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Silagem de milho: e se a garagem do seu carro fosse de lona?

No processo de fabricação da silagem, a parte de vedação e manutenção do produto é importantíssima. Saiba mais nesse artigo sobre a importância desse manejo na qualidade final do produto.

Publicado em: - 5 minutos de leitura

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Qual é o impacto que vou ter ao optar por uma lona de vedação de silo de menor qualidade? 

A silagem de milho é um dos alimentos mais comuns na dieta de vacas leiteiras no Brasil. O processo de ensilagem demora entre 1 e 3 dias na grande maioria das propriedades pequenas e médias. Entretanto, o fornecimento da silagem é contínuo nos sistemas confinados, e mesmo nos sistemas à base de pastagem o volumoso é recorrentemente utilizado, especialmente em situações de entre safra de forragens. 

No dia da colheita do milho para confecção da silagem é importante que todas as operações funcionem harmonicamente, isto inclui a afiação das facas da ensiladeira (pelo menos 2x ao dia, caso a colheita não seja realizada por uma colheitadeira automotriz), transporte do material da lavoura até o silo, descarga e distribuição no silo e compactação.

Estes processos possuem alguns pontos-chave, como:

  1. Necessidade da quebra dos grãos de milho em frações menores para facilitar o o dos micro organismos ruminais nestes;
  2. Distribuição da forragem colhida em camadas com espessura inferior a 30cm, pois camadas espessas dificultam a compactação;
  3. Largura do silo suficiente para que o trator transe os pneus e não permita a ocorrência de áreas sem compactação entre outros.

Embora tais informações sejam muito importantes, não são novidades, e estão bastante disseminadas entre produtores e técnicos de campo. Nesse sentido, abordaremos aqui a importância da vedação correta da silagem, um procedimento que, por vezes, pode ser negligenciado nas propriedades.

Continua depois da publicidade

Em geral, a vedação do silo ocorre após o término de uma jornada muito trabalhosa para os produtores. No entanto, é preciso ter muita cautela nesta etapa, pois possíveis erros podem colocar em risco todo o empenho gasto em todas as etapas anteriores, desde a escolha do híbrido.

A silagem, ou melhor, a conservação do material ensilado, é o resultado da fermentação anaeróbia dos carboidratos do milho que inicia logo após o “consumo” de todo o oxigênio remanescente no silo após o fechamento. A partir do momento em que o silo é aberto, ocorre novamente o contato da silagem com o oxigênio, dessa forma, microrganismos oportunistas podem se proliferar e iniciar a deterioração do material (silagem mofada, escura) que normalmente inicia após 1 ou 2 dias de contato do do silo com o ambiente externo.

Deste modo, ao imaginarmos um silo aberto e considerando o oxigênio como um “vilão” para a conservação do material, a única barreira que separa o ambiente externo (com oxigênio) do interno (sem oxigênio) é a lona do silo. É a garantia de manutenção da qualidade da silagem! 

Nesse sentido, há alguns pontos a serem (re)pensados, principalmente no que tange a qualidade do material a ser utilizado. Há muitas opções de lonas disponíveis no mercado, este é um segmento em ascensão, além disso, percebe-se a popularização de lonas chamadas de “barreira de oxigênio”, as quais reduzem consideravelmente o fluxo de ar através da lona (sim, as lonas em geral permitem o fluxo de oxigênio), e que até alguns anos atrás eram utilizadas apenas no exterior.

Esta disparidade de produtos abre precedente para que sejam vendidos materiais com preços muito distintos. Neste sentido, o produtor deve estar totalmente esclarecido e ciente do material que está adquirindo ao efetuar a compra.

No caso de silos do tipo trincheira (de terra), o fluxo de oxigênio também ocorre pelas laterais, de modo que a colocação de uma lona secundaria, não necessariamente nova, ajuda a contornar este problema. Além disso, como esta é colocada durante a ensilagem, contribui para evitar a contaminação da silagem com terra ou outros materiais. Na figura 1 temos um esquema que ilustra o procedimento de vedação com o uso de uma lona lateral. 

Figura 1. Procedimento correto para uso de uma lona secundaria nas paredes do silo trincheira. Fonte da imagem: prof. Tiago Bernardes (UFLA).

