de animais elite ou, em situações mais críticas, quando não se dispunha de volumoso suficiente para a produção do rebanho. Atualmente, terceirizar serviços ou adquirir produtos, inclusive volumosos, de produtores especializados na atividade tem sido uma boa alternativa para os pecuaristas", por João Ricardo Alves Pereira, professor da UEPG." />

Produção terceirizada de forragens

Blog AgriMilk: "A especialização da pecuária no Brasil tem resultado num crescimento significativo na venda de produtos e serviços. No segmento de forragens conservadas, até recentemente tínhamos como referência somente a comercialização de feno para alguns poucos rebanhos de animais elite ou, em situações mais críticas, quando não se dispunha de volumoso suficiente para a produção do rebanho. Atualmente, terceirizar serviços ou adquirir produtos, inclusive volumosos, de produtores especializados na atividade tem sido uma boa alternativa para os pecuaristas", por João Ricardo Alves Pereira, professor da UEPG.

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A especialização da pecuária no Brasil tem resultado num crescimento significativo na venda de produtos e serviços. No segmento de forragens conservadas, até recentemente tínhamos como referência somente a comercialização de feno para alguns poucos rebanhos de animais elite ou, em situações mais críticas, quando não se dispunha de volumoso suficiente para a produção do rebanho. Atualmente, terceirizar serviços ou adquirir produtos, inclusive volumosos, de produtores especializados na atividade tem sido uma boa alternativa para os pecuaristas. O processo pode ser iniciado pela agricultura, com serviços de implantação de lavoura, adubações (recebendo o adubo químico na lavoura ou distribuindo periodicamente o adubo orgânico) e todo o manejo fitossanitário, seguido pela colheita da forragem, envolvendo os processos de transporte e armazenamento.

Como vantagens o produtor tem maior especialização da propriedade, focando seus esforços e investimentos naquilo que realmente é de sua competência; tendo melhor qualidade no plantio, colheita mais rápida, menor investimento em máquinas, alimentos de melhor qualidade e, principalmente, um planejamento mais seguro para sua atividade.
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Para boa parte dos produtores de leite a necessidade de aumento da produção, para viabilizar novos investimentos, esbarra no tamanho limitado das áreas de produção de volumosos e na necessidade de maiores investimentos e custo de manutenção de equipamentos para produção de grandes volumes de forragens conservadas. Para os agricultores, a necessidade de novas opções de renda integradas ao seu planejamento agrícola, como venda de parte das culturas de inverno na forma de silagem ou feno, ou mesmo prestando serviços com seu maquinário (redução de custos fixos).

Atualmente, impulsionada pelo significativo crescimento da pecuária leiteira, a terceirização de serviços, principalmente de colheita, vem se tornando uma prática cada vez mais comum em diferentes regiões do Brasil. Cabe ressaltar que a terceirização na produção de forragem conservada não está associada somente às forrageiras autopropelidas, e sim a toda forma trabalho que envolva pagamento em espécie e/ou troca por serviços pelo uso de máquinas, equipamentos e veículos nas etapas de produção e colheita de forragem destinada à conservação.

Na tabela 1 temos os valores de custos, no caso de maquinário próprio, de tratores e máquinas forrageiras empregadas nos processos de ensilagem e fenação.

No caso da colheita com forrageiras autopropelidas os valores cobrados dos produtores, em média, são de R$ 350,00 a 450,00 por hectare colhido ou de R$ 750,00 a 800,00 por hora trabalhada, livre dos custos de combustível em ambas as situações. Os caminhões transportadores cobram, em média, cerca de R$ 75,00/hora, livre de diesel.

Quando comparados os custos por área colhida, a colheita com forrageira autopropelida tem custo próximo aos de forrageiras acopladas, de uma linha ou duas linhas. Contudo, os principais benefícios decorrentes da colheita com autopropelidas estão na possibilidade de obtenção de uma forragem de melhor qualidade, associadas à maior participação de grãos, devidamente processados, e no corte da forragem de modo a otimizar as funções ruminais, aumentando a densidade da massa ensilada e reduzindo significativamente as perdas de forragem.

Máquinas forrageiras de grande porte têm maior eficiência operacional, possibilitando uma colheita mais rápida dentro do momento ideal para corte, menor tempo para enchimento e fechamento do silo e, eventualmente, maior disponibilidade de tratores para compactação, contribuindo para a qualidade da silagem produzida. No entanto, uma parte significativa desses benefícios não estão sendo aproveitados pelos produtores, o que pode ser decorrente da falta de planejamento na lavoura, da indisponibilidade de tratores para compactação ou mesmo falta de conhecimento dos recursos da máquina.

O uso de forrageiras acopladas, de uma ou duas linhas, não é impeditivo para produção de silagem de boa qualidade, desde que se tenha algum planejamento no plantio da lavoura, combinando híbridos de ciclos diferentes e escalonando o plantio, de modo a que a janela de colheita seja otimizada com as etapas da ensilagem.
 
