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Melhorando a reprodução de vacas leiteiras e mantendo alta produção de leite - Parte 2

Muitas das doenças que afetam o gado leiteiro mantidos em sistemas de confinamento ou pastagem, tipicamente ocorrem nos dois primeiros meses de lactação, antes da primeira inseminação pós-parto. O aumento da susceptibilidade a doenças metabólicas e infecciosas com o parto e o início da lactação representa um grande desafio para a reprodução.

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Este texto é a parte da palestra apresentada pelo Dr. José Eduardo P. Santos, da Universidade da Florida, no XXII Curso Novos Enfoques na Produção e Reprodução de Bovinos, realizado em Uberlândia de 22 e 23 de março de 2018.

A saúde no periparto é critica para a reprodução

Muitas das doenças que afetam o gado leiteiro mantidos em sistemas de confinamento ou pastagem, tipicamente ocorrem nos dois primeiros meses de lactação, antes da primeira inseminação pós-parto (Ribeiro et al., 2006). O aumento da susceptibilidade a doenças metabólicas e infecciosas com o parto e o início da lactação representa um grande desafio para a reprodução.

As vacas que sofrem de doenças uterinas, mamárias e metabólicas e atrasaram a retomada da ovulação pós-parto, têm comprometimento da fertilização e desenvolvimento de embriões, redução da taxa de gestação e maior perda de gestação (Ribeiro et al., 2016). Portanto, é imperativo que os programas de saúde sejam implementados para minimizar os impactos negativos das doenças na reprodução. Tais intervenções incluem a formulação das dietas adequada para evitar doenças do periparto associadas com o metabolismo mineral, estratégias para reduzir distúrbios relacionados com o parto e métodos para evitar mastite e claudicação.

O programa típico da vaca da transição nos rebanhos leiteiros dos EUA segue geralmente um padrão, sendo compreendido da secagem aos 225 a 230 dias da gestação até 30 dias de lactação. Inclui protocolos de secagem, casqueamento preventivo, programa da vacinação para proteger a vaca e a bezerra recém-nascida, alojamento adequado para proteger contra estresse térmico, dietas que minimizam o risco de doenças metabólicas pós-parto, como hipocalcemia e cetose, e cuidados pós-parto com programas de identificação e tratamento de vacas com problemas.

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Apesar deste esforço, a incidência de doenças permanece alta e os esforços futuros se concentram em estratégias de curto prazo para minimizar o risco de doenças comuns, bem como os esforços de longo prazo na seleção genética para reduzir os genótipos com maior risco de desenvolvimento de doenças.

Nutrição e a influência na saúde e no desempenho reprodutivo

Uma questão importante com as vacas leiteiras de alta produção é que elas foram geneticamente selecionadas para particionar nutrientes para favorecer a produção de leite às custas das reservas corporais, mesmo durante os períodos em que a ingestão de nutrientes é menor do que o ideal, como durante o início da lactação. Vacas leiteiras que experimentam perda excessiva de condição corporal podem atrasar o primeiro estro e ovulação pós-parto, o que pode ampliar a infertilidade. A causa para este atraso no retorno a ciclicidade parece ser associada com os sinais metabólicos e os hormônios reguladores como a insulina e o fator crescimento semelhante a insulina (IGF-1). Estes dois hormônios metabólicos representam algumas das ligações entre o estado nutricional da vaca com hormônios reprodutivos importantes que controlam a reprodução.

A formulação de dieta incorpora conceitos não só para otimizar a produção de leite e os componentes do leite, mas também para melhorar o desempenho reprodutivo. Um exemplo é incorporação de gorduras em dietas de vacas leiteiras, que tem sido mostrado que não só melhora a produção, mas também a reprodução (Rodney et al., 2015).

Além disso, a formulação da dieta visa minimizar as perdas de condição corporal no início da lactação, pela manipulação das frações de carboidratos, aumentando a ingestão de matéria seca, e fornecendo quantidades suficientes de proteína (aminoácidos) de acordo com o volume de produção. Talvez, mais importante que a formulação da dieta por si só é a gestão de alimentação. Garantia de espaço de cocho adequado, disponibilidade de alimentação de 23 a 24 horas por dia, evitar a competição e a garantia de consistência na entrega de alimentos são todas as medidas aplicadas para dar às vacas a oportunidade de se alimentarem tanto quanto elas desejam (quando a ingestão é insuficiente para atender às necessidades para a produção).

Implementação racional de programas reprodutivos

Um dos principais avanços na reprodução nos últimos 20 anos tem sido a implementação racional de programas reprodutivos nos rebanhos leiteiros. Até recentemente, os veterinários e os produtores aplicavam a gestão reprodutiva de uma forma reativa; no entanto, nos últimos anos, os programas reprodutivos tomaram uma abordagem ligeiramente diferente. O objetivo é ser proativo e trabalhar com grupos de vacas.

