uma-fazenda-de-leite-237554/" />

Como equilibrar o caixa em uma fazenda de leite?

Embora toda fazenda queira ficar no azul e ter uma receita líquida positiva, sabemos que isso configura um grande desafio na maior parte das propriedades. Leia

Publicado em: - 6 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 2
Ícone para curtir artigo 23

Embora o objetivo de toda fazenda seja ficar no azul e ter todos os meses uma receita líquida positiva, sabemos que isso configura um grande desafio na maior parte das propriedades no Brasil.

E muito disso deve-se a uma sequência de erros gerenciais e estratégicos que juntos, geram grandes prejuízos internos a atividade, e que somados as alterações climáticas, balança comercial e oferta e demanda, tornam o desafio ainda maior.

Por isso, um ponto que devemos reforçar é a necessidade do entendimento da atividade dentro de cada fazenda, para que dentro de todas as dificuldades, o operacional possa ser executado da melhor forma possível, gerando a produção de leite necessária para cobrir os custos de produção e deixar uma margem positiva ao longo do ano.

Podemos enumerar algumas estratégias que podem ser incluídas dentro da rotina da fazenda para atender a esse objetivo de um caixa equilibrado, se a fazenda tem como principal receita, a produção de leite:

1 - Controle eficiente dos dados zootécnicos e custeios do rebanho

Iniciar o planejamento pela projeção atual de receitas, permite compreender os custos que devem ser usados nesse processo.  Por isso, a escrituração zootécnica deve compreender os dados de todas as categorias que estão dentro da fazenda e que tem seus gastos cobertos pela produção de leite, e nisso, estamos incluindo as bezerras, novilhas, vacas secas, vacas vazias e as vacas em lactação. 

Continua depois da publicidade

É ideal que tenham além do quantitativo em cabeças, a data de nascimento, peso e acompanhamento dos custos sanitários, alimentícios e reprodutivos, individuais. 

Além disso, pensando na produção de leite que será o carro chefe e que pagará as contas, deve-se ter a evolução do rebanho de matrizes que estão em lactação, com a data de parto, pico de lactação, dias em lactação, período de serviço, data do próximo parto e a data prevista de secagem, assim, pode-se fazer a evolução da produção de leite ao longo do ano, com uma projeção das receitas nos próximos meses e se esse quantitativo de matrizes, será suficiente para cobrir os custos do sistema. 

De acordo com diferentes pesquisas voltadas ao equilíbrio econômico, trabalhamos com um quantitativo de aproximadamente 80% do rebanho composto por vacas em lactação, esse número reflete diretamente no caixa, pois quanto menos vacas em lactação em comparação com outras categorias, menor será a receita para cobrir os custos mensais. Devendo aproveitar o planejamento para elaborar estratégias de redução de custos ou aumento de receita, antes que esse impacto aconteça e gere prejuízos. 

2 - Mensurar todos os custos da fazenda

Em uma fazenda de leite temos os custos operacionais efetivos, relacionados aos desembolsos mensais da atividade, separados em custos fixos e custos variáveis, que incluem desde o salário dos funcionários até os custos do dia a dia com alimentação, sanidade, materiais de consumo e produtos de higiene, por exemplo. Mas existem outros custos que devem ser incluídos nesses valores, como o salário do dono da fazenda, que deve ser estipulado de acordo com a realidade da atividade, mas também, com o estilo de vida que o produtor tem interesse em ter, e este também deve ser incluído como um custo fixo, mesmo que seja o último a ser pago no mês, muitas vezes. 

Outro custo que deve ser mensurado é o custo não caixa, e esse custo é um dos que geram grande impacto na receita mensal do sistema, pois são custos que não são pagos, mas que consomem os produtos da fazenda, como por exemplo o consumo de leite pelas bezerras, o leite distribuído entre funcionários e o produtor e a depreciação. Se esses valores por mês, forem controlados, poderá ser analisado o quanto de produção é produzido, mas não é comercializado, até permitindo adotar outras estratégias com esse quantitativo. 

Com relação a depreciação, deve-se mensurar esses valores, pois estão relacionados a desvalorização dos tratores, equipamentos, construções e dos animais em fase reprodutiva, o que ao longo do tempo, precisarão ser repostos e sem um caixa guardado, precisarão de um grande investimento imediato, o que fará o produtor necessitar de empréstimos que muitas vezes levam ao endividamento. 