Figura 1

Quanto tempo a silagem ficará estocada? Em alguns casos o silo é aberto logo após a finalização do processo de conservação (cerca de um mês), mas há situações em que o silo permanece fechado por meses, talvez anos.

Nos casos em que o silo permanecerá por um longo período fechado, a qualidade da lona é ainda mais relevante, pois uma grande parcela dos materiais disponíveis no mercado não possui tratamento anti raios UV, ou seja, a exposição direta da lona do silo ao sol causa a degradação gradual do material, mesmo que isso não seja observado visualmente, o que por sua vez permite um fluxo maior de oxigênio por meio da lona (fica mais permeável), logo, oxigênio=micro organismos, migro organismos=degradação do material ensilado (camada escura no topo do silo).

Deste modo, “proteger” a lona com materiais como terra, telhas ou outra lona é uma alternativa para atenuar a situação caso a lona escolhida não possua tais atribuições.

Por fim, me permito realizar uma conta simplista, embora condizente com a realidade que vejo no campo e no sentido inverso do normal. Imaginemos uma propriedade (pequena) com 30 vacas em lactação (550 kg) em sistema confinado cujo consumo diário dos animais seja de 2,5% do peso vivo e que a dieta é composta por 50% de silagem de milho (33% de MS). A necessidade diária de silagem da propriedade (apenas para as vacas em lactação) é de 625 kg de matéria natural, logo 228 ton. em um ano. Ao considerarmos a produtividade do milho de 47 ton de matéria verde/ha (já descontada as perdas), serão necessários cerca 4,84 hectares (2 alqueires) para alcançar esta produção.

Consideramos agora estes 4,84 hectares de lavoura de milho com uma produtividade de 155 sacos/ha de milho grão. Caso o produtor realizasse a venda do produto (750 sacos) em patamares de preço próximos aos de jan/fev de 2021 (R$ 70,00/sc), apenas o “valor” do milho grão depositado em um silo ultraaria os 50 mil reais. Estes 50 mil reais compram (atualmente) um carro popular, um carro novo está sob a lona de um silo, a garagem que cobre o carro é a lona que cobre a silagem, e sendo ela (a lona) a única barreira que separa a silagem do ambiente externo (vilão), me parece lógico que sua qualidade não pode ser negligenciada.

Obs.: As recomendações discutidas neste trabalho não eximem a adoção de outras práticas, apenas sugerem procedimentos pontuais para melhorar a qualidade da vedação do silo.

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Daniel Augusto Barreta

Daniel Augusto Barreta

Zootecnista, Núcleo de Pesquisa em Pastagem - UDESC/CAV

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FIDELIS ITAMAR DE QUEIRÓS
FIDELIS ITAMAR DE QUEIRÓS

ARAPUTANGA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/03/2021

Muito bom conteúdo, o escritor demonstrou dominar o assunto, todavia, gostaria aqui de dar è acrescentar uma sugestão, ou seja, Cortando o pé de milho em partículas menores, além de permitir uma melhor compactação no monte, as carretas de transportes levará 25% mais material, e mesmo as facas da Ensiladeira amoladas o tamanho da partícula ainda menor fará com que diminua a quantidade de grãos inteiros.
Beneficios:
-Economia no transporte até o monte;
-melhor compactação com menos horas máquinas;
-melhor conservação e durabilidade do ensilado;
-Menor monte e menor lona;
-melhor aproveitamento fo amido;
Único incoveniente é a Ensiladeira gastar mais tempo. Mas tudo compensa.
Jose flauzino machado barbosa
JOSE FLAUZINO MACHADO BARBOSA

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/03/2021

Faço silo em trincheira todos os anos..uso lona de boa qualidade e um pisoteio impecável quando ao abrir posso falar silo de primeira qualidade por incrível que pareça não tem perca.
Daniel Augusto Barreta
DANIEL AUGUSTO BARRETA

XANXERÊ - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 16/03/2021

Parabéns pelos resultados José, os detalhes são fundamentais para garantir a qualidade do produto final.
Rodrigo Rossi
RODRIGO ROSSI

CURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/03/2021

Excelente matéria e boa analogia! Só me ficou uma dúvida, a ingestão de 50% de silagem considerando 2,5% do peso corporal do animal é em relação a matéria seca ou matéria natural? Pois se for considerado a matéria natural a quantidade me parece que deveria ser maior. E a comparação do custo de oportunidade do material ensilado com o milho grão ficou um ótimo parâmetro.
Irezê Moraes Ferreira
IREZÊ MORAES FERREIRA

SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS - MATO GROSSO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 10/03/2021

Rodrigo nas minhas contas vejo o seguinte :
Vaca com 550 Kg x 2,5% = 13,75 Kg/ na ms e se a silagem tem 33% de ms :
100 Kg silagem______ 33 Kg/ms
X Kg silagem______ 13,75/ms
X = 41,66 Kg/silagem/mv/dia e como a dieta é composta por 50% de silagem de milho o consumo será de 20,83 Kg/silagem/dia 30 vacas = 624,9 Kg = 625 Kg na matéria verda ( natural!!!!!
Espero ter contribuído com a sua dúvida.
Daniel Augusto Barreta
DANIEL AUGUSTO BARRETA

XANXERÊ - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 10/03/2021

Olá Rodrigo, obrigado pelas considerações. O consumo de matéria seca do animal é próximo a 2,5% do seu peso vivo. Eu considerei então, no exemplo, que destes 13,75 kg de MS ingeridos pelos animais diariamente, metade é de silagem, logo, 6,87 kg de MS, que dividido por 0,33 (33% de MS na silagem de milho), leva a um consumo de 20,83 kg de matéria natural por vaca por dia (20,83*30 vacas = 625 kg de matéria natural por dia).
O raciocínio é o mesmo que o descrito no outro comentário, mas por um caminho diferentes.

Obrigado, Daniel
Daniel Augusto Barreta
EM RESPOSTA A IREZÊ MORAES FERREIRA DANIEL AUGUSTO BARRETA

XANXERÊ - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 10/03/2021

Correto Irezê, esta é a lógica do cálculo, obrigado por contribuir.
Tere Barreta
TERE BARRETA

OURO VERDE - SANTA CATARINA

EM 05/03/2021

Conteúdo informatvo e esclarecedor, mudando a visão de quem procura sempre maior rendimento de sua produção, e usando da metáfora "o barato sai caro", certos investimento são fundamentais para evitar prejuízos eminentes. Parabéns pela publicação doutorando Daniel Augusto Barreta!
Daniel Augusto Barreta
DANIEL AUGUSTO BARRETA

XANXERÊ - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 08/03/2021

Obrigado pelo comentário e pelo incentivo Tere
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Qual é o impacto que vou ter ao optar por uma lona de vedação de silo de menor qualidade? 

A silagem de milho é um dos alimentos mais comuns na dieta de vacas leiteiras no Brasil. O processo de ensilagem demora entre 1 e 3 dias na grande maioria das propriedades pequenas e médias. Entretanto, o fornecimento da silagem é contínuo nos sistemas confinados, e mesmo nos sistemas à base de pastagem o volumoso é recorrentemente utilizado, especialmente em situações de entre safra de forragens. 

No dia da colheita do milho para confecção da silagem é importante que todas as operações funcionem harmonicamente, isto inclui a afiação das facas da ensiladeira (pelo menos 2x ao dia, caso a colheita não seja realizada por uma colheitadeira automotriz), transporte do material da lavoura até o silo, descarga e distribuição no silo e compactação.

Estes processos possuem alguns pontos-chave, como:

  1. Necessidade da quebra dos grãos de milho em frações menores para facilitar o o dos micro organismos ruminais nestes;
  2. Distribuição da forragem colhida em camadas com espessura inferior a 30cm, pois camadas espessas dificultam a compactação;
  3. Largura do silo suficiente para que o trator transe os pneus e não permita a ocorrência de áreas sem compactação entre outros.

Embora tais informações sejam muito importantes, não são novidades, e estão bastante disseminadas entre produtores e técnicos de campo. Nesse sentido, abordaremos aqui a importância da vedação correta da silagem, um procedimento que, por vezes, pode ser negligenciado nas propriedades.

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Em geral, a vedação do silo ocorre após o término de uma jornada muito trabalhosa para os produtores. No entanto, é preciso ter muita cautela nesta etapa, pois possíveis erros podem colocar em risco todo o empenho gasto em todas as etapas anteriores, desde a escolha do híbrido.