Na maioria dos casos, o foco é aumentar a taxa com que as vacas elegíveis ficam gestantes e, para isso, a utilização de protocolos de inseminação artificial em tempo fixo se tornaram parte integrante da gestão reprodutiva dos rebanhos leiteiros (Caraviello et al., 2006). Ultimamente, os objetivos são minimizar a variação no intervalo do parto até a primeira IA, aumentar a taxa com que as vacas elegíveis ficam gestantes e, consequentemente, reduzir o intervalo do parto até a concepção de forma consistente. Com base nas alterações fenotípicas e genéticas na população de vacas Holandesas, é inquestionável que os avanços na reprodução foram alcançados antes de ter sido verificado incrementos importantes no genótipo para a fertilidade das filhas.

As principais razões para a mudança estão relacionadas com o valor econômico da gestação, que estimula os produtores a colocar esforços para ter mais vacas gestantes em estágios inicias da lactação. Além disso, os produtores identificaram a necessidade de gerir grandes grupos de vacas sem criar sistemas complicados que impeçam a adoção e a conformidade, bem como a necessidade de considerar as deficiências na fertilidade da vaca, como a má expressão de estro e a detecção.

Na maioria dos rebanhos nos EUA, a reprodução é uma atividade que ocorre 365 dias no ano, em oposição a programas sazonais de reprodução como na Austrália e Nova Zelândia que tendem a inseminar vacas em uma única, ou as vezes duas, estação de monta. A detecção de estro e inseminação diária são componentes integrantes da gestão da reprodução em fazendas bem-sucedidas nos EUA. Um ponto chave na gestão reprodutiva é a implementação racional de programas que minimizam os erros humanos, o que às vezes pode ser um desafio.

No entanto, os produtores adotam agora a inseminação artificial em tempo fixo como parte do protocolo de gestão para assegurar que todas as vacas recebam sua primeira IA dentro dos primeiros 21 dias após o período voluntário de espera. Além disso, o programa típico envolve a rotina de diagnóstico de gestação para identificar vacas não gestantes e garantir a reinseminação oportuna. A maioria das fazendas procura ter 100% das vacas inseminadas até aproximadamente 70 dias após o parto, assegurar um intervalo médio entre inseminações de 28 a 30 dias e alcançar dias abertos médios de 100 a 120 dias.

Inúmeros protocolos para IATF estão disponíveis hoje, mas o carro-chefe da indústria para a primeira IA pós-parto é o chamado protocolo de presynch-Ovysnch (Moreira et al., 2001), provavelmente o mais comumente implementado, e o protocolo de Ovsycnh duplo (Souza et al., 2008), que requerem 100% de IATF na primeira inseminação, mas também resultam em melhor P/IA em comparação com outros protocolos de pré-sincronização.

Inúmeras melhorias nos protocolos de IATF foram propostas com incrementos claros na P/IA (Pereira et al., 2015), embora tais melhorias exijam intervenções hormonais adicionais, manuseio mais frequente das vacas, e aumento do risco de problemas com conformidade da istração dos medicamentos. Para os rebanhos que decidem concentrar todos os esforços para inseminar as vacas em tempo fixo, recomenda-se que a escolha do protocolo de IATF seja baseada no melhor resultado de P/IA. No entanto, a excelência na gestão reprodutiva deve considerar a incorporação da detecção diária de estro para IA (Ferguson e Skidmore, 2013).

Na maioria dos rebanhos, os produtores empregam métodos para a detecção de estro, tais como pintura de cauda com giz e métodos eletrônicos, tais como pedômetro ou uso de colares com acelerômetros. Estas estratégias facilitam a identificação de vacas não gestantes após a inseminação ou reinseminação. Estima-se que aproximadamente 30% de todas as inseminações em vacas leiteiras em lactação nos EUA são executadas em tempo fixo, enquanto 70%, após a detecção do estro, com diferenças marcantes entre regiões e Estados (Souza et al., 2013).

Embora alguns protocolos de IATF possam melhorar a P/IA na primeira inseminação pós-parto, os resultados dos estudos epidemiológicos com alguns milhões de IA mostram a fertilidade similar das vacas leiterias submetidas à inseminação após a detecção do estro ou IATF (Souza et al., 2013). Portanto, combinar protocolos de sincronização para IATF baseado na ciência e na conformidade apropriada dos tratamentos com a detecção diária do estro e a inseminação convencional parece ser a conduta lógica para maximizar a inseminação com fertilidade adequada. Esta tem sido a abordagem implementada pelos produtores de leite cujas fazendas são conhecidas por alcançar excelente desempenho reprodutivo (Ferguson e Skidmore, 2013).