3 - Planejamento da alimentação do rebanho ao longo do ano

Dentro dos itens que mais consomem a receita da atividade, está a alimentação do rebanho que pode chegar até a 70% dos custos mensais. Dito isso, a falta do planejamento anual da quantidade de ração consumida por mês pelas diferentes categorias dentro da fazenda, gera um grande impacto no fluxo de caixa. E não adianta ter apenas o valor mensal ou o total gasto, é necessário saber o consumo por cabeça por dia, melhor ainda,  quanto está saindo o kg da dieta por animal e por categoria. Assim, pode-se entender por exemplo que o custo da recria precisa ser compensado pela produção esperada por essa recria quando elas forem matrizes, e que trabalhar a precocidade através da genética, a sanidade, o manejo e o ambiente, serão um conjunto de fatores que cobrirá o investimento com a alimentação. 

Caso contrário, esse dinheiro não irá retornar ou então, não poderá ser utilizado para cobrir próximos custos da próxima recria, pois precisamos pensar as categorias dentro de uma fazenda, como ciclos contínuos, onde uma bezerra bem alimentada, saudável e com boa genética, vai desmamar em menor tempo, entrará em puberdade precocemente e ará para a categoria de vaca em lactação para poder contribuir com a receita da atividade, ou seja, deve-se fazer um investimento na recria pensando no retorno futuro, por isso, não podemos trabalhar de qualquer jeito com essas fases. 

Podemos pensar o mesmo com relação as vacas em lactação, pois cada matriz tem uma produção de leite e seus dados zootécnicos, com isso, terão uma exigência nutricional. Quanto mais padronizado for o rebanho, maior será o controle sobre esses indicadores e mais homogêneo será o consumo por dia de volumoso e de concentrado. Caso contrário, tendo matrizes com produções, peso e genética distintas, a quantidade de ingestão de comida por dia será variado, acarretando necessidade de maior controle, com cochos individualizados, o que sabemos que não é realizada nas fazendas. O fato de ter matrizes com necessidades de consumo diferentes, mas consumindo a dieta formulada na mesma hora, gera subalimentação de algumas e superalimentação em outras. E isso, é desperdício de tempo, eficiência e dinheiro. A conta não fecha no final do mês. 

Enfim, se você analisar essas três estratégias aqui no texto, vai perceber que nenhuma delas está sendo pensada de forma isolada, todas estão sendo analisadas por diferentes pontos zootécnicos, produtivos e econômicos, mas puxando para a interpretação necessária em determinado momento. É dessa forma que uma fazenda precisa ser analisada para compreender a sua margem e seu prejuízo ao longo dos meses. 

Não adianta de nada saber quanto a fazenda precisa produzir por mês para cobrir os custos, se não souber se existe essa capacidade através do rebanho atual, ou avaliar quais os custos não estão sendo pagos ou ainda e mais frequente, saber que os custos com alimentação estão altos, sem saber qual a categoria ou em qual momento, esse prejuízo está acontecendo. 

A margem de lucro em fazendas de leite, deve ser planejada, construída e mensurada de forma anual, mensal e diária, pois muito dos erros de manejo e falta de entendimento dos números, podem ser corrigidos de forma rápida, reduzindo o prejuízo do mês e alinhando o planejamento do rebanho com base na necessidade que os animais realmente apresentam, sem esquecer que a receita vai vir da produção, mas a margem, vem de todas as atividades de manejo, rotina, organização e controle que a atividade apresenta. 

 

A gestão financeira da atividade ainda é um gargalo para você? Chegou a hora de darmos a atenção que o aspecto financeiro e gerencial da atividade merece! Aprenda a lidar com a nova realidade da produção de leite no Brasil, que envolve mais investimentos, maior necessidade de compra estratégica de insumos, e que pode mudar a realidade da sua propriedade para melhor. Não deixe que a maior necessidade de cuidado com o lado financeiro diminua as suas chances de sucesso na produção de leite. O curso MilkPoint Experts - Gestão Financeira foi feito para produtores e técnicos atuantes em consultorias que desejam transformar gestão de suas fazendas. Não perca essa oportunidade. Inscreva-se agora mesmo!

 

Gostou do conteúdo? Deixe seu like e seu comentário, isso nos ajuda a saber que conteúdos são mais interessantes para você.
 

QUER AR O CONTEÚDO? É GRATUITO!

Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.

Tenha o a conteúdos exclusivos gratuitamente!

Ícone para ver comentários 2
Ícone para curtir artigo 23

Material escrito por:

Fernanda Giacomo Ragazzi

Fernanda Giacomo Ragazzi

ar todos os materiais

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Hector Molina Perez
HECTOR MOLINA PEREZ

PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/10/2024

hay que tenerlo en cuenta
Fernanda Giacomo Ragazzi
FERNANDA GIACOMO RAGAZZI

TRÊS RIOS - RIO DE JANEIRO - ZOOTECNISTA

EM 09/01/2025

Verdade! Obrigada por seu comentário!
Qual a sua dúvida hoje?

