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Adubação: intensificação de pastagem e seu impacto na pecuária

Na pecuária leiteira, para que os produtores de leite consigam intensificar sua pastagem de maneira mais eficiente (dadas as suas condições), é fundamental a utilização de seus recursos forrageiros e da área disponível da melhor maneira possível.

Publicado em: - 3 minutos de leitura

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Não existe muita diferença na adubação de pastagem para pecuária de corte e pecuária leiteira. O manejo de pastagem para ambos os tipos de pecuária é bem parecido, uma vez que o intuito da adubação está na intensificação e otimização da produtividade da forrageira – intensificação de pastagem, fornecendo assim mais nutrientes para o animal.

Atualmente, o Brasil detém o maior rebanho bovino comercial do mundo e é o maior exportador de carne bovina. Entretanto, mesmo com um mercado aquecido, tanto interna quanto externamente, a tecnologia no campo não está tão presente. A pecuária extensiva é predominante nesse âmbito, fazendo com que o manejo da forragem seja mais difícil e complexo.

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Na pecuária leiteira, para que os produtores consigam intensificar sua pastagem de maneira mais eficiente (dadas as suas condições), é fundamental a utilização de seus recursos forrageiros e da área disponível da melhor maneira possível. Isso acontece porque, geralmente, propriedades destinadas à produção de leite são menores que as de corte, reforçando a importância do aproveitamento máximo dos recursos disponíveis.

Intensificação de pastagem

Então, ao falarmos sobre adubação de pastagens, estamos pensando em intensificação, ou seja, a intensificação do recurso forrageiro. Mas como aplicar essa intensificação na minha propriedade?

Respondendo à questão anterior, deve-se ter em mente que não é do dia para a noite que se tem um pasto intensificado e otimizado. Para buscar uma produtividade mais alta e constante, a implementação das técnicas deve acontecer de maneira gradual. O processo de intensificação se inicia em uma pequena área (1% a 5% da área total), para que ali se torne uma “sala de estudo” para o produtor – tanto de manejo quanto de adubação. Conforme for se familiarizando com as técnicas de manejo e adubação, sua área de ação efetivamente vai aumentando e escalonando para toda pastagem.

Os cuidados com o solo são essenciais, ainda mais em uma produção mais intensiva como é a da pecuária leiteira. Logo, análises do solo anuais, ou bienais, têm muita relevância para o completo entendimento do solo a ser trabalhado e só assim será possível entender as reais deficiências e demandas solo.

Macronutrientes

Nos aprofundando mais no estudo do solo, não podemos deixar de falar sobre macro e micronutrientes. Ao manter os animais no pasto ocorre uma grande extração de nitrogênio (N) e potássio (K) do solo, logo deve-se tomar cuidado com a istração correta destes macronutrientes, ainda mais nos momentos iniciais, afim de manter uma boa produtividade da pastagem. Além destes dois macronutrientes, destaca-se também o fósforo (P), que, mesmo não estando tão presente na matéria seca quanto os outros, também é de extrema importância na nutrição dos animais. E mesmo sendo difícil a elevação da concentração de fósforo no solo, é fundamental que sua concentração esteja próxima a 10 ppm/hectare para começar o trabalho de forma intensiva.

Correção de solo

Como já foi explorado anteriormente, a produção de forrageiras e sua intensificação está intrinsecamente ligada com a qualidade do solo. No Brasil, temos ciência de que os solos são mais ácidos, o que dificulta o desenvolvimento das forrageiras nas propriedades. Para contornar este problema, a correção do solo se torna uma peça chave na intensificação da produção, sendo a calagem e a gessagem os procedimentos mais práticos.

A intensificação do solo é algo complexo e que exige empenho e estudo para entender melhor as demandas e necessidades do seu solo. É preciso paciência, investimento e estudo para um bom resultado e, consequentemente, uma maior escalabilidade da produção.

