realmente subiu muito? Bom, depende do parâmetro de análise. Para responder esta pergunta, vamos comparar o comportamento de duas "commodities", uma de mercado externo e outra de mercado interno." />

Com medo de ser feliz

Quando duas pessoas se encontram e falta assunto, falam sobre o tempo: dia lindo, dia feio, muito frio, muito calor. Nos meses de agosto e setembro, os assuntos comuns foram os seguintes: a estiagem e... o preço elevado do leite. E, o setor, como reagiu a esta rápida ascensão do leite como vedete nacional? O preço do leite realmente subiu muito? Bom, depende do parâmetro de análise. Para responder esta pergunta, vamos comparar o comportamento de duas "commodities", uma de mercado externo e outra de mercado interno.

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Quando duas pessoas se encontram e falta assunto, falam sobre o tempo: dia lindo, dia feio, muito frio, muito calor. Nos meses de agosto e setembro, os assuntos comuns foram os seguintes: a estiagem e... o preço elevado do leite. E, o setor, como reagiu a esta rápida ascensão do leite como vedete nacional?

O espaço dado pela imprensa ao preço do leite cresceu de modo vertiginoso, na mesma proporção em que os preços ao consumidor subiam. Começou em jornais impressos especializados, como Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Depois, ou a ocupar espaço na Grande imprensa, como Folha e Estado de São Paulo, para chegar à televisão, culminando com fulminante aparição no Fantástico.

O preço do leite realmente subiu muito? Bom, depende do parâmetro de análise. Para responder esta pergunta, vamos comparar o comportamento de duas "commodities", uma de mercado externo e outra de mercado interno. Para mercado externo, escolhemos o preço do Leite em Pó na Oceania, no atacado e, para mercado interno, o preço do Leite UHT no varejo brasileiro. Alguém poderia sugerir o Leite em Pó no varejo brasileiro. Mas, sabemos que esta forma de consumo de leite somente é importante nas regiões Nordeste e Norte.
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O Gráfico 1 demonstra que o preço do Leite em Pó começou a subir em agosto de 2006 e não parou mais de subir. Já o Leite UHT começou a subir somente sete meses depois, ou em março de 2007. Nos últimos doze meses, ou seja, entre setembro de 2006 e agosto de 2007, o Leite em Pó subiu 133,0%, enquanto que o preço do Leite UHT subiu 50,5%, ou menos da metade. Portanto, os preços da "commodity" brasileira não se realinharam nem rapidamente, nem na mesma proporção que os preços da "commodity" internacional.

Gráfico 1. Preço do Leite em Pó na Oceania (atacado) e do Leite UHT. Brasil. Jan./2006 a Ago./2007. (20066 = índice 100)

Figura 1

Fonte: Pó - Oceania (USDA); UHT - Brasil (IPCA-IBGE)

Clique no gráfico para ampliá-lo.

A segunda pergunta é: o preço do leite está muito caro? Bom, depende novamente da ótica de análise. O Gráfico 2 demonstra que o consumidor brasileiro de Leite UHT pagou, em 2006, 41% do preço que ele pagava em 1980. Em 1980, ele pagava, em valores de hoje, R$ 2,70. Em 2007, o preço médio do UHT não chegou a esse preço... Além disso, o produtor recebeu, em 2006, uma média de 28% do que recebia em 1980. Naquele ano, em valores de hoje, o produtor obteve média de preços de R$ 1,80.

O gráfico 2 revela, também, uma outra triste realidade, que é a pouca capacidade da cadeia produtiva de reter os ganhos advindos do esforço que realiza, ao otimizar processos e incorporar tecnologia. Afinal, transfere os ganhos para o consumidor, o grande beneficiário do esforço realizado em 26 anos. Ganha também o Governo que, em sua felizmente incessante busca para reduzir a inflação, tem nos produtores e na indústria de leite fluido seus grandes aliados. Portanto, o leite não é vilão da inflação. É, na verdade, o grande herói do combate à inflação. É herói, mas sem o devido reconhecimento!

Gráfido 2. Preço do Leite ao produtor e Leite Pasteurizado ao consumidor. Brasil. 1980-2006. (1986 = índice 100)

Figura 2

Fonte: Banco de dados da Embrapa Gado de Leite

Clique no gráfico para ampliá-lo.

Assim que iniciou a saraivada da imprensa sobre o setor, denunciando o exorbitante preço do leite, o setor assumiu timidamente a elevação de preços e, imediatamente, tratou de emitir sinais para a sociedade que o preço iria cair logo. Quem olhou de longe, ficou sem entender o que estava acontecendo. O consumidor pouco analítico, descrente das instituições e que supõe ser a "Lei de Gerson" a única que realmente vale, teve elementos para imaginar que a elevação de preços era movimento oportunista dos empresários da cadeia, o que inclui o produtor.

Já o consumidor com poder de análise, não entendeu se os motivos apresentados para elevação justificavam a previsão de queda de preços, já nos próximos meses. Afinal, informaram a ele que o crescimento de países subdesenvolvidos era causa da elevação de preços. Mas, esses países iriam parar de crescer nos próximos meses? Foi informado também que o preço do petróleo era outra causa. Mas, o preço do petróleo vai ficar baixo nos próximos meses? Falou-se também no fim dos subsídios na União Européia. Mas, esses subsídios vão voltar nos próximos meses? Por fim, informaram que os preços no mercado internacional estavam elevados e isso pressionava os preços internos. Mas, há previsão de queda de preços significativa no mercado internacional, nos próximos meses?

Tudo bem. A explicação para a queda pode estar em variáveis do mercado interno. Mas, os dados demonstram que o consumo está generalizadamente elevado na economia brasileira, crescendo cerca de 7% ao ano. Até produtos de preços elevados, como carro, está com demanda aquecida. E, mais, a população de baixa renda, que proporcionalmente melhor reage ao consumo de leite, está com crescimento de renda anual de 9%, ou seja, padrão China. E não há expectativa de mudança significativa nesse quadro.

Quando o setor anuncia para a sociedade que o preço vai cair, sinaliza para o consumidor que ele deve deixar para amanhã o que estava disposto a comprar agora. Portanto, é daquelas previsões que se auto-realizam, necessariamente, pois interferem nas expectativas do consumidor e, por conseqüência, no seu comportamento. Por que eu devo comprar uma caixa de UHT hoje, se me informam que nas próximas vezes que eu voltar ao supermercado, é certo que o preço será menor? Visto no conjunto dos consumidores, se todos reduzem o consumo, porque lhe induziram a este comportamento, é lógico que o preço irá cair...