Figura 1

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Material escrito por:

Ricarda Maria dos Santos

Ricarda Maria dos Santos

Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. Médica veterinária formada pela FMVZ-UNESP de Botucatu em 1995, com doutorado em Medicina Veterinária pela FCAV-UNESP de Jaboticabal em 2005.

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José Luiz Moraes Vasconcelos

José Luiz Moraes Vasconcelos

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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Muitas das doenças que afetam o gado leiteiro mantidos em sistemas de confinamento ou pastagem, tipicamente ocorrem nos dois primeiros meses de lactação, antes da primeira inseminação pós-parto. O aumento da susceptibilidade a doenças metabólicas e infecciosas com o parto e o início da lactação representa um grande desafio para a reprodução.

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Este texto é a parte da palestra apresentada pelo Dr. José Eduardo P. Santos, da Universidade da Florida, no XXII Curso Novos Enfoques na Produção e Reprodução de Bovinos, realizado em Uberlândia de 22 e 23 de março de 2018.

A saúde no periparto é critica para a reprodução

Muitas das doenças que afetam o gado leiteiro mantidos em sistemas de confinamento ou pastagem, tipicamente ocorrem nos dois primeiros meses de lactação, antes da primeira inseminação pós-parto (Ribeiro et al., 2006). O aumento da susceptibilidade a doenças metabólicas e infecciosas com o parto e o início da lactação representa um grande desafio para a reprodução.

As vacas que sofrem de doenças uterinas, mamárias e metabólicas e atrasaram a retomada da ovulação pós-parto, têm comprometimento da fertilização e desenvolvimento de embriões, redução da taxa de gestação e maior perda de gestação (Ribeiro et al., 2016). Portanto, é imperativo que os programas de saúde sejam implementados para minimizar os impactos negativos das doenças na reprodução. Tais intervenções incluem a formulação das dietas adequada para evitar doenças do periparto associadas com o metabolismo mineral, estratégias para reduzir distúrbios relacionados com o parto e métodos para evitar mastite e claudicação.

O programa típico da vaca da transição nos rebanhos leiteiros dos EUA segue geralmente um padrão, sendo compreendido da secagem aos 225 a 230 dias da gestação até 30 dias de lactação. Inclui protocolos de secagem, casqueamento preventivo, programa da vacinação para proteger a vaca e a bezerra recém-nascida, alojamento adequado para proteger contra estresse térmico, dietas que minimizam o risco de doenças metabólicas pós-parto, como hipocalcemia e cetose, e cuidados pós-parto com programas de identificação e tratamento de vacas com problemas.

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Nutrição e a influência na saúde e no desempenho reprodutivo

Uma questão importante com as vacas leiteiras de alta produção é que elas foram geneticamente selecionadas para particionar nutrientes para favorecer a produção de leite às custas das reservas corporais, mesmo durante os períodos em que a ingestão de nutrientes é menor do que o ideal, como durante o início da lactação. Vacas leiteiras que experimentam perda excessiva de condição corporal podem atrasar o primeiro estro e ovulação pós-parto, o que pode ampliar a infertilidade. A causa para este atraso no retorno a ciclicidade parece ser associada com os sinais metabólicos e os hormônios reguladores como a insulina e o fator crescimento semelhante a insulina (IGF-1). Estes dois hormônios metabólicos representam algumas das ligações entre o estado nutricional da vaca com hormônios reprodutivos importantes que controlam a reprodução.

A formulação de dieta incorpora conceitos não só para otimizar a produção de leite e os componentes do leite, mas também para melhorar o desempenho reprodutivo. Um exemplo é incorporação de gorduras em dietas de vacas leiteiras, que tem sido mostrado que não só melhora a produção, mas também a reprodução (Rodney et al., 2015).

Além disso, a formulação da dieta visa minimizar as perdas de condição corporal no início da lactação, pela manipulação das frações de carboidratos, aumentando a ingestão de matéria seca, e fornecendo quantidades suficientes de proteína (aminoácidos) de acordo com o volume de produção. Talvez, mais importante que a formulação da dieta por si só é a gestão de alimentação. Garantia de espaço de cocho adequado, disponibilidade de alimentação de 23 a 24 horas por dia, evitar a competição e a garantia de consistência na entrega de alimentos são todas as medidas aplicadas para dar às vacas a oportunidade de se alimentarem tanto quanto elas desejam (quando a ingestão é insuficiente para atender às necessidades para a produção).

Implementação racional de programas reprodutivos

Um dos principais avanços na reprodução nos últimos 20 anos tem sido a implementação racional de programas reprodutivos nos rebanhos leiteiros. Até recentemente, os veterinários e os produtores aplicavam a gestão reprodutiva de uma forma reativa; no entanto, nos últimos anos, os programas reprodutivos tomaram uma abordagem ligeiramente diferente. O objetivo é ser proativo e trabalhar com grupos de vacas.

