Amizade e sonho: foram esses os ingredientes que transformaram a experiência de consumir milkshake. A Milky Moo começou sua história em outubro de 2019, com sua primeira loja abrindo as portas em março de 2020, na cidade de Goiânia/GO. Mas da ideia à concepção, algumas portas foram mais difíceis de abrir.
O MilkPoint conversou com Lohran Soares, sócio fundador da Milky Moo, que contou sobre a trajetória pessoal e da empresa que terminou 2023 com faturamento de R$ 210 milhões.
Lohran compartilhou que o espírito empreendedor está em suas veias desde muito novo. ando pelos brigadeiros que vendia na escola para comprar suas chuteiras de futebol, até a Sr Lohran Sapataria, que dura até hoje, e que foi o motivo de conhecer Paulo, seu amigo e sócio na Milky Moo. “Por volta dos 18 anos, eu abri minha primeira empresa formal, que é a Sr. Lohran Sapataria, que dura até hoje e foi onde eu conheci o Paulo, que era um representante comercial”. Soares conta que o amigo sempre quis empreender em conjunto e, depois de pesquisas e ideias, a franquia de milkshakes foi a escolhida: “a ideia do negócio foi minha e do Paulo. Eu olhei para o negócio, mostrei para ele a operação e ele topou. Ele quis abrir um negócio de milkshake e o nome veio da minha cabeça”.
Muitas barreiras tiveram que ser quebradas para entrar nesse mercado. A marca estava inicialmente na cabeça de Lohran e no PowerPoint, segundo ele. “Enfrentamos muitos desafios. A Milky Moo era uma marca só de PowerPoint, o mercado às vezes fica meio receoso, ainda mais para você entrar em shopping, que foi o nosso primeiro desejo. Ninguém queria abrir espaço para a gente no começo”.
Além das dificuldades de mercado, a pandemia veio quase que como uma “primeira cliente”. “Quando conseguimos espaço e finalmente abrimos as portas, 17 dias depois veio o lockdown. A gente não tinha delivery, fechou tudo, a partir disso a gente inventou nosso delivery de milkshake. Enfim, mesmo com os percalços, o negócio já nasceu com DNA de franquia e a gente conseguiu vender uma franquia no meio do lockdown. Tivemos que dispensar funcionários, eu fiquei na entrega, minha sócia ficou fazendo os produtos . E assim a gente foi, vendemos a primeira loja, voltou do lockdown, fomos indo. Para chegar até aqui, foi trabalhando obstinadamente e com um foco muito grande”, conta.
Embora o começo não tenha exigido valores extraordinários de investimento, as expectativas sempre foram altas. “Minhas expectativas eram muito grandes e ambiciosas para o valor investido. A gente abriu o negócio com 120 mil reais e meu sonho era de que, em quatro anos, a gente chegaria a 100 lojas. Em 2020, mesmo com o lockdown, já tínhamos 5 lojas. Para 2021, meu sonho era que chegássemos em 30 e fechamos com 39. Para 2022, o sonho era chegar a 60 lojas, chegamos a 180. Foi um grande ano de crescimento, triplicamos a meta e queríamos chegar a centésima loja em 2023, e chegamos a 420 unidades. Então, hoje, o desejo é fechar 2024 com 700 unidades e no próximo ano, chegar a mil lojas. Chegamos na boca de 11 milhões de pessoas ano ado, esse ano vamos chegar na boca de 25 milhões de pessoas. Esse é o grande desejo!”, destaca o empreendedor.
A ideia que surgiu de um sonho entre amigos, movimentou não só milhões de reais em 2023, mas a experiência de consumo também mudou. Todo o marketing do produto remete às vacas, assim como o ambiente padrão de todas as lojas, que reflete e ressalta a importância do leite para o consumo do produto.
Cerca de 4.500 milkshakes (em média) são vendidos por mês em cada unidade, o que representa 150 clientes todos os dias circulando entre as unidades espalhadas por todo o Brasil.
Os lácteos estão presentes em todos os produtos. Com um cardápio recheado de sorvete, doce de leite, leite em pó e vários outros derivados, 1.400 litros de base láctea são utilizados por mês por unidade, em média.
Imagem do site do Milky Moo
Soares conta que a inauguração da loja da Grande Cuiabá, no shopping Várzea Grande, marcou muito. “Quando a loja ia abrir, vi uma menininha correndo e falou ''Ai, finalmente! Eu não aguentava mais esperar. Vai abrir!'' Então isso me marcou demais, e me incentiva a continuar alcançando um público cada vez maior”, destaca ele, concluindo que o próximo o é cruzar a fronteira. “Vamos abrir a primeira loja nos Estados Unidos este ano, em agosto. E a gente espera crescer mais no mercado americano e abrir lojas em mais alguns países da América, mas a gente ainda está mapeando os melhores lugares. O Paraguai é um forte candidato para abrirmos em breve”.