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Nordeste: o futuro da pecuária leiteira no Brasil

Durante os últimos anos temos assistido ao desenvolvimento notável da produção de leite no Nordeste brasileiro, quando comparado às demais regiões do país. Essa conquista é fruto de diversos fatores. Entenda!

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Durante os últimos anos temos assistido ao desenvolvimento notável da produção de leite no Nordeste brasileiro, quando comparado às demais regiões do país. Essa conquista é fruto de diversos fatores, sejam eles naturais, econômicos, sociais e culturais, que contribuem a atividade leiteira na região.

Competitividade dos preços do leite no Nordeste

Em termos de preços de leite, o valor pago ao produtor de leite no Nordeste é competitivo. Por exemplo, em dezembro de 2024, o preço médio do litro de leite na Bahia foi de R$ 2,5810, comparável a Estados como São Paulo (R$ 2,5907) e Minas Gerais (R$ 2,6470). No Ceará, o preço médio praticado pelos produtores esteve em torno de R$ 2,40 a R$ 2,50 por litro no início de 2025, segundo Amílcar Silveira, presidente da Faec.

Participação do Nordeste na produção de grãos

É importante destacar que parte do Nordeste integra a região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), considerada a nova fronteira agrícola do Brasil. Esta área tem se consolidado na produção de grãos, especialmente soja e milho, que são fundamentais na alimentação de bovinos leiteiros e representam, respectivamente, 12,3% e 8,9% da produção nacional. Estudos indicam que, nos próximos dez anos, a produção de grãos no MATOPIBA deve atingir 48 milhões de toneladas, representando um incremento de 37%.

Produtividade e qualidade

A produção de silagem de milho no Nordeste é essencial para a pecuária leiteira, mas ainda apresenta produtividade inferior às demais regiões do país. Enquanto estados como Minas Gerais e Paraná registram médias acima de 40 t/ha, podendo chegar a 60 t/ha, no Nordeste os valores variam entre 30 t/ha, podendo chegar a 45 t/ha, impactados pela menor disponibilidade hídrica e solos menos férteis. No entanto, investimentos em irrigação, híbridos resistentes à seca e manejo eficiente têm permitido que algumas fazendas nordestinas alcancem produtividade competitiva, garantindo alimento de qualidade para os rebanhos e reduzindo a dependência de grãos externos.

Valor das terras

O valor das terras no Nordeste tem atraído investidores devido aos preços mais íveis em comparação com outras regiões produtoras do país. A presença de áreas adequadas para a produção de silagem de milho, essencial para a pecuária leiteira, é um diferencial. No entanto, fatores como fertilidade do solo, disponibilidade hídrica e infraestrutura devem ser cuidadosamente analisados para garantir a viabilidade do investimento. Enquanto no Sul e Sudeste o hectare pode custar entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, no Nordeste, propriedades com infraestrutura de irrigação podem ser adquiridas por valores entre 10% e 20% desse montante, tornando a região uma alternativa competitiva para a produção leiteira.

Desafios e Oportunidades

Apesar dos avanços, o Nordeste enfrenta desafios como a informalidade na comercialização do leite e a necessidade de investimentos em infraestrutura e capacitação da mão de obra. Contudo, o crescimento contínuo da produção e o aumento da demanda interna indicam um cenário promissor para a pecuária leiteira na região.

Em suma, o Nordeste brasileiro destaca-se na produção de leite devido a uma combinação de fatores naturais favoráveis, aspectos culturais que incentivam o consumo e um mercado econômico em expansão, consolidando-se como uma região estratégica para a pecuária leiteira no país.

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Material escrito por:

Carlos Alencar

Carlos Alencar

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Victor Raphaell G. R. Maia

Victor Raphaell G. R. Maia

Produtor rural e especialista em gestão financeira e agronegócios. Graduado em Ciências Contábeis, MBA em Gestão Financeira, MBA em Agronegócio.