Como equilibrar o caixa em uma fazenda de leite?

Embora toda fazenda queira ficar no azul e ter uma receita líquida positiva, sabemos que isso configura um grande desafio na maior parte das propriedades. Leia

Publicado em: - 6 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 2
Ícone para curtir artigo 23

Embora o objetivo de toda fazenda seja ficar no azul e ter todos os meses uma receita líquida positiva, sabemos que isso configura um grande desafio na maior parte das propriedades no Brasil.

E muito disso deve-se a uma sequência de erros gerenciais e estratégicos que juntos, geram grandes prejuízos internos a atividade, e que somados as alterações climáticas, balança comercial e oferta e demanda, tornam o desafio ainda maior.

Por isso, um ponto que devemos reforçar é a necessidade do entendimento da atividade dentro de cada fazenda, para que dentro de todas as dificuldades, o operacional possa ser executado da melhor forma possível, gerando a produção de leite necessária para cobrir os custos de produção e deixar uma margem positiva ao longo do ano.

Podemos enumerar algumas estratégias que podem ser incluídas dentro da rotina da fazenda para atender a esse objetivo de um caixa equilibrado, se a fazenda tem como principal receita, a produção de leite:

1 - Controle eficiente dos dados zootécnicos e custeios do rebanho

Iniciar o planejamento pela projeção atual de receitas, permite compreender os custos que devem ser usados nesse processo.  Por isso, a escrituração zootécnica deve compreender os dados de todas as categorias que estão dentro da fazenda e que tem seus gastos cobertos pela produção de leite, e nisso, estamos incluindo as bezerras, novilhas, vacas secas, vacas vazias e as vacas em lactação. 

Continua depois da publicidade

É ideal que tenham além do quantitativo em cabeças, a data de nascimento, peso e acompanhamento dos custos sanitários, alimentícios e reprodutivos, individuais. 

Além disso, pensando na produção de leite que será o carro chefe e que pagará as contas, deve-se ter a evolução do rebanho de matrizes que estão em lactação, com a data de parto, pico de lactação, dias em lactação, período de serviço, data do próximo parto e a data prevista de secagem, assim, pode-se fazer a evolução da produção de leite ao longo do ano, com uma projeção das receitas nos próximos meses e se esse quantitativo de matrizes, será suficiente para cobrir os custos do sistema. 

De acordo com diferentes pesquisas voltadas ao equilíbrio econômico, trabalhamos com um quantitativo de aproximadamente 80% do rebanho composto por vacas em lactação, esse número reflete diretamente no caixa, pois quanto menos vacas em lactação em comparação com outras categorias, menor será a receita para cobrir os custos mensais. Devendo aproveitar o planejamento para elaborar estratégias de redução de custos ou aumento de receita, antes que esse impacto aconteça e gere prejuízos. 

2 - Mensurar todos os custos da fazenda

Em uma fazenda de leite temos os custos operacionais efetivos, relacionados aos desembolsos mensais da atividade, separados em custos fixos e custos variáveis, que incluem desde o salário dos funcionários até os custos do dia a dia com alimentação, sanidade, materiais de consumo e produtos de higiene, por exemplo. Mas existem outros custos que devem ser incluídos nesses valores, como o salário do dono da fazenda, que deve ser estipulado de acordo com a realidade da atividade, mas também, com o estilo de vida que o produtor tem interesse em ter, e este também deve ser incluído como um custo fixo, mesmo que seja o último a ser pago no mês, muitas vezes. 

Outro custo que deve ser mensurado é o custo não caixa, e esse custo é um dos que geram grande impacto na receita mensal do sistema, pois são custos que não são pagos, mas que consomem os produtos da fazenda, como por exemplo o consumo de leite pelas bezerras, o leite distribuído entre funcionários e o produtor e a depreciação. Se esses valores por mês, forem controlados, poderá ser analisado o quanto de produção é produzido, mas não é comercializado, até permitindo adotar outras estratégias com esse quantitativo. 

Com relação a depreciação, deve-se mensurar esses valores, pois estão relacionados a desvalorização dos tratores, equipamentos, construções e dos animais em fase reprodutiva, o que ao longo do tempo, precisarão ser repostos e sem um caixa guardado, precisarão de um grande investimento imediato, o que fará o produtor necessitar de empréstimos que muitas vezes levam ao endividamento. 

