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A indústria de laticínios sempre enfrenta uma boa dose de concorrência. Seja por produtos de origem vegetal, campanhas de marketing que alegam que o leite é "prejudicial à saúde", gripe aviária, desafios trabalhistas, entre outros fatores, o setor de laticínios vem se mantendo firme.
Nos EUA, por exemplo, observa-se que a maioria dos segmentos de laticínios está com um desempenho excelente no momento, algo que ainda não foi plenamente percebido pela grande mídia.
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As vendas de queijo estão impressionantes, as de sorvete são excelentes, e os produtos fermentados continuam em alta, com as vendas de queijo cottage, em especial, alcançando resultados excepcionais.
As vendas de manteiga também estão em ótimo momento. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no final de 2024, o consumo per capita de produtos lácteos atingiu 300 quilos por pessoa em 2023 — um aumento de aproximadamente 3 quilos em relação ao ano anterior, igualando o recorde histórico estabelecido em 2021.
O consumo de manteiga e queijo superou todos os recordes anteriores, alcançando máximas históricas de 2,95 quilos (manteiga) e 19,2 quilos (queijo) por pessoa em 2023, conforme informado pela Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA).
“O consumo de laticínios está crescendo,” afirmou Michael Dykes, D.V.M., presidente e CEO da IDFA. “Os laticínios estão entre os alimentos mais completos do ponto de vista nutricional. Leite, queijo, iogurte, bebidas proteicas com soro de leite e muitos outros produtos contêm até 13 nutrientes essenciais, tornando os laticínios alguns dos alimentos mais densos em nutrientes disponíveis. Pelo sabor, custo-benefício e valor nutricional, pessoas de todas as idades estão optando cada vez mais por laticínios.”
Até mesmo as vendas de leite — historicamente vistas como estagnadas — estão melhorando. Segundo dados da Circana divulgados neste mês em Market Trends, a categoria de leite de vaca teve um aumento de 2% em vendas em dólares na comparação anual, atingindo US$ 17,1 bilhões no período de 52 semanas encerrado em 1º de dezembro, com um crescimento de 0,2% em volume, chegando a 2,18 bilhões de quilos.
Apesar do aumento modesto nas vendas de leite, qualquer melhora em uma categoria considerada lenta já representa um ganho para o setor. Com as vendas em alta, há motivos de sobra para otimismo. Os processadores de laticínios merecem reconhecimento pelo excelente trabalho realizado.
E há mais boas notícias: ainda há espaço para crescer. A oportunidade representada pelos medicamentos da classe GLP-1 é um caminho possível. Produtos sem lactose também representam uma grande chance, assim como as exportações globais e os produtos com redução de açúcar e alto teor de proteína, que continuam sendo destaque.
Como sempre, não há como prever o futuro. No entanto, atualmente, o setor de laticínios está em plena ascensão.
As informações são da Dairy Foods.
