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Queijo Minas artesanal e sustentabilidade: o impacto ambiental e social da produção local

O Queijo Minas Artesanal é reconhecido como patrimônio imaterial e constitui uma iguaria amplamente consumida no estado de Minas Gerais. Confira!

Publicado por: vários autores

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O Queijo Minas Artesanal é reconhecido como patrimônio imaterial e constitui uma iguaria amplamente consumida no estado de Minas Gerais, sendo comercializado em todo o território brasileiro, em conformidade com a legislação vigente. Este produto é responsável pela geração de renda para um grande número de pequenos produtores. Para a produção de queijos utilizando leite cru, é essencial que o produto siga as diretrizes estabelecidas pela Lei nº 23.157/18, além de atender aos requisitos adicionais, como a implementação do Manual de Boas Práticas de Fabricação, visando assegurar a qualidade do produto lácteo (Dores, 2013).

A variação na presença de microrganismos nativos do leite é influenciada pelo clima, umidade, bem como pelos métodos de alimentação do gado e pelo processo de fabricação do produto. Consequentemente, cada região produz distintas qualidades de Queijo Minas Artesanal (QMA) (Monteiro et al., 2018). A técnica de produção do QMA foi gradualmente aperfeiçoada e, a partir de 2000, a exclusividade na fabricação do produto ou a ser assegurada por legislações específicas, com o objetivo de permitir a comercialização interestadual.

Em 2002, foi regulamentada a Lei Estadual nº 14.185 (Minas Gerais, 2002), que estabelece normas específicas para o Queijo Minas Artesanal (QMA). Esta lei define as diretrizes para a fabricação, embalagem e transporte do QMA, além de exigir a certificação de qualidade dos produtores e o cadastramento oficial das queijarias junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A promulgação desta lei foi considerada um avanço significativo, pois orientou os aspectos físicos da produção do QMA.

Minas Gerais conta com dez microrregiões autorizadas a produzir, processar e comercializar o Queijo Minas Artesanal (QMA) fora do estado, todas reconhecidas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) (Costa et al., 2022). As quais estão apresentadas na Figura 1.

Figura 1. Regiões de Minas Gerais autorizadas a produzir e comercializar QMA.

Figura 1. Regiões de Minas Gerais autorizadas a produzir e comercializar QMA

Fonte: Dos autores, 2024.

O foco deste estudo é analisar o impacto ambiental e social da produção local do Queijo Minas Artesanal, com ênfase nas práticas sustentáveis adotadas pelos produtores e nas implicações para o desenvolvimento econômico e a preservação cultural das regiões produtoras.

Crescimento dos Queijos Artesanais

O universo dos queijos artesanais está em plena ascensão, abrindo portas para pequenos produtores entrarem nesse mercado. A demanda por produções em pequena escala tem se intensificado, já que esses queijos são reverenciados no mundo da gastronomia. Essa tendência reflete uma busca por produtos mais autênticos e de alta qualidade.

A produção queijeira constitui um elemento essencial da economia local em diversas regiões de Minas Gerais, englobando não apenas os produtores de queijo, mas também os criadores de gado e outros setores associados. Os queijos artesanais de Minas têm ganhado crescente visibilidade recentemente, conquistando premiações significativas. A obtenção de medalhas em prestigiados concursos nacionais e europeus (Figura 2) tornou-se um acontecimento comum, o que tem contribuído bastante para a valorização do produto no mercado. Em 2022, a comercialização desses queijos gerou uma receita superior a R$ 6 bilhões, de acordo com dados da SEAPA (Teixeira, 2024). Nesse contexto, uma das principais conquistas tem sido o aumento da autoestima dos produtores rurais, que reconhecem a importância da sua atividade e experimentam cada vez mais satisfação no seu trabalho.

Figura 2. Exemplos de QMA, eventos, festivais e concursos da área.

Exemplos de QMA, eventos, festivais e concursos da área

Fonte: Dos autores, 2024.

O crescimento da produção de queijos mineiros remonta ao início do século XVIII, quando a exploração do ouro e a chegada dos portugueses aumentaram a população e a demanda por alimentos na região. No entanto, a evolução significativa da atividade ocorreu a partir dos anos 2000, com a promulgação da Lei nº 14.185/2002, que legalizou o comércio do queijo artesanal de leite cru. Em 2008, a fabricação artesanal do queijo mineiro foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o que contribuiu para a valorização dos produtores locais e facilitou a circulação do produto (IPHAN, 2008).

Sustentabilidade ambiental

A conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável deixaram de ser temas exclusivos de ambientalistas e hoje fazem parte da agenda de muitos empresários de diferentes setores. No entanto, as micro e pequenas empresas, que compõem a maior parte do mercado, enfrentam desafios que ameaçam sua sobrevivência, como juros elevados, dificuldade de o ao crédito e competição acirrada, tanto interna quanto externa. Nesse contexto, é compreensível que muitos pequenos empresários considerem as questões ambientais como um compromisso secundário e custoso, muitas vezes atendido apenas devido à pressão dos órgãos reguladores.