A silagem, ou melhor, a conservação do material ensilado, é o resultado da fermentação anaeróbia dos carboidratos do milho que inicia logo após o “consumo” de todo o oxigênio remanescente no silo após o fechamento. A partir do momento em que o silo é aberto, ocorre novamente o contato da silagem com o oxigênio, dessa forma, microrganismos oportunistas podem se proliferar e iniciar a deterioração do material (silagem mofada, escura) que normalmente inicia após 1 ou 2 dias de contato do do silo com o ambiente externo.

Deste modo, ao imaginarmos um silo aberto e considerando o oxigênio como um “vilão” para a conservação do material, a única barreira que separa o ambiente externo (com oxigênio) do interno (sem oxigênio) é a lona do silo. É a garantia de manutenção da qualidade da silagem! 

Nesse sentido, há alguns pontos a serem (re)pensados, principalmente no que tange a qualidade do material a ser utilizado. Há muitas opções de lonas disponíveis no mercado, este é um segmento em ascensão, além disso, percebe-se a popularização de lonas chamadas de “barreira de oxigênio”, as quais reduzem consideravelmente o fluxo de ar através da lona (sim, as lonas em geral permitem o fluxo de oxigênio), e que até alguns anos atrás eram utilizadas apenas no exterior.

Esta disparidade de produtos abre precedente para que sejam vendidos materiais com preços muito distintos. Neste sentido, o produtor deve estar totalmente esclarecido e ciente do material que está adquirindo ao efetuar a compra.

No caso de silos do tipo trincheira (de terra), o fluxo de oxigênio também ocorre pelas laterais, de modo que a colocação de uma lona secundaria, não necessariamente nova, ajuda a contornar este problema. Além disso, como esta é colocada durante a ensilagem, contribui para evitar a contaminação da silagem com terra ou outros materiais. Na figura 1 temos um esquema que ilustra o procedimento de vedação com o uso de uma lona lateral. 

Figura 1. Procedimento correto para uso de uma lona secundaria nas paredes do silo trincheira. Fonte da imagem: prof. Tiago Bernardes (UFLA).

Figura 1

Quanto tempo a silagem ficará estocada? Em alguns casos o silo é aberto logo após a finalização do processo de conservação (cerca de um mês), mas há situações em que o silo permanece fechado por meses, talvez anos.

Nos casos em que o silo permanecerá por um longo período fechado, a qualidade da lona é ainda mais relevante, pois uma grande parcela dos materiais disponíveis no mercado não possui tratamento anti raios UV, ou seja, a exposição direta da lona do silo ao sol causa a degradação gradual do material, mesmo que isso não seja observado visualmente, o que por sua vez permite um fluxo maior de oxigênio por meio da lona (fica mais permeável), logo, oxigênio=micro organismos, migro organismos=degradação do material ensilado (camada escura no topo do silo).

Deste modo, “proteger” a lona com materiais como terra, telhas ou outra lona é uma alternativa para atenuar a situação caso a lona escolhida não possua tais atribuições.

Por fim, me permito realizar uma conta simplista, embora condizente com a realidade que vejo no campo e no sentido inverso do normal. Imaginemos uma propriedade (pequena) com 30 vacas em lactação (550 kg) em sistema confinado cujo consumo diário dos animais seja de 2,5% do peso vivo e que a dieta é composta por 50% de silagem de milho (33% de MS). A necessidade diária de silagem da propriedade (apenas para as vacas em lactação) é de 625 kg de matéria natural, logo 228 ton. em um ano. Ao considerarmos a produtividade do milho de 47 ton de matéria verde/ha (já descontada as perdas), serão necessários cerca 4,84 hectares (2 alqueires) para alcançar esta produção.

Consideramos agora estes 4,84 hectares de lavoura de milho com uma produtividade de 155 sacos/ha de milho grão. Caso o produtor realizasse a venda do produto (750 sacos) em patamares de preço próximos aos de jan/fev de 2021 (R$ 70,00/sc), apenas o “valor” do milho grão depositado em um silo ultraaria os 50 mil reais. Estes 50 mil reais compram (atualmente) um carro popular, um carro novo está sob a lona de um silo, a garagem que cobre o carro é a lona que cobre a silagem, e sendo ela (a lona) a única barreira que separa a silagem do ambiente externo (vilão), me parece lógico que sua qualidade não pode ser negligenciada.

