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Os diferentes perfis de gerentes

Entenda os diferentes níveis de gestão em fazendas e como o desenvolvimento de líderes pode transformar os resultados!

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Qual é o nível de gestão em sua fazenda? Para começar, é preciso saber: qual o nível de satisfação com a gerência em sua fazenda? Quase sempre esta resposta navega entre o insatisfeito ou razoavelmente satisfeito. Isto é explicável e, por isso, compreensível. Inicialmente, a crítica se deve por falta de uma preparação específica para este profissional, dificultando o processo em torná-lo um bom gestor do negócio envolvendo pessoas e processos.

Podemos enumerar pelo menos três níveis de gerências nas empresas rurais, que se definem pela eficiência, abordagem de todos os pontos de gestão e resultados gerados, sendo elas:

Gerentes nos extremos

Geralmente, esse nível gerencial se caracteriza pelos extremos. Alguns gerentes item ter grandes dificuldades em ser cobradores, exigentes e em corrigir as pessoas. Esses são os ivos. Alguns relatam que, quando precisam ser firmes, suam as mãos, ficam trêmulos e não conseguem se comunicar com clareza.

As pessoas relatam sentir a falta de ordem e organização, e geralmente os funcionários mais "espertalhões" aproveitam a situação para se apoiar nos mais produtivos. Esses, ao se sentirem explorados, acabam deixando a empresa.

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No mesmo nível de gestão, existe o outro extremo: gerentes agressivos, estressados, que acabam causando danos emocionais às pessoas. A falta de controle emocional, especialmente ao corrigir, afasta as pessoas desse gerente e gera uma alta rotatividade (turnover). Esse profissional não tem consciência da possibilidade de autodesenvolvimento e costuma usar frases como "este é meu jeito" ou "eu sou assim mesmo".

Em ambos os casos, há uma corresponsabilidade da direção da empresa, pois, quase sempre, o empresário tem consciência da necessidade de ter à frente da empresa alguém equilibrado, que se posicione e cobre sem perder a simpatia das pessoas. O caminho para esses dois tipos de gerentes é o desenvolvimento, por meio de cursos e treinamentos, para que consigam liderar com excelência. Além disso, às vezes é necessário investir em terapias ou análises com o auxílio de psicólogos, pois conseguir extrair o melhor das pessoas é algo extremamente valioso.

Dificilmente, um empreendimento assim perdura. A primeira estratégia visando a correção é a mudança de atividade, já que o diagnóstico normalmente aponta que o problema é a atividade em si, sem se cogitar que o problema pode ser a gestão.

Gerentes eficientes

Neste caso, a empresa tem um bom gerente, com bom comando e boa relação com a equipe, auxiliando no desenvolvimento das pessoas. Os processos são organizados e, em média, eficientes. As pessoas executam as tarefas com boa eficiência, embora nem sempre sejam comprometidas, mas demonstram responsabilidade no que fazem. Geralmente, obtêm bons resultados agronômicos, zootécnicos ou técnicos, mesmo que nem sempre consigam grandes resultados econômicos.

Esses profissionais carecem da visão de que os resultados precisam ser progressivos, por meio do desenvolvimento das pessoas e da execução dos processos com excelência, o que só é alcançado com gerentes que estão sempre se desenvolvendo, por meio de cursos e treinamentos, para evitar a acomodação e se tornarem verdadeiros personal trainers da equipe.

Aparentemente, essas empresas funcionam bem e são organizadas, mas esses resultados não garantem lucros máximos, pois geralmente são estáticos, e os custos elevados descaracterizam os resultados.

Gestores preparados

Neste caso, poucas empresas experimentam o sabor dos resultados progressivos, alcançados por uma gestão de excelência. O profissional responsável é centrado, tem a iração das pessoas, consegue delegar processos com eficiência e, por isso, possui qualidade de vida, o que contribui para seu equilíbrio emocional e produtividade.

A empresa que conta com esse tipo de profissional à frente tem pessoas motivadas e comprometidas com os resultados. Elas estão satisfeitas com o trabalho e não pensam em sair, pois os vínculos são diversos e não se baseiam apenas no salário. São pessoas conscientes de seu papel, que sabem a importância que têm para a empresa. O gerente preparado valoriza as pessoas e a relação com elas.

Esse gerente instiga as pessoas a atingirem suas metas, pois as apresenta a elas. Ele investe no desenvolvimento delas nos campos técnico, cultural e espiritual. Esse profissional adota um sistema de gestão com metodologias e ferramentas, implementadas diariamente. Todos conhecem os objetivos, têm foco nos resultados, batalham por eles e comemoram quando os atingem.

São empresas nas quais o assunto deixa de ser "dar ou não resultado", mas sim "obter resultados progressivamente melhores". Periodicamente, consegue-se resultados maiores que os anteriores, e esses são parcialmente divididos com a equipe. A gestão prioriza suas ações devido ao trabalho de desenvolvimento das pessoas.

Um fato geralmente observado é que a gerência é fruto do perfil da direção ou dos proprietários. Eles definem a filosofia da empresa, e, com isso, a gestão depende apenas de treinamento e conscientização sobre seu real papel. Ter uma gestão eficiente e preparada, com processos organizados, resulta em pessoas comprometidas e motivadas.

