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Como escolher o melhor pré e pós-dipping?

A disponibilidade e diversidade de produtos no mercado é grande, mas como escolher o melhor pré e pós-dipping? Quais critérios são utilizados? Saiba mais!

Publicado em: - 4 minutos de leitura

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A disponibilidade e diversidade de produtos no mercado é grande, mas como escolher o melhor pré e pós-dipping? Quais critérios são utilizados no momento da escolha do produto? Ouvimos frequentemente, “uso qualquer um, o que estiver mais barato”, “sempre o mais caro, porque quanto mais caro melhor”, “o que rende mais, e ainda controlo a quantidade gasta na ordenha”.

Todos estes questionamentos podem até fazer sentido, mas e se eu disser que o “barato sai caro”, “o mais viscoso atrai mais sujidade do ambiente ao invés de rendimento” e o mais caro pode não ser o melhor para sua ordenha. Então como escolher o melhor produto?

Primeiramente precisamos entender o que é pré e pós-dipping. São soluções com ação germicida que tem a função de diminuir a contagem bacteriana da pele do teto, evitando infecções intramamárias e hidratando a pele, para que tenhamos tetos limpos e hidratados para serem ordenhados.

O pré-dipping, utilizado antes da ordenha, tem ação direta em microrganismos vindos do ambiente em que a vaca se encontra (agentes ambientais) e o pós-dipping, utilizado após a remoção das teteiras no término da ordenha, tem ação direta em agentes contagiosos, transmitidos pelo equipamento de ordenha, entre animais no intervalo entre as ordenhas.

Todo produto precisa de um tempo mínimo de ação na pele para ter o efeito desejado. Geralmente 15 a 30 segundos são suficientes para que sua ação seja eficiente. O tempo de ação depende do princípio ativo do produto utilizado. Produtos em forma líquida o tempo ação mínimo é de 15 segundos e produtos em forma de espuma mínimo de 30 segundos.

O ambiente em que os animais se encontram, é um dos critérios adotados no momento da escolha do pré e pós-dipping. Ambientes desafiadores, com uma alta contagem bacteriana e muita matéria orgânica, precisam de químicos mais potentes. Ambientes controlados com bom manejo de camas, corredores e desinfecção, o químico escolhido pode ter uma ação leve a moderada.

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São considerados ambientes desafiadores onde temos superlotação, alta umidade, excesso de matéria orgânica e onde não há desinfecção. Portanto, o controle do ambiente impacta diretamente na ação do produto escolhido.

É necessário que os animais cheguem na sala de ordenha com menor sujidade possível para que o produto tenha alta eficiência. Ou seja, em vacas com úbere limpo, a chance de vários produtos serem eficientes é relativamente alta. Se minhas vacas estão com úberes limpos, posso usar qualquer produto? A resposta é: não! porém o leque de opções pode aumentar.

Utilizando copos apropriados para cada produto, tempo de ação correto, imersão completo do teto no recipiente, são maneiras de explorar o potencial de cada produto, além do monitoramento de sujidade de úbere, que serve como indicador de ambiência e o quão desafiador está sendo a higienização antes da ordenha.                                                                                   

Existem análises subjetivas utilizadas a campo, que auxiliam na escolha do pré-dipping. Sabe se que cada propriedade conta com um perfil microbiológico diferente e que cada produto age melhor de acordo com o perfil.

O swab da pele do teto, auxilia consultores e produtores na tomada de decisão. A análise de swab é feita de forma rápida e prática, apontando a diminuição ou não da contagem bacteriana da pele do teto antes e depois da utilização do pré-dipping. Primeiramente siga alguns critérios:

  1. escolha animais calmos para realizar a analise
  2. não faça swab em tetos com lesão de esfíncter
  3. são dois swabs no mesmo teto e no mesmo lugar
  4. utilize luvas

O exame é realizado da seguinte maneira:

o 1 – após a chegada das vacas na sala de ordenha, escolha um animal e um teto de fácil o, e o swab na lateral e na ponta do teto várias vezes de forma leve e sem pressa.

o 2 – termine de fazer os procedimentos de limpeza nesse animal, respeitando a rotina de ordenha e tempo de ação do produto utilizado.

o 3 - após a remoção do pré-dipping antes da colocação das teteiras, repita o swab no mesmo animal no mesmo teto no mesmo lugar, de forma leve e de novo, sem pressa.

o 4 – certifique-se de anotar nos tubos swab antes do pré e swab depois do pré e solicite contagem bacteriana e cultura.

A leitura da análise é feita avaliando a contagem bacteriana antes e depois do produto e quais culturas foram encontradas, ou seja, após a utilização do produto teve diminuição da contagem bacteriana na pele do teto? A bactéria que havia crescido antes da utilização do produto se manteve na pele após a ação do produto?

Vale ressaltar que a realização das coletas e leitura da análise devem ser feitas juntamente com a pessoa responsável pela ordenha ou qualidade do leite, pois existem fatores que podem alterar o exame, principalmente por se tratar de um exame subjetivo.

É indicado esta análise quando temos aumento significativo de casos de mastite na ordenha, utilização por longos períodos do mesmo princípio ativo de pré-dipping e no momento da escolha do produto de forma específica para o perfil microbiológico da fazenda.

Seja criterioso na escolha dos seus produtos, nem sempre o caro é o melhor e muitas vezes o barato sai caro. Não é a fazenda que se adapta ao produto! O produto deve ser adequado para cada fazenda e para cada desafio. Nenhum produto é bom para tudo, mas todos os produtos são bons se utilizados e direcionados da forma correta.

