delo-de-proteina-em-dieta-de-vacas-231480/" />

NRC 2021: alterações no modelo de proteína em dieta de vacas

A proteína é um dos principais nutrientes da dieta para vacas leiteiras, visto que este nutriente é indispensável. Saiba mais informações aqui!

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - Atualizado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 10

A proteína é um dos principais nutrientes da dieta para vacas leiteiras, visto que este nutriente é indispensável para o crescimento, reprodução e produção do animal.

As proteínas são formadas por moléculas denominadas aminoácidos (AA) e pode ser dividida em proteína degradável no rúmen (PDR) e proteína não degradável no rúmen (PNDR). Sendo que, usamos a fração da PDR na formulação da dieta de forma a suprir as exigências dos microrganismos ruminais e assim aumentar a síntese de proteína microbiana (Pmic). Enquanto a proteína metabolizável (PM) é a que chega ao intestino para ser absorvida pelo animal, e é composta pela proteína microbiana (Pmic) e pela proteína alimentar não degradada no rúmen (PNDR).

A proteína microbiana representa em torno de 55% da proteína metabolizável para as vacas leiteiras, o qual é composta por bactérias e protozoários. No NRC (2001) é possível estimar a síntese de proteína microbiana a partir dos nutrientes digestíveis totais (NDT), sendo descrito que para cada 1 kg de NDT são produzidos 130 g de Pmic. Atualmente, a nova versão NRC (2021) prediz a síntese de Pmic utilizando a PDR e os carboidratos fermentáveis no rúmen, como o amido e fibra em detergente neutro (FDN).

Continua depois da publicidade

Além disso, a versão atual do NRC manteve o conceito de cinética ruminal do nitrogênio que divide as frações proteicas em A, B e C. Sendo que a fração A representa a parte solúvel do N, fração a fração C é a não degradável no rúmen, e a fração B corresponde à fração potencialmente degradável no rúmen. Com isso, podemos constatar que apenas a fração B é afetada pela taxa de agem do alimento (kp), ou seja, pela porcentagem de material que sai do rúmen por unidade de tempo (%/h).

O novo sistema ressalta que não foi possível ter grandes avanços com os estudos em relação à taxa de agem, pelo fato de ainda termos poucos dados disponíveis na literatura. Sendo que, atualmente o kp se tornou um modelo estático. Diferente do antigo modelo (NRC, 2001), onde era relatado o kp como modelo dinâmico, ou seja, que apresentava diferentes taxas de agem, como por exemplo uma taxa de agem para o concentrado e diferentes taxas para a forragem úmida (silagem) e forragem seca.

Outra grande novidade descrita no NRC (2021) são as recomendações dos aminoácidos, num total de 20 AA, sendo 9 essenciais, 1 condicionalmente essencial e 10 não essenciais (Figura 1).

Os aminoácidos essenciais são aqueles que o animal não consegue produzir ou produz em quantidade insuficiente para atender às suas necessidades, devendo assim ser adicionado na dieta.

No entanto, o aminoácido condicionalmente essencial (arginina), é aquele que se torna essencial apenas para vacas em lactação de alta produção, ou seja, vacas que produzem acima de 40 litros de leite. Os aminoácidos não essenciais são aqueles que podem ser sintetizados pelo animal desde que tenha nitrogênio suficiente.

Figura 1: Descrição dos aminoácidos metabólicos para vacas em lactação.

Figura 1 - Descrição dos aminoácidos metabólicos para vacas em lactação.

No NRC (2001), os AA essenciais que chegavam no intestino eram estimados com base na PNDR. Na atual versão considera-se além da PNDR, a proteína microbiana e proteína endógena.

Gostou do conteúdo? Deixe seu like e seu comentário, isso nos ajuda a saber que conteúdos são mais interessantes para você.

Autores
Mauro Emilio Vargas1,
Stela Naetzold Pereira1
Polyana Pizzi Rotta2

1Estudante de pós-graduação UFSM, 2Professora Departamento de Zootecnia UFV

 
Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 10

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Patrício Pontes
PATRÍCIO PONTES

PALMAS - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/09/2022

Parabéns! Artigo gostoso de se lê, muitas informações importantes.
Qual a sua dúvida hoje?

