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Liquidez na atividade leiteira: um desafio para setor

O alto capital imobilizado em maquinários, terras e alimentação com baixa produção mensal de leite, compromete a capacidade de geração de renda a curto prazo.

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O setor leiteiro a por grandes transformações no Brasil e no mundo, levando a pecuária leiteira nacional, independentemente do sistema de produção, a alcançar novos patamares de desempenho. Esse foi um dos assuntos abordados na primeira aula do Curso MilkPoint Experts Gestão Financeira, ministrada pelo Marcelo Carvalho - CEO da MilkPoint Ventures e Christiano Nascif - Diretor da Labor Rural.

A mudança em curso na cadeia leiteira 

Observa-se uma tendência de intensificação na atividade, com uso mais intensivo de insumos e uma demanda crescente por mão de obra especializada. Esse cenário apresenta um potencial significativo para um desempenho técnico e econômico de alto nível, favorecendo a competitividade da atividade com outras formas de utilização da terra e do trabalho.

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Uma das mudanças mais evidentes ocorre nos sistemas de produção. Embora o sistema a pasto tecnificado também faça parte dessa evolução, o confinamento traz uma nova dinâmica ao processo produtivo. Segundo dados do MAP Leite, que monitora aproximadamente 20% do leite produzido no Brasil, mais de 40% do volume de leite captado pelos laticínios analisados é proveniente de sistemas confinados.

Esse novo modelo produtivo, no entanto, implica riscos relevantes. Além da necessidade de mais investimentos, o sistema se torna menos flexível, exigindo um maior preparo financeiro. Compreender os mecanismos econômicos de atividade, captar recursos e compras estratégicas começam a fazer parte das habilidades essenciais das pessoas envolvidas na cadeia. Em contrapartida, os sistemas mais intensivos oferecem vantagens, como a redução dos riscos técnicos, além de facilitar o controle das variáveis e tornar mais possível o aumento da produção em escala, permitindo uma competição mais intensa com outras alternativas de uso da terra.

Diante da intensificação, o o a recursos financeiros assume um papel importante nesse processo. Identificar fontes de financiamento, saber captar recursos e ar capital de fontes privadas, que se mostra cada vez mais presentes no setor agropecuário, pode agilizar o crédito e fortalecer a atividade. 

A intensificação da produção e os riscos na atividade

A intensificação da atividade também eleva os riscos. Quanto maior o capital investido, maior o risco de perdas, caso o retorno não corresponda ao esperado. Para investir na atividade e torná-la mais intensiva, é essencial equilibrar rentabilidade, segurança e liquidez. Sistemas intensivos tendem a mobilizar mais recursos e aumentar a imobilização de capital, tornando essencial garantir que esses investimentos sejam revertidos em maior liquidez e rentabilidade. Mas como investir certo e ao mesmo tempo gerar liquidez?

Christiano Nascif alerta que em alguns casos, os investimentos são realizados apenas por “modismo”. No entanto, é essencial que, ao investir, é preciso saber qual a necessidade do investimento. Para ilustrar, Christiano Nascif apresenta o exemplo hipotético de uma fazenda em sistema semi-confinado, onde o mesmo rebanho apresenta uma produção média de 18 litros de leite por vaca/dia no período das águas e de 25 litros na seca. Essa variação significativa na produtividade indica, possivelmente, problemas com a ambiência e o conforto dos animais. Nesse contexto, o investimento em infraestrutura que proporciona as melhores condições ambientais torna-se necessário para aumentar a produção de leite e garantir a sustentabilidade do negócio.

Os investimentos na produção devem ser precedidos de uma análise criteriosa sobre o retorno esperado. A intensificação deve vir acompanhada do ganho em escala – o aumento da eficiência no uso dos recursos, não apenas do volume de leite produzido. Mobilizar capital sem obter retorno suficiente indica ineficiência, enquanto o ganho em escala representa uma gestão eficiente e produtiva. 

O principal desafio da pecuária leiteira no Brasil não reside na rentabilidade, mas sim na falta de liquidez. O alto capital imobilizado em cercas, maquinários, terras e alimentação do rebanho, com baixa produção mensal de leite, compromete a capacidade de geração de receita no curto prazo. Assim, é essencial focar em investimentos que promovam liquidez e retornos imediatos para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento da atividade.

