Produção de leite de búfalas confinadas
A produção de leite de búfalas criadas em sistema de confinamento é também possível e já vêm sendo utilizada em algumas propriedades do Brasil. Nos rebanhos da Europa e, em especial na Itália, a maioria das búfalas em produção e também aquelas em período seco ficam confinadas em função da pouca disponibilidade de terra nas propriedades e do seu custo. O confinamento de búfalas lactantes no Brasil tem sido adotado [...]
Publicado em: - 2 minutos de leitura
O confinamento de búfalas lactantes no Brasil tem sido adotado em função de particularidades dentre as quais se destacam: pouca disponibilidade de terra para utilização de sistema de pastejo rotacionado, relevo acidentado, localização da sala de ordenha com difícil o, a utilização das melhores terras da propriedade para a produção de alimento e a necessidade de diferenciação no arraçoamento das búfalas primíparas e daquelas com maior produtividade que não ingerir a dieta necessária a pasto com suplementação.
Pelas características fisiológicas da espécie bubalina, as búfalas em lactação com alta produtividade, confinadas e que recebem maior concentração de carboidrato não estrutural na dieta podem sofrer mais com o excesso de calor quando comparado com as vacas. Portanto, é oportuno deixar uma área com sombra próxima ao confinamento para que as búfalas caminhem e tenham contato com a terra, o que favorece o bem estar animal. Apesar da maior tolerância das búfalas em relação à permanência em área com maior umidade que favorece a ocorrência de mamite e de lesões de casco, o acúmulo de esterco e lama deve ser evitado. Em locais muito secos ou com alta radiação solar convêm adaptar pontos de nebulização junto à área sombreada oferecida.
É necessário destacar que as búfalas, em função da grande variação dos teores de gordura e proteína do leite durante as fases de lactação, necessitam do monitoramento da composição do leite produzido em cada lote de produção. Em função da composição do leite de cada lote é possível estimar o volume total produzido com composição padronizada para que sejam atendidas as demandas nutricionais utilizando os padrões já estabelecidos para a espécie bubalina. O livro MANUAL DE BÚFALAS LEITEIRAS, que tem a sua versão impressa disponível no site da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (http://www.bufmilkpoint-br.informativomineiro.com/freeshop.html) e a versão digital disponível on line (localizar utilizando sites de busca) apresenta os conhecimentos básicos para a boa implementação de sistemas de produção de leite de búfala.
A localização do curral de arraçoamento deve ser bem planejada para facilitar a mobilidade dos animais até a sala de ordenha. Ao caminhar, as búfalas criam trilhos que podem ficar profundos e criar condições para acúmulo de barro na época de chuva, o que é muito ruim, pois leva “sujeira” para a sala de ordenha e, por fim, determina queda na qualidade e/ou atraso no processo de ordenha dos animais por demandar melhor limpeza.
Temos que considerar também a morfologia das búfalas selecionadas para permanecer confinadas. Animais muito grandes e com chifres longos e abertos não são aconselhados em função da possibilidade de traumas físicos nas demais búfalas e dificuldade de contenção para a alimentação destes animais.
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Material escrito por:

Eduardo Bastianetto
Médico Veterinário Pesquisador INCT - Pecuária / EV-UFMG Presidente do Conselho Deliberativo Técnico da ABCB Diretor de Relações Institucionais da Ass. Mineira de Bubalinocultores
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EM 26/05/2018
PIUMHI - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 08/09/2014
A criação de bubalinos para produção de leite, ainda é pouco divulgado.
A milkPoint deveria produzir mais artigos como este, será de grande ajuda para os criadores e interessados.
Obrigado.
ROLIM DE MOURA - RONDÔNIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 05/09/2014