A importância da avaliação de desinfetantes para tetos
O uso da desinfecção dos tetos antes da ordenha, tradicionalmente conhecido como "pré-dipping" e após a ordenha, conhecido como "pós-dipping" são medidas altamente eficazes para o controle de mastite. O pós-dipping é uma medida muito eficaz para o controle da transmissão da mastite contagiosa, pois o uso do desinfetante reduz a colonização da pele dos tetos após a ordenha, a qual pode ser considerada como uma das principais formas de transmissão da doença no momento da ordenha.
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O uso da desinfecção dos tetos antes da ordenha, tradicionalmente conhecido como "pré-dipping" e após a ordenha, conhecido como "pós-dipping" são medidas altamente eficazes para o controle de mastite. O pós-dipping é uma medida muito eficaz para o controle da transmissão da mastite contagiosa, pois o uso do desinfetante reduz a colonização da pele dos tetos após a ordenha, a qual pode ser considerada como uma das principais formas de transmissão da doença no momento da ordenha.
Por outro lado, o pré-dipping é uma prática mais recente que pode reduzir em até 50% dos novos casos de mastite causada por agentes ambientais e, paralelamente, tem uma ação importante na melhoria da qualidade do leite, pois reduz a população microbiana na pele do teto. Atualmente, considera-se que a pele do teto é uma das principais fontes de microrganismos que contaminam o leite após a ordenha.
Sendo assim, o sucesso da desinfecção dos tetos como medida de controle depende em primeiro lugar da eficiência dos produtos utilizados, da sua formulação e modo de utilização. Recentemente, foi realizado um estudo com duração de mais de um ano, avaliando o uso do fenol, um antigo desinfetante usado em diversas áreas, mas até então não testado para uso como desinfetante de tetos. O uso do fenol a 1,6% de concentração apresentou eficácia em condições laboratoriais e em estudos de campo de forma semelhante aos produtos padrões a base de iodo 0,5%, avaliada pela taxa de novas infecções intramamárias durante a lactação e pelo número de casos clínicos no rebanho.
Os resultados deste estudo indicam que este produto pode ser uma alternativa para os produtos comumente utilizados para a desinfecção de tetos em vacas leiteiras. É fundamental, no entanto, alertar os produtores e a indústria que somente produtos testados sob rigorosas condições laboratoriais e controladas feitas por instituições com credibilidade podem assegurar que o pré e pós-dipping estão realmente funcionando no dia-a-dia da fazenda.
Infelizmente, a grande maioria dos produtos disponíveis para a desinfecção de tetos no mercado brasileiro não ou por protocolos de testes reconhecidos internacionalmente e que possam ser comparados entre si quanto a sua eficiência.
O Comitê de controle de mastite do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite vem iniciando trabalhos no sentido de estabelecer protocolos para testes de desinfetantes para tetos de forma científica, objetivando informar o produtor como anda a eficiência dos diversos produtos no mercado.
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Fonte
J. Dairy Sci. 2000. 83:1750-1757.
Material escrito por:
Marcos Veiga Santos
Professor Associado da FMVZ-USP Qualileite/FMVZ-USP Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225 Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP Pirassununga-SP 13635-900 19 3565 4260
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REGISTRO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 26/09/2007
<b>Resposta do autor:</b>
José Henrique,
A solução de hipoclorito pode ser usada para desinfecção de tetos antes e após a ordenha. As concentrações recomendadas (para tetos) varia de 2 a 4% para pré e pós dipping, respectivamente. Um dos inconvenientes é a possibilidade de rachadura de tetos e das mãos dos ordenhadores.
Atenciosamente,
Marcos Veiga dos Santos