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Timpanismo: quais são as causas, os sintomas e como tratar

O timpanismo é um problema recorrente em várias propriedades criadoras de bovinos de leite e corte. Entenda mais sobre o problema neste artigo.

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O timpanismo é um problema recorrente em vários tipos de manejo, principalmente em sistemas de confinamento ou com alto fornecimento de concentrados.  
 

O que é Timpanismo?

Timpanismo é o acúmulo de gases que resulta em uma distensão acentuada do rúmen e retículo (compartimentos do estômago dos ruminantes). É uma condição comum em ruminantes e pode ser conhecido como empanzinamento ou meteorismo ruminal .

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Em condições normais, o animal produz menos gases fermentativos do que sua capacidade de os expulsar. Contudo, qualquer fator que atrapalhe a expulsão, acarreta um quadro de dificuldade respiratória e circulatória, podendo levar o animal a morte. 

 

Causas do timpanismo

O problema pode ser visto com mais frequência em animais manejados em sistemas de confinamento, onde a alimentação é composta quase em sua totalidade por rações com altas proporções de concentrados. A ingestão de leguminosa em alto grau de crescimento, como alfafa e trevos, em pastagem ou em forma de silagem e feno, também pode causar excesso de gases e, em bezerros, uma alta quantidade de leite ingerida pode acarretar o problema. 

 

Tipos de Timpanismo

Os tipos de timpanismo são: timpanismo primário e timpanismo secundário.

 

Timpanismo Primário

O timpanismo primário, ou timpanismo espumoso, é quando ocorre uma anormalidade na dilatação do rúmen. Há um aumento na viscosidade do líquido ruminal e há presença de bolhas gasosas na espuma. Mesmo com a existência da contração ruminal, a ligação firme entre as bolhas impede que elas se desfaçam e dessa maneira, não são eliminadas.

Essa classificação do problema é mais recorrente devido a fatores nutricionais, tais como:

  • Dieta sem equilíbrio entre volumoso e concentrado;
  • Forrageiras altamente fermentativas;
  • Grãos com granulometria muito fina.

 

Timpanismo Secundário

O timpanismo secundário é resultado de dificuldades funcionais ou físicas à eructação. É menos comum que o timpanismo primário e pode ser causado por uma série de fatores, entre eles:

  • Obstrução do esôfago por corpo estranho;
  • Lesão das vias de manutenção do reflexo de eructação;
  • Enfartamento ganglionar devido infecções.

Alterações na saliva do animal também podem levar ao timpanismo, uma vez que o pH do rúmen é neutralizado via saliva.

 

Sintomas do timpanismo

O timpanismo tem evolução rápida do quadro clínico. A pressão intrarruminal se eleva e ocorre a distensão do flanco esquerdo, deixando o animal aflito e fazendo com que ele pare de se alimentar e comece a apresentar desconforto.

A frequência respiratória do animal aumenta, ocorre a exteriorização da língua, salivação intensa, extensão do pescoço e distensão dos membros. Os movimentos ruminais estão aumentados nas fases iniciais, diminuindo então de intensidade, chegando até a parada total em função da distensão acentuada do rúmen.

O quadro evolui para a queda do animal, com a cabeça distendida, boca aberta, língua para fora e olhos dilatados. A morte ocorre, se não tratado, após algumas horas do início dos sintomas.

 

Tratamento para timpanismo

O tratamento da doença pode variar de acordo com o grau de severidade do caso, mas requer alívio rápido da distensão ruminal. O estímulo da eructação e da salivação, além da agem de sonda orogástrica, agente antiespumante e até a ruminotomia, são tratamentos e procedimentos recomendados para solucionar o caso.

É fundamental que as dietas sejam sempre bem elaboradas, mantendo uma proporção adequada entre volumoso e concentrado. O produtor deve ficar atento com a pastagem fornecida, mesmo que em forma de silagem, uma vez que determinadas forrageiras têm mais probabilidade de ocasionar o problema.

A inclusão de tecnologias, como os aditivos ionóforos, no manejo nutricional, é importante e se faz necessário em algumas dietas, além de melhorar a eficiência produtiva, a saúde e o bem-estar dos animais.

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Material escrito por:

Stephanie Alves Gonsales

Stephanie Alves Gonsales

Zootecnista formada pela Universidade Estadual de Maringá e pós-graduada em Gestão do Agronegócio. Responsável pela Equipe de Conteúdo do MilkPoint.

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sergio moacir de andrade
SERGIO MOACIR DE ANDRADE

ARIQUEMES - RONDÔNIA - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 25/11/2021

Bom dia, no caso de bezerros leiteiros, a proporção do timpanismo é maior, oque fazer?????
Stephanie Alves Gonsales
STEPHANIE ALVES GONSALES

MARÍLIA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 25/11/2021

Boa tarde, Sérgio! Obrigada por nos acompanhar por aqui.

É complicado determinar uma causa ou até mesmo trazer uma solução com tão poucas informações, mas, o timpanismo é muito decorrente da alimentação e alguns casos ocorrem por algum desequilíbrio na dieta. Eu aconselho que procure um profissional que possa avaliar presencialmente a alimentação fornecida para que ele traga a melhor solução pra sua situação em específico.

