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Modelos alternativos de sucessão para fazendas leiteiras

O processo de iniciar um negócio do zero e fazer com que ele prospere, é longo e dificultoso. Mas, chega um momento em que é preciso parar e ar o bastão.

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O processo de iniciar um negócio do zero, estruturar e fazer com que ele prospere, é longo e dificultoso. Mas, como tudo na vida, chega um momento que é preciso parar e ar o bastão para alguém mais jovem e que possa trazer maior prosperidade para o negócio.

Quando falamos de produção de leite, o primeiro pensamento que se tem quando o assunto é sucessão, é ar o negócio de pai para filho. Mas é importante lembrar que existem vários tipos de modelos de sucessão alternativos que podem ser considerados para uma fazenda de leite, a depender das circunstâncias familiares, financeiras e operacionais.

O mais tradicional e conhecido dos modelos de sucessão, é a familiar. Neste sistema, a fazenda é transferida para os membros da família, geralmente filhos ou parentes próximos, que têm interesse em continuar a operação. Os ativos e a gestão da fazenda são transferidos de uma geração para outra, muitas vezes com os pais aposentando-se gradualmente à medida que os filhos assumem as responsabilidades.

Esse tipo de modelo possibilita que valores, histórias e até mesmo padrões, sejam transmitidos de geração em geração, além de ter suas vantagens, como a continuidade da cultura empresarial.

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Quando não se tem filhos ou familiares próximos que desejem ou possam dar continuidade no negócio, algumas alternativas devem ser consideradas. Uma possibilidade seria, em vez de transferir a propriedade da fazenda, os proprietários podem optar por arrendar a terra ou estabelecer parcerias com agricultores ou investidores interessados em operar as atividades na fazenda. Isso pode ser uma opção para proprietários que desejam continuar recebendo renda da fazenda sem a responsabilidade direta da gestão.

Em um cenário em que os proprietários não queiram abrir mão 100% da gestão da propriedade, vale considerar a possibilidade de união com cooperativas agrícolas ou associações de produtores de leite, o que pode oferecer benefícios em termos de marketing, compra de insumos e gestão compartilhada.

Uma alternativa a ser avaliada, é permitir que a propriedade seja adquirida por um fundo de investimento agrícola.  Isso possibilita aos proprietários originais manter algum interesse financeiro na fazenda enquanto não estão diretamente envolvidos na operação, que fica por conta do fundo de investimento.

Quando o foco é uma pessoa além de alguém da família, a sucessão pode ser chamada de sucessão por oportunidade, como já tratamos nesse texto que traz um case de sucesso apresentado no Interleite Brasil 2023. Nesse tipo de sucessão, os indivíduos são selecionados com base em suas qualificações e capacidades para desempenhar o papel em questão, avaliados por suas competências, habilidades e méritos, independentemente de sua relação familiar com a organização.  

A venda da propriedade pode ser um caminho, assim como a venda parcial. Em vez de vender a fazenda inteira, os proprietários podem optar por vender uma parte dela a terceiros ou a membros da família interessados. Isso pode permitir uma transição gradual da propriedade e da gestão.

Em alguns casos, uma combinação de modelos pode ser usada, como transferir a terra para membros da família e estabelecer parcerias com terceiros para expandir o negócio.

Na Nova Zelândia, um modelo utilizado é o ShareMilk. O sistema é um atrativo para a vida rural no país, sendo um dos responsáveis pela ausência de êxodo rural na Nova Zelândia. No sistema “sharemilking”, o produtor (“sharemilker”) opera a fazenda em nome do proprietário em troca de uma porcentagem pré-acordada. É um modelo de negócio comprovado e protegido por lei na Nova Zelândia.

O sistema é uma alternativa para sucessão que facilita a agem de bastão de um produtor cansado da lida para um jovem entusiasta, gerando uma situação de ganha-ganha.

A escolha do modelo de sucessão depende dos objetivos, recursos e circunstâncias específicas de cada fazenda e família. É importante considerar questões legais, fiscais e financeiras ao planejar a sucessão de uma fazenda de leite, e muitas vezes é aconselhável procurar orientação profissional, como a de advogados ou consultores agrícolas, para tomar decisões.

