Alternativas para redução de metano na produção de leite
O crescimento da população, coloca a pecuária frente ao desafio de aumentar a produção de alimentos sem aumentar as emissões de gases do efeito estufa. Leia!
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O crescimento da população, coloca a pecuária frente ao desafio de aumentar a produção de alimentos sem aumentar as emissões de gases do efeito estufa. Leia!
A manipulação da microbiota intestinal é uma importante ferramenta que ainda estamos desenvolvendo. Saiba mais sobre a importância desse agente na produção.
Estratégias para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa têm se tornado prioridade. Entenda a importância de inventários de emissões.
Esta forma de construção do conhecimento em conjunto entre técnicos e produtores é fundamental. Leia mais aqui!
A diversificação de alimentos volumosos pode ser um caminho para aumentar a sustentabilidade das fazendas. Confira aqui outros pontos que podem ajudar!
A busca por uma produção de alimentos em sinergia com o meio ambiente aumentou o interesse por formas de produção de alimentos alternativas. Saiba os caminhos!
Seção Ovinos e Caprinos: "Na pesquisa, a média da produção de leite por ovelha no Brasil era de 1,17 litros. Algumas propriedades estavam bem abaixo da média encontrada na literatura para as raças (2,0 litros para Lacaune e 2,2 para East Friesian), e mesmo quando comparadas com as outras propriedades dentro do país. Como a genética destes animais era basicamente a mesma, pode-se sugerir que o problema destes produtores não devia ser [...]", por Fernanda Ferreira dos Santos, Augusto Hauber Gameiro e Rubens Nunes, do Departamento de Nutrição e Produção Animal, FMVZ/USP.
Seção Ovinos e Caprinos: "A produção leiteira de ovinos ainda parece não ter sido devidamente explorada no Brasil, apesar de ser uma atividade que gera um produto nobre do ponto de vista da fabricação de queijos. Consequentemente, é um leite que pode atingir preço elevado, destinado à fabricação de queijos finos, de alto valor de mercado", por Fernanda Ferreira dos Santos, Augusto Hauber Gameiro e Rubens Nunes, do Departamento de Nutrição e Produção Animal, FMVZ/USP.
Radar Ovinos e Caprinos: "A Europa pode servir de inspiração para ao Brasil, pelo exemplo de ocupação de áreas naturalmente de produção menos intensiva com a criação de ovinos a pasto, de forma mais sustentável, mantendo assim as <i>landscape</i> habitadas e permitindo a obtenção de retorno econômico, especialmente em regiões mais fragilizadas, negligenciadas ou subutilizadas", por Fernanda Ferreira dos Santos e Augusto Hauber Gameiro, do Departamento de Nutrição e Produção Animal, FMVZ/USP.
Seção Sistemas de Produção: "Há algumas semanas iniciamos aqui pelo MilkPoint discussões sobre o uso de alguns elementos químicos (nutrientes) pela agropecuária, em especial o nitrogênio (N). Neste texto daremos continuidade ao assunto adicionando o fósforo (P) na análise e procurando apresentar estimativas do balanço desses dois elementos na agropecuária mundial até o ano de 2050 e o que poderia ser feito para tornar tal balanço menos impactante ao ambiente e à sociedade", por Augusto Hauber Gameiro, Prof. Dr. do Departamento de Nutrição e Produção Animal da USP de Pirassununga. Atualmente desenvolve programa de pós-doutorado no Institut des Sciences et Industries du Vivant et de l´Environnement (AgroParisTech), na França.
Em nossa última análise, intitulada "A agropecuária mundial tem sido eficiente no uso de nitrogênio" b-wii9gengc8 />
O nitrogênio (N) é um elemento fundamental para a composição das espécies, a diversidade, a dinâmica e funcionamento de muitos ecossistemas terrestres, aquáticos e marinhos. Embora seja utilizado para atender às necessidades humanas, tais como a produção agrícola, as suas consequências ambientais são sérias e de longo prazo. O uso excessivo de fertilizantes pode contribuir para a contaminação dos solos e das águas com nitrato, com a acidificação do solo, e com a emissão de dióxido de carbono, óxido nitroso e de amônia para a atmosfera.[...]
Neste mês, optamos por discutir um artigo sobre o conceito de qualidade de carne de cordeiro. O interessante é que os autores compararam os parâmetros de qualidade considerados pelos dois extremos da cadeia: o produtor e o consumidor, e verificaram que há pontos de concordância e de divergência entre o pensamento destes segmentos. O trabalho é intitulado <i>"Aspects of quality related to the consumption and production of lamb meat: Consumers versus producers"</i>, e foi publicado na revista Meat Science em abril deste ano. Seu objetivo foi identificar e comparar as diferentes avaliações feitas por produtores e consumidores de carne ovina, em relação aos parâmetros utilizados no momento da compra da carne e aos fatores que afetam a produção de carne de cordeiro de qualidade.