Ademais, por que eu, que sou dono de supermercado, devo comprar leite caro, se o meu consumidor foi informado que o preço será menor? Eu tenho é que brigar para que o preço caia, não? Por que eu não aproveito o meu poder de pressão sobre a cadeia e forço a queda de preços, para poder continuar a ter o leite como chamarisco de vendas? E devo agir rápido, pois quanto mais rápido eu obtiver preços menores para o leite em relação aos meus concorrentes supermercadistas, melhor para mim, pois o consumidor foi avisado que o preço vai cair e está atento a isso. Afinal, ele viu no Fantástico, leu no jornal e ouviu no rádio o próprio setor dizendo que o preço vai cair...

O que se percebe é que os agentes produtivos se alinharam em prol da queda dos preços. Se alinharam contra os seus interesses. Também o produtor agiu dessa forma, ao informar a todos no seu círculo de relacionamento, que estava ganhando mais do que realmente esperava. Você já viu o setor de cimento anunciar que está ganhando mais do que gostaria? E o setor siderúrgico? E o setor automobilístico?

É possível que o setor, acostumado nos últimos anos a viver com forte pressão para inovação e forte concorrência, tenha tido o medo de conviver com a felicidade, e agiu para que esta fosse efêmera. Agora, com preços de milho e soja em elevação, os custos de produção já estão subindo, colocando em risco a rentabilidade.

Esse fenômeno recente do leite brasileiro demonstra que o setor necessita urgentemente de uma política de marketing, que coordene ações em defesa da imagem do leite. Se já estivesse em operação uma política nesse sentido, é possível que o consumidor fosse levado a absorver a elevação de preços. É possível que a margem bruta dos laticínios não estivesse tão apertada, como está nesse momento. É possível que os laticínios não começassem a ser vistos como vilões, pelos produtores, voltando ao desgastante cenário de conflito entre estes dois elos da cadeia. É possível que a sociedade começasse a aprender a respeitar esse setor no nível que ele realmente merece. É possível que o setor começasse a perder o medo de ser feliz.
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lucianof32
LUCIANOF32

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2007

Sr. Paulo,

Parabéns pela matéria. A classe dos produtores de leite é muito desorganizada. Falta união e profissionalismo para a maioria dos produtores. Os laticínios se aproveitam disso e ditam os preços. Acho que deveria ter uma política de preço para o leite. Com preço bom os produtores poderiam investir na propriedade, no rebanho. E assim sendo, poderia dormir mais tranquilo, sabendo que seu trabalho tem valor e reconhecimento.
ANTONIO ARINILO MACENA MAIA
ANTONIO ARINILO MACENA MAIA

FORTALEZA - CEARÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 17/11/2007

Dr Paulo,

Parabéns !

O Artigo é excelente para nos alertar e discutir sobre o tema. Destaco que regiões, como a nossa, na realidade a diferença é ainda maior. O preço do litro de leite posto na indústria está sendo reduzido em plena entressafra.

A margem operacional dos produtores ficará cada vez mais apertada, senão negativa em alguns casos.

Neste momento de retração de consumo do UHT convivemos com uma nova figura no mercado, a concorrência externa de indústrias forçada principalmente pela oferta de leite UHT de estados do Sul/Sudeste a preços mais "competitivos" que os praticados no mercado local, prejudicando a cadeia.

Entendemos que esta seja mais uma forma de encurralar o produtor local.

Por que não sermos mais pró-ativos e humildes (produtor / indústria / supermercados), valorizando a cadeia produtiva local para os consumidores, e impedindo que o concorrente entrem em nosso quintal?

A união faz a força!

Arinilo Macena
Produtor de Leite (De vaca) - Morada Nova - CE
Aroldo Augusto Martins
AROLDO AUGUSTO MARTINS

EDEALINA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/11/2007

Parabéns, até que enfim eu li algo que valoriza esta matéria-prima tão importante para nossas vidas. Falta os produtores erguerem esta bandeira.
Marco Antonio Pinheiro Santana
MARCO ANTONIO PINHEIRO SANTANA

JACIARA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/10/2007

Quero aqui, apenas deixar os meus cumprimentos pelo artigo, pois retrata com fidelidade a situação do negócio leite em nosso País.

Parabéns.

José de Jesus Santos
JOSÉ DE JESUS SANTOS

SANTO ANASTÁCIO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/10/2007

Parabéns, Dr. Paulo, pela brilhante matéria, mas acho que nós, produtores, somos os principais responsáveis pelo que está acontecendo com nossa atividade, por falta de união, pois na minha região os compradores, digo, os laticínios, são muito organizados e acertam quanto vão pagar, e pagam todos o mesmo preço.

Por isso é vergonhoso para nossa classe, que em pleno ano de 2007 ainda não consegue sequer valorizar aquilo que dá o sustento de sua família. Enquanto nós, produtores brasileiros, não partirmos para a luta e organizados colocar preço no produto que nós produzimos e sabemos o quanto custa para produzir, vai continuar desse jeito que estamos vendo: todo mundo trabalha contra nós, ou seja, mercado, governo e consumidor.
Roberto Trigo Pires de Mesquita
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITA

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 13/10/2007

Caro Dr.Paulo,

Modestamente eu também cumprimento e "abaixo assino" o brilhante texto, apenas com um reparo sobre a conclusão final.

Não é o marketing que pode mudar a sofrida rentabilidade do setor produtivo, mas sim a implementação do planejamento estratégico e gestão de resultados safra a safra, principalmente nas fazendas que sustentam profissionalmente o abastecimento das cooperativas e indústrias de produtos lácteos.

Um bom "business plan" e a gestão safra a safra orientada para resultados (e não produtividade) é o mínimo que os produtores de leite precisam desenvolver para naturalmente, a partir daí viabilizarem a reclamada organização da classe produtora.

O marketing pode ficar por conta das cooperativas, industrías, distribuidores e varejistas que tem condições de planejar suas ações institucionais e promocionais financiadas pelas verbas de propaganda bem alocadas em seus orçamentos anuais de venda.
José Valdir P do Vale
JOSÉ VALDIR P DO VALE

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/10/2007

Parabéns pela matéria e principalmente pelos comentários de todos. Mas só conversa não leva a nada, é claro que vamos continuar produzindo mesmo com o custo mais alto, e o pouco que sobra teremos que investir na atividade.

Mas faço uma pergunta: quem vai nos ajudar, ou seja, que órgão, cooperativa, político, etc.? Quem vai ser o nosso Salvador da Pátria? Temos que fazer algo concreto. Eu aqui reclamamo, fico nervoso, mas o que adianta, as vacas não me escutam, ainda bem (coitadas). Acho que todos estão certos, mas estamos chovendo no molhado, reclamando de produtor para produtor, alguém precisa nos representar, precisa levantar a bandeira do produtor de leite, nossas reclamações precisam fazer eco em Brasilia. Senão, gente, nada vai mudar.

