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Demanda global por queijo impulsiona expansão da indústria láctea dos EUA

Exportações de queijo e proteínas lácteas garantem estabilidade ao setor nos EUA, com destaque para mercados na Ásia e perspectivas na Europa. Confira!

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 3 minutos de leitura

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William Loux, vice-presidente sênior de Assuntos Econômicos Globais da Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF) e do Conselho de Exportação de Laticínios dos EUA (USDEC), afirma que a indústria de laticínios está finalmente entrando em uma nova fase. Após anos de volatilidade, o setor se beneficia da crescente demanda internacional por queijos e proteínas lácteas, além de maior estabilidade nas fazendas.

“Estou bastante otimista quanto ao estado da indústria de laticínios”, disse Loux. “Normalmente sou o 'cara dos números', mais realista, mas a lucratividade nas fazendas está boa e a demanda global está se recuperando.”

 

Queijo lidera o crescimento das exportações de laticínios dos EUA

Embora o consumo doméstico de queijo tenha desacelerado, a demanda internacional por queijo está em franca expansão. Restaurantes ao redor do mundo estão inovando seus cardápios, incorporando queijos de formas criativas.

“O sucesso na Coreia exemplifica bem isso”, afirmou Loux. “Restaurantes tradicionais, como churrascarias coreanas, agora oferecem molhos de queijo. É um reflexo do trabalho de promoção que o USDEC tem feito globalmente.”

Nos últimos 12 meses, 12 dos 13 maiores mercados de queijo registraram aumento no consumo, com destaque para os EUA, que lideram o crescimento entre os exportadores. Além dos EUA, Nova Zelândia, Austrália e Europa também expandiram suas vendas, o que aquece os preços globais do leite e gera oportunidades para o setor.

 

Proteínas lácteas ganham espaço na Ásia e impulsionam indústria

Além do queijo, a demanda internacional por proteínas do leite e proteínas do soro está crescendo, especialmente na Ásia. Segundo Loux, produtos que antes se restringiam à nutrição esportiva e fórmulas infantis agora aparecem em alimentos cotidianos, como biscoitos e sopas no Japão.

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“Apesar dos riscos, vejo que estamos finalmente virando a página em relação à demanda global”, afirmou Loux. “Enfrentamos anos difíceis, mas agora a indústria de laticínios dos EUA tem uma grande oportunidade.”

 

Exportações: pilar essencial para a estabilidade da indústria de laticínios

As exportações de laticínios são fundamentais para manter a receita dos produtores estável e expandir o mercado. Loux destaca que 75% do leite em pó desnatado e 50% do soro seco dos EUA são destinados a mercados externos.

“Precisamos dessas exportações para manter nossos preços equilibrados”, explica. “E, nos últimos anos, nossas exportações de queijo cresceram mais do que o consumo doméstico.”

México continua sendo um importante destino, mas a presença dos laticínios dos EUA vem aumentando em outros mercados, especialmente na Ásia. As exportações de queijo dos EUA caminham para mais um ano recorde.

 

Acordo com o Reino Unido: oportunidade para exportações de laticínios

Um recente acordo comercial EUA-Reino Unido trouxe esperança de maior o ao mercado britânico, que é o maior importador de queijo do mundo. No entanto, Loux é cauteloso:

“Pouca coisa foi realmente concluída”, diz ele. “Parece que concordaram apenas em continuar negociando, evitando algumas tarifas.”

Apesar disso, Loux destaca o potencial do Reino Unido: embora 90% das importações venham da Europa, há uma crescente demanda por proteínas lácteas — segmento em que os EUA são o exportador que mais cresce.

 

Tarifas comerciais: obstáculo ou oportunidade?

Para Loux, as tarifas sobre laticínios não são a solução ideal. Defensor do livre comércio, ele argumenta que a redução de tarifas pode estimular o crescimento da demanda e beneficiar tanto os exportadores quanto os consumidores.

“Sou fã de exportações e da escolha do consumidor”, afirma. “Se há Kerrygold (uma marca de manteiga irlandesa)  nas prateleiras dos EUA, também quero que os laticínios dos EUA tenham o às prateleiras europeias.”

Ele adverte que tarifas elevadas podem gerar pressões inflacionárias e afetar negativamente o consumo, impactando a indústria de laticínios. Assim, defende mais acordos comerciais e menos tarifas para ampliar o o internacional.

 

Comércio com a Índia: barreiras persistem para os laticínios dos EUA

A Índia, maior consumidor mundial de laticínios, segue como um mercado inalcançável para os exportadores americanos. “É a pergunta que mais me fazem, mas não tenho expectativas reais de o”, disse Loux.

As barreiras não tarifárias e a sensibilidade política dificultam qualquer avanço. “Tentamos por 20 ou 30 anos. Os neozelandeses e canadenses também. Ninguém conseguiu.”

 

Indústria de laticínios dos EUA preparada para crescer

Após anos de desafios, a indústria de laticínios dos EUA está mais forte, impulsionada pela crescente demanda global por queijos e proteínas lácteas. Loux acredita que, com estratégias comerciais inteligentes e foco na diversificação de mercados, o setor continuará expandindo sua presença no mercado internacional.

