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Como identificar os resíduos gerados em propriedades leiteiras

Como toda produção rural é geradora de resíduos, com a pecuária de leite não seria diferente. Saiba mais!

Publicado em: - Atualizado em: - 4 minutos de leitura

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Como toda produção rural é geradora de resíduos, com a pecuária de leite não seria diferente. Por isso, é preciso compreender quais são eles e como destinar corretamente esses resíduos. Vamos lá?

Quais os resíduos podem ser gerados nas fazendas de leite?

Nas propriedades leiteiras, é comum nos depararmos com:

  • Resíduos orgânicos;
  • Resíduos químicos;
  • Resíduos sólidos;
  • Resíduos líquidos.

Resíduos orgânicos

Os resíduos orgânicos são materiais considerados biodegradáveis, como restos de alimentos, estrume, palha, serragem e entre outros. Uma forma de utilizá-los é através da compostagem, processo que consiste em acelerar a decomposição natural dos materiais orgânicos, transformando-os em um composto rico em nutrientes para as plantas. Esse composto pode ter como finalidade o seu uso em pastagens, aumentando a produtividade e qualidade do solo, por exemplo.

Outra opção interessante, para os produtores de leite, é o uso de resíduos orgânicos na produção de biogás. Através da digestão anaeróbia transforma-se, por exemplo, o estrume em biogás, o qual é uma fonte de energia renovável e pode ser utilizada na propriedade como fonte de eletricidade.

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Ressalta-se, assim, que o uso de resíduos orgânicos na produção de leite requer certos cuidados e auxílio de e técnico, para evitar contaminações e garantir a segurança alimentar dos animais e das pessoas envolvidas no processo. 

Resíduos químicos

Os resíduos químicos são substâncias que se mantêm após o uso de produtos químicos como, por exemplo, herbicidas, pesticidas, antibióticos e outros produtos utilizados no manejo dos animais e na limpeza de equipamentos.

Nesse cenário, quando for necessário aplicar/istrar algum produto químico-farmacêutico em vacas no período de lactação é preciso de cuidado a fim de evitar resíduos desses produtos no leite. O aparecimento desses resíduos acarretam consequências indesejáveis para a indústria e para o consumidor final. 

Gostaria de entender mais sobre e como evitar resíduos de antibióticos no leite? Clique aqui e e ao curso completo no EducaPoint! 

A seguir vai algumas dicas para evitar a presença de resíduos químicos no leite:

  • Consulte o médico veterinário responsável sempre que for preciso istrar produtos químicos-farmacêuticos aos animais em lactação. Assim, ele poderá indicar o tratamento ideal para cada caso e evitar gastos excessivos;

  • Use apenas produtos químicos registrados e recomendados para a produção de leite;

  • Não realize mistura, diluição desses produtos químicos sem a orientação do profissional, isso pode alterar o período de carência do produto. 

O período de carência: é o tempo em dias ou horas, em que o resíduo do produto é liberado no leite, durante e após o término do tratamento ou após a última aplicação. Neste período, o leite deve ser descartado;

  • Em diferentes categorias de animais, não utilizar antibióticos ou carrapaticidas com dosagens que não estejam indicadas na bula. Exemplo: um medicamento destinado às vacas secas não deve ser utilizado em vacas no período de lactação; 

  • Identificar as vacas que estão em tratamento, de modo que facilite a visualização, uma vez que não se deve misturar seu leite ao leite total do rebanho. É preciso de organização, ou seja, registre todas as ocorrências de doenças, os usos de produtos químicos, e antes de liberar o leite para venda ou consumo, consulte essas anotações.

Resíduos sólidos 

Já os resíduos sólidos são os materiais descartados durante a atividade e que não tem mais utilidade, como restos de alimentos, plásticos, embalagens, papel e entre outros. Esses resíduos, caso não sejam gerenciados corretamente, também podem ser prejudiciais ao meio ambiente.

Portanto, se faz necessário adotar algumas práticas de gestão de resíduos sólidos, incluindo: 

  • Separação: para facilitar o gerenciamento, os resíduos sólidos devem ser separados em diferentes categorias, como orgânicos e não orgânico;

  • Reciclagem ou coleta seletiva: a propriedade deve apresentar medidas para reduzir ou reciclar resíduos como papel, plástico, metal, vidro e lixo orgânico, como por exemplo a implementação de um programa de coleta seletiva de lixo;

  • Os resíduos sólidos que não podem ser reciclados ou compostados devem ser destinados a aterros sanitários licenciados e controlados, que garantam a sua disposição final de forma segura e ambientalmente adequada.

Sendo assim, a implementação de um sistema de gestão ambiental eficiente pode trazer benefícios econômicos e ambientais para os produtores de leite, reduzindo custos e impactos negativos sobre o meio ambiente.

Resíduos líquidos

Os resíduos líquidos são compostos principalmente pelo leite residual, água e produtos de limpezas e detergentes que se utilizam na higienização dos equipamentos e instalações da propriedade. Seu descarte inadequado também são causadores de impactos ambientais significativos como, contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas, além das emissões de odores.

Pensando nisso, é fundamental que os produtores adotem práticas adequadas de gerenciamento de resíduos líquidos. Entre essas práticas, destacam-se a separação de sólidos por meio de decantação, filtração, compostagem e utilização de lagoas de estabilização. Essa última consiste na utilização de lagoas com bactérias aeróbias e anaeróbias para o tratamento dos resíduos. As bactérias consomem a matéria orgânica presente nos resíduos, reduzindo a carga orgânica e a presença de patógenos.