 

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Material escrito por:

Stephanie Alves Gonsales

Stephanie Alves Gonsales

Zootecnista formada pela Universidade Estadual de Maringá e pós-graduada em Gestão do Agronegócio. Responsável pela Equipe de Conteúdo do MilkPoint.

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Quando falamos de produção de leite, o primeiro pensamento que se tem quando o assunto é sucessão, é ar o negócio de pai para filho. Mas é importante lembrar que existem vários tipos de modelos de sucessão alternativos que podem ser considerados para uma fazenda de leite, a depender das circunstâncias familiares, financeiras e operacionais.

O mais tradicional e conhecido dos modelos de sucessão, é a familiar. Neste sistema, a fazenda é transferida para os membros da família, geralmente filhos ou parentes próximos, que têm interesse em continuar a operação. Os ativos e a gestão da fazenda são transferidos de uma geração para outra, muitas vezes com os pais aposentando-se gradualmente à medida que os filhos assumem as responsabilidades.

Esse tipo de modelo possibilita que valores, histórias e até mesmo padrões, sejam transmitidos de geração em geração, além de ter suas vantagens, como a continuidade da cultura empresarial.

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Quando não se tem filhos ou familiares próximos que desejem ou possam dar continuidade no negócio, algumas alternativas devem ser consideradas. Uma possibilidade seria, em vez de transferir a propriedade da fazenda, os proprietários podem optar por arrendar a terra ou estabelecer parcerias com agricultores ou investidores interessados em operar as atividades na fazenda. Isso pode ser uma opção para proprietários que desejam continuar recebendo renda da fazenda sem a responsabilidade direta da gestão.

Em um cenário em que os proprietários não queiram abrir mão 100% da gestão da propriedade, vale considerar a possibilidade de união com cooperativas agrícolas ou associações de produtores de leite, o que pode oferecer benefícios em termos de marketing, compra de insumos e gestão compartilhada.

Uma alternativa a ser avaliada, é permitir que a propriedade seja adquirida por um fundo de investimento agrícola.  Isso possibilita aos proprietários originais manter algum interesse financeiro na fazenda enquanto não estão diretamente envolvidos na operação, que fica por conta do fundo de investimento.

Quando o foco é uma pessoa além de alguém da família, a sucessão pode ser chamada de sucessão por oportunidade, como já tratamos nesse texto que traz um case de sucesso apresentado no Interleite Brasil 2023. Nesse tipo de sucessão, os indivíduos são selecionados com base em suas qualificações e capacidades para desempenhar o papel em questão, avaliados por suas competências, habilidades e méritos, independentemente de sua relação familiar com a organização.  

A venda da propriedade pode ser um caminho, assim como a venda parcial. Em vez de vender a fazenda inteira, os proprietários podem optar por vender uma parte dela a terceiros ou a membros da família interessados. Isso pode permitir uma transição gradual da propriedade e da gestão.

Em alguns casos, uma combinação de modelos pode ser usada, como transferir a terra para membros da família e estabelecer parcerias com terceiros para expandir o negócio.

Na Nova Zelândia, um modelo utilizado é o ShareMilk. O sistema é um atrativo para a vida rural no país, sendo um dos responsáveis pela ausência de êxodo rural na Nova Zelândia. No sistema “sharemilking”, o produtor (“sharemilker”) opera a fazenda em nome do proprietário em troca de uma porcentagem pré-acordada. É um modelo de negócio comprovado e protegido por lei na Nova Zelândia.

O sistema é uma alternativa para sucessão que facilita a agem de bastão de um produtor cansado da lida para um jovem entusiasta, gerando uma situação de ganha-ganha.

A escolha do modelo de sucessão depende dos objetivos, recursos e circunstâncias específicas de cada fazenda e família. É importante considerar questões legais, fiscais e financeiras ao planejar a sucessão de uma fazenda de leite, e muitas vezes é aconselhável procurar orientação profissional, como a de advogados ou consultores agrícolas, para tomar decisões.

 

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