Obrigada pelo comentário e estou à disposição caso possa ajudar em algo mais. Abraços!
Camilla Kanashiro
CAMILLA KANASHIRO

MARINGÁ - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 31/03/2021

Ótimo texto!!!
Daniela Faria
DANIELA FARIA

ÁGUAS FORMOSAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 31/03/2021

Muito bom
Qual a sua dúvida hoje?

Timpanismo: quais são as causas, os sintomas e como tratar

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O que é Timpanismo?

Timpanismo é o acúmulo de gases que resulta em uma distensão acentuada do rúmen e retículo (compartimentos do estômago dos ruminantes). É uma condição comum em ruminantes e pode ser conhecido como empanzinamento ou meteorismo ruminal .

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Causas do timpanismo

O problema pode ser visto com mais frequência em animais manejados em sistemas de confinamento, onde a alimentação é composta quase em sua totalidade por rações com altas proporções de concentrados. A ingestão de leguminosa em alto grau de crescimento, como alfafa e trevos, em pastagem ou em forma de silagem e feno, também pode causar excesso de gases e, em bezerros, uma alta quantidade de leite ingerida pode acarretar o problema. 

 

Tipos de Timpanismo

Os tipos de timpanismo são: timpanismo primário e timpanismo secundário.

 

Timpanismo Primário

O timpanismo primário, ou timpanismo espumoso, é quando ocorre uma anormalidade na dilatação do rúmen. Há um aumento na viscosidade do líquido ruminal e há presença de bolhas gasosas na espuma. Mesmo com a existência da contração ruminal, a ligação firme entre as bolhas impede que elas se desfaçam e dessa maneira, não são eliminadas.

Essa classificação do problema é mais recorrente devido a fatores nutricionais, tais como:

  • Dieta sem equilíbrio entre volumoso e concentrado;
  • Forrageiras altamente fermentativas;
  • Grãos com granulometria muito fina.

 

Timpanismo Secundário

O timpanismo secundário é resultado de dificuldades funcionais ou físicas à eructação. É menos comum que o timpanismo primário e pode ser causado por uma série de fatores, entre eles:

  • Obstrução do esôfago por corpo estranho;
  • Lesão das vias de manutenção do reflexo de eructação;
  • Enfartamento ganglionar devido infecções.

Alterações na saliva do animal também podem levar ao timpanismo, uma vez que o pH do rúmen é neutralizado via saliva.

 

Sintomas do timpanismo

O timpanismo tem evolução rápida do quadro clínico. A pressão intrarruminal se eleva e ocorre a distensão do flanco esquerdo, deixando o animal aflito e fazendo com que ele pare de se alimentar e comece a apresentar desconforto.

A frequência respiratória do animal aumenta, ocorre a exteriorização da língua, salivação intensa, extensão do pescoço e distensão dos membros. Os movimentos ruminais estão aumentados nas fases iniciais, diminuindo então de intensidade, chegando até a parada total em função da distensão acentuada do rúmen.

O quadro evolui para a queda do animal, com a cabeça distendida, boca aberta, língua para fora e olhos dilatados. A morte ocorre, se não tratado, após algumas horas do início dos sintomas.

 

Tratamento para timpanismo

O tratamento da doença pode variar de acordo com o grau de severidade do caso, mas requer alívio rápido da distensão ruminal. O estímulo da eructação e da salivação, além da agem de sonda orogástrica, agente antiespumante e até a ruminotomia, são tratamentos e procedimentos recomendados para solucionar o caso.

É fundamental que as dietas sejam sempre bem elaboradas, mantendo uma proporção adequada entre volumoso e concentrado. O produtor deve ficar atento com a pastagem fornecida, mesmo que em forma de silagem, uma vez que determinadas forrageiras têm mais probabilidade de ocasionar o problema.

A inclusão de tecnologias, como os aditivos ionóforos, no manejo nutricional, é importante e se faz necessário em algumas dietas, além de melhorar a eficiência produtiva, a saúde e o bem-estar dos animais.

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sergio moacir de andrade
SERGIO MOACIR DE ANDRADE

ARIQUEMES - RONDÔNIA - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 25/11/2021

Bom dia, no caso de bezerros leiteiros, a proporção do timpanismo é maior, oque fazer?????
Stephanie Alves Gonsales
STEPHANIE ALVES GONSALES

MARÍLIA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 25/11/2021

Boa tarde, Sérgio! Obrigada por nos acompanhar por aqui.

É complicado determinar uma causa ou até mesmo trazer uma solução com tão poucas informações, mas, o timpanismo é muito decorrente da alimentação e alguns casos ocorrem por algum desequilíbrio na dieta. Eu aconselho que procure um profissional que possa avaliar presencialmente a alimentação fornecida para que ele traga a melhor solução pra sua situação em específico.

Obrigada pelo comentário e estou à disposição caso possa ajudar em algo mais. Abraços!
Camilla Kanashiro
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MARINGÁ - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 31/03/2021

Ótimo texto!!!
Daniela Faria
DANIELA FARIA

ÁGUAS FORMOSAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 31/03/2021

Muito bom
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