Valdir
Nei Vicente Siebel da Rosa
NEI VICENTE SIEBEL DA ROSA

ARARANGUÁ - SANTA CATARINA - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 08/10/2007

Dr. Paulo,

Obrigado por nos proporcionar base para reflexões e discussões, fundamentos para uma conscientização e desenvolvimento do setor. Reforçando sempre:
1- Lei máxima: oferta e procura.
2- Nenhuma atividade econômica gera e distribui mais riqueza que a cadeia láctea.

Saudações,
Nei Siebel
Andre Luiz de Aquino Tormim
ANDRE LUIZ DE AQUINO TORMIM

OUTRO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/10/2007

Dr. Paulo,

Parabéns pela excelente esplanação e, infelizmente nós, produtores, bem como as indústrias, não sabemos nos dar o devido valor, ficamos sempre a brigar por míseros centavos em vez de nos unirmos para receber o valor justo.

Abraço,
André Tormim
Germano Lindolfo Blum
GERMANO LINDOLFO BLUM

SÃO BORJA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2007

Sr. Paulo do Carmo Martins,

Gostei muito do comentário feito nesta reportagem. Estou realmente de acordo quando o Sr. coloca que o setor de produção leiteira do Brasil está sem um comandante, sem um representante na classe política, sem alguém que vista a camiseta do leite e que saiba por onde começar a mostrar o valor que realmente o leite tem na alimentação do ser humano.

Gostaria de ver uma pessoa como o Sr., que é um grande pesquisador neste assunto, nos desse uma "luz", um caminho para que alguém pudesse fazer, ou pelo menos tentar começar a organizar esse setor que sabe tanto driblar as adversidades dessa árdua profissão, e que fazemos com tanto carinho, a tornar-se uma atividade respeitada e reconhecida pelas "autoridades" que regem o caminho e o destino dessa próspera nação.
Sergio Luiz Brant de Carvalho
SERGIO LUIZ BRANT DE CARVALHO

ATIBAIA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2007

Parabéns, Dr. Paulo, pela belíssima explanação da conjuntura atual. A minha crítica é para os produtores em geral, que só pensam em aumentar a produção sem adequá-la ao mercado. Vamos manter a nossa produção "sustentável" para poder ter futuro. Não adianta aumentarmos a produção com investimentos forçados e oportunistas que não se sustentam a qualquer baixa de preço.

Vamos manter o mercado realista, produzir leite com baixo custo e tentar vendê-lo com preços que cubram os custos. Vamos nos organizar em entender a oferta e demanda e produzirmos o bastante para que haja continuidade. A exportação, graças a este governo que se financia com dólares especulativos vindos de jogadores internacionais em detrimento de toda industria nacional e cadeia produtiva, vai ficar inviabilizada na minha opinião. Eles só não estão importando leite mais barato do exterior para inviabilizar aumentos aqui dentro porque não existe leite no mercado, mas assim que tiverem a oportunudade farão caridade com a mão dos produtores para se manter no poder a qualquer custo!

Vamos nos organizar, produzir somente leite com custos reais e sustentáveis para podermos garantir assim a sobrevevência de todos honestos produtores.
nivaldo silva
NIVALDO SILVA

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2007

Meus parabéns, Dr. Paulo Martins, pela a importante matéria, nós, produtores, somos competentes mas não temos representantes na política. Na minha opnião, temos que votar nas próximas eleições em vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores estaduais do nosso meio, porque só assim teremos pessoas para brigar pelo produtor rural.

Eu, particularmente, não sonhava com estes preços por muito tempo, sou otimista, realista, por isso sofro menos. Para mim a mesma mídia que ajudou a subir o preço do leite quando noticiou o excesso de chuva na Argentina e a queda de produção na Nova Zelândia e Europa e a alta do leite em pó europeu foi a que tambem derrubou os preços agora.

Eu creio que o mercado paga um leite "barriga mole" a R$ 1,30, e longa vida a R$ 1,80, mas os supermercados ditam os preços, pressionam na hora de compra.

Um forte abraço para tdos da classe, que Deus nos ajude sempre.
Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/10/2007

Caro Paulo,

Parabéns pelo artigo, em que mais uma vez você mostra o seu poder de análise, e onde você diz que há evidências que alguns elos do setor produtivo se alinharam para baixar os preços, e que isso no final pode até ser contra os próprios interesses desses elos. Isso, no meu entender, é apenas mais um episódio na novela da falta de entendimento do setor leiteiro.

Compartilhamos da idéia de que falta uma política de marketing em defesa da imagem do leite. Mas entendemos que falta muito mais do que isso: falta política e planejamento de forma geral no setor leiteiro, e que isso é o grande responsavel pela falta de entendimento do setor!

Tradicionalmente tem se tentado estabelecer a política e o planejamento do setor leiteiro através de seminários, congressos e estudos isolados, mas com o ar dos anos se evidencia que o setor precisa mais do que isso para resolver seus problemas estruturais, conjunturais e de falta de entendimento.

Temos procurado mostrar que o setor precisa um forum adequado para que, de forma permanente e continuada, o Governo e a iniciativa privada discutam os problemas, procurem o entendimento e juntos estabeleçam e monitorem a política e o planejamento do setor, fazendo os ajustes sempre que necessário.

Por isso a Leite São Paulo propôs na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do MAPA a criação de um grupo permatente para política e planejamento do setor leiteiro. Representantes da Secretaria de Política Agrícola do MAPA, do MDA e da Contag se manifestaram a favor e de participar do grupo de política e planejamento seorial proposto. Como não haviam representantes da indústria nessa reunião, a votação da proposta deverá ser feita na póxima reunião.

Você disse no artigo que é possível que a sociedade venha a respeitar o setor leiteiro como ele merece. Mas para que isso aconteça é preciso que o setor leiteiro respeite a si próprio, sem que alguns elos da cadeia se guiem pela "lei de Gerson", e que os problemas setoriais sejam discutidos com transparência por todos os elos da cadeia. A proposta da Leite São Paulo de criação do grupo permanente para política e planejamento do setor leiteiro na Câmara da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do MAPA foi apresentada como um o importante nessa direção.

Esperamos que a cadeia produtiva do leite na próxima reunião da Câmara Setorial de Leite e Derivados do MAPA vote a favor da criação do grupo permanente de política e planejamento setorial proposto, dando uma demonstração de coragem e de que perdeu o medo de ser feliz.

