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Duração da gestação, natimortos e peso ao nascer de bezerros Jersey de IA vs PIVE

O uso de embriões produzidos in vitro tem aumentado em bovinos leiteiros; no entanto, produtores e profissionais ainda têm preocupações sobre a viabilidade.

Publicado por: MilkPoint

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O uso de embriões produzidos in vitro (PIVE) tem aumentado em bovinos leiteiros; no entanto, produtores e profissionais ainda têm preocupações sobre a viabilidade de bezerros de PIVE quando comparados aos de inseminação artificial (IA). O objetivo deste estudo foi comparar a taxa de natimortos (NM), a duração da gestação (DG) e o peso ao nascer (PN) de bezerros oriundos de AI vs PIVE em um rebanho leiteiro comercial.

Dados de 16.343 bezerros Jersey nascidos entre janeiro de 2020 e maio de 2023, foram coletados na fazenda Jer-Z-Boyz Ranch, localizado em Pixley, Califórnia (rebanho com 4.500 vacas em lactação, com produção de leite ajustada para 305 dias de lactação de 9.378 kg).

Aspiração folicular para coleta de ovócitos, classificação de ovócitos, maturação, fertilização e cultivo in vitro foram realizados no laboratório RuAnn Genetics, conforme descrito por Demetrio et al (2020 Anim. Reprod. 17, e20200053). A maioria dos embriões foi transferida fresca para vacas receptoras de segunda e terceira lactação, no primeiro serviço, de 65 a 80 dias após o parto.

Natimorto foi definido como morte do bezerro pouco antes, durante ou logo após o parto. Os touros utilizados para IA ou PIVE foram selecionados pelo geneticista da fazenda com base em seu conhecimento do rebanho e características genéticas a serem melhoradas.

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O peso ao nascer foi registrado apenas para bezerros nascidos vivos. Os efeitos de touro e paridade (0, 1, 2 ou 3+ lactações) sobre PN e DG foram analisados em um grupo de bezerras não gemelares, oriundas de touros utilizados tanto na IA (n = 2.141) quanto na PIVE (n = 485), utilizando diferentes modelos de regressão e um método bootstrap para a construção de intervalos de confiança de 95% (software R).

A taxa de NM de bezerros foi de 5,4% para IA (n = 1.194) e 3,5% para PIVE (n = 257). E a taxa de NM de bezerras foi de 6,5% para IA (n = 14.058) e 6,5% para PIVE (n = 834). O touro influenciou DG e PN (P < 0,01). A DG mais longa resultou em bezerros mais pesados (+0,1 kg por dia adicional). As vacas nulíparas produziram bezerros 0,2 kg mais leves que as multíparas. A DG foi menor (P < 0,01) para bezerros de AI (278 ± 4,7 dias) quando comparados aos de PIVE (média: 281 ± 4,9 dias; Quadro 1).

O peso ao nascer foi menor (P < 0,1) para os bezerros de IA (média: 26,14 ± 0,05 kg, mínimo: 14 kg, máximo: 45 kg) quando comparado aos de PIVE (média: 27,23 ± 0,13 kg, mínimo: 21 kg, máximo: 38 kg; Quadro 1) Um fato a ser considerado é que a maioria dos bezerros de PIVE nasceram de vacas multíparas, enquanto a maioria dos bezerros de AI nasceram de nulíparas, devido à pressão de seleção genética do rebanho, o que pode ter levado a uma maior diferença no peso ao nascer.

Apesar de não haver informações sobre o peso ao nascer dos bezerros natimortos, uma vez que não houve diferenças nas taxas de natimortos, é possível inferir que a diferença de 1,1 kg no peso ao nascer não é uma preocupação para esse rebanho e não compromete a viabilidade ao nascimento dos bezerros oriundos de PIVE.

Quadro 1. Descrição dos dados.


