Brasil caminha para regulamentar a qualidade do feno de alfafa

Brasil avança na criação de portaria para classificar o feno de alfafa e fortalecer sua entrada no mercado internacional. Confira!

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Os avanços nos sistemas agroindustriais que agregam valor aos produtos, demandarão cada vez mais inovações com impactos nos processos de comercialização. 

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O Brasil, como protagonista entre os grandes exportadores de commodities, tem se destacado pela eficiência e pelos expressivos retornos econômicos e sociais. Para fortalecer ainda mais essa posição, é fundamental não apenas agregar valor aos produtos, mas também ampliar e diversificar a pauta de exportação, explorando novos mercados. Nesse contexto, o feno de alfafa desponta como uma alternativa estratégica, reunindo atributos favoráveis para integrar essa agenda comercial.

Para que o Brasil possa participar do mercado exportador de feno, deve-se trabalhar, além da solução de problemas internos de logística, políticas tarifárias que favoreçam o intercâmbio, tanto regional quanto mundial, mas, principalmente, desenvolver ou adequar tecnologias mais íveis a pequenos e médios produtores, popularizando assim a cultura da alfafa.

Um complicador a mais, é o Brasil não dispor ainda de um sistema oficial para tipificar/classificar por qualidade o feno de alfafa. A adoção de um sistema nacional de tipificação de feno, compatível com as exigências do mercado internacional, é fundamental para que o Brasil se insira no mercado mundial exportador de feno e possa precificar o produto comercializado internamente.

 

Ações buscam regulamentar o comércio de feno

Nesse contexto, com o propósito de apoiar a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (SDA/MAPA) na regulamentação do comércio interno e externo de fenos no Brasil, criou-se um Grupo de Trabalho multi-institucional com representantes da “REDE DE PESQUISA, INOVAÇÃO E EXTENSÃO DE ALFAFA (REPIE - Alfafa)” para elaborar uma proposta de Portaria que regulamente a qualidade do feno, atendendo a padrões oficiais, semelhantes àqueles adotados em países que tradicionalmente produzem e comercializam feno de alfafa, a exemplo da Argentina e dos Estados Unidos.

Para apoiar na construção dessa Portaria do MAPA, a Embrapa Gado de Leite preparou um documento orientador sobre “Tipificação do feno de alfafa para o Brasil (Documentos, 286. 2024)”.

Assim, a Portaria foi oficialmente divulgada no SISMAN - SISTEMA DE MONITORAMENTO DE ATOS NORMATIVOS – dia 03 de setembro de 2024 cumprindo os Níveis 1 a 5, segundo a descrição da norma no SEI/MAPA. Recentemente iniciou-se a consulta pública, estando disponível para críticas e sugestões do público em geral até o encerramento desta em 30 de junho de 2025.                                      


A criação de uma portaria oficial para a classificação do feno de alfafa por qualidade nutricional teve origem em um manifesto enviado pelos coordenadores da REPIE - Alfafa ao Secretário da SDA/MAPA. A rede, que funciona por WhatsApp e é aberta a qualquer interessado na cultura da alfafa, teve papel importante na mobilização dessa proposta.

A REPIE foi criada em 2020, inspirada pelo 2° Congresso Mundial de Alfafa, realizado em 2018 na Argentina. Hoje, reúne 262 participantes, entre pesquisadores, professores, técnicos, produtores e especialistas de diferentes regiões do Brasil e de países da América Latina. O objetivo do grupo é formar uma rede de troca de conhecimento e apoio ao desenvolvimento sustentável da alfafa, integrando pesquisa, extensão e demandas da sociedade.

Desde então, a REPIE tem promovido encontros técnicos e científicos, compartilhado inovações e ajudado a construir uma base de conhecimento sobre a cultura. A rede também colabora com instituições como a Embrapa, universidades, associações de produtores e o Instituto Pecege, desenvolvendo cursos de capacitação para técnicos que atuam com produtores rurais.

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Para que o Brasil possa participar do mercado exportador de feno, deve-se trabalhar, além da solução de problemas internos de logística, políticas tarifárias que favoreçam o intercâmbio, tanto regional quanto mundial, mas, principalmente, desenvolver ou adequar tecnologias mais íveis a pequenos e médios produtores, popularizando assim a cultura da alfafa.

Um complicador a mais, é o Brasil não dispor ainda de um sistema oficial para tipificar/classificar por qualidade o feno de alfafa. A adoção de um sistema nacional de tipificação de feno, compatível com as exigências do mercado internacional, é fundamental para que o Brasil se insira no mercado mundial exportador de feno e possa precificar o produto comercializado internamente.

 

Ações buscam regulamentar o comércio de feno

Nesse contexto, com o propósito de apoiar a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (SDA/MAPA) na regulamentação do comércio interno e externo de fenos no Brasil, criou-se um Grupo de Trabalho multi-institucional com representantes da “REDE DE PESQUISA, INOVAÇÃO E EXTENSÃO DE ALFAFA (REPIE - Alfafa)” para elaborar uma proposta de Portaria que regulamente a qualidade do feno, atendendo a padrões oficiais, semelhantes àqueles adotados em países que tradicionalmente produzem e comercializam feno de alfafa, a exemplo da Argentina e dos Estados Unidos.

Para apoiar na construção dessa Portaria do MAPA, a Embrapa Gado de Leite preparou um documento orientador sobre “Tipificação do feno de alfafa para o Brasil (Documentos, 286. 2024)”.

Assim, a Portaria foi oficialmente divulgada no SISMAN - SISTEMA DE MONITORAMENTO DE ATOS NORMATIVOS – dia 03 de setembro de 2024 cumprindo os Níveis 1 a 5, segundo a descrição da norma no SEI/MAPA. Recentemente iniciou-se a consulta pública, estando disponível para críticas e sugestões do público em geral até o encerramento desta em 30 de junho de 2025.                                      


A criação de uma portaria oficial para a classificação do feno de alfafa por qualidade nutricional teve origem em um manifesto enviado pelos coordenadores da REPIE - Alfafa ao Secretário da SDA/MAPA. A rede, que funciona por WhatsApp e é aberta a qualquer interessado na cultura da alfafa, teve papel importante na mobilização dessa proposta.

A REPIE foi criada em 2020, inspirada pelo 2° Congresso Mundial de Alfafa, realizado em 2018 na Argentina. Hoje, reúne 262 participantes, entre pesquisadores, professores, técnicos, produtores e especialistas de diferentes regiões do Brasil e de países da América Latina. O objetivo do grupo é formar uma rede de troca de conhecimento e apoio ao desenvolvimento sustentável da alfafa, integrando pesquisa, extensão e demandas da sociedade.

Desde então, a REPIE tem promovido encontros técnicos e científicos, compartilhado inovações e ajudado a construir uma base de conhecimento sobre a cultura. A rede também colabora com instituições como a Embrapa, universidades, associações de produtores e o Instituto Pecege, desenvolvendo cursos de capacitação para técnicos que atuam com produtores rurais.

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