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Adriano da Silva Oliveira
ADRIANO DA SILVA OLIVEIRA

MUNDO NOVO - BAHIA

EM 28/02/2025

Tenho uma área de terra e estou tentando entrar nesse ramo de tirar leite até então aqui em minha região tá difícil animais de alta produção porque com animais médio não consegue fechar a conta no verde meu colegas que está no ramo estão falando em desistir do leite questão preço muito trabalho e não tem e.
Qual a sua dúvida hoje?

Nordeste: o futuro da pecuária leiteira no Brasil

Durante os últimos anos temos assistido ao desenvolvimento notável da produção de leite no Nordeste brasileiro, quando comparado às demais regiões do país. Essa conquista é fruto de diversos fatores. Entenda!

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Durante os últimos anos temos assistido ao desenvolvimento notável da produção de leite no Nordeste brasileiro, quando comparado às demais regiões do país. Essa conquista é fruto de diversos fatores, sejam eles naturais, econômicos, sociais e culturais, que contribuem a atividade leiteira na região.

Competitividade dos preços do leite no Nordeste

Em termos de preços de leite, o valor pago ao produtor de leite no Nordeste é competitivo. Por exemplo, em dezembro de 2024, o preço médio do litro de leite na Bahia foi de R$ 2,5810, comparável a Estados como São Paulo (R$ 2,5907) e Minas Gerais (R$ 2,6470). No Ceará, o preço médio praticado pelos produtores esteve em torno de R$ 2,40 a R$ 2,50 por litro no início de 2025, segundo Amílcar Silveira, presidente da Faec.

Participação do Nordeste na produção de grãos

É importante destacar que parte do Nordeste integra a região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), considerada a nova fronteira agrícola do Brasil. Esta área tem se consolidado na produção de grãos, especialmente soja e milho, que são fundamentais na alimentação de bovinos leiteiros e representam, respectivamente, 12,3% e 8,9% da produção nacional. Estudos indicam que, nos próximos dez anos, a produção de grãos no MATOPIBA deve atingir 48 milhões de toneladas, representando um incremento de 37%.

Produtividade e qualidade

A produção de silagem de milho no Nordeste é essencial para a pecuária leiteira, mas ainda apresenta produtividade inferior às demais regiões do país. Enquanto estados como Minas Gerais e Paraná registram médias acima de 40 t/ha, podendo chegar a 60 t/ha, no Nordeste os valores variam entre 30 t/ha, podendo chegar a 45 t/ha, impactados pela menor disponibilidade hídrica e solos menos férteis. No entanto, investimentos em irrigação, híbridos resistentes à seca e manejo eficiente têm permitido que algumas fazendas nordestinas alcancem produtividade competitiva, garantindo alimento de qualidade para os rebanhos e reduzindo a dependência de grãos externos.

Valor das terras

O valor das terras no Nordeste tem atraído investidores devido aos preços mais íveis em comparação com outras regiões produtoras do país. A presença de áreas adequadas para a produção de silagem de milho, essencial para a pecuária leiteira, é um diferencial. No entanto, fatores como fertilidade do solo, disponibilidade hídrica e infraestrutura devem ser cuidadosamente analisados para garantir a viabilidade do investimento. Enquanto no Sul e Sudeste o hectare pode custar entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, no Nordeste, propriedades com infraestrutura de irrigação podem ser adquiridas por valores entre 10% e 20% desse montante, tornando a região uma alternativa competitiva para a produção leiteira.

Desafios e Oportunidades

Apesar dos avanços, o Nordeste enfrenta desafios como a informalidade na comercialização do leite e a necessidade de investimentos em infraestrutura e capacitação da mão de obra. Contudo, o crescimento contínuo da produção e o aumento da demanda interna indicam um cenário promissor para a pecuária leiteira na região.

Em suma, o Nordeste brasileiro destaca-se na produção de leite devido a uma combinação de fatores naturais favoráveis, aspectos culturais que incentivam o consumo e um mercado econômico em expansão, consolidando-se como uma região estratégica para a pecuária leiteira no país.

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EM 28/02/2025

Tenho uma área de terra e estou tentando entrar nesse ramo de tirar leite até então aqui em minha região tá difícil animais de alta produção porque com animais médio não consegue fechar a conta no verde meu colegas que está no ramo estão falando em desistir do leite questão preço muito trabalho e não tem e.
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