“A meta é simples: mais demanda e mais consumo para todos”, resume.


As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 

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Exportações de queijo e proteínas lácteas garantem estabilidade ao setor nos EUA, com destaque para mercados na Ásia e perspectivas na Europa. Confira!

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William Loux, vice-presidente sênior de Assuntos Econômicos Globais da Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF) e do Conselho de Exportação de Laticínios dos EUA (USDEC), afirma que a indústria de laticínios está finalmente entrando em uma nova fase. Após anos de volatilidade, o setor se beneficia da crescente demanda internacional por queijos e proteínas lácteas, além de maior estabilidade nas fazendas.

“Estou bastante otimista quanto ao estado da indústria de laticínios”, disse Loux. “Normalmente sou o 'cara dos números', mais realista, mas a lucratividade nas fazendas está boa e a demanda global está se recuperando.”

 

Queijo lidera o crescimento das exportações de laticínios dos EUA

Embora o consumo doméstico de queijo tenha desacelerado, a demanda internacional por queijo está em franca expansão. Restaurantes ao redor do mundo estão inovando seus cardápios, incorporando queijos de formas criativas.

“O sucesso na Coreia exemplifica bem isso”, afirmou Loux. “Restaurantes tradicionais, como churrascarias coreanas, agora oferecem molhos de queijo. É um reflexo do trabalho de promoção que o USDEC tem feito globalmente.”

Nos últimos 12 meses, 12 dos 13 maiores mercados de queijo registraram aumento no consumo, com destaque para os EUA, que lideram o crescimento entre os exportadores. Além dos EUA, Nova Zelândia, Austrália e Europa também expandiram suas vendas, o que aquece os preços globais do leite e gera oportunidades para o setor.

 

Proteínas lácteas ganham espaço na Ásia e impulsionam indústria

Além do queijo, a demanda internacional por proteínas do leite e proteínas do soro está crescendo, especialmente na Ásia. Segundo Loux, produtos que antes se restringiam à nutrição esportiva e fórmulas infantis agora aparecem em alimentos cotidianos, como biscoitos e sopas no Japão.

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Exportações: pilar essencial para a estabilidade da indústria de laticínios

As exportações de laticínios são fundamentais para manter a receita dos produtores estável e expandir o mercado. Loux destaca que 75% do leite em pó desnatado e 50% do soro seco dos EUA são destinados a mercados externos.

“Precisamos dessas exportações para manter nossos preços equilibrados”, explica. “E, nos últimos anos, nossas exportações de queijo cresceram mais do que o consumo doméstico.”

México continua sendo um importante destino, mas a presença dos laticínios dos EUA vem aumentando em outros mercados, especialmente na Ásia. As exportações de queijo dos EUA caminham para mais um ano recorde.

 

Acordo com o Reino Unido: oportunidade para exportações de laticínios

Um recente acordo comercial EUA-Reino Unido trouxe esperança de maior o ao mercado britânico, que é o maior importador de queijo do mundo. No entanto, Loux é cauteloso:

“Pouca coisa foi realmente concluída”, diz ele. “Parece que concordaram apenas em continuar negociando, evitando algumas tarifas.”

Apesar disso, Loux destaca o potencial do Reino Unido: embora 90% das importações venham da Europa, há uma crescente demanda por proteínas lácteas — segmento em que os EUA são o exportador que mais cresce.

 

Tarifas comerciais: obstáculo ou oportunidade?

Para Loux, as tarifas sobre laticínios não são a solução ideal. Defensor do livre comércio, ele argumenta que a redução de tarifas pode estimular o crescimento da demanda e beneficiar tanto os exportadores quanto os consumidores.

“Sou fã de exportações e da escolha do consumidor”, afirma. “Se há Kerrygold (uma marca de manteiga irlandesa)  nas prateleiras dos EUA, também quero que os laticínios dos EUA tenham o às prateleiras europeias.”

Ele adverte que tarifas elevadas podem gerar pressões inflacionárias e afetar negativamente o consumo, impactando a indústria de laticínios. Assim, defende mais acordos comerciais e menos tarifas para ampliar o o internacional.

 

Comércio com a Índia: barreiras persistem para os laticínios dos EUA

A Índia, maior consumidor mundial de laticínios, segue como um mercado inalcançável para os exportadores americanos. “É a pergunta que mais me fazem, mas não tenho expectativas reais de o”, disse Loux.

As barreiras não tarifárias e a sensibilidade política dificultam qualquer avanço. “Tentamos por 20 ou 30 anos. Os neozelandeses e canadenses também. Ninguém conseguiu.”

 

Indústria de laticínios dos EUA preparada para crescer

Após anos de desafios, a indústria de laticínios dos EUA está mais forte, impulsionada pela crescente demanda global por queijos e proteínas lácteas. Loux acredita que, com estratégias comerciais inteligentes e foco na diversificação de mercados, o setor continuará expandindo sua presença no mercado internacional.

“A meta é simples: mais demanda e mais consumo para todos”, resume.


As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 

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