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AgriMilk

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João Ricardo Alves Pereira Professor Adjunto da UEPG - PR - Zootecnia Coordenador do Projeto de Extensão "Zootecnia no Campo" Proprietário da Vitalle Nutrição Animal - Empresa de Consultoria em Produção e Conservação de Forragens Produtor de Leite

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Blog AgriMilk: "A especialização da pecuária no Brasil tem resultado num crescimento significativo na venda de produtos e serviços. No segmento de forragens conservadas, até recentemente tínhamos como referência somente a comercialização de feno para alguns poucos rebanhos de animais elite ou, em situações mais críticas, quando não se dispunha de volumoso suficiente para a produção do rebanho. Atualmente, terceirizar serviços ou adquirir produtos, inclusive volumosos, de produtores especializados na atividade tem sido uma boa alternativa para os pecuaristas", por João Ricardo Alves Pereira, professor da UEPG.

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A especialização da pecuária no Brasil tem resultado num crescimento significativo na venda de produtos e serviços. No segmento de forragens conservadas, até recentemente tínhamos como referência somente a comercialização de feno para alguns poucos rebanhos de animais elite ou, em situações mais críticas, quando não se dispunha de volumoso suficiente para a produção do rebanho. Atualmente, terceirizar serviços ou adquirir produtos, inclusive volumosos, de produtores especializados na atividade tem sido uma boa alternativa para os pecuaristas. O processo pode ser iniciado pela agricultura, com serviços de implantação de lavoura, adubações (recebendo o adubo químico na lavoura ou distribuindo periodicamente o adubo orgânico) e todo o manejo fitossanitário, seguido pela colheita da forragem, envolvendo os processos de transporte e armazenamento.

Como vantagens o produtor tem maior especialização da propriedade, focando seus esforços e investimentos naquilo que realmente é de sua competência; tendo melhor qualidade no plantio, colheita mais rápida, menor investimento em máquinas, alimentos de melhor qualidade e, principalmente, um planejamento mais seguro para sua atividade.
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Atualmente, impulsionada pelo significativo crescimento da pecuária leiteira, a terceirização de serviços, principalmente de colheita, vem se tornando uma prática cada vez mais comum em diferentes regiões do Brasil. Cabe ressaltar que a terceirização na produção de forragem conservada não está associada somente às forrageiras autopropelidas, e sim a toda forma trabalho que envolva pagamento em espécie e/ou troca por serviços pelo uso de máquinas, equipamentos e veículos nas etapas de produção e colheita de forragem destinada à conservação.

Na tabela 1 temos os valores de custos, no caso de maquinário próprio, de tratores e máquinas forrageiras empregadas nos processos de ensilagem e fenação.

No caso da colheita com forrageiras autopropelidas os valores cobrados dos produtores, em média, são de R$ 350,00 a 450,00 por hectare colhido ou de R$ 750,00 a 800,00 por hora trabalhada, livre dos custos de combustível em ambas as situações. Os caminhões transportadores cobram, em média, cerca de R$ 75,00/hora, livre de diesel.

Quando comparados os custos por área colhida, a colheita com forrageira autopropelida tem custo próximo aos de forrageiras acopladas, de uma linha ou duas linhas. Contudo, os principais benefícios decorrentes da colheita com autopropelidas estão na possibilidade de obtenção de uma forragem de melhor qualidade, associadas à maior participação de grãos, devidamente processados, e no corte da forragem de modo a otimizar as funções ruminais, aumentando a densidade da massa ensilada e reduzindo significativamente as perdas de forragem.

Máquinas forrageiras de grande porte têm maior eficiência operacional, possibilitando uma colheita mais rápida dentro do momento ideal para corte, menor tempo para enchimento e fechamento do silo e, eventualmente, maior disponibilidade de tratores para compactação, contribuindo para a qualidade da silagem produzida. No entanto, uma parte significativa desses benefícios não estão sendo aproveitados pelos produtores, o que pode ser decorrente da falta de planejamento na lavoura, da indisponibilidade de tratores para compactação ou mesmo falta de conhecimento dos recursos da máquina.

O uso de forrageiras acopladas, de uma ou duas linhas, não é impeditivo para produção de silagem de boa qualidade, desde que se tenha algum planejamento no plantio da lavoura, combinando híbridos de ciclos diferentes e escalonando o plantio, de modo a que a janela de colheita seja otimizada com as etapas da ensilagem.
 
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João Ricardo Alves Pereira Professor Adjunto da UEPG - PR - Zootecnia Coordenador do Projeto de Extensão "Zootecnia no Campo" Proprietário da Vitalle Nutrição Animal - Empresa de Consultoria em Produção e Conservação de Forragens Produtor de Leite

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