Esse artigo é para você que vai ter seu primeiro contato com membranas de concentração:
Conceito e funcionamento
Membranas funcionam de acordo com o tamanho dos poros e a composição do material da membrana, permitindo a agem de moléculas menores e retendo moléculas maiores. Existem quatro principais tipos de filtração por membrana utilizados na indústria de laticínios:
1. Microfiltração (MF): utilizada para remover bactérias e partículas em suspensão, muita utilizada no processo de filtração de salmoura para remoção de sujidades.
2. Ultrafiltração (UF): permite a retenção de proteínas, enquanto outras moléculas menores (como lactose e sais) am pela membrana. Isso é ideal para concentrar proteínas no leite para fabricação de queijos e iogurtes.
3. Nanofiltração (NF): concentra moléculas de tamanho intermediário, retendo parte dos sais minerais e carboidratos, permitindo que a água e alguns íons em pela membrana. Maioria dos laticínios utiliza para concentração de soro e posteriormente formulação de produtos a base de soro e secagem.
4. Osmose Reversa (RO): permite a remoção quase completa da água e de moléculas muito pequenas, deixando os componentes maiores, como proteínas e gorduras, retidos. Nesse processo se gera a chamada “água de vaca” oriundo do permeado da osmose, uma vez recebendo os devidos tratamentos é utilizada para limpeza de equipamentos e ambientes.
Cuidados com a limpeza das membranas
1- Água de qualidade – água utilizada no processo de limpeza não deve apresentar sujidades. Para membranas de Microfiltração e Nanofiltração a água utiliza pode apresentar baixa concentração de cloro e no caso da Nanofiltração e Osmose não podem apresentar presença de cloro na água.
2- Enxague inicial – Antes de iniciar o CIP do equipamento o enxague inicial é fundamental para remoção do residual de produto presente na membrana, quando o ele é ineficiente toda as etapas posteriores são comprometidas. Sendo necessário repetir o CIP e compromete toda programação de produção do dia.
3- Produtos químicos – No mercado atualmente existe uma vasta gama de produtos químicos específicos para limpeza de membranas, porém na sua utilização precisamos de nos atentar a faixa de pH que cada produto age, sendo necessário monitorar durante o processo.
4- Temperatura de circulação – O CIP das membranas diferente do utilizado em outros equipamentos e linhas, que é superior a 70°C não pode exceder a temperatura de 52°C. Pois prejudica ação do químico e reduz a vida útil das membranas, sendo ideal trabalha entre 45 e 50°C.
5- Tempo de circulação – O erro mais comum durante o CIP é contar o tempo assim que se iniciar circulação. O correto é após o pH da solução estiver na faixa ideal de trabalho (exemplo: etapa alcalina 10,5 a 11,0) e a temperatura a partir de 45°C, para que se possa iniciar a contagem de tempo.
6- Monitoramento de Fluxo – Por fim após CIP importante realizar teste de fluxo do equipamento e avaliar se as pressões e vazões estão de acordo com a especificação do equipamento.