A produção leiteira é uma soma de dois fatores. Por um lado, produzir leite é fazer agricultura, principalmente, na produção de alimentos para os animais. Por outro, é a criação animal em si. Então a soma da agricultura e pecuária tem como resultado alimento nobre.
Numa visão de mudanças climáticas, produzir leite também tem sua matemática. Ao mesmo tempo que a atividade é emissora de gases do efeito estufa (metano, gás carbônico, óxido nitroso, etc.) de forma direta, pelo animais e seus resíduos, e de forma indireta no consumo de energia, combustíveis, etc; a atividade também pode ser uma sequestradora de carbono pelo uso de práticas conservacionistas de solo, arborização das áreas, etc.
De acordo com o Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 2014), a mudança climática corresponde às variações significativas no estado médio do clima ou em sua variabilidade, persistindo por um período extenso.
Hoje os especialistas usam o termo emergência climática porque o clima está mudando mais rápido do que a natureza pode se adaptar a ele, incluindo nós. Temos um tempo limitado para manter as temperaturas globais dentro de um limite do qual a humanidade e outros seres vivos possam viver com segurança, então temos que agir agora. Segundo a UNEP (2019) se os países tivessem agido com base na ciência, os governos precisariam reduzir as emissões em 3,3% a cada ano. A cada ano que deixamos de agir, o nível de dificuldade e custo para reduzir as emissões aumenta.
O IPCC (2014) cita que a adaptação às mudanças climáticas pode envolver ações nas dimensões sociais, econômicas e ecológicas. O objetivo da adaptação é reduzir os danos causados pelas mudanças climáticas. No processo de adaptação se ajustam práticas, reduz-se a vulnerabilidade do sistema produtivo e estabelece-se processos para antecipar e responder a efeitos adversos. A mitigação se refere a ações ou atividades que limitam as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) e/ou reduzem seus níveis na atmosfera. Então na propriedade leiteira teremos ações de adaptação e mitigação.
O planejamento da adaptação e da mitigação deve levar em conta o momento da ação. Agir muito tarde, corre-se o risco de se ter impactos negativos maiores.
Sempre existirão barreiras (que podem ser superadas com determinadas práticas e tecnologias) e limites (que são intransponíveis) se os efeitos climáticos se tornam muito rápidos ou muito severos.
Mais a frente apresentamos práticas e tecnologias que podem ser utilizadas pelos produtores(as) para adaptar a propriedade as mudanças climáticas e/ou mitigar seus efeitos. As alternativas envolvem desde ações de custo zero ou baixo, sendo necessário apenas uma mudança na rotina de manejo ou uma adaptação de estrutura, até ações que demandam investimentos.
Se quiser saber sobre práticas e tecnologias relacionadas ao manejo de dejetos, veja o artigo Mudanças climáticas e o manejo de dejetos na produção leiteira.
Práticas e tecnologias que diminuem a dependência de insumos externos ou o consumo de combustíveis fósseis, contribuem para a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, conferem maior autonomia produtiva a propriedade frente aos fatores externos a ela. Autonomia alimentar pode significar menor consumo de ingredientes como soja e milho que tem preços mais vulneráveis aos fatores climáticos. A autonomia energética deve ser considerada, pelo Brasil ter sua matriz elétrica baseada na hidroeletricidade, a diminuição do volume de chuvas reduz a oferta desta energia.
É urgente a transição para sistemas produtivos em maior consonância com a natureza. Devemos reduzir ao máximo os impactos negativos das mudanças climáticas. É tempo de rever as práticas e manejos amplamente disseminadas que visam, majoritariamente, índices de produção e produtividade. Essa abordagem torna os sistemas produtivas extremamente frágeis aos impactos climáticos.
Sempre é bom lembrar que já vivemos em emergência climática, se não nos adaptarmos a isto e começarmos a mitigar seus efeitos os impactos negativos na qualidade de vida das pessoas, no bem-estar dos animais e no desempenho produtivo e econômico da propriedade serão muito elevados e, alguns, irreversíveis.
O tempo de mudar é agora e urgente. Vamos juntos!
Abaixo, deixo uma série de práticas e tecnologias para adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, bem como suas estratégias de implementação.
Uso do solo e culturas agrícolas e de proteção
-
Cobertura de solo e plantio direto
Adaptação e Mitigação
A redução da evaporação na superfície do solo, aliada à manutenção da temperatura e ao aumento da umidade, contribui diretamente para evitar a degradação e preservar a fertilidade do solo.
Para isso, recomenda-se o plantio de plantas de serviço que gerem biomassa para cobertura, como leguminosas utilizadas na adubação verde ou cultivos específicos para esse fim, além do uso de restos de poda vegetal. -
Adição de matéria orgânica no solo
Adaptação e Mitigação
A prática aumenta a capacidade de armazenamento de água no solo, fortalece a resistência às secas, promove o estoque de carbono e melhora a fertilidade do solo.