Um abraço,

Marcello de Moura Campos Filho
Presidente da Leite São Paulo
washington fernando karam
WASHINGTON FERNANDO KARAM

FRANCA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/10/2007

Parabens Dr. Paulo, concordo plenamente com sua análise, e gostaria de acrescentar ainda a questâo da escassez do leite no mercado internacional, estando o leite erm pó cotado em aproximadamente US$ 5000 a tonelada.

Por isso tudo, também entendo que a queda do preço do leite no mercado interno não se sustentara por muito tempo, estando o mercado buscando o equilíbrio. Parece que estamos assistindo é uma queda forçada em razão da busca da disputa de mercado por parte dos latcinios. Entretanto, pretendendo a inúustria que o produtor é que pague a conta. Resta-nos esperar para ver.
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/10/2007

Caro Paulo,

Seu artigo é feito de verdades incontestáveis e apresenta com precisão fatos ocorridos recentemente na cadeia láctea e suas respectivas consequências; me apresso a dizer que concordo com o que você escreveu, com suas recomendações sobre o marketing, o cuidado com a imagem do produto e aproveito para dar sequência na troca de idéias.

Se as consequências negativas são, como você diz, reflexo da forma amadora que o setor encaminhou a questão, da articulação profissional do grande varejo e do efeito da mídia sobre o consumidor, fica a pergunta: será que a realidade atual dos números, com expressiva queda generalizada de preços, é sustentável?

É difícil fazer previsões, mas minha opinião é que, sob a ótica da matéria prima, não é sustentável. O ambiente externo é favorável, a seca é forte, o custo dos alimentos cresceu bastante e, com o final do azevém, acabou a safra do Sul. Sabemos que o leite é um produto que não se produz em seis meses e é certo que o aumento expressivo da produção entre maio e setembro está mais baseado em concentrados e BST do que em estrutura, profissionalismo e investimentos sustentáveis.

Por outro lado, a forma irresponsável que o leite longa vida foi trabalhado e anunciado na mídia, tanto ao "romper barreiras" de preço como ao definir prazos para a "morte anunciada" criaram distorções tanto no mercado do leite fluido como nos mercados paralelos de queijo, iogurtes e pó (inclusive exportado), que vão levar um tempo até atingir o ajuste necessário; com isso, assim como você disse, não estou atribuindo culpa a indústrias, mas sim ao setor como um todo. A indústria é vítima do problema tanto quanto o produtor. É por isso que se faz necessário uma análise de como o futuro vai se delinear.

Creio que após o enxugamento dos atuais excedentes, localizados principalmente nos estados do Sul, vamos rapidamente ajustar oferta e demanda, agora em níveis de preços mais realistas mas ainda longe dos patamares anteriores a 2007, seguindo o mercado externo. Ao contrário do que a cautela nos recomenda fazer no Brasil, opino que isso deve ocorrer a partir de dezembro, janeiro no máximo.

Espero que consigamos aprender com o ocorrido e que erros ados não se repitam, mas contribuam para a evolução de nossa cadeia.

um abraço,

Roberto
André Gama Ramalho
ANDRÉ GAMA RAMALHO

BATALHA - ALAGOAS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/10/2007

Parabens Dr. Paulo,

Precisamos nos organizar e através da mesma imprensa que alardiou o aumento do preço do leite, informar ao consumidor que nossa vaca não dá leite, e sim produz leite. Para isto existe um custo.

Em nossa bacia leiteira, para cada 1.000 lts. de leite produzidos temos R$ 1.000.000,00 de investimento.

O nosso leite assumiu o papel do frango no plano real. Nem o governo nem a imprensa querem exergar a nossa realidade.

Enquanto isto, o farelo de soja subiu de R$ 32,00 para R$ 45,00 (saco 50 Kg).

André Gama Ramalho
Produtor e Presidente do Sindileite
Batalha - Alagoas
JOSÉ PEDRO GÓMEZ FILHO
JOSÉ PEDRO GÓMEZ FILHO

FRANCISCO BELTRÃO - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/10/2007

Brilhante análise e argumentação. Infelizmente a especulação das grandes redes que depositam maiores margens de ganhos em produtos supérfluos, forçaram a opinião pública a "engolir a pílula" por eles dourada.

A soma dos esforços dos setores da cadeia deve ser sempre preconizada e efetuada, como mencionada no artigo. Historicamente, e lamentavelmente, certos setores comportam-se como adversários eternos. Para quem atua no todo da cadeia esta percepção é uma constante, cumpre-nos, portanto, trabalhar para mudá-la.
Cooperativa dos Produtores de Leite de Esmeraldas Ltda
COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE DE ESMERALDAS LTDA

ESMERALDAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/10/2007

Dr. Paulo, tem sido sempre positivas e de grande valia suas crônicas a respeito do leite. Tenho mostrados aos produtores que tem pessoas fazendo algo pela classe, informando com honestidade a situação do leite.

Concordo sim, que a cadeia do leite (do produtor, indústrias varegistas e até as indústrias de medicamentos rações, etc.), deve pagar pelo marketing do leite. Tem muita gente só esperando resultados.
Roberto Magnabosco
ROBERTO MAGNABOSCO

FORMIGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 01/10/2007

Parabéns pelo material escrito e bem detalhado sobre o aumento do preço do leite. Na realidade, sempre o produtor é o primeiro a sofrer o impacto negativo dentro da cadeia de produção e o último a receber o impacto possitivo. Os meios de comunicação, quando analisam o aumento de preço de produtos agrícolas e pecuários sempre o fazem apenas com o foco no consumidor final, e não verificam os custos de produção dentro da cadeia.

Qual a variação neste mesmo período para os custos de produção de leite? Quanto subiu os preços de matéria prima para ração, adubos, impostos e outros? Ao informar apenas o preço final de produtos ligados ao setor básico (pecuário e agrícola) a imprensa coloca em conflito o produtor x consumidor.

Este é o cenário preferido pela incompetente imprensa que faz as reportagens, como aquela anunciada no Fantástico.

Novamente, parabéns ao autor do matéria "Com medo de ser feliz".
Luiz Miguel Saavedra de Oliveira
LUIZ MIGUEL SAAVEDRA DE OLIVEIRA

SANTO ÂNGELO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/10/2007

Sr. Paulo,

Estou impressionado com a clareza de sua explanação, é isso mesmo, mas o preço para nós já despencou. Realmente nosso marketing é sempre o negativo, quem não se irou com os preços que recebíamos, talvez por causa das constantes má remunerações, fomos à catarse momentânea, de que produzimos uma commodity valorizada pelo mundo externo, mas aqui...

