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Como a restrição alimentar freia a função mamária

Restrição alimentar em vacas leva à redução de massa mamária e produção de leite, segundo estudo que reforça o papel da nutrição. Saiba mais!

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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A relação entre nutrição da vaca leiteira e a produção de leite é estudada há mais de um século, mas os mecanismos biológicos precisos ainda não são totalmente compreendidos. Pesquisadores da Universidade de Guelph, no Canadá, realizaram um estudo inovador que investigou como a restrição de nutrientes afeta diretamente o tecido mamário e a síntese de leite.

No experimento, 14 vacas holandesas em lactação foram divididas em dois grupos:

  • Grupo : ou por um jejum de 16 horas, seguido de uma alimentação limitada a 60% da sua dieta habitual durante 14 dias.

  • Grupo controle: continuou com o ad libitum a uma ração total (TMR) balanceada, com cerca de 45% de matéria seca (MS).

Foram coletadas biópsias mamárias e amostras de sangue após o jejum e, ao final dos 14 dias, as vacas foram abatidas para análise completa das glândulas mamárias.

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Os pesquisadores focaram na análise da matéria seca (MS) e da proteína bruta (PB) do tecido mamário. Componentes fundamentais para a função mamária e a síntese de leite:

  • MS: representa o conteúdo não aquoso do tecido, como proteínas, gorduras, carboidratos e minerais.

  • PB: indica o total de proteínas necessárias para a síntese proteica do leite.

Além disso, a equipe avaliou a ativação do complexo 1 da rapamicina (mTORC1), um importante mecanismo de sinalização celular que regula a função das células mamárias em resposta às alterações nutricionais.

 

Efeitos imediatos da restrição alimentar na produção de leite

Após as primeiras 16 horas de jejum, as vacas submetidas à restrição alimentar apresentaram um aumento significativo na concentração plasmática de ácidos graxos não esterificados (AGNE). Isso indicou uma rápida mobilização de reservas corporais de gordura.

Nesse mesmo período, houve uma queda acentuada de aproximadamente 14% na produção de leite.

 

Como as vacas se adaptaram à restrição nutricional

Durante os 14 dias de restrição alimentar, as vacas adaptaram-se a uma ingestão reduzida de nutrientes. Mesmo com uma redução de 40% na dieta, a produção de leite corrigida pela energia caiu apenas 14%, estabilizando-se nesse novo patamar.

Houve também uma diminuição relevante nos componentes do tecido mamário:

  • A matéria seca caiu em 18%.

  • A proteína bruta teve uma redução de quase 30%.

Essa redução impactou diretamente a capacidade das células mamárias de sintetizar leite.

 

O que o estudo revela sobre a regulação da síntese de leite

Ao final das duas semanas, os níveis plasmáticos de AGNE nas vacas restritas retornaram ao normal, sinalizando que o organismo havia atingido um novo estado estacionário metabólico com menor produção de leite.

Os pesquisadores também identificaram uma regulação negativa nos sinais sistêmicos responsáveis por estimular a:

  • Síntese proteica;

  • Biogênese do retículo endoplasmático;

  • Proliferação celular na glândula mamária.

Essa resposta fisiológica sugere que, quando expostas à restrição nutricional, as vacas rapidamente ajustam seu metabolismo e capacidade produtiva para um novo equilíbrio homeostático.

 

Conclusão: impacto da restrição alimentar na função mamária

O estudo demonstrou que uma restrição nutricional severa provoca ajustes rápidos e significativos na função mamária das vacas leiteiras, resultando em uma redução sustentada na produção de leite devido à diminuição da massa de tecido mamário.

Essa pesquisa fornece novas perspectivas sobre como nutrientes dietéticos influenciam diretamente os mecanismos celulares da produção de leite, reforçando a importância de uma nutrição adequada para manter a eficiência produtiva em sistemas leiteiros.


As informações são do Dairy Herd, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

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No experimento, 14 vacas holandesas em lactação foram divididas em dois grupos:

  • Grupo : ou por um jejum de 16 horas, seguido de uma alimentação limitada a 60% da sua dieta habitual durante 14 dias.

  • Grupo controle: continuou com o ad libitum a uma ração total (TMR) balanceada, com cerca de 45% de matéria seca (MS).

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  • MS: representa o conteúdo não aquoso do tecido, como proteínas, gorduras, carboidratos e minerais.

  • PB: indica o total de proteínas necessárias para a síntese proteica do leite.

Além disso, a equipe avaliou a ativação do complexo 1 da rapamicina (mTORC1), um importante mecanismo de sinalização celular que regula a função das células mamárias em resposta às alterações nutricionais.

 

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Nesse mesmo período, houve uma queda acentuada de aproximadamente 14% na produção de leite.

 

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Houve também uma diminuição relevante nos componentes do tecido mamário:

  • A matéria seca caiu em 18%.

  • A proteína bruta teve uma redução de quase 30%.

Essa redução impactou diretamente a capacidade das células mamárias de sintetizar leite.

 

O que o estudo revela sobre a regulação da síntese de leite

Ao final das duas semanas, os níveis plasmáticos de AGNE nas vacas restritas retornaram ao normal, sinalizando que o organismo havia atingido um novo estado estacionário metabólico com menor produção de leite.

Os pesquisadores também identificaram uma regulação negativa nos sinais sistêmicos responsáveis por estimular a:

  • Síntese proteica;

  • Biogênese do retículo endoplasmático;

  • Proliferação celular na glândula mamária.

Essa resposta fisiológica sugere que, quando expostas à restrição nutricional, as vacas rapidamente ajustam seu metabolismo e capacidade produtiva para um novo equilíbrio homeostático.

 

Conclusão: impacto da restrição alimentar na função mamária

O estudo demonstrou que uma restrição nutricional severa provoca ajustes rápidos e significativos na função mamária das vacas leiteiras, resultando em uma redução sustentada na produção de leite devido à diminuição da massa de tecido mamário.

Essa pesquisa fornece novas perspectivas sobre como nutrientes dietéticos influenciam diretamente os mecanismos celulares da produção de leite, reforçando a importância de uma nutrição adequada para manter a eficiência produtiva em sistemas leiteiros.


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