Para implementá-la, é recomendada a adição de resíduos vegetais e animais, compostos orgânicos, o uso de cultivos de cobertura e a adoção da adubação verde. -
Controle biológico
Adaptação e Mitigação
O controle biológico de insetos indesejados é uma estratégia eficaz, especialmente considerando que a população desses insetos tende a aumentar com o aumento da temperatura.
Para implementá-lo, é essencial garantir a diversidade de animais e plantas, promovendo assim o equilíbrio ecológico. -
Pastagens integradas com árvores
Adaptação e Mitigação
A melhoria do microclima local reduz as flutuações extremas de temperatura, aumenta o conforto térmico dos animais e diminui a evaporação de água do solo. Além disso, favorece a maior autossuficiência, menor vulnerabilidade ao mercado e proporciona maior autonomia. Durante o período de crescimento das árvores, é necessário garantir a sombra de forma artificial.
Para implementá-la, recomenda-se organizar árvores em linhas alternadas com pastagem para o gado, adotar o Pastoreio Racional Voisin com Núcleos e formar cordões de contorno de árvores nas áreas produtivas. -
Policultivo de espécies adaptadas à região da propriedade
Adaptação
A melhoria da saúde do solo, aliada a uma maior diversidade produtiva, torna o sistema mais adaptado a eventos adversos, além de contribuir para a segurança alimentar da propriedade.
Para implementá-la, recomenda-se utilizar pastagens com diferentes espécies de gramíneas, arbustos e árvores. Além disso, produtos e coprodutos cultivados podem ser aproveitados na alimentação dos animais. -
Uso de espécies vegetais adaptadas ao clima regional e ao bioma
Adaptação
Espécies e variedades adaptadas ao local e bioma são mais tolerantes a variações climáticas, apresentando melhor produção e rendimento em condições de estresse hídrico e outras adversidades, como a presença de insetos indesejados. Além disso, as plantas espontâneas merecem atenção, pois, além de serem bem adaptadas ao contexto local, podem fornecer uma boa fonte de nutrientes.
Para implementá-las, o cultivo de uma diversidade de vegetais na propriedade permite que seus produtos sejam utilizados na alimentação dos animais. -
Barreiras naturais com plantas resistentes ao fogo e aceiros
Adaptação
Essas práticas dificultam a propagação do fogo para outras áreas, protegendo tanto as áreas de cultivo quanto as de preservação.
Para implementá-las, é importante realizar a manutenção periódica de aceiros e evitar o acúmulo de vegetação ou qualquer material que possa facilitar a propagação do fogo. -
Quebra-vento
Adaptação e Mitigação
A prática contribui para a manutenção da umidade do solo, redução do ataque de doenças e insetos prejudiciais às plantações, além de oferecer abrigo para pássaros e insetos benéficos. Também protege animais jovens, mais sensíveis às doenças respiratórias, e reduz as quedas de temperatura nas instalações, lavouras e piquetes, favorecendo o aumento do rendimento na produção de plantas e animais.
As espécies utilizadas podem fornecer adubação verde e cobertura para o solo nas faixas de cultivo, além de forragem para os animais, especialmente em períodos de escassez de pasto. Além disso, podem gerar produtos de interesse econômico, como frutas, castanhas e óleos. Para implementá-las, o plantio das espécies deve ser feito de forma perpendicular à direção dos ventos predominantes com dimensões compatíveis com a cultura -
Recuperação de áreas degradadas
Adaptação e Mitigação
O plantio de árvores contribui para o aumento da permeabilidade do solo, da capacidade de retenção de água e do armazenamento de carbono no solo. Além disso, ajuda a reduzir a pressão sobre o desequilíbrio das populações de insetos e microrganismos indesejados, e auxilia na prevenção contra incêndios.
Para implementar essa prática, é fundamental considerar as particularidades de cada área a ser recuperada, levando em conta seu histórico de uso e os objetivos específicos para a recuperação. Por isso, é importante consultar um profissional agropecuário, que poderá orientar sobre as melhores estratégias para cada caso. -
Corte de árvores com risco de queda
Adaptação
A prática visa evitar acidentes com humanos e animais, além de preservar o patrimônio físico da propriedade, como cercas e instalações. A madeira gerada pode ser utilizada em atividades da propriedade, desde que tenha a qualidade adequada e o corte seja legalmente permitido. Para isso, é necessário que um profissional habilitado ou técnico do poder público avalie a possibilidade de corte, e o produtor(a) deve obter a devida autorização para realizá-lo.