Espero que tenham gostado! Comente aqui embaixo como está a escolha de pré e pós-dipping na sua fazenda.

 

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Material escrito por:

Maria Andreza Arving Moroz

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Cowbaby Consultoria

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A disponibilidade e diversidade de produtos no mercado é grande, mas como escolher o melhor pré e pós-dipping? Quais critérios são utilizados no momento da escolha do produto? Ouvimos frequentemente, “uso qualquer um, o que estiver mais barato”, “sempre o mais caro, porque quanto mais caro melhor”, “o que rende mais, e ainda controlo a quantidade gasta na ordenha”.

Todos estes questionamentos podem até fazer sentido, mas e se eu disser que o “barato sai caro”, “o mais viscoso atrai mais sujidade do ambiente ao invés de rendimento” e o mais caro pode não ser o melhor para sua ordenha. Então como escolher o melhor produto?

Primeiramente precisamos entender o que é pré e pós-dipping. São soluções com ação germicida que tem a função de diminuir a contagem bacteriana da pele do teto, evitando infecções intramamárias e hidratando a pele, para que tenhamos tetos limpos e hidratados para serem ordenhados.

O pré-dipping, utilizado antes da ordenha, tem ação direta em microrganismos vindos do ambiente em que a vaca se encontra (agentes ambientais) e o pós-dipping, utilizado após a remoção das teteiras no término da ordenha, tem ação direta em agentes contagiosos, transmitidos pelo equipamento de ordenha, entre animais no intervalo entre as ordenhas.

Todo produto precisa de um tempo mínimo de ação na pele para ter o efeito desejado. Geralmente 15 a 30 segundos são suficientes para que sua ação seja eficiente. O tempo de ação depende do princípio ativo do produto utilizado. Produtos em forma líquida o tempo ação mínimo é de 15 segundos e produtos em forma de espuma mínimo de 30 segundos.

O ambiente em que os animais se encontram, é um dos critérios adotados no momento da escolha do pré e pós-dipping. Ambientes desafiadores, com uma alta contagem bacteriana e muita matéria orgânica, precisam de químicos mais potentes. Ambientes controlados com bom manejo de camas, corredores e desinfecção, o químico escolhido pode ter uma ação leve a moderada.

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São considerados ambientes desafiadores onde temos superlotação, alta umidade, excesso de matéria orgânica e onde não há desinfecção. Portanto, o controle do ambiente impacta diretamente na ação do produto escolhido.

É necessário que os animais cheguem na sala de ordenha com menor sujidade possível para que o produto tenha alta eficiência. Ou seja, em vacas com úbere limpo, a chance de vários produtos serem eficientes é relativamente alta. Se minhas vacas estão com úberes limpos, posso usar qualquer produto? A resposta é: não! porém o leque de opções pode aumentar.

Utilizando copos apropriados para cada produto, tempo de ação correto, imersão completo do teto no recipiente, são maneiras de explorar o potencial de cada produto, além do monitoramento de sujidade de úbere, que serve como indicador de ambiência e o quão desafiador está sendo a higienização antes da ordenha.                                                                                   

Existem análises subjetivas utilizadas a campo, que auxiliam na escolha do pré-dipping. Sabe se que cada propriedade conta com um perfil microbiológico diferente e que cada produto age melhor de acordo com o perfil.

O swab da pele do teto, auxilia consultores e produtores na tomada de decisão. A análise de swab é feita de forma rápida e prática, apontando a diminuição ou não da contagem bacteriana da pele do teto antes e depois da utilização do pré-dipping. Primeiramente siga alguns critérios:

  1. escolha animais calmos para realizar a analise
  2. não faça swab em tetos com lesão de esfíncter
  3. são dois swabs no mesmo teto e no mesmo lugar
  4. utilize luvas

O exame é realizado da seguinte maneira:

o 1 – após a chegada das vacas na sala de ordenha, escolha um animal e um teto de fácil o, e o swab na lateral e na ponta do teto várias vezes de forma leve e sem pressa.

o 2 – termine de fazer os procedimentos de limpeza nesse animal, respeitando a rotina de ordenha e tempo de ação do produto utilizado.

o 3 - após a remoção do pré-dipping antes da colocação das teteiras, repita o swab no mesmo animal no mesmo teto no mesmo lugar, de forma leve e de novo, sem pressa.

o 4 – certifique-se de anotar nos tubos swab antes do pré e swab depois do pré e solicite contagem bacteriana e cultura.

A leitura da análise é feita avaliando a contagem bacteriana antes e depois do produto e quais culturas foram encontradas, ou seja, após a utilização do produto teve diminuição da contagem bacteriana na pele do teto? A bactéria que havia crescido antes da utilização do produto se manteve na pele após a ação do produto?

Vale ressaltar que a realização das coletas e leitura da análise devem ser feitas juntamente com a pessoa responsável pela ordenha ou qualidade do leite, pois existem fatores que podem alterar o exame, principalmente por se tratar de um exame subjetivo.

É indicado esta análise quando temos aumento significativo de casos de mastite na ordenha, utilização por longos períodos do mesmo princípio ativo de pré-dipping e no momento da escolha do produto de forma específica para o perfil microbiológico da fazenda.

Seja criterioso na escolha dos seus produtos, nem sempre o caro é o melhor e muitas vezes o barato sai caro. Não é a fazenda que se adapta ao produto! O produto deve ser adequado para cada fazenda e para cada desafio. Nenhum produto é bom para tudo, mas todos os produtos são bons se utilizados e direcionados da forma correta.

Espero que tenham gostado! Comente aqui embaixo como está a escolha de pré e pós-dipping na sua fazenda.

 

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