Obrigado! Manterei a esperança!
Qual a sua dúvida hoje?

Com medo de ser feliz

Quando duas pessoas se encontram e falta assunto, falam sobre o tempo: dia lindo, dia feio, muito frio, muito calor. Nos meses de agosto e setembro, os assuntos comuns foram os seguintes: a estiagem e... o preço elevado do leite. E, o setor, como reagiu a esta rápida ascensão do leite como vedete nacional? O preço do leite realmente subiu muito? Bom, depende do parâmetro de análise. Para responder esta pergunta, vamos comparar o comportamento de duas "commodities", uma de mercado externo e outra de mercado interno.

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Quando duas pessoas se encontram e falta assunto, falam sobre o tempo: dia lindo, dia feio, muito frio, muito calor. Nos meses de agosto e setembro, os assuntos comuns foram os seguintes: a estiagem e... o preço elevado do leite. E, o setor, como reagiu a esta rápida ascensão do leite como vedete nacional?

O espaço dado pela imprensa ao preço do leite cresceu de modo vertiginoso, na mesma proporção em que os preços ao consumidor subiam. Começou em jornais impressos especializados, como Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Depois, ou a ocupar espaço na Grande imprensa, como Folha e Estado de São Paulo, para chegar à televisão, culminando com fulminante aparição no Fantástico.

O preço do leite realmente subiu muito? Bom, depende do parâmetro de análise. Para responder esta pergunta, vamos comparar o comportamento de duas "commodities", uma de mercado externo e outra de mercado interno. Para mercado externo, escolhemos o preço do Leite em Pó na Oceania, no atacado e, para mercado interno, o preço do Leite UHT no varejo brasileiro. Alguém poderia sugerir o Leite em Pó no varejo brasileiro. Mas, sabemos que esta forma de consumo de leite somente é importante nas regiões Nordeste e Norte.
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O Gráfico 1 demonstra que o preço do Leite em Pó começou a subir em agosto de 2006 e não parou mais de subir. Já o Leite UHT começou a subir somente sete meses depois, ou em março de 2007. Nos últimos doze meses, ou seja, entre setembro de 2006 e agosto de 2007, o Leite em Pó subiu 133,0%, enquanto que o preço do Leite UHT subiu 50,5%, ou menos da metade. Portanto, os preços da "commodity" brasileira não se realinharam nem rapidamente, nem na mesma proporção que os preços da "commodity" internacional.

Gráfico 1. Preço do Leite em Pó na Oceania (atacado) e do Leite UHT. Brasil. Jan./2006 a Ago./2007. (20066 = índice 100)

Figura 1

Fonte: Pó - Oceania (USDA); UHT - Brasil (IPCA-IBGE)

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A segunda pergunta é: o preço do leite está muito caro? Bom, depende novamente da ótica de análise. O Gráfico 2 demonstra que o consumidor brasileiro de Leite UHT pagou, em 2006, 41% do preço que ele pagava em 1980. Em 1980, ele pagava, em valores de hoje, R$ 2,70. Em 2007, o preço médio do UHT não chegou a esse preço... Além disso, o produtor recebeu, em 2006, uma média de 28% do que recebia em 1980. Naquele ano, em valores de hoje, o produtor obteve média de preços de R$ 1,80.

O gráfico 2 revela, também, uma outra triste realidade, que é a pouca capacidade da cadeia produtiva de reter os ganhos advindos do esforço que realiza, ao otimizar processos e incorporar tecnologia. Afinal, transfere os ganhos para o consumidor, o grande beneficiário do esforço realizado em 26 anos. Ganha também o Governo que, em sua felizmente incessante busca para reduzir a inflação, tem nos produtores e na indústria de leite fluido seus grandes aliados. Portanto, o leite não é vilão da inflação. É, na verdade, o grande herói do combate à inflação. É herói, mas sem o devido reconhecimento!

Gráfido 2. Preço do Leite ao produtor e Leite Pasteurizado ao consumidor. Brasil. 1980-2006. (1986 = índice 100)

Figura 2

Fonte: Banco de dados da Embrapa Gado de Leite

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Assim que iniciou a saraivada da imprensa sobre o setor, denunciando o exorbitante preço do leite, o setor assumiu timidamente a elevação de preços e, imediatamente, tratou de emitir sinais para a sociedade que o preço iria cair logo. Quem olhou de longe, ficou sem entender o que estava acontecendo. O consumidor pouco analítico, descrente das instituições e que supõe ser a "Lei de Gerson" a única que realmente vale, teve elementos para imaginar que a elevação de preços era movimento oportunista dos empresários da cadeia, o que inclui o produtor.

Já o consumidor com poder de análise, não entendeu se os motivos apresentados para elevação justificavam a previsão de queda de preços, já nos próximos meses. Afinal, informaram a ele que o crescimento de países subdesenvolvidos era causa da elevação de preços. Mas, esses países iriam parar de crescer nos próximos meses? Foi informado também que o preço do petróleo era outra causa. Mas, o preço do petróleo vai ficar baixo nos próximos meses? Falou-se também no fim dos subsídios na União Européia. Mas, esses subsídios vão voltar nos próximos meses? Por fim, informaram que os preços no mercado internacional estavam elevados e isso pressionava os preços internos. Mas, há previsão de queda de preços significativa no mercado internacional, nos próximos meses?

Tudo bem. A explicação para a queda pode estar em variáveis do mercado interno. Mas, os dados demonstram que o consumo está generalizadamente elevado na economia brasileira, crescendo cerca de 7% ao ano. Até produtos de preços elevados, como carro, está com demanda aquecida. E, mais, a população de baixa renda, que proporcionalmente melhor reage ao consumo de leite, está com crescimento de renda anual de 9%, ou seja, padrão China. E não há expectativa de mudança significativa nesse quadro.

Quando o setor anuncia para a sociedade que o preço vai cair, sinaliza para o consumidor que ele deve deixar para amanhã o que estava disposto a comprar agora. Portanto, é daquelas previsões que se auto-realizam, necessariamente, pois interferem nas expectativas do consumidor e, por conseqüência, no seu comportamento. Por que eu devo comprar uma caixa de UHT hoje, se me informam que nas próximas vezes que eu voltar ao supermercado, é certo que o preço será menor? Visto no conjunto dos consumidores, se todos reduzem o consumo, porque lhe induziram a este comportamento, é lógico que o preço irá cair...