Este mês optamos por discutir o trabalho "Impacts of Animal Well-Being and Welfare Media on Meat Demand", realizado por dois pesquisadores norte-americanos e publicado no final de 2010 no periódico "Journal of Agricultural Economics". O objetivo da pesquisa foi averiguar como as informações sobre bem-estar animal (BEA) fornecidas pela imprensa impactam a demanda por determinadas carnes nos Estados Unidos. A pesquisa foi motivada pelo rápido crescimento das preocupações com o bem-estar dos animais de criação, associado à pressão da imprensa sobre o assunto. Muitos estudos vêm considerando a atenção da mídia como fator influenciador de demandas, o que parece bastante apropriado já que a maior parte dos consumidores recebe muitas informações sobre a produção de alimentos através dos jornais e televisão.
Como comentamos em artigo anterior, ocorreu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, entre os dias 25 e 28 de julho do ano ado, o 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, istração e Sociologia Rural (SOBER). As reuniões anuais da SOBER são um importante fórum de discussões entre pesquisadores, técnicos e formuladores de políticas, contribuindo para divulgar o conhecimento sobre a economia do setor rural. O tema do congresso de 2010 foi "Tecnologias, Desenvolvimento e Integração Social", refletindo a importância do debate sobre os desafios de se desenvolver novas alternativas tecnológicas para conciliar a produção de alimentos, o desenvolvimento científico, a geração de energia renovável e a preservação ambiental. Da mesma forma que discutimos anteriormente os artigos relativos à ovinocultura laneira apresentados no evento, trazemos agora uma visão geral de três trabalhos que discutiram a caprinocultura no Brasil.
Podemos escolher dentre diversos sistemas de produção de ovinos e caprinos, mas essa decisão deve ser fundamentada em planejamento prévio para tomada de decisão que atinja um resultado ótimo. Entretanto, na prática, observamos que muitas vezes, quando ocorre planejamento, esse é feito por processos subjetivos sem uso de um método científico. Temos à nossa disposição ferramentas que permitem realizar projeções, extrapolações, simulações e devemos utilizá-las, pois os resultados gerados podem subsidiar um processo de decisão sobre investimento.
Acreditamos que uma das lições mais importantes que podemos tirar destes três trabalhos é que a ciência pode (e deve!) contribuir para a melhor compreensão e consequente melhor aproveitamento dos mercados e meios produtivos. Neste contexto, podemos encontrar cada vez mais pesquisas relacionadas ao funcionamento da cadeia da lã ovina, com o objetivo de fornecer subsídios para uma revitalização desta indústria, tão importante economicamente e socialmente em nosso país. Devemos também ter a mente aberta para possíveis alternativas para a produção, processamento e industrialização da lã, assim como para a influência de fatores externos (e fora do nosso controle) sobre estes processos. Desta forma, uma visão holística é cada vez mais importante para a compreensão dos mercados e para a detecção de oportunidades.
Com o desenvolvimento da produção de pequenos ruminantes no país, verificamos uma oferta cada vez maior (ainda que muitas vezes não seja suficiente para suprir a demanda) de produtos e serviços relacionados à criação desses animais. Nesse contexto, optamos por discutir os dados apresentados por um artigo publicado em 2009 na revista Ecological Economics, intitulado "Evaluation and effectiveness of breeding and production services for dairy goat farmers in Kenya". O objetivo do trabalho foi avaliar a oferta de serviços reprodutivos e zootécnicos prestados a criadores de cabras leiteiras, e a visão desses criadores sobre a qualidade e a importância desse processo. A pesquisa foi realizada no Quênia, e foi escolhida por nós este mês por mostrar uma realidade muito interessante e o posicionamento dos caprinocultores frente a serviços de assessoria, marketing, entre outros.
Neste artigo trazemos algumas dicas de ovinocultores da Suécia que podem ser aplicadas ao momento que estamos vivendo na ovinocultura brasileira. A motivação do estudo vem do fato de que, apesar de importante para a subsistência no país, os criadores suecos de ovinos estão encontrando grandes dificuldades em manter a ovinocultura economicamente viável com a nova política de redução dos subsídios agropecuários e a concorrência da carne importada de países que possuem menores custos de produção. Por outro lado, a produção interna atende a apenas 37% do consumo, o que cria o desejo e a oportunidade de aumentar a produção. O leitor acha que esta situação parece familiar? Então continue lendo os próximos parágrafos!