Antes de exigir a gestão desejada, é preciso investir nela. A função de gestor é complexa e demanda conhecimento amplo e generalizado, especialmente sobre gestão, para que a empresa seja conduzida de maneira eficaz e alcance os resultados que a tornarão economicamente viável.

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Material escrito por:

Beto Carvalho

Beto Carvalho

Técnico em Agropecuária, gerente de fazendas por 27 anos.

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Podemos enumerar pelo menos três níveis de gerências nas empresas rurais, que se definem pela eficiência, abordagem de todos os pontos de gestão e resultados gerados, sendo elas:

Gerentes nos extremos

Geralmente, esse nível gerencial se caracteriza pelos extremos. Alguns gerentes item ter grandes dificuldades em ser cobradores, exigentes e em corrigir as pessoas. Esses são os ivos. Alguns relatam que, quando precisam ser firmes, suam as mãos, ficam trêmulos e não conseguem se comunicar com clareza.

As pessoas relatam sentir a falta de ordem e organização, e geralmente os funcionários mais "espertalhões" aproveitam a situação para se apoiar nos mais produtivos. Esses, ao se sentirem explorados, acabam deixando a empresa.

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Em ambos os casos, há uma corresponsabilidade da direção da empresa, pois, quase sempre, o empresário tem consciência da necessidade de ter à frente da empresa alguém equilibrado, que se posicione e cobre sem perder a simpatia das pessoas. O caminho para esses dois tipos de gerentes é o desenvolvimento, por meio de cursos e treinamentos, para que consigam liderar com excelência. Além disso, às vezes é necessário investir em terapias ou análises com o auxílio de psicólogos, pois conseguir extrair o melhor das pessoas é algo extremamente valioso.

Dificilmente, um empreendimento assim perdura. A primeira estratégia visando a correção é a mudança de atividade, já que o diagnóstico normalmente aponta que o problema é a atividade em si, sem se cogitar que o problema pode ser a gestão.

Gerentes eficientes

Neste caso, a empresa tem um bom gerente, com bom comando e boa relação com a equipe, auxiliando no desenvolvimento das pessoas. Os processos são organizados e, em média, eficientes. As pessoas executam as tarefas com boa eficiência, embora nem sempre sejam comprometidas, mas demonstram responsabilidade no que fazem. Geralmente, obtêm bons resultados agronômicos, zootécnicos ou técnicos, mesmo que nem sempre consigam grandes resultados econômicos.

Esses profissionais carecem da visão de que os resultados precisam ser progressivos, por meio do desenvolvimento das pessoas e da execução dos processos com excelência, o que só é alcançado com gerentes que estão sempre se desenvolvendo, por meio de cursos e treinamentos, para evitar a acomodação e se tornarem verdadeiros personal trainers da equipe.

Aparentemente, essas empresas funcionam bem e são organizadas, mas esses resultados não garantem lucros máximos, pois geralmente são estáticos, e os custos elevados descaracterizam os resultados.

Gestores preparados

Neste caso, poucas empresas experimentam o sabor dos resultados progressivos, alcançados por uma gestão de excelência. O profissional responsável é centrado, tem a iração das pessoas, consegue delegar processos com eficiência e, por isso, possui qualidade de vida, o que contribui para seu equilíbrio emocional e produtividade.

A empresa que conta com esse tipo de profissional à frente tem pessoas motivadas e comprometidas com os resultados. Elas estão satisfeitas com o trabalho e não pensam em sair, pois os vínculos são diversos e não se baseiam apenas no salário. São pessoas conscientes de seu papel, que sabem a importância que têm para a empresa. O gerente preparado valoriza as pessoas e a relação com elas.

Esse gerente instiga as pessoas a atingirem suas metas, pois as apresenta a elas. Ele investe no desenvolvimento delas nos campos técnico, cultural e espiritual. Esse profissional adota um sistema de gestão com metodologias e ferramentas, implementadas diariamente. Todos conhecem os objetivos, têm foco nos resultados, batalham por eles e comemoram quando os atingem.

São empresas nas quais o assunto deixa de ser "dar ou não resultado", mas sim "obter resultados progressivamente melhores". Periodicamente, consegue-se resultados maiores que os anteriores, e esses são parcialmente divididos com a equipe. A gestão prioriza suas ações devido ao trabalho de desenvolvimento das pessoas.

Um fato geralmente observado é que a gerência é fruto do perfil da direção ou dos proprietários. Eles definem a filosofia da empresa, e, com isso, a gestão depende apenas de treinamento e conscientização sobre seu real papel. Ter uma gestão eficiente e preparada, com processos organizados, resulta em pessoas comprometidas e motivadas.

Antes de exigir a gestão desejada, é preciso investir nela. A função de gestor é complexa e demanda conhecimento amplo e generalizado, especialmente sobre gestão, para que a empresa seja conduzida de maneira eficaz e alcance os resultados que a tornarão economicamente viável.

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Técnico em Agropecuária, gerente de fazendas por 27 anos.

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