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Simbióticos: um conceito em evolução

Fique por dentro sobre a definição e benefícios da utilização dos simbióticos nos produtos lácteos.

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Publicado em: - Atualizado em: - 2 minutos de leitura

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Os simbióticos são uma combina de microrganimos probióticos e prebióticos  e sua utilização aumenta a potencialização dos benefícios à saúde fornecidos por derivados lácteos processados pelas indústrias de laticínios

O campo dos alimentos funcionais simbióticos (synbiotics em inglês, com "n" para se referir especificamente ao referido conceito) eram definidos de uma forma bem simples: alimentos com uma combinação de probióticos e de prebióticos. De fato, a palavra foi formada pelo prefixo grego “ syn” que significa "junto" e o sufixo “ biótico” que quer dizer “para a vida”.

O mercado global de alimentos simbióticos compreende produtos lácteos, bebidas, cereais para café da manhã e ainda produtos para nutrição infantil, sendo que a categoria de produtos lácteos tem maior participação.

Desta forma quando uma empresa emprega uma cepa com status de probiótico e em quantidades elevadas (cerca de 100 milhões de células por porção de consumo) e um ingrediente prebiótico (como inulina, FOS, etc.) em cerca de 5g por porção de consumo, então o produto pode ser considerado simbiótico. As quantidades exatas precisam ser confirmadas de acordo com a legislação de cada país.

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As vantagens desse produto poderiam estar relacionadas inclusive com a melhora da viabilidade do probiótico durante o armazenamento do produto, sendo o prebiótico um "lanchinho em potencial" para o probiótico poder se alimentar durante a vida de prateleira do produto.

Adicionalmente, para a saúde humana o consumo de alimentos simbióticos pode proporcionar inúmeros benefícios como melhora da saúde digestiva e do sistema imune, aumento na absorção de minerais, entre outros. É esperando que o mercado global de alimentos simbióticos cresça US$ 2,9 bilhões até 2020. 

Recentemente o conceito de simbióticos foi aprimorado, com participação de um time multidisciplinar composto por nutricionistas, médicos e microbiologistas e o trabalho foi publicado em uma conceituada revista (Nature Reviews). O conceito agora apresenta dois tipos de simbióticos.

Simbióticos complementares

Quando os microrganismo probióticos e os ingredientes prebióticos foram submetidos a um estudo anterior de forma independente e ambos comprovaram sua função e seguem a definição previamente preconizada de probióticos e prebióticos.

simbióticos sinérgicos

Indica que os dois adicionados juntos na formulação do alimento manifestam efeito promotor de saúde comprovado por estudos, porém, não foram avaliados separadamente (microrganismo ativo e ingrediente potencialmente funcional) e por isso não necessariamente cumprem a definição de probiótico e prebiótico, respectivamente.

Espera-se que com o emprego de simbióticos em lácteos o efeito de promoção de saúde seja potencializado e não apenas resultante da ação isolada de cada um dos agentes.

Autores:

Adriane Elisabete Antunes de Antunes1, Ramon Silva Rocha2,  Adriano Gomes da Cruz2

1 Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), Curso de Nutrição

2 Instituto  Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Departamento de Alimentos

Referências:

Market Scenário Future. Synbiotic Market Scenário. Disponível em: https://www.marketresearchfuture.com/reports/synbiotic-foods-market-4728

Swanson et al. (2020). The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP) consensus statement on the definition and scope of synbiotics. Nature Reviews.  Disponível em :

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Material escrito por:

Adriane Elisabete Antunes de Moraes

Adriane Elisabete Antunes de Moraes

Docente da Faculdade de Ciências Aplicadas-FCA/UNICAMP. Graduação em Nutrição (UFPEL), Mestrado em Ciência e Tecnologia Agroindustrial (FAEM/UFPEL), Doutorado em Alimentos e Nutrição (FEA/UNICAMP), Pós Doutorado no TECNOLAT/ITAL.

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Ramon da Silva Rocha

Ramon da Silva Rocha

Programa de Pós-Graduação em Hig. Vet. E Proc. Tec. de POA, Faculdade de Veterinária,Universidade Federal Fluminense - UFF, Niterói, RJ e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Departamento de Alimentos, Rio de Janeiro, RJ

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Adriano Gomes da Cruz

Adriano Gomes da Cruz

Engenheiro Químico, Doutor em Tecnologia de Alimentos (UNICAMP), Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) - Departamento de Alimentos.

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