eriódicas, uma vez que esta varia ao longo do tempo." />

Qualidade da água: 3 - Salinidade

A qualidade da água é essencial para a sanidade dos animais e seu desempenho produtivo, e é caracterizada por parâmetros como salinidade, dureza, pH, nível de sulfato, de nitrato e de elementos tóxicos, presença de microrganismos, etc. O controle da qualidade da água deve ser feito por meio de análises periódicas, uma vez que esta varia ao longo do tempo.

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A qualidade da água é essencial para a sanidade dos animais e seu desempenho produtivo, e é caracterizada por parâmetros como salinidade, dureza, pH, nível de sulfato, de nitrato e de elementos tóxicos, presença de microrganismos, etc. O controle da qualidade da água deve ser feito por meio de análises periódicas, uma vez que esta varia ao longo do tempo.
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A salinidade refere-se à quantidade total de sais minerais dissolvidos na água e pode ser determinada como sólidos totais dissolvidos ou como sais totais dissolvidos. Nas análises de qualidade, a salinidade pode aparecer em unidades de concentração (ppm, mg/L, g/L) ou de condutividade elétrica (μmhos/cm ou dS/m). A Tabela 1 apresenta os fatores de conversão entre as unidades.

Tabela 1. Fatores de conversão entre unidades de salinidade

Figura 1

A tolerância dos animais à salinidade varia com a espécie, a idade, a necessidade de água e com suas condições fisiológicas (Tabela 2). De modo geral, mudanças abruptas na qualidade da água, de pouco para muito salina, são mais prejudiciais aos animais que mudanças graduais.

Níveis muito elevados de salinidade inibem o consumo de água pelos animais e, conseqüentemente, seu consumo de alimentos. Outros sintomas também observados são sede excessiva, dor abdominal, vômito, diarréia, sinais nervosos (tremor, cegueira, andar em círculos ou para trás, etc.), convulsões e morte. Os efeitos prejudiciais da salinidade são decorrentes, principalmente, de seu efeito osmótico.

Tabela 2. Uso potencial de fontes de água com diversos níveis de salinidade

Figura 2

O nível de salinidade da água tende a aumentar nas épocas mais quentes e secas do ano devido à maior evaporação da água. O tratamento da água para reduzir o nível de salinidade pode ser feito por sistemas de membranas (ex.: osmose reversa). As opções de tratamento, no entanto, são caras e, normalmente, inviáveis para uso em fazendas de pecuária. Além do uso de outras fontes de água, algumas alternativas para reduzir o problema de salinidade nestas propriedades são: colocar drenos ou saídas de água nos reservatórios permitindo a renovação periódica da água e evitando a concentração de sais devido à evaporação da água armazenada; adotar medidas para reduzir as perdas de água por evaporação; e aumentar a coleta de água de chuva que pode ser utilizada para diluição da água salina.

Referências bibliográficas:

BAGLEY, C.V.; KOTUBY-AMACHER, J.FARREL-POE, K. Analysis of water quality for livestock. Utah State University Extension. 7p. 1997.

BRAUL, L.; KIRYCHUK, B. Water quality and cattle. Agriculture and Agri-Food Canada. 6p. 2001.
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Nino Rodrigo Cabral de Barros Lima

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Patricia Menezes Santos

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DJALMA HAROLDO P N FERNANDES
DJALMA HAROLDO P N FERNANDES

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 15/08/2007

Sem muito o que comentar.

Todavia, sempre tive informações, que o gado somente absorve a quantidade de sal que o seu organismo necessita. Dessa forma, como é que pode existir ingestão demasiada?

<b>Resposta dos autores:</b>

Prezado Haroldo,

Há um mito popular que diz que os animais ingerem a quantidade de suplemento mineral que necessitam, o controle do consumo de minerais, no entanto, não é tão simples assim. Um primeiro ponto que deve ser ressaltado é que estamos falando de vários elementos (sódio, fósforo, potássio, enxofre, etc.) e, normalmente, eles não são todos oferecidos em concentrações ótimas para que aos animais possam consumir apenas o que necessitam de cada um.

Vários os fatores que interferem no consumo de suplementos minerais em animais sob pastejo:

- composição do produto;
- localização do cocho;
- oferta de forragem;
- qualidade da forragem;
- estação do ano;
- composição da água;

O consumo adequado é um desafio da suplementação mineral nos trópicos. Consumos acima do adequado implicam em altos custos, consumos baixos implicam em baixos desempenhos.

No caso de água com elevado teor de salinidade pode ser feito raciocínio semelhante. O controle do consumo de água é regulado por diversos fatores. O animal não irá parar de beber água apenas por ter consumido a quantidade que necessita de alguns minerais.