A indústria de laticínios, um setor significativo da indústria alimentícia, contribui expressivamente para a poluição dos corpos d'água. Por isso, é crucial reduzir o volume de resíduos gerados e assegurar o tratamento adequado dos efluentes líquidos para minimizar os impactos ambientais. Além da poluição hídrica, essa indústria está associada a outros desafios ambientais relevantes, como o alto consumo de água, a emissão de gases de efeito estufa, a geração de resíduos sólidos e o elevado consumo de energia (Da Silva et al., 2020). Em Minas Gerais, onde predominam pequenas e médias empresas do setor, esses desafios são agravados pelo o limitado a crédito, juros elevados e intensa concorrência (Machado, 2001).

A produção de Queijo Minas artesanal, uma atividade tradicional, destaca-se por incorporar práticas sustentáveis e gerar impactos positivos nas comunidades locais (Cabrini et al., 2016). O amadurecimento da cadeia produtiva demonstra um compromisso com práticas que visam reduzir os impactos ambientais e preservar os recursos hídricos. Controlar os efluentes é fundamental para proteger os recursos naturais e promover a sustentabilidade, além de criar oportunidades econômicas significativas.

Melhorar a relação com o meio ambiente não apenas mitiga impactos negativos, mas também pode trazer benefícios significativos para a produtividade dos recursos utilizados na organização. Segundo Porter (1999), essa abordagem sustentável beneficia tanto os processos quanto os produtos. No que se refere aos processos, há economias de materiais, aumento dos rendimentos, melhor aproveitamento de subprodutos, conversão de desperdícios em valor, menor consumo de energia, redução dos custos de armazenamento, manuseio e descarte de resíduos. Assim, além de proteger o meio ambiente, essas práticas podem fortalecer a competitividade e a viabilidade econômica do produtor.

Um estudo relevante nesse contexto é o de Vasconcelos (2016), que investigou a percepção dos produtores rurais na microrregião do Serro, MG, sobre os aspectos ambientais envolvidos na produção de queijo Minas artesanal. A microrregião de Serro, composta por 11 municípios, incluindo Serro, Alvorada de Minas e Guanhães, destaca-se pela tradição na produção de queijo Minas artesanal, combinando qualidade e práticas sustentáveis. Com cerca de 880 produtores rurais, a região produz anualmente 3.250 toneladas de queijo, gerando 2.290 empregos e impactando positivamente as comunidades locais (Vasconcelos, 2016).

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Segundo a pesquisa de Vasconcelos (2016), todo soro gerado no processo de produção do queijo artesanal, é utilizado para alimentação dos animais da propriedade. Além disso, no que se refere à utilização de práticas de conservação da água nas propriedades, todos os entrevistados disseram adotar práticas de conservação adequadas da água, como cercamento de nascentes, plantio de árvores em Área de Preservação Permanente (APP). Sendo ilustrado na Figura 3 o recomendado pela legislação, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 - Código Florestal Brasileiro. Porém, é importante mencionar que 62% dos entrevistados lançam o efluente gerado pela limpeza das instalações no curso d’água in natura, enquanto 25% já o utilizam na irrigação de pastagem. Todos os entrevistados que afirmaram a participação de algum curso relacionado à Educação Ambiental declararam que estes foram ministrados pela EMATER-MG.

Figura 3. Áreas de Preservação Permanente para nascentes.

Áreas de Preservação Permanente para nascentes.

Fonte: ABES, 2016.

Benefícios sociais

A produção de queijo Minas artesanal desempenha um papel fundamental na economia local ao gerar empregos diretos e indiretos. Essa atividade inclui a criação de gado, o manejo do leite e a fabricação e venda dos queijos, além de criar oportunidades indiretas em áreas como transporte e comercialização. Esses empregos são cruciais para manter os jovens nas áreas rurais, ajudando a combater a migração para centros urbanos e a reduzir o desemprego nas zonas rurais.

Além de seus benefícios econômicos, o queijo Minas artesanal está profundamente enraizado na cultura local e nas tradições históricas da região. A produção segue métodos tradicionais que foram ados de geração em geração, o que ajuda a preservar o patrimônio cultural da área. Esse valor cultural não apenas fortalece a identidade local, mas também atrai turistas e consumidores que valorizam produtos autênticos e tradicionais (Costa et al., 2022).

A produção e comercialização do queijo Minas artesanal também impulsionam o desenvolvimento econômico local ao criar uma cadeia produtiva que beneficia diversos setores da comunidade. Esse dinamismo promove o crescimento de pequenas empresas e cooperativas, além de estimular o desenvolvimento de atividades econômicas complementares, como o turismo rural e feiras de produtos regionais (MilkPoint, 2024).