A evolução da pecuária leiteira no Brasil exige uma gestão aprimorada, que alie eficiência técnica com rigor financeiro. Só desta forma será possível enfrentar os desafios de um setor em transformação e garantir uma atividade economicamente sustentável e competitiva. Você quer dar esse grande e importante o para garantir o sucesso na atividade leiteira? Inscreva-se no curso MilkPoint Experts Gestão Financeira!

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Material escrito por:

Fernanda Antunes

Fernanda Antunes

Engenheira Agrônoma pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC/CAV.

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O setor leiteiro a por grandes transformações no Brasil e no mundo, levando a pecuária leiteira nacional, independentemente do sistema de produção, a alcançar novos patamares de desempenho. Esse foi um dos assuntos abordados na primeira aula do Curso MilkPoint Experts Gestão Financeira, ministrada pelo Marcelo Carvalho - CEO da MilkPoint Ventures e Christiano Nascif - Diretor da Labor Rural.

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Observa-se uma tendência de intensificação na atividade, com uso mais intensivo de insumos e uma demanda crescente por mão de obra especializada. Esse cenário apresenta um potencial significativo para um desempenho técnico e econômico de alto nível, favorecendo a competitividade da atividade com outras formas de utilização da terra e do trabalho.

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Esse novo modelo produtivo, no entanto, implica riscos relevantes. Além da necessidade de mais investimentos, o sistema se torna menos flexível, exigindo um maior preparo financeiro. Compreender os mecanismos econômicos de atividade, captar recursos e compras estratégicas começam a fazer parte das habilidades essenciais das pessoas envolvidas na cadeia. Em contrapartida, os sistemas mais intensivos oferecem vantagens, como a redução dos riscos técnicos, além de facilitar o controle das variáveis e tornar mais possível o aumento da produção em escala, permitindo uma competição mais intensa com outras alternativas de uso da terra.

Diante da intensificação, o o a recursos financeiros assume um papel importante nesse processo. Identificar fontes de financiamento, saber captar recursos e ar capital de fontes privadas, que se mostra cada vez mais presentes no setor agropecuário, pode agilizar o crédito e fortalecer a atividade. 

A intensificação da produção e os riscos na atividade

A intensificação da atividade também eleva os riscos. Quanto maior o capital investido, maior o risco de perdas, caso o retorno não corresponda ao esperado. Para investir na atividade e torná-la mais intensiva, é essencial equilibrar rentabilidade, segurança e liquidez. Sistemas intensivos tendem a mobilizar mais recursos e aumentar a imobilização de capital, tornando essencial garantir que esses investimentos sejam revertidos em maior liquidez e rentabilidade. Mas como investir certo e ao mesmo tempo gerar liquidez?

Christiano Nascif alerta que em alguns casos, os investimentos são realizados apenas por “modismo”. No entanto, é essencial que, ao investir, é preciso saber qual a necessidade do investimento. Para ilustrar, Christiano Nascif apresenta o exemplo hipotético de uma fazenda em sistema semi-confinado, onde o mesmo rebanho apresenta uma produção média de 18 litros de leite por vaca/dia no período das águas e de 25 litros na seca. Essa variação significativa na produtividade indica, possivelmente, problemas com a ambiência e o conforto dos animais. Nesse contexto, o investimento em infraestrutura que proporciona as melhores condições ambientais torna-se necessário para aumentar a produção de leite e garantir a sustentabilidade do negócio.

Os investimentos na produção devem ser precedidos de uma análise criteriosa sobre o retorno esperado. A intensificação deve vir acompanhada do ganho em escala – o aumento da eficiência no uso dos recursos, não apenas do volume de leite produzido. Mobilizar capital sem obter retorno suficiente indica ineficiência, enquanto o ganho em escala representa uma gestão eficiente e produtiva. 

O principal desafio da pecuária leiteira no Brasil não reside na rentabilidade, mas sim na falta de liquidez. O alto capital imobilizado em cercas, maquinários, terras e alimentação do rebanho, com baixa produção mensal de leite, compromete a capacidade de geração de receita no curto prazo. Assim, é essencial focar em investimentos que promovam liquidez e retornos imediatos para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento da atividade.

A evolução da pecuária leiteira no Brasil exige uma gestão aprimorada, que alie eficiência técnica com rigor financeiro. Só desta forma será possível enfrentar os desafios de um setor em transformação e garantir uma atividade economicamente sustentável e competitiva. Você quer dar esse grande e importante o para garantir o sucesso na atividade leiteira? Inscreva-se no curso MilkPoint Experts Gestão Financeira!

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