Na maioria dos casos, o foco é aumentar a taxa com que as vacas elegíveis ficam gestantes e, para isso, a utilização de protocolos de inseminação artificial em tempo fixo se tornaram parte integrante da gestão reprodutiva dos rebanhos leiteiros (Caraviello et al., 2006). Ultimamente, os objetivos são minimizar a variação no intervalo do parto até a primeira IA, aumentar a taxa com que as vacas elegíveis ficam gestantes e, consequentemente, reduzir o intervalo do parto até a concepção de forma consistente. Com base nas alterações fenotípicas e genéticas na população de vacas Holandesas, é inquestionável que os avanços na reprodução foram alcançados antes de ter sido verificado incrementos importantes no genótipo para a fertilidade das filhas.

As principais razões para a mudança estão relacionadas com o valor econômico da gestação, que estimula os produtores a colocar esforços para ter mais vacas gestantes em estágios inicias da lactação. Além disso, os produtores identificaram a necessidade de gerir grandes grupos de vacas sem criar sistemas complicados que impeçam a adoção e a conformidade, bem como a necessidade de considerar as deficiências na fertilidade da vaca, como a má expressão de estro e a detecção.

Na maioria dos rebanhos nos EUA, a reprodução é uma atividade que ocorre 365 dias no ano, em oposição a programas sazonais de reprodução como na Austrália e Nova Zelândia que tendem a inseminar vacas em uma única, ou as vezes duas, estação de monta. A detecção de estro e inseminação diária são componentes integrantes da gestão da reprodução em fazendas bem-sucedidas nos EUA. Um ponto chave na gestão reprodutiva é a implementação racional de programas que minimizam os erros humanos, o que às vezes pode ser um desafio.

No entanto, os produtores adotam agora a inseminação artificial em tempo fixo como parte do protocolo de gestão para assegurar que todas as vacas recebam sua primeira IA dentro dos primeiros 21 dias após o período voluntário de espera. Além disso, o programa típico envolve a rotina de diagnóstico de gestação para identificar vacas não gestantes e garantir a reinseminação oportuna. A maioria das fazendas procura ter 100% das vacas inseminadas até aproximadamente 70 dias após o parto, assegurar um intervalo médio entre inseminações de 28 a 30 dias e alcançar dias abertos médios de 100 a 120 dias.

Inúmeros protocolos para IATF estão disponíveis hoje, mas o carro-chefe da indústria para a primeira IA pós-parto é o chamado protocolo de presynch-Ovysnch (Moreira et al., 2001), provavelmente o mais comumente implementado, e o protocolo de Ovsycnh duplo (Souza et al., 2008), que requerem 100% de IATF na primeira inseminação, mas também resultam em melhor P/IA em comparação com outros protocolos de pré-sincronização.

Inúmeras melhorias nos protocolos de IATF foram propostas com incrementos claros na P/IA (Pereira et al., 2015), embora tais melhorias exijam intervenções hormonais adicionais, manuseio mais frequente das vacas, e aumento do risco de problemas com conformidade da istração dos medicamentos. Para os rebanhos que decidem concentrar todos os esforços para inseminar as vacas em tempo fixo, recomenda-se que a escolha do protocolo de IATF seja baseada no melhor resultado de P/IA. No entanto, a excelência na gestão reprodutiva deve considerar a incorporação da detecção diária de estro para IA (Ferguson e Skidmore, 2013).

Na maioria dos rebanhos, os produtores empregam métodos para a detecção de estro, tais como pintura de cauda com giz e métodos eletrônicos, tais como pedômetro ou uso de colares com acelerômetros. Estas estratégias facilitam a identificação de vacas não gestantes após a inseminação ou reinseminação. Estima-se que aproximadamente 30% de todas as inseminações em vacas leiteiras em lactação nos EUA são executadas em tempo fixo, enquanto 70%, após a detecção do estro, com diferenças marcantes entre regiões e Estados (Souza et al., 2013).

Embora alguns protocolos de IATF possam melhorar a P/IA na primeira inseminação pós-parto, os resultados dos estudos epidemiológicos com alguns milhões de IA mostram a fertilidade similar das vacas leiterias submetidas à inseminação após a detecção do estro ou IATF (Souza et al., 2013). Portanto, combinar protocolos de sincronização para IATF baseado na ciência e na conformidade apropriada dos tratamentos com a detecção diária do estro e a inseminação convencional parece ser a conduta lógica para maximizar a inseminação com fertilidade adequada. Esta tem sido a abordagem implementada pelos produtores de leite cujas fazendas são conhecidas por alcançar excelente desempenho reprodutivo (Ferguson e Skidmore, 2013).

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Ricarda Maria dos Santos

Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. Médica veterinária formada pela FMVZ-UNESP de Botucatu em 1995, com doutorado em Medicina Veterinária pela FCAV-UNESP de Jaboticabal em 2005.

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