NRC 2021: alterações no modelo de proteína em dieta de vacas

A proteína é um dos principais nutrientes da dieta para vacas leiteiras, visto que este nutriente é indispensável. Saiba mais informações aqui!

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - Atualizado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 10

A proteína é um dos principais nutrientes da dieta para vacas leiteiras, visto que este nutriente é indispensável para o crescimento, reprodução e produção do animal.

As proteínas são formadas por moléculas denominadas aminoácidos (AA) e pode ser dividida em proteína degradável no rúmen (PDR) e proteína não degradável no rúmen (PNDR). Sendo que, usamos a fração da PDR na formulação da dieta de forma a suprir as exigências dos microrganismos ruminais e assim aumentar a síntese de proteína microbiana (Pmic). Enquanto a proteína metabolizável (PM) é a que chega ao intestino para ser absorvida pelo animal, e é composta pela proteína microbiana (Pmic) e pela proteína alimentar não degradada no rúmen (PNDR).

A proteína microbiana representa em torno de 55% da proteína metabolizável para as vacas leiteiras, o qual é composta por bactérias e protozoários. No NRC (2001) é possível estimar a síntese de proteína microbiana a partir dos nutrientes digestíveis totais (NDT), sendo descrito que para cada 1 kg de NDT são produzidos 130 g de Pmic. Atualmente, a nova versão NRC (2021) prediz a síntese de Pmic utilizando a PDR e os carboidratos fermentáveis no rúmen, como o amido e fibra em detergente neutro (FDN).

Continua depois da publicidade

Além disso, a versão atual do NRC manteve o conceito de cinética ruminal do nitrogênio que divide as frações proteicas em A, B e C. Sendo que a fração A representa a parte solúvel do N, fração a fração C é a não degradável no rúmen, e a fração B corresponde à fração potencialmente degradável no rúmen. Com isso, podemos constatar que apenas a fração B é afetada pela taxa de agem do alimento (kp), ou seja, pela porcentagem de material que sai do rúmen por unidade de tempo (%/h).

O novo sistema ressalta que não foi possível ter grandes avanços com os estudos em relação à taxa de agem, pelo fato de ainda termos poucos dados disponíveis na literatura. Sendo que, atualmente o kp se tornou um modelo estático. Diferente do antigo modelo (NRC, 2001), onde era relatado o kp como modelo dinâmico, ou seja, que apresentava diferentes taxas de agem, como por exemplo uma taxa de agem para o concentrado e diferentes taxas para a forragem úmida (silagem) e forragem seca.

Outra grande novidade descrita no NRC (2021) são as recomendações dos aminoácidos, num total de 20 AA, sendo 9 essenciais, 1 condicionalmente essencial e 10 não essenciais (Figura 1).

Os aminoácidos essenciais são aqueles que o animal não consegue produzir ou produz em quantidade insuficiente para atender às suas necessidades, devendo assim ser adicionado na dieta.

No entanto, o aminoácido condicionalmente essencial (arginina), é aquele que se torna essencial apenas para vacas em lactação de alta produção, ou seja, vacas que produzem acima de 40 litros de leite. Os aminoácidos não essenciais são aqueles que podem ser sintetizados pelo animal desde que tenha nitrogênio suficiente.

Figura 1: Descrição dos aminoácidos metabólicos para vacas em lactação.

Figura 1 - Descrição dos aminoácidos metabólicos para vacas em lactação.

No NRC (2001), os AA essenciais que chegavam no intestino eram estimados com base na PNDR. Na atual versão considera-se além da PNDR, a proteína microbiana e proteína endógena.

Gostou do conteúdo? Deixe seu like e seu comentário, isso nos ajuda a saber que conteúdos são mais interessantes para você.

Autores
Mauro Emilio Vargas1,
Stela Naetzold Pereira1
Polyana Pizzi Rotta2

1Estudante de pós-graduação UFSM, 2Professora Departamento de Zootecnia UFV

 
Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 10

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Patrício Pontes
PATRÍCIO PONTES

PALMAS - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/09/2022

Parabéns! Artigo gostoso de se lê, muitas informações importantes.
Qual a sua dúvida hoje?