Por fim, a produção e o consumo de queijo artesanal contribuem para a coesão social nas comunidades. Eventos comunitários, como festivais e feiras de queijo, promovem a união dos moradores e reforçam o senso de comunidade e orgulho local. Essas atividades fortalecem os laços sociais e culturais entre produtores e consumidores, consolidando a importância do queijo artesanal na vida comunitária.

Desafios na produção de QMA

Os produtores de QMA enfrentam vários desafios significativos que impactam sua capacidade de competir e prosperar no mercado. Um dos principais obstáculos é a competição com grandes indústrias, que possuem vantagens substanciais devido à escala de produção. As grandes indústrias conseguem reduzir seus custos e oferecer preços mais baixos devido à eficiência das técnicas de produção automatizadas e à maior uniformidade dos produtos. Em contraste, os produtores artesanais lidam com custos mais altos resultantes da menor escala de produção e do uso de métodos manuais. Essa diferença de custo pode dificultar a competição em termos de preço, tornando mais desafiador para os produtores artesanais manterem sua presença no mercado (Calazans, 2008).

Além disso, a produção de queijo, especialmente o QMA, está sujeita a rigorosas regulamentações e certificações destinadas a assegurar a segurança alimentar e a qualidade do produto. Para os produtores artesanais, obter as certificações necessárias pode ser um processo complicado e oneroso. As regulamentações relacionadas à higiene, controle de qualidade e rastreabilidade frequentemente exigem investimentos significativos em infraestrutura e treinamento. O processo de certificação também pode ser demorado e burocrático, representando um desafio adicional para pequenos produtores com recursos limitados (Araújo et al., 2020).

Outro desafio enfrentado pelos produtores de QMA é a escassez e o custo dos insumos, como o leite, que deve ser fresco e proveniente de vacas bem cuidadas. A escassez e o aumento dos custos dos insumos podem afetar diretamente a capacidade dos produtores de manter a consistência e a qualidade do produto final.

Oportunidades na produção de Queijo Minas Artesanal

O mercado de alimentos tem mostrado uma crescente inclinação para produtos sustentáveis e éticos, refletindo uma maior preocupação dos consumidores com a origem dos alimentos e as práticas de produção responsáveis. O QMA, com seu processo de produção tradicional e frequentemente sustentável, alinha-se bem a essa tendência, oferecendo uma alternativa que valoriza tanto a sustentabilidade quanto o bem-estar animal. Essa orientação para práticas responsáveis abre novas oportunidades para os produtores artesanais, permitindo-lhes destacar o caráter único e comprometido de sua produção e posicionar-se como opções mais responsáveis em comparação com os produtos das grandes indústrias.

Além disso, a valorização de produtos regionais e tradicionais tem se intensificado, com os consumidores buscando alimentos que reflitam a cultura e a herança local. O queijo minas artesanal, com suas características distintivas e métodos de produção tradicionais, pode se beneficiar significativamente dessa valorização cultural, oferecendo uma experiência autêntica que atende a essa demanda crescente por produtos com identidade regional (Durão, 2021).

A expansão dos canais de comercialização, impulsionada pelo crescimento das vendas online e das plataformas de e-commerce, também representa uma oportunidade importante para os produtores de QMA. A capacidade de vender diretamente para os consumidores e construir uma marca própria pode ajudar a alcançar um público mais amplo e diversificado, compensando, assim, as desvantagens relacionadas à competição com grandes indústrias.

Por fim, a adoção de certificações de qualidade e origem, embora possa ser desafiadora, oferece uma oportunidade para diferenciar o queijo minas artesanal no mercado. Certificações que atestam a qualidade e a autenticidade do produto podem agregar valor e atrair consumidores dispostos a pagar mais por produtos que garantem autenticidade e excelência. A Figura 4 apresenta os conceitos-chaves sobre o crescimento do mercado para produtos sustentáveis e éticos em relação ao QMA.

Figura 4. Conceitos-chave para crescimento de mercado QMA.

Conceitos-chave para crescimento de mercado QMA

Fonte: Dos autores, 2024.

Considerações finais

A produção do QMA é uma fusão significativa de tradição, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. Reconhecido como patrimônio imaterial, o QMA enriquece a cultura local e desempenha um papel vital na economia de Minas Gerais. Suas práticas de produção sustentáveis atendem à crescente demanda por produtos respeitosos ao meio ambiente e ao bem-estar animal, valorizando o queijo no mercado.

Além dos benefícios econômicos, a produção de QMA fortalece a identidade cultural e promove a coesão social nas comunidades rurais ao gerar empregos e estimular eventos locais. No entanto, os produtores enfrentam desafios como a competição com grandes indústrias e a complexidade das regulamentações. Apesar desses obstáculos, as oportunidades são promissoras, incluindo a demanda por produtos sustentáveis, a valorização de produtos regionais e a expansão dos canais de comercialização.