O bem-estar dos animais de produção, além de uma questão ética, precisa ser encarado como um desafio para conquistar e manter mercados. A comunidade científica brasileira vem se sensibilizando a respeito deste fato, especialmente nos últimos anos, quando os mercados consumidores têm ado a valorizar a ética na produção animal. No entanto, é preocupante que as pesquisas sobre avaliação econômica de sistemas que visam melhorar a qualidade de vida dos animais sejam nitidamente menos intensas para espécies de menor impacto para o comércio internacional. Trabalhos deste tipo são essenciais para viabilizar técnicas de criação menos agressivas aos animais e para agregar valor aos produtos, mesmo no mercado interno, e devem se estender a outras espécies.
O Brasil é um país de dimensões continentais e é comum haver grandes distâncias entre unidades de criação até os frigoríficos. Por este motivo é tão importante conhecer os efeitos de transportes longos sobre os animais, e como tomar medidas que possam minimizar seus impactos negativos. Estudos australianos sobre o assunto podem ser uma boa referência, uma vez que aquele país também precisa lidar com grandes distâncias de transporte e sua indústria ovina possui experiência e encontra-se bastante desenvolvida.
Nos últimos artigos temos enfocado bastante o tema Custos de produção, discutindo diversos aspectos e alguns itens mais especificamente, além de apresentar resultados obtidos em pesquisas de campo. Alguns aspectos metodológicos também foram abordados. Entretanto, de nada adianta termos o conhecimento teórico se não o aplicamos na prática. Então surgem as dúvidas... Para que fazer? Como fazer? Por onde começar?
Devemos ter cuidado ao adotar estratégias e índices de seleção "prontos", as famosas "receitas de bolo", pois elas podem não funcionar tão bem em determinada situação. É preciso que produtores e técnicos tenham consciência que cada propriedade possui características próprias, e que os desejos e necessidades dos criadores precisam ser também considerados no momento da definição dos objetivos de seleção.
No artigo deste mês abordamos algumas alternativas e ideias para o pequeno criador de caprinos garantir a viabilidade do seu negócio, inclusive a longo prazo. Pretendemos posicionar a caprinocultura no contexto da crescente preocupação com a exploração sustentável da atividade agropecuária, destacando as importantes contribuições que cabras e bodes podem oferecer para o tema, bem como os desafios que os caprinocultores devem enfrentar nos próximos anos.
O crescimento da população, coloca a pecuária frente ao desafio de aumentar a produção de alimentos sem aumentar as emissões de gases do efeito estufa. Leia!
A manipulação da microbiota intestinal é uma importante ferramenta que ainda estamos desenvolvendo. Saiba mais sobre a importância desse agente na produção.
Estratégias para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa têm se tornado prioridade. Entenda a importância de inventários de emissões.
Esta forma de construção do conhecimento em conjunto entre técnicos e produtores é fundamental. Leia mais aqui!
A diversificação de alimentos volumosos pode ser um caminho para aumentar a sustentabilidade das fazendas. Confira aqui outros pontos que podem ajudar!
A busca por uma produção de alimentos em sinergia com o meio ambiente aumentou o interesse por formas de produção de alimentos alternativas. Saiba os caminhos!
Seção Ovinos e Caprinos: "Na pesquisa, a média da produção de leite por ovelha no Brasil era de 1,17 litros. Algumas propriedades estavam bem abaixo da média encontrada na literatura para as raças (2,0 litros para Lacaune e 2,2 para East Friesian), e mesmo quando comparadas com as outras propriedades dentro do país. Como a genética destes animais era basicamente a mesma, pode-se sugerir que o problema destes produtores não devia ser [...]", por Fernanda Ferreira dos Santos, Augusto Hauber Gameiro e Rubens Nunes, do Departamento de Nutrição e Produção Animal, FMVZ/USP.
Seção Ovinos e Caprinos: "A produção leiteira de ovinos ainda parece não ter sido devidamente explorada no Brasil, apesar de ser uma atividade que gera um produto nobre do ponto de vista da fabricação de queijos. Consequentemente, é um leite que pode atingir preço elevado, destinado à fabricação de queijos finos, de alto valor de mercado", por Fernanda Ferreira dos Santos, Augusto Hauber Gameiro e Rubens Nunes, do Departamento de Nutrição e Produção Animal, FMVZ/USP.