3 - Planejamento da alimentação do rebanho ao longo do ano

Dentro dos itens que mais consomem a receita da atividade, está a alimentação do rebanho que pode chegar até a 70% dos custos mensais. Dito isso, a falta do planejamento anual da quantidade de ração consumida por mês pelas diferentes categorias dentro da fazenda, gera um grande impacto no fluxo de caixa. E não adianta ter apenas o valor mensal ou o total gasto, é necessário saber o consumo por cabeça por dia, melhor ainda,  quanto está saindo o kg da dieta por animal e por categoria. Assim, pode-se entender por exemplo que o custo da recria precisa ser compensado pela produção esperada por essa recria quando elas forem matrizes, e que trabalhar a precocidade através da genética, a sanidade, o manejo e o ambiente, serão um conjunto de fatores que cobrirá o investimento com a alimentação. 

Caso contrário, esse dinheiro não irá retornar ou então, não poderá ser utilizado para cobrir próximos custos da próxima recria, pois precisamos pensar as categorias dentro de uma fazenda, como ciclos contínuos, onde uma bezerra bem alimentada, saudável e com boa genética, vai desmamar em menor tempo, entrará em puberdade precocemente e ará para a categoria de vaca em lactação para poder contribuir com a receita da atividade, ou seja, deve-se fazer um investimento na recria pensando no retorno futuro, por isso, não podemos trabalhar de qualquer jeito com essas fases. 

Podemos pensar o mesmo com relação as vacas em lactação, pois cada matriz tem uma produção de leite e seus dados zootécnicos, com isso, terão uma exigência nutricional. Quanto mais padronizado for o rebanho, maior será o controle sobre esses indicadores e mais homogêneo será o consumo por dia de volumoso e de concentrado. Caso contrário, tendo matrizes com produções, peso e genética distintas, a quantidade de ingestão de comida por dia será variado, acarretando necessidade de maior controle, com cochos individualizados, o que sabemos que não é realizada nas fazendas. O fato de ter matrizes com necessidades de consumo diferentes, mas consumindo a dieta formulada na mesma hora, gera subalimentação de algumas e superalimentação em outras. E isso, é desperdício de tempo, eficiência e dinheiro. A conta não fecha no final do mês. 

Enfim, se você analisar essas três estratégias aqui no texto, vai perceber que nenhuma delas está sendo pensada de forma isolada, todas estão sendo analisadas por diferentes pontos zootécnicos, produtivos e econômicos, mas puxando para a interpretação necessária em determinado momento. É dessa forma que uma fazenda precisa ser analisada para compreender a sua margem e seu prejuízo ao longo dos meses. 

Não adianta de nada saber quanto a fazenda precisa produzir por mês para cobrir os custos, se não souber se existe essa capacidade através do rebanho atual, ou avaliar quais os custos não estão sendo pagos ou ainda e mais frequente, saber que os custos com alimentação estão altos, sem saber qual a categoria ou em qual momento, esse prejuízo está acontecendo. 

A margem de lucro em fazendas de leite, deve ser planejada, construída e mensurada de forma anual, mensal e diária, pois muito dos erros de manejo e falta de entendimento dos números, podem ser corrigidos de forma rápida, reduzindo o prejuízo do mês e alinhando o planejamento do rebanho com base na necessidade que os animais realmente apresentam, sem esquecer que a receita vai vir da produção, mas a margem, vem de todas as atividades de manejo, rotina, organização e controle que a atividade apresenta. 

 

A gestão financeira da atividade ainda é um gargalo para você? Chegou a hora de darmos a atenção que o aspecto financeiro e gerencial da atividade merece! Aprenda a lidar com a nova realidade da produção de leite no Brasil, que envolve mais investimentos, maior necessidade de compra estratégica de insumos, e que pode mudar a realidade da sua propriedade para melhor. Não deixe que a maior necessidade de cuidado com o lado financeiro diminua as suas chances de sucesso na produção de leite. O curso MilkPoint Experts - Gestão Financeira foi feito para produtores e técnicos atuantes em consultorias que desejam transformar gestão de suas fazendas. Não perca essa oportunidade. Inscreva-se agora mesmo!

 

Gostou do conteúdo? Deixe seu like e seu comentário, isso nos ajuda a saber que conteúdos são mais interessantes para você.
 

QUER AR O CONTEÚDO? É GRATUITO!

Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.

Tenha o a conteúdos exclusivos gratuitamente!

Ícone para ver comentários 2
Ícone para curtir artigo 23

Material escrito por:

Fernanda Giacomo Ragazzi

Fernanda Giacomo Ragazzi

ar todos os materiais

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Hector Molina Perez
HECTOR MOLINA PEREZ

PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/10/2024

hay que tenerlo en cuenta
Fernanda Giacomo Ragazzi
FERNANDA GIACOMO RAGAZZI

TRÊS RIOS - RIO DE JANEIRO - ZOOTECNISTA

EM 09/01/2025

Verdade! Obrigada por seu comentário!
Qual a sua dúvida hoje?