A adoção de práticas sustentáveis e a inovação na comercialização são essenciais para o crescimento contínuo do QMA, destacando-o como um exemplo de produção responsável e uma parte crucial da gastronomia brasileira.    

 

Agradecimentos

Os autores agradecem as instituições que contribuíram diretamente para a execução desse trabalho, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), ao Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais, Campus Rio Pomba e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG-ILCT) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

 

Referências

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Código Florestal: Cartilha de perguntas e respostas. 1ª edição. São Paulo: ABES, 2016. 84 p. Disponível em: https://www.abes-dn.org.br/.

ARAÚJO, J. P. A., et al. Uma análise histórico-crítica sobre o desenvolvimento das normas brasileiras relacionadas a queijos artesanais. Medicina Veterinária. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. 72 (05), Sep-Oct 2020.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Código Florestal Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 mai. 2012.

BRASIL. Lei nº 14.185, de 11 de julho de 2002. Dispõe sobre a regulamentação do comércio de queijos artesanais de leite cru. Diário Oficial da União, Brasília, 12 jul. 2002. Seção 1, p. 1.

BRASIL. Lei nº 23.157 de 12 de dezembro de 2018.Dispõe sobre a produção e a comercialização dos queijos artesanais de Minas Gerais.

CABRINI, Carolina Campos et al. Produção sustentável de queijo minas artesanal em comunidades rurais de Minas Gerais. In: Congresso em Desenvolvimento Social. Universidade Federal de Minas Gerais, 2016.

CALAZANS, D. L. M. e S. Factors wicht affect of competitiveness of artesanal cheese: an study exploratory in the region Serido of state of Rio Grande do Norte. 2008. 107 f. Dissertação (Mestrado em Estratégia; Qualidade; Gestão Ambiental; Gestão da Produção e Operações) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.

COSTA, R. G. B. et al. Os queijos Minas artesanais – uma breve revisão. 2020.

COSTA, R. G. B. et al. Os queijos Minas artesanais–uma breve revisão. Research, Society and Development, v. 11, n. 8, p. e16911830012 e16911830012, 2022.

DA SILVA, A. A., Veiga, L. B. E., SOUZA, S. L. Q. de, ARAÚJO, M. G. Sustentabilidade no ciclo de vida da produção de queijo Minas Frescal e queijo Minas Curado. In: 3º Congresso Sul-Americano De Resíduos Sólidos e Sustentabilidade, 2020.

DORES, M. T. Enterotoxigenicidade de Staphylococcus aureus isolados de queijo Minas artesanal da Canastra. 2013.

DURÃO, P. J. S. Novas tendências de consumo nos Mercados Municipais: impacto da sustentabilidade na compra de produtos de origem local no Mercado do Livramento em Setúbal. Dissertação (Mestrado em Ciências Empresariais) - IPS-ESCE. Escola Superior de Ciências Empresariais, 2021.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Reconhecimento da fabricação artesanal do queijo mineiro como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Brasília, 2008.

MACHADO, R. M. G., SILVA, P. C. da; FREIRE, V. H. Controle ambiental em indústrias de laticínios. Brasil Alimentos, v. 7, n. 1, p. 34-36, 2001.

MILKPOINT, 2024. Queijo artesanal cai no gosto do consumidor e já representa 20% do mercado nacional. 31 de julho, 2024. Disponível em: /artigos/industria-de-laticinios/queijo-artesanal-cai-no-gosto-do-consumidor-237255. o em 02 de agosto de 2024.

MONTEIRO, R. P. et al. Queijo Minas Artesanal: valorizando a agroindústria familiar. 2018.

PORTER, M. E. Vantagem competitiva, Rio de Janeiro, Campus, 1999.

TEIXEIRA, F. Queijo mineiro movimenta a economia e conquista paladares.  Sistema FAEMG, SINDICATOS, SENAR, FAEMG. 2024. Disponível em: https://www.faemg.org.br/noticias/queijo-mineiro-movimenta-a-economia-e-conquista-paladares. o em 01 de agosto de 2024.

VASCONCELOS, A. A. C. O. Percepção dos produtores rurais de queijo Minas artesanal quanto aos aspectos ambientais envolvidos em sua fabricação: um estudo de caso na microrregião do Serro - MG. Monografia (Pós-graduação Lato Sensu em Meio Ambiente) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Campus São João Evangelista, São João Evangelista, 2016.

 

Autores

Dra. Tatiane Teixeira Tavares, Bolsista de pesquisa nível I do Instituto de Laticínios Cândido Tostes – EPAMIG-ILCT.