Equipamentos e estruturas
-
Cochos e bebedouros bem dimensionados e posicionados na sombra
Adaptação
A alimentação e a ingestão de água sob a sombra durante os períodos mais quentes do dia são fundamentais para o bem-estar dos animais. Além disso, bebedouros maiores garantem uma maior ingestão de água, sendo essencial que a água seja oferecida à vontade em todos os bebedouros disponíveis.
Para garantir isso, a água deve ser fornecida em bebedouros, e não em corpos d'água naturais. Vacas tendem a consumir mais água quando os bebedouros são largos e altos, com dimensões de 139 cm x 95 cm e altura de 60 cm. -
Realizar a(s) ordenha(s) em horários de temperatura mais frescas (primeiras horas da manhã e ao final da tarde)
Adaptação
A melhoria das condições de trabalho do ordenhador(a) e a diminuição do estresse térmico para humanos e animais têm impactos positivos na produção de leite.
Para isso, é importante evitar sobrepor os horários de ordenha com os períodos de maior intensidade de pastejo, que ocorrem ao amanhecer e ao entardecer -
Uso de técnicas construtivas que prezem pela qualidade do trabalho e conforto dos animais
Adaptação
Proporciona maior conforto térmico para humanos e animais, além de reduzir o risco de acidentes de trabalho e com os animais. A utilização de recursos locais diminui os custos e a geração de entulho, racionaliza o consumo de energia e reduz a dependência de transporte. Também contribui para a diminuição do valor investido.
Para implementar essas melhorias, é importante avaliar as possibilidades construtivas e de materiais em conjunto com um profissional. O uso de telhas térmicas ou de cerâmica pode ser uma solução eficiente para melhorar o conforto térmico. -
Sombreamento e resfriamento
Adaptação
A melhoria do conforto térmico e das condições de bem-estar dos animais pode ser alcançada por meio de sombreamento com componentes naturais ou artificiais.
Além disso, a instalação de sistemas de resfriamento, como aspersores e ventiladores, também contribui para o bem-estar dos animais. -
Sistema híbrido de energia
Adaptação
A maior autonomia energética da propriedade proporciona maior resiliência a eventos de falta de energia e instabilidade na rede, além de reduzir os gastos com o pagamento da energia da rede. O aproveitamento de resíduos para a geração de energia, como biodigestores, também contribui para essa autonomia.
Para implementar essa estratégia, é recomendado mesclar as fontes de energia da rede com sistemas solares e/ou de biomassa (resíduos). -
Criação dos animais em sistemas a pasto
Adaptação e Mitigação
Menor dependência de energia e insumos externos, maior autossuficiência, menor vulnerabilidade ao mercado e maior autonomia.
Animais
-
Criação de animais tolerantes ao calor
Adaptação
A criação de animais mais tolerantes ao calor contribui para maior adaptação aos climas tropicais e a aumentos de temperatura, resultando em menor morbidade e maior rusticidade dos animais. É importante lembrar que animais mais produtivos tendem a ser mais sensíveis ao estresse térmico devido à sua maior taxa metabólica de repouso. -
Raças de dupla aptidão
Adaptação
Potencial de diminuir a emissão de gases de efeito estufa. -
Proteção da biodiversidade genética
Adaptação e Mitigação
O aumento da capacidade de animais e plantas em lidar com diversas perturbações pode ser alcançado por meio de seleção genética focada em características como rusticidade e tolerância ao calor. Além disso, é essencial manter a população reprodutora suficientemente grande para garantir a diversidade genética. -
Prevenção a carcinomas
Adaptação
A relação entre o desenvolvimento de carcinoma, características fenotípicas e a incidência de raios solares pode ser mitigada ao criar animais com pele, pelos e mucosas pigmentados. Além disso, é importante garantir que esses animais não possuam predisposição genética para a condição e que sejam mantidos em ambientes com sombreamento adequado. Também é fundamental evitar o o dos animais a samambaias. -
Nutrição de precisão
Adaptação
A maximização do aproveitamento dos nutrientes dos alimentos e a diminuição da excreção de nutrientes nas fezes e urina contribuem para a redução do custo de produção e dos investimentos na estrutura de manejo de dejetos.
Para implementar essa prática, é fundamental consultar um profissional habilitado. -
Dietas que considerem o uso de coprodutos regionais
Adaptação
A menor dependência de transporte de longa distância reduz a emissão de gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis e contribui para a redução do custo de produção.
Para implementar essa prática de forma eficaz, é essencial consultar um profissional habilitado.
Gestão
-
Realização de rotinas externas em horários de menor temperatura
Adaptação
A menor exposição à radiação solar e o maior conforto térmico durante a realização das atividades contribuem para a redução dos riscos de afastamento por doenças e/ou indisposições. Pessoas com mais de 60 anos, por exemplo, apresentam maior vulnerabilidade às altas temperaturas.
