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Bezerra abaixada, com dificuldade para respirar, lenta ao mamar e comumente com secreção nasal escorrendo. Pneumonia é uma doença muito comum e que pode ser primária ou secundária ou seja, pode vir primeiro ou pode pegar carona com uma primeira infecção como tristeza ou diarréia.
A fase de cria é um período de desenvolvimento crítico e cheio de desafios para o produtor e principalmente para as bezerras. Em muitas propriedades, as doenças respiratórias, como a pneumonia, são o principal entrave para o sucesso da produção. Mas será que a prevenção é a melhor saída? De fato, o manejo preventivo é a maneira mais eficiente de diminuir tanto a incidência quanto a gravidade dos problemas respiratórios nos rebanhos.
Como prevenir?
1. Colostro é a primeira “vacina”
Oferta de colostro em quantidade ideal e de boa qualidade: O fornecimento de 10% do peso vivo do animal é a quantidade de colostro a ser fornecida nas duas primeiras horas após o nascimento. Lembrando que filhotes tem uma limitação física na ingestão, além de dificuldade para usar a mamadeira, portanto deve-se ter calma e talvez dividir esse montante de 10% em duas mamadas. Em até seis a oito horas, recomenda-se fornecer mais 5% do peso corporal. Em relação a qualidade o ideal é acima ou igual a 25% no refratômetro brix).
2. Feche a porta de entrada
Cura do umbigo rapidamente. É preciso realizar a cura correta do umbigo logo após o nascimento, com limpeza e corte do cordão umbilical, seguida da imersão em uma substância como solução de iodo a 5-10% ou ácido pícrico (5%). É interessante que esta prática de manejo seja repetida duas vezes ao dia até a completa cicatrização.
3. Reduzir o estresse através de um bom manejo
Estresse não é só gritaria, correria e falta de rotina. Estresse pode envolver alguns fatores que aumentam a incidência de pneumonias na fase de cria, sendo o principal a falta de ventilação nos alojamentos pela alta taxa de lotação, além do excesso de umidade, poeira em grande quantidade ou sujeira, já que agentes infecciosos podem estar presentes nas acomodações. Alterações bruscas de temperatura também causam estresse térmico nos bezerros, e demais fatores que debilitam o sistema respiratório ou agravar quadros de doenças respiratórias. Então, é imprescindível garantir a higiene no bezerreiro com limpeza periódica, fornecer um ambiente bem ventilado e de temperatura amena.
4. Minimização da exposição à infecção
O contato próximo com outros animais permite que os patógenos respiratórios se espalhem facilmente. A acomodação individual de bezerros leiteiros geralmente está ligada à melhoria de sua saúde. A introdução de animais de outros rebanhos acarreta risco de transferência de doenças, mesmo em rebanhos praticamente fechados, onde apenas animais de substituição ocasionais são trazidos.
Manter as compras recentes separadas do rebanho por 2-3 semanas para garantir que eles não estejam incubando uma doença respiratória é uma medida de controle adequada.
6. Observe os sintomas atentamente e vacine seus animais
Os sintomas mais comuns quando o animal está acometido com pneumonia são febre alta, chanfro quente ou seco, corrimento das narinas, tosse e respiração acelerada. Portanto, fique de olho! A bezerra com pneumonia está sempre cansada, tende a parar de comer e ficar mais em pé e com a boca sempre aberta.
O ideal é adotar um bom protocolo de vacinação das vacas e novilhas pré-parto, uma vez que elas reagem bem à vacina e enviam anticorpos para o colostro que é fornecido às bezerras de forma imediata. Assim, o importante é sempre alinhar o tratamento com o profissional especializado e de confiança da fazenda.
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