Descrição dos dados
 

D. G. B. DemetrioA, T. BaumgartnerB, D. J. AmorimC, M. OliveiraA, M. E. RosalesA, C. G. B. DemetrioC, R. M. SantosD

ARuAnn Genetics, Riverdale, CA, USA; BJer-Z-Boyz Ranch, Pixley, CA, USA; CESALQ – Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brazil; DUniversidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil

Resumo apresentado na 50th Reunião Anual da Sociedade Internacional de Tecnologia de Embrião (Reproduction, Fertility and Development 36(2) 157 https://doi.org/10.1071/RDv36n2Ab16)

 

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O uso de embriões produzidos in vitro (PIVE) tem aumentado em bovinos leiteiros; no entanto, produtores e profissionais ainda têm preocupações sobre a viabilidade de bezerros de PIVE quando comparados aos de inseminação artificial (IA). O objetivo deste estudo foi comparar a taxa de natimortos (NM), a duração da gestação (DG) e o peso ao nascer (PN) de bezerros oriundos de AI vs PIVE em um rebanho leiteiro comercial.

Dados de 16.343 bezerros Jersey nascidos entre janeiro de 2020 e maio de 2023, foram coletados na fazenda Jer-Z-Boyz Ranch, localizado em Pixley, Califórnia (rebanho com 4.500 vacas em lactação, com produção de leite ajustada para 305 dias de lactação de 9.378 kg).

Aspiração folicular para coleta de ovócitos, classificação de ovócitos, maturação, fertilização e cultivo in vitro foram realizados no laboratório RuAnn Genetics, conforme descrito por Demetrio et al (2020 Anim. Reprod. 17, e20200053). A maioria dos embriões foi transferida fresca para vacas receptoras de segunda e terceira lactação, no primeiro serviço, de 65 a 80 dias após o parto.

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A taxa de NM de bezerros foi de 5,4% para IA (n = 1.194) e 3,5% para PIVE (n = 257). E a taxa de NM de bezerras foi de 6,5% para IA (n = 14.058) e 6,5% para PIVE (n = 834). O touro influenciou DG e PN (P < 0,01). A DG mais longa resultou em bezerros mais pesados (+0,1 kg por dia adicional). As vacas nulíparas produziram bezerros 0,2 kg mais leves que as multíparas. A DG foi menor (P < 0,01) para bezerros de AI (278 ± 4,7 dias) quando comparados aos de PIVE (média: 281 ± 4,9 dias; Quadro 1).

O peso ao nascer foi menor (P < 0,1) para os bezerros de IA (média: 26,14 ± 0,05 kg, mínimo: 14 kg, máximo: 45 kg) quando comparado aos de PIVE (média: 27,23 ± 0,13 kg, mínimo: 21 kg, máximo: 38 kg; Quadro 1) Um fato a ser considerado é que a maioria dos bezerros de PIVE nasceram de vacas multíparas, enquanto a maioria dos bezerros de AI nasceram de nulíparas, devido à pressão de seleção genética do rebanho, o que pode ter levado a uma maior diferença no peso ao nascer.

Apesar de não haver informações sobre o peso ao nascer dos bezerros natimortos, uma vez que não houve diferenças nas taxas de natimortos, é possível inferir que a diferença de 1,1 kg no peso ao nascer não é uma preocupação para esse rebanho e não compromete a viabilidade ao nascimento dos bezerros oriundos de PIVE.

Quadro 1. Descrição dos dados.


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D. G. B. DemetrioA, T. BaumgartnerB, D. J. AmorimC, M. OliveiraA, M. E. RosalesA, C. G. B. DemetrioC, R. M. SantosD

ARuAnn Genetics, Riverdale, CA, USA; BJer-Z-Boyz Ranch, Pixley, CA, USA; CESALQ – Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brazil; DUniversidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil

Resumo apresentado na 50th Reunião Anual da Sociedade Internacional de Tecnologia de Embrião (Reproduction, Fertility and Development 36(2) 157 https://doi.org/10.1071/RDv36n2Ab16)

 

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