Ademais, por que eu, que sou dono de supermercado, devo comprar leite caro, se o meu consumidor foi informado que o preço será menor? Eu tenho é que brigar para que o preço caia, não? Por que eu não aproveito o meu poder de pressão sobre a cadeia e forço a queda de preços, para poder continuar a ter o leite como chamarisco de vendas? E devo agir rápido, pois quanto mais rápido eu obtiver preços menores para o leite em relação aos meus concorrentes supermercadistas, melhor para mim, pois o consumidor foi avisado que o preço vai cair e está atento a isso. Afinal, ele viu no Fantástico, leu no jornal e ouviu no rádio o próprio setor dizendo que o preço vai cair...

O que se percebe é que os agentes produtivos se alinharam em prol da queda dos preços. Se alinharam contra os seus interesses. Também o produtor agiu dessa forma, ao informar a todos no seu círculo de relacionamento, que estava ganhando mais do que realmente esperava. Você já viu o setor de cimento anunciar que está ganhando mais do que gostaria? E o setor siderúrgico? E o setor automobilístico?

É possível que o setor, acostumado nos últimos anos a viver com forte pressão para inovação e forte concorrência, tenha tido o medo de conviver com a felicidade, e agiu para que esta fosse efêmera. Agora, com preços de milho e soja em elevação, os custos de produção já estão subindo, colocando em risco a rentabilidade.

Esse fenômeno recente do leite brasileiro demonstra que o setor necessita urgentemente de uma política de marketing, que coordene ações em defesa da imagem do leite. Se já estivesse em operação uma política nesse sentido, é possível que o consumidor fosse levado a absorver a elevação de preços. É possível que a margem bruta dos laticínios não estivesse tão apertada, como está nesse momento. É possível que os laticínios não começassem a ser vistos como vilões, pelos produtores, voltando ao desgastante cenário de conflito entre estes dois elos da cadeia. É possível que a sociedade começasse a aprender a respeitar esse setor no nível que ele realmente merece. É possível que o setor começasse a perder o medo de ser feliz.
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lucianof32
LUCIANOF32

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2007

Sr. Paulo,

Parabéns pela matéria. A classe dos produtores de leite é muito desorganizada. Falta união e profissionalismo para a maioria dos produtores. Os laticínios se aproveitam disso e ditam os preços. Acho que deveria ter uma política de preço para o leite. Com preço bom os produtores poderiam investir na propriedade, no rebanho. E assim sendo, poderia dormir mais tranquilo, sabendo que seu trabalho tem valor e reconhecimento.
ANTONIO ARINILO MACENA MAIA
ANTONIO ARINILO MACENA MAIA

FORTALEZA - CEARÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 17/11/2007

Dr Paulo,

Parabéns !

O Artigo é excelente para nos alertar e discutir sobre o tema. Destaco que regiões, como a nossa, na realidade a diferença é ainda maior. O preço do litro de leite posto na indústria está sendo reduzido em plena entressafra.

A margem operacional dos produtores ficará cada vez mais apertada, senão negativa em alguns casos.

Neste momento de retração de consumo do UHT convivemos com uma nova figura no mercado, a concorrência externa de indústrias forçada principalmente pela oferta de leite UHT de estados do Sul/Sudeste a preços mais "competitivos" que os praticados no mercado local, prejudicando a cadeia.

Entendemos que esta seja mais uma forma de encurralar o produtor local.

Por que não sermos mais pró-ativos e humildes (produtor / indústria / supermercados), valorizando a cadeia produtiva local para os consumidores, e impedindo que o concorrente entrem em nosso quintal?

A união faz a força!

Arinilo Macena
Produtor de Leite (De vaca) - Morada Nova - CE
Aroldo Augusto Martins
AROLDO AUGUSTO MARTINS

EDEALINA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/11/2007

Parabéns, até que enfim eu li algo que valoriza esta matéria-prima tão importante para nossas vidas. Falta os produtores erguerem esta bandeira.
Marco Antonio Pinheiro Santana
MARCO ANTONIO PINHEIRO SANTANA

JACIARA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/10/2007

Quero aqui, apenas deixar os meus cumprimentos pelo artigo, pois retrata com fidelidade a situação do negócio leite em nosso País.

Parabéns.

José de Jesus Santos
JOSÉ DE JESUS SANTOS

SANTO ANASTÁCIO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/10/2007

Parabéns, Dr. Paulo, pela brilhante matéria, mas acho que nós, produtores, somos os principais responsáveis pelo que está acontecendo com nossa atividade, por falta de união, pois na minha região os compradores, digo, os laticínios, são muito organizados e acertam quanto vão pagar, e pagam todos o mesmo preço.

Por isso é vergonhoso para nossa classe, que em pleno ano de 2007 ainda não consegue sequer valorizar aquilo que dá o sustento de sua família. Enquanto nós, produtores brasileiros, não partirmos para a luta e organizados colocar preço no produto que nós produzimos e sabemos o quanto custa para produzir, vai continuar desse jeito que estamos vendo: todo mundo trabalha contra nós, ou seja, mercado, governo e consumidor.
Roberto Trigo Pires de Mesquita
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITA

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 13/10/2007

Caro Dr.Paulo,

Modestamente eu também cumprimento e "abaixo assino" o brilhante texto, apenas com um reparo sobre a conclusão final.

Não é o marketing que pode mudar a sofrida rentabilidade do setor produtivo, mas sim a implementação do planejamento estratégico e gestão de resultados safra a safra, principalmente nas fazendas que sustentam profissionalmente o abastecimento das cooperativas e indústrias de produtos lácteos.

Um bom "business plan" e a gestão safra a safra orientada para resultados (e não produtividade) é o mínimo que os produtores de leite precisam desenvolver para naturalmente, a partir daí viabilizarem a reclamada organização da classe produtora.

O marketing pode ficar por conta das cooperativas, industrías, distribuidores e varejistas que tem condições de planejar suas ações institucionais e promocionais financiadas pelas verbas de propaganda bem alocadas em seus orçamentos anuais de venda.
José Valdir P do Vale
JOSÉ VALDIR P DO VALE

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/10/2007

Parabéns pela matéria e principalmente pelos comentários de todos. Mas só conversa não leva a nada, é claro que vamos continuar produzindo mesmo com o custo mais alto, e o pouco que sobra teremos que investir na atividade.

Mas faço uma pergunta: quem vai nos ajudar, ou seja, que órgão, cooperativa, político, etc.? Quem vai ser o nosso Salvador da Pátria? Temos que fazer algo concreto. Eu aqui reclamamo, fico nervoso, mas o que adianta, as vacas não me escutam, ainda bem (coitadas). Acho que todos estão certos, mas estamos chovendo no molhado, reclamando de produtor para produtor, alguém precisa nos representar, precisa levantar a bandeira do produtor de leite, nossas reclamações precisam fazer eco em Brasilia. Senão, gente, nada vai mudar.