Obs.: As recomendações discutidas neste trabalho não eximem a adoção de outras práticas, apenas sugerem procedimentos pontuais para melhorar a qualidade da vedação do silo.

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FIDELIS ITAMAR DE QUEIRÓS
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ARAPUTANGA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/03/2021

Muito bom conteúdo, o escritor demonstrou dominar o assunto, todavia, gostaria aqui de dar è acrescentar uma sugestão, ou seja, Cortando o pé de milho em partículas menores, além de permitir uma melhor compactação no monte, as carretas de transportes levará 25% mais material, e mesmo as facas da Ensiladeira amoladas o tamanho da partícula ainda menor fará com que diminua a quantidade de grãos inteiros.
Beneficios:
-Economia no transporte até o monte;
-melhor compactação com menos horas máquinas;
-melhor conservação e durabilidade do ensilado;
-Menor monte e menor lona;
-melhor aproveitamento fo amido;
Único incoveniente é a Ensiladeira gastar mais tempo. Mas tudo compensa.
Jose flauzino machado barbosa
JOSE FLAUZINO MACHADO BARBOSA

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/03/2021

Faço silo em trincheira todos os anos..uso lona de boa qualidade e um pisoteio impecável quando ao abrir posso falar silo de primeira qualidade por incrível que pareça não tem perca.
Daniel Augusto Barreta
DANIEL AUGUSTO BARRETA

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EM 16/03/2021

Parabéns pelos resultados José, os detalhes são fundamentais para garantir a qualidade do produto final.
Rodrigo Rossi
RODRIGO ROSSI

CURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/03/2021

Excelente matéria e boa analogia! Só me ficou uma dúvida, a ingestão de 50% de silagem considerando 2,5% do peso corporal do animal é em relação a matéria seca ou matéria natural? Pois se for considerado a matéria natural a quantidade me parece que deveria ser maior. E a comparação do custo de oportunidade do material ensilado com o milho grão ficou um ótimo parâmetro.
Irezê Moraes Ferreira
IREZÊ MORAES FERREIRA

SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS - MATO GROSSO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 10/03/2021

Rodrigo nas minhas contas vejo o seguinte :
Vaca com 550 Kg x 2,5% = 13,75 Kg/ na ms e se a silagem tem 33% de ms :
100 Kg silagem______ 33 Kg/ms
X Kg silagem______ 13,75/ms
X = 41,66 Kg/silagem/mv/dia e como a dieta é composta por 50% de silagem de milho o consumo será de 20,83 Kg/silagem/dia 30 vacas = 624,9 Kg = 625 Kg na matéria verda ( natural!!!!!
Espero ter contribuído com a sua dúvida.
Daniel Augusto Barreta
DANIEL AUGUSTO BARRETA

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EM 10/03/2021

Olá Rodrigo, obrigado pelas considerações. O consumo de matéria seca do animal é próximo a 2,5% do seu peso vivo. Eu considerei então, no exemplo, que destes 13,75 kg de MS ingeridos pelos animais diariamente, metade é de silagem, logo, 6,87 kg de MS, que dividido por 0,33 (33% de MS na silagem de milho), leva a um consumo de 20,83 kg de matéria natural por vaca por dia (20,83*30 vacas = 625 kg de matéria natural por dia).
O raciocínio é o mesmo que o descrito no outro comentário, mas por um caminho diferentes.

Obrigado, Daniel
Daniel Augusto Barreta
EM RESPOSTA A IREZÊ MORAES FERREIRA DANIEL AUGUSTO BARRETA

XANXERÊ - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 10/03/2021

Correto Irezê, esta é a lógica do cálculo, obrigado por contribuir.
Tere Barreta
TERE BARRETA

OURO VERDE - SANTA CATARINA

EM 05/03/2021

Conteúdo informatvo e esclarecedor, mudando a visão de quem procura sempre maior rendimento de sua produção, e usando da metáfora "o barato sai caro", certos investimento são fundamentais para evitar prejuízos eminentes. Parabéns pela publicação doutorando Daniel Augusto Barreta!
Daniel Augusto Barreta
DANIEL AUGUSTO BARRETA

XANXERÊ - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

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Obrigado pelo comentário e pelo incentivo Tere
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