 

Diante desse contexto, podemos perceber a importância de se preocupar com a gestão e o destino dos resíduos em geral advindos das fazendas produtoras de leite. O produtor que colocar em prática as medidas eficientes para evitar a contaminação, contribui positivamente para o meio ambiente e para saúde animal e humana.

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Como toda produção rural é geradora de resíduos, com a pecuária de leite não seria diferente. Por isso, é preciso compreender quais são eles e como destinar corretamente esses resíduos. Vamos lá?

Quais os resíduos podem ser gerados nas fazendas de leite?

Nas propriedades leiteiras, é comum nos depararmos com:

  • Resíduos orgânicos;
  • Resíduos químicos;
  • Resíduos sólidos;
  • Resíduos líquidos.

Resíduos orgânicos

Os resíduos orgânicos são materiais considerados biodegradáveis, como restos de alimentos, estrume, palha, serragem e entre outros. Uma forma de utilizá-los é através da compostagem, processo que consiste em acelerar a decomposição natural dos materiais orgânicos, transformando-os em um composto rico em nutrientes para as plantas. Esse composto pode ter como finalidade o seu uso em pastagens, aumentando a produtividade e qualidade do solo, por exemplo.

Outra opção interessante, para os produtores de leite, é o uso de resíduos orgânicos na produção de biogás. Através da digestão anaeróbia transforma-se, por exemplo, o estrume em biogás, o qual é uma fonte de energia renovável e pode ser utilizada na propriedade como fonte de eletricidade.

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Ressalta-se, assim, que o uso de resíduos orgânicos na produção de leite requer certos cuidados e auxílio de e técnico, para evitar contaminações e garantir a segurança alimentar dos animais e das pessoas envolvidas no processo. 

Resíduos químicos

Os resíduos químicos são substâncias que se mantêm após o uso de produtos químicos como, por exemplo, herbicidas, pesticidas, antibióticos e outros produtos utilizados no manejo dos animais e na limpeza de equipamentos.

Nesse cenário, quando for necessário aplicar/istrar algum produto químico-farmacêutico em vacas no período de lactação é preciso de cuidado a fim de evitar resíduos desses produtos no leite. O aparecimento desses resíduos acarretam consequências indesejáveis para a indústria e para o consumidor final. 

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A seguir vai algumas dicas para evitar a presença de resíduos químicos no leite:

  • Consulte o médico veterinário responsável sempre que for preciso istrar produtos químicos-farmacêuticos aos animais em lactação. Assim, ele poderá indicar o tratamento ideal para cada caso e evitar gastos excessivos;

  • Use apenas produtos químicos registrados e recomendados para a produção de leite;

  • Não realize mistura, diluição desses produtos químicos sem a orientação do profissional, isso pode alterar o período de carência do produto. 

O período de carência: é o tempo em dias ou horas, em que o resíduo do produto é liberado no leite, durante e após o término do tratamento ou após a última aplicação. Neste período, o leite deve ser descartado;

  • Em diferentes categorias de animais, não utilizar antibióticos ou carrapaticidas com dosagens que não estejam indicadas na bula. Exemplo: um medicamento destinado às vacas secas não deve ser utilizado em vacas no período de lactação; 

  • Identificar as vacas que estão em tratamento, de modo que facilite a visualização, uma vez que não se deve misturar seu leite ao leite total do rebanho. É preciso de organização, ou seja, registre todas as ocorrências de doenças, os usos de produtos químicos, e antes de liberar o leite para venda ou consumo, consulte essas anotações.

Resíduos sólidos 

Já os resíduos sólidos são os materiais descartados durante a atividade e que não tem mais utilidade, como restos de alimentos, plásticos, embalagens, papel e entre outros. Esses resíduos, caso não sejam gerenciados corretamente, também podem ser prejudiciais ao meio ambiente.

Portanto, se faz necessário adotar algumas práticas de gestão de resíduos sólidos, incluindo: 

  • Separação: para facilitar o gerenciamento, os resíduos sólidos devem ser separados em diferentes categorias, como orgânicos e não orgânico;

  • Reciclagem ou coleta seletiva: a propriedade deve apresentar medidas para reduzir ou reciclar resíduos como papel, plástico, metal, vidro e lixo orgânico, como por exemplo a implementação de um programa de coleta seletiva de lixo;

  • Os resíduos sólidos que não podem ser reciclados ou compostados devem ser destinados a aterros sanitários licenciados e controlados, que garantam a sua disposição final de forma segura e ambientalmente adequada.

Sendo assim, a implementação de um sistema de gestão ambiental eficiente pode trazer benefícios econômicos e ambientais para os produtores de leite, reduzindo custos e impactos negativos sobre o meio ambiente.

Resíduos líquidos

Os resíduos líquidos são compostos principalmente pelo leite residual, água e produtos de limpezas e detergentes que se utilizam na higienização dos equipamentos e instalações da propriedade. Seu descarte inadequado também são causadores de impactos ambientais significativos como, contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas, além das emissões de odores.

Pensando nisso, é fundamental que os produtores adotem práticas adequadas de gerenciamento de resíduos líquidos. Entre essas práticas, destacam-se a separação de sólidos por meio de decantação, filtração, compostagem e utilização de lagoas de estabilização. Essa última consiste na utilização de lagoas com bactérias aeróbias e anaeróbias para o tratamento dos resíduos. As bactérias consomem a matéria orgânica presente nos resíduos, reduzindo a carga orgânica e a presença de patógenos.

 

Diante desse contexto, podemos perceber a importância de se preocupar com a gestão e o destino dos resíduos em geral advindos das fazendas produtoras de leite. O produtor que colocar em prática as medidas eficientes para evitar a contaminação, contribui positivamente para o meio ambiente e para saúde animal e humana.

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