Marco Balsalobre e Patrícia Santos
Qual a sua dúvida hoje?

Qualidade da água: 3 - Salinidade

A qualidade da água é essencial para a sanidade dos animais e seu desempenho produtivo, e é caracterizada por parâmetros como salinidade, dureza, pH, nível de sulfato, de nitrato e de elementos tóxicos, presença de microrganismos, etc. O controle da qualidade da água deve ser feito por meio de análises periódicas, uma vez que esta varia ao longo do tempo.

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A qualidade da água é essencial para a sanidade dos animais e seu desempenho produtivo, e é caracterizada por parâmetros como salinidade, dureza, pH, nível de sulfato, de nitrato e de elementos tóxicos, presença de microrganismos, etc. O controle da qualidade da água deve ser feito por meio de análises periódicas, uma vez que esta varia ao longo do tempo.
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A salinidade refere-se à quantidade total de sais minerais dissolvidos na água e pode ser determinada como sólidos totais dissolvidos ou como sais totais dissolvidos. Nas análises de qualidade, a salinidade pode aparecer em unidades de concentração (ppm, mg/L, g/L) ou de condutividade elétrica (μmhos/cm ou dS/m). A Tabela 1 apresenta os fatores de conversão entre as unidades.

Tabela 1. Fatores de conversão entre unidades de salinidade

Figura 1

A tolerância dos animais à salinidade varia com a espécie, a idade, a necessidade de água e com suas condições fisiológicas (Tabela 2). De modo geral, mudanças abruptas na qualidade da água, de pouco para muito salina, são mais prejudiciais aos animais que mudanças graduais.

Níveis muito elevados de salinidade inibem o consumo de água pelos animais e, conseqüentemente, seu consumo de alimentos. Outros sintomas também observados são sede excessiva, dor abdominal, vômito, diarréia, sinais nervosos (tremor, cegueira, andar em círculos ou para trás, etc.), convulsões e morte. Os efeitos prejudiciais da salinidade são decorrentes, principalmente, de seu efeito osmótico.

Tabela 2. Uso potencial de fontes de água com diversos níveis de salinidade

Figura 2

O nível de salinidade da água tende a aumentar nas épocas mais quentes e secas do ano devido à maior evaporação da água. O tratamento da água para reduzir o nível de salinidade pode ser feito por sistemas de membranas (ex.: osmose reversa). As opções de tratamento, no entanto, são caras e, normalmente, inviáveis para uso em fazendas de pecuária. Além do uso de outras fontes de água, algumas alternativas para reduzir o problema de salinidade nestas propriedades são: colocar drenos ou saídas de água nos reservatórios permitindo a renovação periódica da água e evitando a concentração de sais devido à evaporação da água armazenada; adotar medidas para reduzir as perdas de água por evaporação; e aumentar a coleta de água de chuva que pode ser utilizada para diluição da água salina.

Referências bibliográficas:

BAGLEY, C.V.; KOTUBY-AMACHER, J.FARREL-POE, K. Analysis of water quality for livestock. Utah State University Extension. 7p. 1997.

BRAUL, L.; KIRYCHUK, B. Water quality and cattle. Agriculture and Agri-Food Canada. 6p. 2001.
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EM 15/08/2007

Sem muito o que comentar.

Todavia, sempre tive informações, que o gado somente absorve a quantidade de sal que o seu organismo necessita. Dessa forma, como é que pode existir ingestão demasiada?

<b>Resposta dos autores:</b>

Prezado Haroldo,

Há um mito popular que diz que os animais ingerem a quantidade de suplemento mineral que necessitam, o controle do consumo de minerais, no entanto, não é tão simples assim. Um primeiro ponto que deve ser ressaltado é que estamos falando de vários elementos (sódio, fósforo, potássio, enxofre, etc.) e, normalmente, eles não são todos oferecidos em concentrações ótimas para que aos animais possam consumir apenas o que necessitam de cada um.

Vários os fatores que interferem no consumo de suplementos minerais em animais sob pastejo:

- composição do produto;
- localização do cocho;
- oferta de forragem;
- qualidade da forragem;
- estação do ano;
- composição da água;

O consumo adequado é um desafio da suplementação mineral nos trópicos. Consumos acima do adequado implicam em altos custos, consumos baixos implicam em baixos desempenhos.

No caso de água com elevado teor de salinidade pode ser feito raciocínio semelhante. O controle do consumo de água é regulado por diversos fatores. O animal não irá parar de beber água apenas por ter consumido a quantidade que necessita de alguns minerais.

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