Valdir
Nei Vicente Siebel da Rosa
NEI VICENTE SIEBEL DA ROSA

ARARANGUÁ - SANTA CATARINA - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 08/10/2007

Dr. Paulo,

Obrigado por nos proporcionar base para reflexões e discussões, fundamentos para uma conscientização e desenvolvimento do setor. Reforçando sempre:
1- Lei máxima: oferta e procura.
2- Nenhuma atividade econômica gera e distribui mais riqueza que a cadeia láctea.

Saudações,
Nei Siebel
Andre Luiz de Aquino Tormim
ANDRE LUIZ DE AQUINO TORMIM

OUTRO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/10/2007

Dr. Paulo,

Parabéns pela excelente esplanação e, infelizmente nós, produtores, bem como as indústrias, não sabemos nos dar o devido valor, ficamos sempre a brigar por míseros centavos em vez de nos unirmos para receber o valor justo.

Abraço,
André Tormim
Germano Lindolfo Blum
GERMANO LINDOLFO BLUM

SÃO BORJA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2007

Sr. Paulo do Carmo Martins,

Gostei muito do comentário feito nesta reportagem. Estou realmente de acordo quando o Sr. coloca que o setor de produção leiteira do Brasil está sem um comandante, sem um representante na classe política, sem alguém que vista a camiseta do leite e que saiba por onde começar a mostrar o valor que realmente o leite tem na alimentação do ser humano.

Gostaria de ver uma pessoa como o Sr., que é um grande pesquisador neste assunto, nos desse uma "luz", um caminho para que alguém pudesse fazer, ou pelo menos tentar começar a organizar esse setor que sabe tanto driblar as adversidades dessa árdua profissão, e que fazemos com tanto carinho, a tornar-se uma atividade respeitada e reconhecida pelas "autoridades" que regem o caminho e o destino dessa próspera nação.
Sergio Luiz Brant de Carvalho
SERGIO LUIZ BRANT DE CARVALHO

ATIBAIA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2007

Parabéns, Dr. Paulo, pela belíssima explanação da conjuntura atual. A minha crítica é para os produtores em geral, que só pensam em aumentar a produção sem adequá-la ao mercado. Vamos manter a nossa produção "sustentável" para poder ter futuro. Não adianta aumentarmos a produção com investimentos forçados e oportunistas que não se sustentam a qualquer baixa de preço.

Vamos manter o mercado realista, produzir leite com baixo custo e tentar vendê-lo com preços que cubram os custos. Vamos nos organizar em entender a oferta e demanda e produzirmos o bastante para que haja continuidade. A exportação, graças a este governo que se financia com dólares especulativos vindos de jogadores internacionais em detrimento de toda industria nacional e cadeia produtiva, vai ficar inviabilizada na minha opinião. Eles só não estão importando leite mais barato do exterior para inviabilizar aumentos aqui dentro porque não existe leite no mercado, mas assim que tiverem a oportunudade farão caridade com a mão dos produtores para se manter no poder a qualquer custo!

Vamos nos organizar, produzir somente leite com custos reais e sustentáveis para podermos garantir assim a sobrevevência de todos honestos produtores.
nivaldo silva
NIVALDO SILVA

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2007

Meus parabéns, Dr. Paulo Martins, pela a importante matéria, nós, produtores, somos competentes mas não temos representantes na política. Na minha opnião, temos que votar nas próximas eleições em vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores estaduais do nosso meio, porque só assim teremos pessoas para brigar pelo produtor rural.

Eu, particularmente, não sonhava com estes preços por muito tempo, sou otimista, realista, por isso sofro menos. Para mim a mesma mídia que ajudou a subir o preço do leite quando noticiou o excesso de chuva na Argentina e a queda de produção na Nova Zelândia e Europa e a alta do leite em pó europeu foi a que tambem derrubou os preços agora.

Eu creio que o mercado paga um leite "barriga mole" a R$ 1,30, e longa vida a R$ 1,80, mas os supermercados ditam os preços, pressionam na hora de compra.

Um forte abraço para tdos da classe, que Deus nos ajude sempre.
Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/10/2007

Caro Paulo,

Parabéns pelo artigo, em que mais uma vez você mostra o seu poder de análise, e onde você diz que há evidências que alguns elos do setor produtivo se alinharam para baixar os preços, e que isso no final pode até ser contra os próprios interesses desses elos. Isso, no meu entender, é apenas mais um episódio na novela da falta de entendimento do setor leiteiro.

Compartilhamos da idéia de que falta uma política de marketing em defesa da imagem do leite. Mas entendemos que falta muito mais do que isso: falta política e planejamento de forma geral no setor leiteiro, e que isso é o grande responsavel pela falta de entendimento do setor!

Tradicionalmente tem se tentado estabelecer a política e o planejamento do setor leiteiro através de seminários, congressos e estudos isolados, mas com o ar dos anos se evidencia que o setor precisa mais do que isso para resolver seus problemas estruturais, conjunturais e de falta de entendimento.

Temos procurado mostrar que o setor precisa um forum adequado para que, de forma permanente e continuada, o Governo e a iniciativa privada discutam os problemas, procurem o entendimento e juntos estabeleçam e monitorem a política e o planejamento do setor, fazendo os ajustes sempre que necessário.

Por isso a Leite São Paulo propôs na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do MAPA a criação de um grupo permatente para política e planejamento do setor leiteiro. Representantes da Secretaria de Política Agrícola do MAPA, do MDA e da Contag se manifestaram a favor e de participar do grupo de política e planejamento seorial proposto. Como não haviam representantes da indústria nessa reunião, a votação da proposta deverá ser feita na póxima reunião.

Você disse no artigo que é possível que a sociedade venha a respeitar o setor leiteiro como ele merece. Mas para que isso aconteça é preciso que o setor leiteiro respeite a si próprio, sem que alguns elos da cadeia se guiem pela "lei de Gerson", e que os problemas setoriais sejam discutidos com transparência por todos os elos da cadeia. A proposta da Leite São Paulo de criação do grupo permanente para política e planejamento do setor leiteiro na Câmara da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do MAPA foi apresentada como um o importante nessa direção.

Esperamos que a cadeia produtiva do leite na próxima reunião da Câmara Setorial de Leite e Derivados do MAPA vote a favor da criação do grupo permanente de política e planejamento setorial proposto, dando uma demonstração de coragem e de que perdeu o medo de ser feliz.