Radar Ovinos e Caprinos: "A Europa pode servir de inspiração para ao Brasil, pelo exemplo de ocupação de áreas naturalmente de produção menos intensiva com a criação de ovinos a pasto, de forma mais sustentável, mantendo assim as <i>landscape</i> habitadas e permitindo a obtenção de retorno econômico, especialmente em regiões mais fragilizadas, negligenciadas ou subutilizadas", por Fernanda Ferreira dos Santos e Augusto Hauber Gameiro, do Departamento de Nutrição e Produção Animal, FMVZ/USP.
Seção Sistemas de Produção: "Há algumas semanas iniciamos aqui pelo MilkPoint discussões sobre o uso de alguns elementos químicos (nutrientes) pela agropecuária, em especial o nitrogênio (N). Neste texto daremos continuidade ao assunto adicionando o fósforo (P) na análise e procurando apresentar estimativas do balanço desses dois elementos na agropecuária mundial até o ano de 2050 e o que poderia ser feito para tornar tal balanço menos impactante ao ambiente e à sociedade", por Augusto Hauber Gameiro, Prof. Dr. do Departamento de Nutrição e Produção Animal da USP de Pirassununga. Atualmente desenvolve programa de pós-doutorado no Institut des Sciences et Industries du Vivant et de l´Environnement (AgroParisTech), na França.
Em nossa última análise, intitulada "A agropecuária mundial tem sido eficiente no uso de nitrogênio" b-wii9gengc8 />
O nitrogênio (N) é um elemento fundamental para a composição das espécies, a diversidade, a dinâmica e funcionamento de muitos ecossistemas terrestres, aquáticos e marinhos. Embora seja utilizado para atender às necessidades humanas, tais como a produção agrícola, as suas consequências ambientais são sérias e de longo prazo. O uso excessivo de fertilizantes pode contribuir para a contaminação dos solos e das águas com nitrato, com a acidificação do solo, e com a emissão de dióxido de carbono, óxido nitroso e de amônia para a atmosfera.[...]
Neste mês, optamos por discutir um artigo sobre o conceito de qualidade de carne de cordeiro. O interessante é que os autores compararam os parâmetros de qualidade considerados pelos dois extremos da cadeia: o produtor e o consumidor, e verificaram que há pontos de concordância e de divergência entre o pensamento destes segmentos. O trabalho é intitulado <i>"Aspects of quality related to the consumption and production of lamb meat: Consumers versus producers"</i>, e foi publicado na revista Meat Science em abril deste ano. Seu objetivo foi identificar e comparar as diferentes avaliações feitas por produtores e consumidores de carne ovina, em relação aos parâmetros utilizados no momento da compra da carne e aos fatores que afetam a produção de carne de cordeiro de qualidade.
Este mês optamos por discutir o trabalho "Impacts of Animal Well-Being and Welfare Media on Meat Demand", realizado por dois pesquisadores norte-americanos e publicado no final de 2010 no periódico "Journal of Agricultural Economics". O objetivo da pesquisa foi averiguar como as informações sobre bem-estar animal (BEA) fornecidas pela imprensa impactam a demanda por determinadas carnes nos Estados Unidos. A pesquisa foi motivada pelo rápido crescimento das preocupações com o bem-estar dos animais de criação, associado à pressão da imprensa sobre o assunto. Muitos estudos vêm considerando a atenção da mídia como fator influenciador de demandas, o que parece bastante apropriado já que a maior parte dos consumidores recebe muitas informações sobre a produção de alimentos através dos jornais e televisão.
Como comentamos em artigo anterior, ocorreu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, entre os dias 25 e 28 de julho do ano ado, o 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, istração e Sociologia Rural (SOBER). As reuniões anuais da SOBER são um importante fórum de discussões entre pesquisadores, técnicos e formuladores de políticas, contribuindo para divulgar o conhecimento sobre a economia do setor rural. O tema do congresso de 2010 foi "Tecnologias, Desenvolvimento e Integração Social", refletindo a importância do debate sobre os desafios de se desenvolver novas alternativas tecnológicas para conciliar a produção de alimentos, o desenvolvimento científico, a geração de energia renovável e a preservação ambiental. Da mesma forma que discutimos anteriormente os artigos relativos à ovinocultura laneira apresentados no evento, trazemos agora uma visão geral de três trabalhos que discutiram a caprinocultura no Brasil.
Podemos escolher dentre diversos sistemas de produção de ovinos e caprinos, mas essa decisão deve ser fundamentada em planejamento prévio para tomada de decisão que atinja um resultado ótimo. Entretanto, na prática, observamos que muitas vezes, quando ocorre planejamento, esse é feito por processos subjetivos sem uso de um método científico. Temos à nossa disposição ferramentas que permitem realizar projeções, extrapolações, simulações e devemos utilizá-las, pois os resultados gerados podem subsidiar um processo de decisão sobre investimento.