Dra. Rafaela Teixeira Rodrigues, Professora Coordenadora do Núcleo de Estudos em Queijos (NEQue) do Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais, Campus Rio Pomba.

Clarice Coimbra Pinto, Mestranda em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados – UFJF.

Luana Valverde Pereira, Bolsista de pesquisa nível II do Instituto de Laticínios Cândido Tostes – EPAMIG-ILCT.

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Material escrito por:

Tatiane Teixeira Tavares

Tatiane Teixeira Tavares

Bolsista de pesquisa nível I do Instituto de Laticínios Cândido Tostes - EPAMIG-ILCT.

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Rafaela Teixeira Rodrigues do Vale

Rafaela Teixeira Rodrigues do Vale

Eng. de Alimentos (UFCG), Mestre e Doutora em C&TA (UFV-DTA), Profª coordenadora do Núcleo de Estudos em Queijos (NEQue) do IF Sudeste MG Rio Pomba.

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Clarice Coimbra Pinto

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LUANA VALVERDE PEREIRA

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O Queijo Minas Artesanal é reconhecido como patrimônio imaterial e constitui uma iguaria amplamente consumida no estado de Minas Gerais, sendo comercializado em todo o território brasileiro, em conformidade com a legislação vigente. Este produto é responsável pela geração de renda para um grande número de pequenos produtores. Para a produção de queijos utilizando leite cru, é essencial que o produto siga as diretrizes estabelecidas pela Lei nº 23.157/18, além de atender aos requisitos adicionais, como a implementação do Manual de Boas Práticas de Fabricação, visando assegurar a qualidade do produto lácteo (Dores, 2013).

A variação na presença de microrganismos nativos do leite é influenciada pelo clima, umidade, bem como pelos métodos de alimentação do gado e pelo processo de fabricação do produto. Consequentemente, cada região produz distintas qualidades de Queijo Minas Artesanal (QMA) (Monteiro et al., 2018). A técnica de produção do QMA foi gradualmente aperfeiçoada e, a partir de 2000, a exclusividade na fabricação do produto ou a ser assegurada por legislações específicas, com o objetivo de permitir a comercialização interestadual.

Em 2002, foi regulamentada a Lei Estadual nº 14.185 (Minas Gerais, 2002), que estabelece normas específicas para o Queijo Minas Artesanal (QMA). Esta lei define as diretrizes para a fabricação, embalagem e transporte do QMA, além de exigir a certificação de qualidade dos produtores e o cadastramento oficial das queijarias junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A promulgação desta lei foi considerada um avanço significativo, pois orientou os aspectos físicos da produção do QMA.

Minas Gerais conta com dez microrregiões autorizadas a produzir, processar e comercializar o Queijo Minas Artesanal (QMA) fora do estado, todas reconhecidas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) (Costa et al., 2022). As quais estão apresentadas na Figura 1.

Figura 1. Regiões de Minas Gerais autorizadas a produzir e comercializar QMA.

Figura 1. Regiões de Minas Gerais autorizadas a produzir e comercializar QMA

Fonte: Dos autores, 2024.

O foco deste estudo é analisar o impacto ambiental e social da produção local do Queijo Minas Artesanal, com ênfase nas práticas sustentáveis adotadas pelos produtores e nas implicações para o desenvolvimento econômico e a preservação cultural das regiões produtoras.

Crescimento dos Queijos Artesanais

O universo dos queijos artesanais está em plena ascensão, abrindo portas para pequenos produtores entrarem nesse mercado. A demanda por produções em pequena escala tem se intensificado, já que esses queijos são reverenciados no mundo da gastronomia. Essa tendência reflete uma busca por produtos mais autênticos e de alta qualidade.

A produção queijeira constitui um elemento essencial da economia local em diversas regiões de Minas Gerais, englobando não apenas os produtores de queijo, mas também os criadores de gado e outros setores associados. Os queijos artesanais de Minas têm ganhado crescente visibilidade recentemente, conquistando premiações significativas. A obtenção de medalhas em prestigiados concursos nacionais e europeus (Figura 2) tornou-se um acontecimento comum, o que tem contribuído bastante para a valorização do produto no mercado. Em 2022, a comercialização desses queijos gerou uma receita superior a R$ 6 bilhões, de acordo com dados da SEAPA (Teixeira, 2024). Nesse contexto, uma das principais conquistas tem sido o aumento da autoestima dos produtores rurais, que reconhecem a importância da sua atividade e experimentam cada vez mais satisfação no seu trabalho.

Figura 2. Exemplos de QMA, eventos, festivais e concursos da área.

Exemplos de QMA, eventos, festivais e concursos da área

Fonte: Dos autores, 2024.

