendê-lo”, sugere. “Dessa forma, todos os esforços podem ser concentrados nos animais com maior potencial, garantindo que permaneçam saudáveis.”

 

Agora é a hora de testar seus conhecimentos sobre o assunto!

 

Referências bibliográficas

Fonte consultada: Dairy Herd Management

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Material escrito por:

Fernanda Antunes

Fernanda Antunes

Engenheira Agrônoma pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC/CAV.

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Antes de adotar um alimentador automático para as bezerras leiteiras, é preciso garantir um alto nível de saúde para elas. Isso inclui um manejo impecável do colostro e baixa prevalência de doenças. A Dra. Melissa Cantor enfatiza que a transferência iva de imunidade deve atingir, em média, 90% ou mais — superando o padrão da indústria — para prevenir doenças respiratórias. “Antes da transição para o sistema automatizado, os bezerros alojados individualmente não devem apresentar problemas de saúde”, aconselha.

Disposição para fornecer maior quantidade de leite

“Se você pretende investir nesse sistema, mas alimentar os bezerros com apenas 6 litros de leite por dia, provavelmente vai querer desistir dele em poucos anos”, alerta Cantor. Bezerros alojados em grupos são mais ativos, gastam mais energia e, portanto, necessitam de uma nutrição adequada para crescer e desenvolver imunidade contra doenças. O volume diário e o tamanho das refeições são fatores determinantes para o comportamento dos animais nesse sistema. “O tamanho da refeição é mais importante do que qualquer outra coisa”, acrescenta Cantor. Se os bezerros receberem apenas 0,5 litro por refeição, não ficarão satisfeitos e podem desenvolver o hábito de sugar outros bezerros. A recomendação da especialista é que cada refeição tenha, no mínimo, 1,5 litro de leite.

Progressão estratégica

Uma das grandes vantagens dos alimentadores automáticos é a possibilidade de personalizar a alimentação de cada bezerro. Cantor recomenda um desmame progressivo e gradual ao longo de várias semanas. “Os bezerros que am por um desmame lento no alimentador automático apresentam um bom desenvolvimento corporal, com costelas bem abertas e um rúmen preparado para a transição alimentar”, explica. Além disso, ela sugere escalonar procedimentos estressantes, como castração e descorna, em vez de realizá-los simultaneamente, para que os bezerros continuem se alimentando e crescendo de forma consistente.

Conforto e manejo adequados

“Quem será o responsável pelo manejo dos bezerros?” questiona Cantor. “É fundamental que essa pessoa tenha experiência em identificar bezerros doentes, pois não será mais possível contar com o alimentador para essa função. Esse profissional deve analisar tanto os animais quanto os dados fornecidos pelo sistema automatizado para tomar decisões assertivas.”

A infraestrutura também desempenha um papel crítico, incluindo ventilação adequada e um manejo eficiente da cama. Cantor desaconselha fortemente o uso de pisos ripados em instalações para bezerros, pois esses pisos não favorecem o comportamento natural de aconchego dos animais, especialmente no inverno. “Infelizmente, esses bezerros adoecem rapidamente diante de qualquer fator de estresse”, afirma. “Muitas fazendas acabam abandonando o uso de alimentadores automáticos em instalações com piso ripado, pois a combinação não funciona bem.” O alojamento deve ser planejado de forma que garanta o conforto dos animais e ajude a evitar doenças respiratórias.

Tamanho ideal dos grupos

O tamanho do grupo também é um fator determinante. Pesquisas realizadas na Europa — onde os alimentadores automáticos são utilizados há mais tempo — indicam que alojar mais de 15 bezerros por baia/bico aumenta significativamente o risco de doenças respiratórias, mesmo quando há espaço adequado para descanso e uma boa cama.

Para manter grupos menores, Cantor recomenda que os produtores vendam as bezerras de menor desempenho antes que elas entrem no sistema automatizado. “Em vez de investir recursos em um animal que pode aumentar o risco de doença para os demais, é melhor vendê-lo”, sugere. “Dessa forma, todos os esforços podem ser concentrados nos animais com maior potencial, garantindo que permaneçam saudáveis.”

 

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Referências bibliográficas

Fonte consultada: Dairy Herd Management

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