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Sob a ótica de um produtor: Compost Barn ou Free Stall?

As particularidades entre os sistemas são muitas. O Free Stall requer maior investimento inicial por vaca, enquanto o Compost Barn exige manejo da cama. Entenda

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Responder a esta pergunta de maneira categórica é um desafio quase impossível, neste momento há produtores construindo sistemas confinados em modelo Compost Barn e talvez o vizinho projetando um galpão no modelo Free Stall. As particularidades deles são muitas, mas de maneira geral, uma característica é que o Free Stall requer maior investimento inicial por vaca alojada enquanto o Compost Barn exige um manejo e renovação da cama mais frequente.

Como meu objetivo não é responder à questão que foi levantada (se é que ela possui resposta) vou me atentar aos fatos que observei ao visitar um produtor há algumas semanas atrás (agosto de 2024) no município de Xanxerê, Santa Catarina. A propriedade da família possui 70 hectares de área agricultável, dos quais 10 hectares são destinados ao cultivo de jiggs para produção de pré-secado e 60 hectares são destinados ao cultivo de milho (safra e safrinha) para produção de silagem de planta inteira. Atualmente o produtor possui cerca de 100 animais em lactação e recria todos os animais (bezerras, novilhas) em sistema confinado com silagem de milho como base da alimentação. 

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A história da propriedade se confunde com muitas histórias de propriedades vizinhas: 40 anos na atividade leiteira, 30 deles em um sistema à base de pasto, seguido de uma migração para o sistema confinado há 9 anos atrás (quando houve um boom do sistema Compost Barn no Sul do Brasil) e o aumento da escala de produção. Recentemente, a cerca de 4 anos atrás, a propriedade investiu na construção de um barracão no modelo Free Stall. A minha pergunta (como qualquer curioso faria): se tivesse que aumentar novamente as instalações, por qual dos sistemas você optaria? Para minha surpresa a resposta foi o Compost Barn.

A resposta: “Tínhamos o Compost Barn e sofríamos muito com a cama molhada, a chuva sempre acabava molhando a cama e não conseguíamos manter ela seca, também havia dificuldade em encontrar material”.

Contextualizando: O Free Stall da propriedade foi construído ao lado do Compost, o que resolveu o problema do aumento da umidade da cama em razão da chuva.

Sequência da resposta: “Depois que construímos o Compost paramos de ter problema com a cama, conseguimos manter ela seca e hoje a oferta de materiais melhorou, se fosse para escolher um dos sistemas, eu escolheria o compost”.

Essa situação a qual presenciei é mais um exemplo daquelas de que não há um único sistema que funcione, vários podem funcionar. A fazenda tem um alto custo de alimentação das vacas, mas a média de produção do rebanho é acima de 40 kg/dia de leite com um DEL de 150 (o que tem “pagado a conta”). A propriedade possui um alimentador automático de bezerras, que atende cerca de 15 animais em fase de aleitamento, custou aproximadamente 50 mil reais, caro ou barato? Eu diria necessário (ou fundamental) para uma fazenda que atualmente realiza três ordenhas diárias e enfrenta o problema de escassez de mão de obra. Sem gestão e a análise dos números, é precipitado condenar ou condecorar uma instalação, sistema, manejo e afins...

 

Nesse texto amos por vários temas pertinentes, como: mão de obra para a atividade leiteira, manejo de cama em Compost Barn, produção de silagem entre outros. Sabe onde todos estes temas (e muitos outros) serão discutidos? No Interleite Sul 2024, que acontece nos dias 18 e 19 de setembro em Chapecó/SC.

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Material escrito por:

Daniel Augusto Barreta

Daniel Augusto Barreta

Zootecnista, Núcleo de Pesquisa em Pastagem - UDESC/CAV

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Como meu objetivo não é responder à questão que foi levantada (se é que ela possui resposta) vou me atentar aos fatos que observei ao visitar um produtor há algumas semanas atrás (agosto de 2024) no município de Xanxerê, Santa Catarina. A propriedade da família possui 70 hectares de área agricultável, dos quais 10 hectares são destinados ao cultivo de jiggs para produção de pré-secado e 60 hectares são destinados ao cultivo de milho (safra e safrinha) para produção de silagem de planta inteira. Atualmente o produtor possui cerca de 100 animais em lactação e recria todos os animais (bezerras, novilhas) em sistema confinado com silagem de milho como base da alimentação. 

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A resposta: “Tínhamos o Compost Barn e sofríamos muito com a cama molhada, a chuva sempre acabava molhando a cama e não conseguíamos manter ela seca, também havia dificuldade em encontrar material”.

Contextualizando: O Free Stall da propriedade foi construído ao lado do Compost, o que resolveu o problema do aumento da umidade da cama em razão da chuva.

Sequência da resposta: “Depois que construímos o Compost paramos de ter problema com a cama, conseguimos manter ela seca e hoje a oferta de materiais melhorou, se fosse para escolher um dos sistemas, eu escolheria o compost”.

Essa situação a qual presenciei é mais um exemplo daquelas de que não há um único sistema que funcione, vários podem funcionar. A fazenda tem um alto custo de alimentação das vacas, mas a média de produção do rebanho é acima de 40 kg/dia de leite com um DEL de 150 (o que tem “pagado a conta”). A propriedade possui um alimentador automático de bezerras, que atende cerca de 15 animais em fase de aleitamento, custou aproximadamente 50 mil reais, caro ou barato? Eu diria necessário (ou fundamental) para uma fazenda que atualmente realiza três ordenhas diárias e enfrenta o problema de escassez de mão de obra. Sem gestão e a análise dos números, é precipitado condenar ou condecorar uma instalação, sistema, manejo e afins...

 

Nesse texto amos por vários temas pertinentes, como: mão de obra para a atividade leiteira, manejo de cama em Compost Barn, produção de silagem entre outros. Sabe onde todos estes temas (e muitos outros) serão discutidos? No Interleite Sul 2024, que acontece nos dias 18 e 19 de setembro em Chapecó/SC.

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