O crescimento da produção de queijos mineiros remonta ao início do século XVIII, quando a exploração do ouro e a chegada dos portugueses aumentaram a população e a demanda por alimentos na região. No entanto, a evolução significativa da atividade ocorreu a partir dos anos 2000, com a promulgação da Lei nº 14.185/2002, que legalizou o comércio do queijo artesanal de leite cru. Em 2008, a fabricação artesanal do queijo mineiro foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o que contribuiu para a valorização dos produtores locais e facilitou a circulação do produto (IPHAN, 2008).

Sustentabilidade ambiental

A conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável deixaram de ser temas exclusivos de ambientalistas e hoje fazem parte da agenda de muitos empresários de diferentes setores. No entanto, as micro e pequenas empresas, que compõem a maior parte do mercado, enfrentam desafios que ameaçam sua sobrevivência, como juros elevados, dificuldade de o ao crédito e competição acirrada, tanto interna quanto externa. Nesse contexto, é compreensível que muitos pequenos empresários considerem as questões ambientais como um compromisso secundário e custoso, muitas vezes atendido apenas devido à pressão dos órgãos reguladores.

A indústria de laticínios, um setor significativo da indústria alimentícia, contribui expressivamente para a poluição dos corpos d'água. Por isso, é crucial reduzir o volume de resíduos gerados e assegurar o tratamento adequado dos efluentes líquidos para minimizar os impactos ambientais. Além da poluição hídrica, essa indústria está associada a outros desafios ambientais relevantes, como o alto consumo de água, a emissão de gases de efeito estufa, a geração de resíduos sólidos e o elevado consumo de energia (Da Silva et al., 2020). Em Minas Gerais, onde predominam pequenas e médias empresas do setor, esses desafios são agravados pelo o limitado a crédito, juros elevados e intensa concorrência (Machado, 2001).

A produção de Queijo Minas artesanal, uma atividade tradicional, destaca-se por incorporar práticas sustentáveis e gerar impactos positivos nas comunidades locais (Cabrini et al., 2016). O amadurecimento da cadeia produtiva demonstra um compromisso com práticas que visam reduzir os impactos ambientais e preservar os recursos hídricos. Controlar os efluentes é fundamental para proteger os recursos naturais e promover a sustentabilidade, além de criar oportunidades econômicas significativas.

Melhorar a relação com o meio ambiente não apenas mitiga impactos negativos, mas também pode trazer benefícios significativos para a produtividade dos recursos utilizados na organização. Segundo Porter (1999), essa abordagem sustentável beneficia tanto os processos quanto os produtos. No que se refere aos processos, há economias de materiais, aumento dos rendimentos, melhor aproveitamento de subprodutos, conversão de desperdícios em valor, menor consumo de energia, redução dos custos de armazenamento, manuseio e descarte de resíduos. Assim, além de proteger o meio ambiente, essas práticas podem fortalecer a competitividade e a viabilidade econômica do produtor.

Um estudo relevante nesse contexto é o de Vasconcelos (2016), que investigou a percepção dos produtores rurais na microrregião do Serro, MG, sobre os aspectos ambientais envolvidos na produção de queijo Minas artesanal. A microrregião de Serro, composta por 11 municípios, incluindo Serro, Alvorada de Minas e Guanhães, destaca-se pela tradição na produção de queijo Minas artesanal, combinando qualidade e práticas sustentáveis. Com cerca de 880 produtores rurais, a região produz anualmente 3.250 toneladas de queijo, gerando 2.290 empregos e impactando positivamente as comunidades locais (Vasconcelos, 2016).

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Segundo a pesquisa de Vasconcelos (2016), todo soro gerado no processo de produção do queijo artesanal, é utilizado para alimentação dos animais da propriedade. Além disso, no que se refere à utilização de práticas de conservação da água nas propriedades, todos os entrevistados disseram adotar práticas de conservação adequadas da água, como cercamento de nascentes, plantio de árvores em Área de Preservação Permanente (APP). Sendo ilustrado na Figura 3 o recomendado pela legislação, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 - Código Florestal Brasileiro. Porém, é importante mencionar que 62% dos entrevistados lançam o efluente gerado pela limpeza das instalações no curso d’água in natura, enquanto 25% já o utilizam na irrigação de pastagem. Todos os entrevistados que afirmaram a participação de algum curso relacionado à Educação Ambiental declararam que estes foram ministrados pela EMATER-MG.

Figura 3. Áreas de Preservação Permanente para nascentes.

Áreas de Preservação Permanente para nascentes.

Fonte: ABES, 2016.

Benefícios sociais

A produção de queijo Minas artesanal desempenha um papel fundamental na economia local ao gerar empregos diretos e indiretos. Essa atividade inclui a criação de gado, o manejo do leite e a fabricação e venda dos queijos, além de criar oportunidades indiretas em áreas como transporte e comercialização. Esses empregos são cruciais para manter os jovens nas áreas rurais, ajudando a combater a migração para centros urbanos e a reduzir o desemprego nas zonas rurais.