Um abraço,

Marcello de Moura Campos Filho
Presidente da Leite São Paulo
washington fernando karam
WASHINGTON FERNANDO KARAM

FRANCA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/10/2007

Parabens Dr. Paulo, concordo plenamente com sua análise, e gostaria de acrescentar ainda a questâo da escassez do leite no mercado internacional, estando o leite erm pó cotado em aproximadamente US$ 5000 a tonelada.

Por isso tudo, também entendo que a queda do preço do leite no mercado interno não se sustentara por muito tempo, estando o mercado buscando o equilíbrio. Parece que estamos assistindo é uma queda forçada em razão da busca da disputa de mercado por parte dos latcinios. Entretanto, pretendendo a inúustria que o produtor é que pague a conta. Resta-nos esperar para ver.
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/10/2007

Caro Paulo,

Seu artigo é feito de verdades incontestáveis e apresenta com precisão fatos ocorridos recentemente na cadeia láctea e suas respectivas consequências; me apresso a dizer que concordo com o que você escreveu, com suas recomendações sobre o marketing, o cuidado com a imagem do produto e aproveito para dar sequência na troca de idéias.

Se as consequências negativas são, como você diz, reflexo da forma amadora que o setor encaminhou a questão, da articulação profissional do grande varejo e do efeito da mídia sobre o consumidor, fica a pergunta: será que a realidade atual dos números, com expressiva queda generalizada de preços, é sustentável?

É difícil fazer previsões, mas minha opinião é que, sob a ótica da matéria prima, não é sustentável. O ambiente externo é favorável, a seca é forte, o custo dos alimentos cresceu bastante e, com o final do azevém, acabou a safra do Sul. Sabemos que o leite é um produto que não se produz em seis meses e é certo que o aumento expressivo da produção entre maio e setembro está mais baseado em concentrados e BST do que em estrutura, profissionalismo e investimentos sustentáveis.

Por outro lado, a forma irresponsável que o leite longa vida foi trabalhado e anunciado na mídia, tanto ao "romper barreiras" de preço como ao definir prazos para a "morte anunciada" criaram distorções tanto no mercado do leite fluido como nos mercados paralelos de queijo, iogurtes e pó (inclusive exportado), que vão levar um tempo até atingir o ajuste necessário; com isso, assim como você disse, não estou atribuindo culpa a indústrias, mas sim ao setor como um todo. A indústria é vítima do problema tanto quanto o produtor. É por isso que se faz necessário uma análise de como o futuro vai se delinear.

Creio que após o enxugamento dos atuais excedentes, localizados principalmente nos estados do Sul, vamos rapidamente ajustar oferta e demanda, agora em níveis de preços mais realistas mas ainda longe dos patamares anteriores a 2007, seguindo o mercado externo. Ao contrário do que a cautela nos recomenda fazer no Brasil, opino que isso deve ocorrer a partir de dezembro, janeiro no máximo.

Espero que consigamos aprender com o ocorrido e que erros ados não se repitam, mas contribuam para a evolução de nossa cadeia.

um abraço,

Roberto
André Gama Ramalho
ANDRÉ GAMA RAMALHO

BATALHA - ALAGOAS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/10/2007

Parabens Dr. Paulo,

Precisamos nos organizar e através da mesma imprensa que alardiou o aumento do preço do leite, informar ao consumidor que nossa vaca não dá leite, e sim produz leite. Para isto existe um custo.

Em nossa bacia leiteira, para cada 1.000 lts. de leite produzidos temos R$ 1.000.000,00 de investimento.

O nosso leite assumiu o papel do frango no plano real. Nem o governo nem a imprensa querem exergar a nossa realidade.

Enquanto isto, o farelo de soja subiu de R$ 32,00 para R$ 45,00 (saco 50 Kg).

André Gama Ramalho
Produtor e Presidente do Sindileite
Batalha - Alagoas
JOSÉ PEDRO GÓMEZ FILHO
JOSÉ PEDRO GÓMEZ FILHO

FRANCISCO BELTRÃO - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/10/2007

Brilhante análise e argumentação. Infelizmente a especulação das grandes redes que depositam maiores margens de ganhos em produtos supérfluos, forçaram a opinião pública a "engolir a pílula" por eles dourada.

A soma dos esforços dos setores da cadeia deve ser sempre preconizada e efetuada, como mencionada no artigo. Historicamente, e lamentavelmente, certos setores comportam-se como adversários eternos. Para quem atua no todo da cadeia esta percepção é uma constante, cumpre-nos, portanto, trabalhar para mudá-la.
Cooperativa dos Produtores de Leite de Esmeraldas Ltda
COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE DE ESMERALDAS LTDA

ESMERALDAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/10/2007

Dr. Paulo, tem sido sempre positivas e de grande valia suas crônicas a respeito do leite. Tenho mostrados aos produtores que tem pessoas fazendo algo pela classe, informando com honestidade a situação do leite.

Concordo sim, que a cadeia do leite (do produtor, indústrias varegistas e até as indústrias de medicamentos rações, etc.), deve pagar pelo marketing do leite. Tem muita gente só esperando resultados.
Roberto Magnabosco
ROBERTO MAGNABOSCO

FORMIGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 01/10/2007

Parabéns pelo material escrito e bem detalhado sobre o aumento do preço do leite. Na realidade, sempre o produtor é o primeiro a sofrer o impacto negativo dentro da cadeia de produção e o último a receber o impacto possitivo. Os meios de comunicação, quando analisam o aumento de preço de produtos agrícolas e pecuários sempre o fazem apenas com o foco no consumidor final, e não verificam os custos de produção dentro da cadeia.

Qual a variação neste mesmo período para os custos de produção de leite? Quanto subiu os preços de matéria prima para ração, adubos, impostos e outros? Ao informar apenas o preço final de produtos ligados ao setor básico (pecuário e agrícola) a imprensa coloca em conflito o produtor x consumidor.

Este é o cenário preferido pela incompetente imprensa que faz as reportagens, como aquela anunciada no Fantástico.

Novamente, parabéns ao autor do matéria "Com medo de ser feliz".
Luiz Miguel Saavedra de Oliveira
LUIZ MIGUEL SAAVEDRA DE OLIVEIRA

SANTO ÂNGELO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/10/2007

Sr. Paulo,

Estou impressionado com a clareza de sua explanação, é isso mesmo, mas o preço para nós já despencou. Realmente nosso marketing é sempre o negativo, quem não se irou com os preços que recebíamos, talvez por causa das constantes má remunerações, fomos à catarse momentânea, de que produzimos uma commodity valorizada pelo mundo externo, mas aqui...

Obrigado! Manterei a esperança!
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