Acreditamos que uma das lições mais importantes que podemos tirar destes três trabalhos é que a ciência pode (e deve!) contribuir para a melhor compreensão e consequente melhor aproveitamento dos mercados e meios produtivos. Neste contexto, podemos encontrar cada vez mais pesquisas relacionadas ao funcionamento da cadeia da lã ovina, com o objetivo de fornecer subsídios para uma revitalização desta indústria, tão importante economicamente e socialmente em nosso país. Devemos também ter a mente aberta para possíveis alternativas para a produção, processamento e industrialização da lã, assim como para a influência de fatores externos (e fora do nosso controle) sobre estes processos. Desta forma, uma visão holística é cada vez mais importante para a compreensão dos mercados e para a detecção de oportunidades.
Com o desenvolvimento da produção de pequenos ruminantes no país, verificamos uma oferta cada vez maior (ainda que muitas vezes não seja suficiente para suprir a demanda) de produtos e serviços relacionados à criação desses animais. Nesse contexto, optamos por discutir os dados apresentados por um artigo publicado em 2009 na revista Ecological Economics, intitulado "Evaluation and effectiveness of breeding and production services for dairy goat farmers in Kenya". O objetivo do trabalho foi avaliar a oferta de serviços reprodutivos e zootécnicos prestados a criadores de cabras leiteiras, e a visão desses criadores sobre a qualidade e a importância desse processo. A pesquisa foi realizada no Quênia, e foi escolhida por nós este mês por mostrar uma realidade muito interessante e o posicionamento dos caprinocultores frente a serviços de assessoria, marketing, entre outros.
Neste artigo trazemos algumas dicas de ovinocultores da Suécia que podem ser aplicadas ao momento que estamos vivendo na ovinocultura brasileira. A motivação do estudo vem do fato de que, apesar de importante para a subsistência no país, os criadores suecos de ovinos estão encontrando grandes dificuldades em manter a ovinocultura economicamente viável com a nova política de redução dos subsídios agropecuários e a concorrência da carne importada de países que possuem menores custos de produção. Por outro lado, a produção interna atende a apenas 37% do consumo, o que cria o desejo e a oportunidade de aumentar a produção. O leitor acha que esta situação parece familiar? Então continue lendo os próximos parágrafos!
O bem-estar dos animais de produção, além de uma questão ética, precisa ser encarado como um desafio para conquistar e manter mercados. A comunidade científica brasileira vem se sensibilizando a respeito deste fato, especialmente nos últimos anos, quando os mercados consumidores têm ado a valorizar a ética na produção animal. No entanto, é preocupante que as pesquisas sobre avaliação econômica de sistemas que visam melhorar a qualidade de vida dos animais sejam nitidamente menos intensas para espécies de menor impacto para o comércio internacional. Trabalhos deste tipo são essenciais para viabilizar técnicas de criação menos agressivas aos animais e para agregar valor aos produtos, mesmo no mercado interno, e devem se estender a outras espécies.
O Brasil é um país de dimensões continentais e é comum haver grandes distâncias entre unidades de criação até os frigoríficos. Por este motivo é tão importante conhecer os efeitos de transportes longos sobre os animais, e como tomar medidas que possam minimizar seus impactos negativos. Estudos australianos sobre o assunto podem ser uma boa referência, uma vez que aquele país também precisa lidar com grandes distâncias de transporte e sua indústria ovina possui experiência e encontra-se bastante desenvolvida.
Nos últimos artigos temos enfocado bastante o tema Custos de produção, discutindo diversos aspectos e alguns itens mais especificamente, além de apresentar resultados obtidos em pesquisas de campo. Alguns aspectos metodológicos também foram abordados. Entretanto, de nada adianta termos o conhecimento teórico se não o aplicamos na prática. Então surgem as dúvidas... Para que fazer? Como fazer? Por onde começar?
Devemos ter cuidado ao adotar estratégias e índices de seleção "prontos", as famosas "receitas de bolo", pois elas podem não funcionar tão bem em determinada situação. É preciso que produtores e técnicos tenham consciência que cada propriedade possui características próprias, e que os desejos e necessidades dos criadores precisam ser também considerados no momento da definição dos objetivos de seleção.
No artigo deste mês abordamos algumas alternativas e ideias para o pequeno criador de caprinos garantir a viabilidade do seu negócio, inclusive a longo prazo. Pretendemos posicionar a caprinocultura no contexto da crescente preocupação com a exploração sustentável da atividade agropecuária, destacando as importantes contribuições que cabras e bodes podem oferecer para o tema, bem como os desafios que os caprinocultores devem enfrentar nos próximos anos.