Além de seus benefícios econômicos, o queijo Minas artesanal está profundamente enraizado na cultura local e nas tradições históricas da região. A produção segue métodos tradicionais que foram ados de geração em geração, o que ajuda a preservar o patrimônio cultural da área. Esse valor cultural não apenas fortalece a identidade local, mas também atrai turistas e consumidores que valorizam produtos autênticos e tradicionais (Costa et al., 2022).

A produção e comercialização do queijo Minas artesanal também impulsionam o desenvolvimento econômico local ao criar uma cadeia produtiva que beneficia diversos setores da comunidade. Esse dinamismo promove o crescimento de pequenas empresas e cooperativas, além de estimular o desenvolvimento de atividades econômicas complementares, como o turismo rural e feiras de produtos regionais (MilkPoint, 2024).

Por fim, a produção e o consumo de queijo artesanal contribuem para a coesão social nas comunidades. Eventos comunitários, como festivais e feiras de queijo, promovem a união dos moradores e reforçam o senso de comunidade e orgulho local. Essas atividades fortalecem os laços sociais e culturais entre produtores e consumidores, consolidando a importância do queijo artesanal na vida comunitária.

Desafios na produção de QMA

Os produtores de QMA enfrentam vários desafios significativos que impactam sua capacidade de competir e prosperar no mercado. Um dos principais obstáculos é a competição com grandes indústrias, que possuem vantagens substanciais devido à escala de produção. As grandes indústrias conseguem reduzir seus custos e oferecer preços mais baixos devido à eficiência das técnicas de produção automatizadas e à maior uniformidade dos produtos. Em contraste, os produtores artesanais lidam com custos mais altos resultantes da menor escala de produção e do uso de métodos manuais. Essa diferença de custo pode dificultar a competição em termos de preço, tornando mais desafiador para os produtores artesanais manterem sua presença no mercado (Calazans, 2008).

Além disso, a produção de queijo, especialmente o QMA, está sujeita a rigorosas regulamentações e certificações destinadas a assegurar a segurança alimentar e a qualidade do produto. Para os produtores artesanais, obter as certificações necessárias pode ser um processo complicado e oneroso. As regulamentações relacionadas à higiene, controle de qualidade e rastreabilidade frequentemente exigem investimentos significativos em infraestrutura e treinamento. O processo de certificação também pode ser demorado e burocrático, representando um desafio adicional para pequenos produtores com recursos limitados (Araújo et al., 2020).

Outro desafio enfrentado pelos produtores de QMA é a escassez e o custo dos insumos, como o leite, que deve ser fresco e proveniente de vacas bem cuidadas. A escassez e o aumento dos custos dos insumos podem afetar diretamente a capacidade dos produtores de manter a consistência e a qualidade do produto final.

Oportunidades na produção de Queijo Minas Artesanal

O mercado de alimentos tem mostrado uma crescente inclinação para produtos sustentáveis e éticos, refletindo uma maior preocupação dos consumidores com a origem dos alimentos e as práticas de produção responsáveis. O QMA, com seu processo de produção tradicional e frequentemente sustentável, alinha-se bem a essa tendência, oferecendo uma alternativa que valoriza tanto a sustentabilidade quanto o bem-estar animal. Essa orientação para práticas responsáveis abre novas oportunidades para os produtores artesanais, permitindo-lhes destacar o caráter único e comprometido de sua produção e posicionar-se como opções mais responsáveis em comparação com os produtos das grandes indústrias.

Além disso, a valorização de produtos regionais e tradicionais tem se intensificado, com os consumidores buscando alimentos que reflitam a cultura e a herança local. O queijo minas artesanal, com suas características distintivas e métodos de produção tradicionais, pode se beneficiar significativamente dessa valorização cultural, oferecendo uma experiência autêntica que atende a essa demanda crescente por produtos com identidade regional (Durão, 2021).

A expansão dos canais de comercialização, impulsionada pelo crescimento das vendas online e das plataformas de e-commerce, também representa uma oportunidade importante para os produtores de QMA. A capacidade de vender diretamente para os consumidores e construir uma marca própria pode ajudar a alcançar um público mais amplo e diversificado, compensando, assim, as desvantagens relacionadas à competição com grandes indústrias.

Por fim, a adoção de certificações de qualidade e origem, embora possa ser desafiadora, oferece uma oportunidade para diferenciar o queijo minas artesanal no mercado. Certificações que atestam a qualidade e a autenticidade do produto podem agregar valor e atrair consumidores dispostos a pagar mais por produtos que garantem autenticidade e excelência. A Figura 4 apresenta os conceitos-chaves sobre o crescimento do mercado para produtos sustentáveis e éticos em relação ao QMA.

Figura 4. Conceitos-chave para crescimento de mercado QMA.

