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Avaliação genética da Raça Holandesa - Um índice de seleção voltado para a realidade do Brasil

A avaliação genética da Raça Holandesa baseado na realidade do Brasil traz pontos importantes para ser discutido. Confira aqui!

Publicado em: - 3 minutos de leitura

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A produtividade do rebanho é um componente importante da eficiência técnico-econômica dos sistemas de produção de leite.

O desempenho do rebanho, além das práticas de manejo, depende do seu padrão genético, cuja melhoria pode ser realizada pela seleção e acasalamento dos animais de melhor potencial genético para as características de importância econômica.

Os animais devem apresentar um padrão genético equilibrado para permitir um bom desempenho durante a vida produtiva.

A importância do desempenho do rebanho para a rentabilidade dos sistemas de produção de leite promoveu o interesse por outras características auxiliares, que aram a ser consideradas nos programas nacionais de seleção, no sentido de melhorar a eficiência da produção animal.

As características incluídas nos índices de seleção podem ser classificadas em três grupos:

  • produção e componentes do leite, que contribuem para maior renda;
  • durabilidade ou características relacionadas ao aumento da renda, devido à maior vida produtiva ou permanência da vaca no rebanho;
  • características relacionadas a saúde e fertilidade, que contribuem para reduzir o custo de produção, ou seja, os custos com perdas por descartes e tratamentos com enfermidades e complicações reprodutivas.

Atualmente, quase todos os países utilizam um índice de seleção para o mérito total, objetivando a obtenção de animais equilibrados quanto ao desempenho para as características produtivas, reprodutivas, resistência a enfermidades e funcionais. As diferenças entre os países são devidas a diferenças nos mercados, sistemas de produção, custos e tipos de alimentos, disponibilidade de registros zootécnicos e sistemas de pagamento da indústria de laticínios.

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No Brasil, até recentemente o volume ou quantidade de leite era o principal componente da rentabilidade dos sistemas de produção, mas este processo tem evoluído com a valorização dos componentes e da qualidade do leite pela indústria de laticínios.

Neste sentido, em 2021, a Associação Brasileira de Criadores da Raça Holandesa incluiu as características porcentagem de gordura e de proteína no portfólio de seu Sistema de Avaliação Genética.

Da mesma forma, no Sistema também foram incluídas as características reprodutivas – Taxa de gestação e Idade ao primeiro parto. Em síntese, o Índice de seleção representa o objetivo de seleção para a produção de um animal eficiente, equilibrado, de qualificada estrutura de conformação corporal para com a aptidão leiteira e elevados desempenhos produtivo e reprodutivo.

Assim, o Índice de seleção é indicador de mérito genético que combina informações sobre várias características e, explorando o potencial benefício das correlações entre elas, também pode ser usado para classificar os animais, para a sua seleção. O índice de seleção brasileiro é apresentado abaixo com as suas definições.

genetica holandesa brasil

O índice de seleção genética da raça holandesa no Brasil teve 1.221 touros, nascidos após 1999, com progênie em, no mínimo, cinco rebanhos, 47.250 vacas, filhas de 1.396 touros, nascidas a partir de 2010, em 475 rebanhos nos Estados do ES, GO, MG, PE, PR, RJ, RS, SC, SE e SP.

Figura 1 - Média com respectivo desvio-padrão (DP) e amplitude dos valores do ISG de vacas nascidas entre 2010 e 2018, em rebanhos da raça Holandesa, nos Estados brasileiros (UF).

genoma da raça holandesa
Fonte: Avaliação genética da raça holandesa abril/2022

As tendências genéticas observadas resultaram em estimativas de taxas de ganho de 5,5 e 8,8 unidades/ano no ISG de touros e vacas, respectivamente. Tais valores indicam que o padrão do agregado genotípico (compreendido pelas características que compõem o ISG) apresentou uma evolução conjunta favorável e consistente, mas com ligeiro viés de estabilização nos últimos anos que definem os respectivos períodos de nascimento.

Neste sentido, é importante estar atento ao padrão genético de touros e vacas selecionados para acasalamento, para promover a continuidade da tendência de ganhos positivos no agregado genotípico da raça Holandesa, no Brasil.

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O desempenho do rebanho, além das práticas de manejo, depende do seu padrão genético, cuja melhoria pode ser realizada pela seleção e acasalamento dos animais de melhor potencial genético para as características de importância econômica.

Os animais devem apresentar um padrão genético equilibrado para permitir um bom desempenho durante a vida produtiva.

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As características incluídas nos índices de seleção podem ser classificadas em três grupos:

  • produção e componentes do leite, que contribuem para maior renda;
  • durabilidade ou características relacionadas ao aumento da renda, devido à maior vida produtiva ou permanência da vaca no rebanho;
  • características relacionadas a saúde e fertilidade, que contribuem para reduzir o custo de produção, ou seja, os custos com perdas por descartes e tratamentos com enfermidades e complicações reprodutivas.

Atualmente, quase todos os países utilizam um índice de seleção para o mérito total, objetivando a obtenção de animais equilibrados quanto ao desempenho para as características produtivas, reprodutivas, resistência a enfermidades e funcionais. As diferenças entre os países são devidas a diferenças nos mercados, sistemas de produção, custos e tipos de alimentos, disponibilidade de registros zootécnicos e sistemas de pagamento da indústria de laticínios.

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No Brasil, até recentemente o volume ou quantidade de leite era o principal componente da rentabilidade dos sistemas de produção, mas este processo tem evoluído com a valorização dos componentes e da qualidade do leite pela indústria de laticínios.

Neste sentido, em 2021, a Associação Brasileira de Criadores da Raça Holandesa incluiu as características porcentagem de gordura e de proteína no portfólio de seu Sistema de Avaliação Genética.

Da mesma forma, no Sistema também foram incluídas as características reprodutivas – Taxa de gestação e Idade ao primeiro parto. Em síntese, o Índice de seleção representa o objetivo de seleção para a produção de um animal eficiente, equilibrado, de qualificada estrutura de conformação corporal para com a aptidão leiteira e elevados desempenhos produtivo e reprodutivo.

Assim, o Índice de seleção é indicador de mérito genético que combina informações sobre várias características e, explorando o potencial benefício das correlações entre elas, também pode ser usado para classificar os animais, para a sua seleção. O índice de seleção brasileiro é apresentado abaixo com as suas definições.

genetica holandesa brasil

O índice de seleção genética da raça holandesa no Brasil teve 1.221 touros, nascidos após 1999, com progênie em, no mínimo, cinco rebanhos, 47.250 vacas, filhas de 1.396 touros, nascidas a partir de 2010, em 475 rebanhos nos Estados do ES, GO, MG, PE, PR, RJ, RS, SC, SE e SP.

Figura 1 - Média com respectivo desvio-padrão (DP) e amplitude dos valores do ISG de vacas nascidas entre 2010 e 2018, em rebanhos da raça Holandesa, nos Estados brasileiros (UF).

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Fonte: Avaliação genética da raça holandesa abril/2022

As tendências genéticas observadas resultaram em estimativas de taxas de ganho de 5,5 e 8,8 unidades/ano no ISG de touros e vacas, respectivamente. Tais valores indicam que o padrão do agregado genotípico (compreendido pelas características que compõem o ISG) apresentou uma evolução conjunta favorável e consistente, mas com ligeiro viés de estabilização nos últimos anos que definem os respectivos períodos de nascimento.

Neste sentido, é importante estar atento ao padrão genético de touros e vacas selecionados para acasalamento, para promover a continuidade da tendência de ganhos positivos no agregado genotípico da raça Holandesa, no Brasil.

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