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Composto Lácteo: relevância histórica, legislação e inovação

Saúde e funcionalidade impulsionam inovação em compostos lácteos. Produtos com fibras ganham espaço. Saiba Mais!

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A ideia de misturar leite com outros ingredientes para criar produtos alimentícios mais íveis do ponto de vista econômico e com maior vida de prateleira ganhou força a partir do século XX. Com o avanço da tecnologia, a partir das décadas de 1950 e 1960, a indústria começou a adicionar óleos vegetais ao leite para reduzir custos e criar alternativas ao leite integral, especialmente em regiões com limitações no o ao leite fresco, o que se denominou de forma genérica composto lácteo. 

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Esses produtos evoluíram rapidamente, com a adição de emulsificantes e estabilizantes que melhoraram suas propriedades sensoriais e sua aplicabilidade e desta forma na última década, a inovação em compostos lácteos foi impulsionada por novas demandas dos consumidores, como a busca por produtos que ofereçam benefícios à saúde e que sejam sustentáveis  (Tamine, 2009) 

Nesse sentido, composto lácteo têm um aspecto significativo na alimentação humana, com seu desenvolvimento sendo impulsionado pela necessidade de conservar e transportar o leite e seus derivados de forma mais prática e duradoura e como menores custos de produção (McSweeney et al, 2020).

 

Regulamento técnico de identidade e qualidade (RTIQ) de composto lácteo

Recentemente foi publicado o regulamento técnico de identidade e qualidade (RTIQ) de composto lácteo destinado ao consumo humano, definindo-o como produto obtido de leite ou de derivados de leite, ou de ambos, com adição ou não de ingredientes não lácteos (Brasil, 2024).

Baseado nesta legislação, os compostos lácteos podem ser classificados como:

  • Composto lácteo sem adição, quando os ingredientes lácteos forem os únicos constituintes do produto
     
  • Composto lácteo com adição, quando ingredientes não lácteos fizerem parte da composição. E neste último caso, os ingredientes lácteos devem representar obrigatoriamente mais que 50% do produto.

Dentre os ingredientes não lácteos permitidos na composição dos compostos lácteos, podemos citar as fibras e fibras alimentares (Brasil, 2024).  A inclusão de fibras em compostos lácteos pode oferecer uma maneira prática e saborosa de melhorar a saúde intestinal, apoiar a função imunológica e ajudar na gestão do peso e da glicose. À medida que a pesquisa continua a evoluir, novos compostos e fórmulas poderão surgir, oferecendo ainda mais benefícios e opções para os consumidores (Zhang et al., 2023).

Dessa forma, composto lácteo apresenta versatilidade no aspecto de inovação e a adição de fibras pode contribuir para o aumento do potencial funcional do produto. Porém, são necessários avaliação dos parâmetros intrínsecos de qualidade do produto como dissolução em água, bem como testes sensoriais para otimizar a quantidade de fibras que devem constar de forma clara no rótulo do produto.

Referências bibliográficas

Brasil.(2024). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria  n º 1.170, de 26/08/2024. Aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de composto lácteo, destinado ao consumo humano. Disponivel em: https://www.agricultura.gov.br. o em 11/09/2024.

Mc Sweeney, D.J. et al. (2020). The Influence of Composition and Manufacturing Approach on the Physical and Rehydration Properties of Milk Protein Concentrate Powders. Foods, 9, 236.

Tamine, A.Y. (2009). Dairy Powders and Concentrated Products. Wiley: United Kindow

Zhang, L., et al. (2023). Advances in understanding the health benefits of prebiotic dairy compounds. Journal of Dairy Science, 106, 4456-4472.

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Material escrito por:

Jéssica Portela

Jéssica Portela

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Marcia Cristina Silva

Marcia Cristina Silva

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Adriano Gomes da Cruz

Adriano Gomes da Cruz

Engenheiro Químico, Doutor em Tecnologia de Alimentos (UNICAMP), Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) - Departamento de Alimentos.

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Nesse sentido, composto lácteo têm um aspecto significativo na alimentação humana, com seu desenvolvimento sendo impulsionado pela necessidade de conservar e transportar o leite e seus derivados de forma mais prática e duradoura e como menores custos de produção (McSweeney et al, 2020).

 

Regulamento técnico de identidade e qualidade (RTIQ) de composto lácteo

Recentemente foi publicado o regulamento técnico de identidade e qualidade (RTIQ) de composto lácteo destinado ao consumo humano, definindo-o como produto obtido de leite ou de derivados de leite, ou de ambos, com adição ou não de ingredientes não lácteos (Brasil, 2024).

Baseado nesta legislação, os compostos lácteos podem ser classificados como:

  • Composto lácteo sem adição, quando os ingredientes lácteos forem os únicos constituintes do produto
     
  • Composto lácteo com adição, quando ingredientes não lácteos fizerem parte da composição. E neste último caso, os ingredientes lácteos devem representar obrigatoriamente mais que 50% do produto.

Dentre os ingredientes não lácteos permitidos na composição dos compostos lácteos, podemos citar as fibras e fibras alimentares (Brasil, 2024).  A inclusão de fibras em compostos lácteos pode oferecer uma maneira prática e saborosa de melhorar a saúde intestinal, apoiar a função imunológica e ajudar na gestão do peso e da glicose. À medida que a pesquisa continua a evoluir, novos compostos e fórmulas poderão surgir, oferecendo ainda mais benefícios e opções para os consumidores (Zhang et al., 2023).

Dessa forma, composto lácteo apresenta versatilidade no aspecto de inovação e a adição de fibras pode contribuir para o aumento do potencial funcional do produto. Porém, são necessários avaliação dos parâmetros intrínsecos de qualidade do produto como dissolução em água, bem como testes sensoriais para otimizar a quantidade de fibras que devem constar de forma clara no rótulo do produto.

Referências bibliográficas

Brasil.(2024). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria  n º 1.170, de 26/08/2024. Aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de composto lácteo, destinado ao consumo humano. Disponivel em: https://www.agricultura.gov.br. o em 11/09/2024.

Mc Sweeney, D.J. et al. (2020). The Influence of Composition and Manufacturing Approach on the Physical and Rehydration Properties of Milk Protein Concentrate Powders. Foods, 9, 236.

Tamine, A.Y. (2009). Dairy Powders and Concentrated Products. Wiley: United Kindow

Zhang, L., et al. (2023). Advances in understanding the health benefits of prebiotic dairy compounds. Journal of Dairy Science, 106, 4456-4472.

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