Texto escrito por Vitor Serrano Theodoro Pinto, consultor da ESALQ Jr. Consultoria. Para conhecê-los melhor confira www.esalqjuniorconsultoria.com.

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ESALQ Jr. Consultoria

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Não existe muita diferença na adubação de pastagem para pecuária de corte e pecuária leiteira. O manejo de pastagem para ambos os tipos de pecuária é bem parecido, uma vez que o intuito da adubação está na intensificação e otimização da produtividade da forrageira – intensificação de pastagem, fornecendo assim mais nutrientes para o animal.

Atualmente, o Brasil detém o maior rebanho bovino comercial do mundo e é o maior exportador de carne bovina. Entretanto, mesmo com um mercado aquecido, tanto interna quanto externamente, a tecnologia no campo não está tão presente. A pecuária extensiva é predominante nesse âmbito, fazendo com que o manejo da forragem seja mais difícil e complexo.

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Na pecuária leiteira, para que os produtores consigam intensificar sua pastagem de maneira mais eficiente (dadas as suas condições), é fundamental a utilização de seus recursos forrageiros e da área disponível da melhor maneira possível. Isso acontece porque, geralmente, propriedades destinadas à produção de leite são menores que as de corte, reforçando a importância do aproveitamento máximo dos recursos disponíveis.

Intensificação de pastagem

Então, ao falarmos sobre adubação de pastagens, estamos pensando em intensificação, ou seja, a intensificação do recurso forrageiro. Mas como aplicar essa intensificação na minha propriedade?

Respondendo à questão anterior, deve-se ter em mente que não é do dia para a noite que se tem um pasto intensificado e otimizado. Para buscar uma produtividade mais alta e constante, a implementação das técnicas deve acontecer de maneira gradual. O processo de intensificação se inicia em uma pequena área (1% a 5% da área total), para que ali se torne uma “sala de estudo” para o produtor – tanto de manejo quanto de adubação. Conforme for se familiarizando com as técnicas de manejo e adubação, sua área de ação efetivamente vai aumentando e escalonando para toda pastagem.

Os cuidados com o solo são essenciais, ainda mais em uma produção mais intensiva como é a da pecuária leiteira. Logo, análises do solo anuais, ou bienais, têm muita relevância para o completo entendimento do solo a ser trabalhado e só assim será possível entender as reais deficiências e demandas solo.

Macronutrientes

Nos aprofundando mais no estudo do solo, não podemos deixar de falar sobre macro e micronutrientes. Ao manter os animais no pasto ocorre uma grande extração de nitrogênio (N) e potássio (K) do solo, logo deve-se tomar cuidado com a istração correta destes macronutrientes, ainda mais nos momentos iniciais, afim de manter uma boa produtividade da pastagem. Além destes dois macronutrientes, destaca-se também o fósforo (P), que, mesmo não estando tão presente na matéria seca quanto os outros, também é de extrema importância na nutrição dos animais. E mesmo sendo difícil a elevação da concentração de fósforo no solo, é fundamental que sua concentração esteja próxima a 10 ppm/hectare para começar o trabalho de forma intensiva.

Correção de solo

Como já foi explorado anteriormente, a produção de forrageiras e sua intensificação está intrinsecamente ligada com a qualidade do solo. No Brasil, temos ciência de que os solos são mais ácidos, o que dificulta o desenvolvimento das forrageiras nas propriedades. Para contornar este problema, a correção do solo se torna uma peça chave na intensificação da produção, sendo a calagem e a gessagem os procedimentos mais práticos.

A intensificação do solo é algo complexo e que exige empenho e estudo para entender melhor as demandas e necessidades do seu solo. É preciso paciência, investimento e estudo para um bom resultado e, consequentemente, uma maior escalabilidade da produção.

Texto escrito por Vitor Serrano Theodoro Pinto, consultor da ESALQ Jr. Consultoria. Para conhecê-los melhor confira www.esalqjuniorconsultoria.com.

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