Para garantir isso, é essencial oferecer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para proteção ao calor, como chapéus, roupas de manga longa e protetor solar. Além disso, é importante disponibilizar água para consumo humano em vários pontos da propriedade. -
Plano de ação para casos de acidentes e desastres
Adaptação
A redução das consequências negativas de acidentes e desastres aumenta as chances de sobrevivência e mantém a saúde e o bem-estar de pessoas e animais.
Para isso, é essencial realizar ações de prevenção e mitigação de acordo com a situação de risco, como ter materiais preparados para ações preventivas em casos de alagamento e incêndio. Além disso, a propriedade deve manter uma lista de contatos de emergência em local de fácil o e de conhecimento de todos.
Referências bibliográficas
Vilanova, C.; Siqueira Filho, J. A.; Oliveira, L. M. S. R.; Oliveira, L. S.; Freitas, H. R. Agroecologia e resiliência às mudanças climáticas: fundamentos e práticas o desenvolvimento territorial do seminárido brasileiro. In: Marinho, C. M.; Freitas, H. R.; Oliveira, L. M. S. R.; Oliveira, L. S. Transição agroecológica e territorialidades: concepções, experiências e desafios. Editora Atena, p. 45 - 67, 2023
Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo. O papel da conservação do solo no contexto de eventos climáticos extremos. Governo do Estado de São Paulo, 2024. Disponível em <https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/informativo/defesa-agrosp-no-033-maio2024/o-papel-da-conservacao-do-solo-no-contexto-de-eventos-climaticos-extremos/> o em 17 fev 2025.
Altieri, M. A.; Nicholls, C. I. Agroecologia y resiliencia al cambio climatico: principios y consideraciones metodologicas. Agroecologia, Lima - Peru, v. 8, n 1, p. 7-20, 2013.
Instituto Giramundo Mutuando. Agroecologia. (Cadernos Agroecológicos). Botucatu, SP, Giramundo, 2015. Disponível em <https://drive.google.com/drive/folders/0B8XkJ8S1BhtvdFFLUFdrWGdCQkU?resourcekey=0-anQzYBZ_YMi4FTt5LDLcjQ> o em 17 fev 2025.
Martin; Magne. Agricultural diversity to increase adaptive capacity and reduce vulnerability of livestock systems against weather variability - A farm-scale simulation study. Agriculture Ecosystems & Environment, v. 199, p. 301-311, 2015.
Perrin; Milestad; Martin. Resilience applied to farming: organic farmers’ perspectives. Ecology and society, v. 25, 2021.
Schmitt Filho; Fantini; Farley; Sinisgalli; Silva. Nucleation theory inspiring the design of high biodiversity silvopastoral system in the atlantic forest biome: ecological restoration, family farm livelihood and agroecology. In: Linking Sicence and Practice for a better world - Book of abstracts. VII Conferência Mundial sobre Restauração Ecológica - SER, n 050.04, Foz do Iguaçu, 2017.
MAPA. Fichas agroecológicas - Práticas conservacionistas: Cordões de contorno. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Coordenação de Agroecologia, 2016. Disponível em <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/fichas-agroecologicas/arquivos-praticas-conservacionistas/4-cordoes-de-contorno.pdf> o em 17 fev 2025.
Distel, R. A.; Arroquy, J. I.; Lagrange, S.; Villalba, J. J. Deg diverse agricultural pastures for improving ruminant production systems. Frontiers in Sustainable Food Systems, v. 4, 2020.
Sena, B. S.; Souza, R. W. C.; Prado, K. E. M.; Neves, J. E. G.; Bruziguessi, E. P.; Oliveira, I. A. A. Explorando alternativas alimentares sustentáveis: espécies nativas do Cerrado na alimentação de bovinos a pasto. Cadernos de Agroecologia, Anais do XII Congresso Brasileiro de Agroecologia, Rio de Janeiro, RJ, v. 19, n. 1, 2024.
TRESIA, G. E.; PUASTUTI, W.; INOUNU, I. Carrying capacity for ruminant based on plantation byproducts and potency of enteric methane emission. Wartazoa, Indonésia, v. 31, n 1, 2021.
CREA SP. Aceiros contra as queimadas no Brasil. Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), 2024. Disponível em <https://www.creasp.org.br/noticias/aceiros-contra-as-queimadas-no-brasil/#:~:text=Aceiros%20s%C3%A3o%20faixas%20de%20terreno,importante%20na%20conten%C3%A7%C3%A3o%20de%20queimadas.> o em 17 fev 2025
Agroflorestando. Proteção contra incêndios e recuperação de áreas afetadas. Agroflorestando ao pé da planta, [2024].