Conceitos-chave para crescimento de mercado QMA

Fonte: Dos autores, 2024.

Considerações finais

A produção do QMA é uma fusão significativa de tradição, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. Reconhecido como patrimônio imaterial, o QMA enriquece a cultura local e desempenha um papel vital na economia de Minas Gerais. Suas práticas de produção sustentáveis atendem à crescente demanda por produtos respeitosos ao meio ambiente e ao bem-estar animal, valorizando o queijo no mercado.

Além dos benefícios econômicos, a produção de QMA fortalece a identidade cultural e promove a coesão social nas comunidades rurais ao gerar empregos e estimular eventos locais. No entanto, os produtores enfrentam desafios como a competição com grandes indústrias e a complexidade das regulamentações. Apesar desses obstáculos, as oportunidades são promissoras, incluindo a demanda por produtos sustentáveis, a valorização de produtos regionais e a expansão dos canais de comercialização.

A adoção de práticas sustentáveis e a inovação na comercialização são essenciais para o crescimento contínuo do QMA, destacando-o como um exemplo de produção responsável e uma parte crucial da gastronomia brasileira.    

 

Agradecimentos

Os autores agradecem as instituições que contribuíram diretamente para a execução desse trabalho, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), ao Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais, Campus Rio Pomba e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG-ILCT) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

 

Referências

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ARAÚJO, J. P. A., et al. Uma análise histórico-crítica sobre o desenvolvimento das normas brasileiras relacionadas a queijos artesanais. Medicina Veterinária. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. 72 (05), Sep-Oct 2020.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Código Florestal Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 mai. 2012.

BRASIL. Lei nº 14.185, de 11 de julho de 2002. Dispõe sobre a regulamentação do comércio de queijos artesanais de leite cru. Diário Oficial da União, Brasília, 12 jul. 2002. Seção 1, p. 1.

BRASIL. Lei nº 23.157 de 12 de dezembro de 2018.Dispõe sobre a produção e a comercialização dos queijos artesanais de Minas Gerais.

CABRINI, Carolina Campos et al. Produção sustentável de queijo minas artesanal em comunidades rurais de Minas Gerais. In: Congresso em Desenvolvimento Social. Universidade Federal de Minas Gerais, 2016.

CALAZANS, D. L. M. e S. Factors wicht affect of competitiveness of artesanal cheese: an study exploratory in the region Serido of state of Rio Grande do Norte. 2008. 107 f. Dissertação (Mestrado em Estratégia; Qualidade; Gestão Ambiental; Gestão da Produção e Operações) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.

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COSTA, R. G. B. et al. Os queijos Minas artesanais–uma breve revisão. Research, Society and Development, v. 11, n. 8, p. e16911830012 e16911830012, 2022.

DA SILVA, A. A., Veiga, L. B. E., SOUZA, S. L. Q. de, ARAÚJO, M. G. Sustentabilidade no ciclo de vida da produção de queijo Minas Frescal e queijo Minas Curado. In: 3º Congresso Sul-Americano De Resíduos Sólidos e Sustentabilidade, 2020.

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DURÃO, P. J. S. Novas tendências de consumo nos Mercados Municipais: impacto da sustentabilidade na compra de produtos de origem local no Mercado do Livramento em Setúbal. Dissertação (Mestrado em Ciências Empresariais) - IPS-ESCE. Escola Superior de Ciências Empresariais, 2021.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Reconhecimento da fabricação artesanal do queijo mineiro como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Brasília, 2008.

MACHADO, R. M. G., SILVA, P. C. da; FREIRE, V. H. Controle ambiental em indústrias de laticínios. Brasil Alimentos, v. 7, n. 1, p. 34-36, 2001.

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Autores

Dra. Tatiane Teixeira Tavares, Bolsista de pesquisa nível I do Instituto de Laticínios Cândido Tostes – EPAMIG-ILCT.

Dra. Rafaela Teixeira Rodrigues, Professora Coordenadora do Núcleo de Estudos em Queijos (NEQue) do Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais, Campus Rio Pomba.

Clarice Coimbra Pinto, Mestranda em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados – UFJF.

Luana Valverde Pereira, Bolsista de pesquisa nível II do Instituto de Laticínios Cândido Tostes – EPAMIG-ILCT.

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Material escrito por:

Tatiane Teixeira Tavares

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Bolsista de pesquisa nível I do Instituto de Laticínios Cândido Tostes - EPAMIG-ILCT.

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Rafaela Teixeira Rodrigues do Vale

Rafaela Teixeira Rodrigues do Vale

Eng. de Alimentos (UFCG), Mestre e Doutora em C&TA (UFV-DTA), Profª coordenadora do Núcleo de Estudos em Queijos (NEQue) do IF Sudeste MG Rio Pomba.

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Clarice Coimbra Pinto

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LUANA VALVERDE PEREIRA

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