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Ensilagem: um constante processo de gerenciamento de perdas

Por que dizer que a ensilagem é um processo de constante gerenciamento de perdas? Confira aqui!

Publicado em: - 6 minutos de leitura

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Por que dizer que a ensilagem é um processo de constante gerenciamento de perdas?

Vamos lá! Por ser uma técnica de conservação de alimentos, a silagem produzida deve ser o mais similar possível ao material que foi ensilado, ou seja, deve haver a máxima preservação possível das características originais. Quando isto acontece é sinal que houve cuidado e controle que resultou em minimização das perdas que podem acontecer durante o período de armazenamento.

Mas, como se trata de uma técnica de conservação/preservação, algumas perdas são inerentes ao processo, são previstas ou esperadas (Figura 1).

Conservação significa “preservação contra dano, perda ou desperdício. (...) conjunto de medidas permanentes para impedir que se deteriorem com o tempo objetos de valor.” Então, é possível IMPEDIR que os materiais ensilados se deteriorem? A resposta é “não”! Devemos entender o processo, cada uma das etapas e visualizar possíveis fontes de problemas a fim de evitar/minimizar a possibilidade de perdas.

Figura 1 – Perdas evitáveis e inevitáveis durante a ensilagem.

Perdas evitáveis e inevitáveis durante a ensilagem. Adaptado de Lanes et al. (2006)
Fonte: Adaptado de Lanes et al. (2006).

Então, apenas medidas “corretivas” não são suficientes, devemos planejar e adotar medidas preventivas visando reduzir as chances ou fatores que podem resultar em aumento de perdas no processo, daí o “gerenciamento de processos a fim de evitar/reduzir perdas”.

Quanto melhor for sua capacidade em prever possíveis fontes geradoras de perdas e controlá-las, maiores serão as chances de uma conservação com maior eficiência dos pontos de vista “quantitativo” e “qualitativo”.

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Além de afetar a qualidade (valor nutritivo) das silagens e comprometer a sua sanidade, processos relacionados com perdas também comprometem a eficiência de conservação de matéria seca, ou seja, reduzem a quantidade de alimento conservado estocado. Isso implica diretamente em elevação dos custos para cada quilograma de matéria seca produzida e armazenada.
 

Onde e quando podem acontecer perdas na ensilagem?

As perdas na ensilagem podem acontecer durante todas as etapas e procedimentos, algumas são gerais e independem do tipo de silagem e outras podem ser mais específicas para cada tipo de silagem.

Por exemplo, na ensilagem de planta inteira de milho as perdas podem acontecer:

  1. Na lavoura/colheita até o silo = procedimento de colheita, carregamento dos vagões forrageiros/caminhões, transporte até o silo. Estas perdas podem ser físicas/visíveis (de massa de forragem) ou químicas/invisíveis (deterioração aeróbia da forragem entre a colheita e a vedação do silo).
     
  2. No silo até a sua abertura = perdas decorrentes do oxigênio remanescente após a vedação do silo, perdas por fermentações indesejáveis (como a alcoólica e a butírica) e por fermentações menos eficientes em conservar energia em comparação com a fermentação lática, como a acética (figura 2).
     
  3. Pós-abertura do silo até o cocho = deterioração aeróbia após contato da silagem com o ar, perda de compostos voláteis no pós-abertura, descarte de silagem deteriorada, transporte da silagem até o vagão/misturador e ao cocho, seleção de partículas no cocho/sobras.

Figura 2 e 3– Exemplos de perdas visíveis, quantitativas e qualitativas durante a ensilagem de milho.

Exemplos de perdas visíveis, quantitativas e qualitativas durante a ensilagem de milho

Exemplos de perdas visíveis, quantitativas e qualitativas durante a ensilagem de milho.

 

Tipos e causas de perdas na ensilagem

As perdas podem ser abordadas em várias vias, por exemplo:

  • podem ser quantitativas ou qualitativas;
  • podem ser visíveis ou invisíveis;
  • podem acontecer no campo/lavoura, durante a estocagem e até mesmo após a abertura do silo e oferecimento aos animais.

As perdas invisíveis são àquelas que não conseguimos enxergar quando abrimos o silo e temos a silagem, mas, já aconteceram e houve perda de MS. Em geral, são provenientes da produção de gases, como o CO2, resulta em redução de MS em função de oxidação (presença ou entrada de oxigênio no silo, deterioração aeróbia após abertura do silo); de fermentações indesejáveis (alcoólica, butítica) que resultam em perda de energia na forma de C e/ou compostos voláteis perdidos após abertura do silo.  Também há àquelas inerentes à fermentações que são desejáveis e contribuem com a acidificação da massa no silo, mas, possuem menor eficiência que a fermentação lática (por exemplo: fermentação acética ou propiônica - geram CO2 + ácidos orgânicos).

As perdas visíveis podem ocorrer em todas as etapas, por exemplo: partículas picadas que não chegaram ao vagão/caminhão durante a colheita, produção de efluentes/chorume, silagem descartada por conter podridão, mofos/bolores (também resultantes de processos que geram perdas invisíveis).

As perdas quantitativas (visíveis ou invisíveis) reduzem a MS armazenada e tem impacto direto na quantidade de silagem produzida e no seu custo de produção. As perdas qualitativas podem estar associadas à baixa eficiência no processo de conservação, resultam em silagem com qualidade inferior ao esperando, menos nutrientes e maior custo do nutriente.
 

Nunca é demais relembrar: As perdas na ensilagem sempre devem ser determinadas com base na matéria seca! 
 

Perdas invisíveis na ensilagem: não enxergamos, mas elas estão lá!

Quando abrimos o silo para iniciar o uso da silagem, não teremos a mesma quantidade MS que foi ensilada, há perdas de MS durante o período de estocagem.

Em geral, são provenientes da produção de gases (como o CO2), em função:

  • de oxidação (presença ou entrada de oxigênio no silo);
  • de fermentações indesejáveis (alcoólica, butítica = consomem ác. lático e produzem pouco ou nenhum ác. lático e/ou compostos altamente voláteis);
  • até mesmo de fermentações benéficas (acética, propiônica), mas, que não tem 100% de eficiência em conversão de açúcares à ácido lático (geram ác. lático + ác. Orgânicos + CO2).
     

Após a abertura do silo estas perdas podem continuar por meio da deterioração aeróbia decorrente da exposição da silagem ao ambiente externo ao silo (aeróbio). Além do consumo de ác. lático nesta fase (perda de energia) há a volatilização de ácidos graxos, reduzindo a qualidade da silagem produzida.

Estas perdas “invisíveis” podem gerar porções de descarte (podridões, mofos/bolores - perdas quantitativas) e perdas qualitativas (consumo de produtos energéticos por microrganismos deterioradores, volatilização de compostos orgânicos, concentração de fração fibrosa na silagem). Tudo isto gera redução de MS armazenada, tem impacto direto no seu custo produção de massa e dos nutrientes.
 

Perdas visíveis na ensilagem

Elas dependem do tipo de silagem que será produzida. Por exemplo, na ensilagem de planta inteira de milho ou sorgo, na ensilagem de forrageiras pré-secadas, de cana ou capim-elefante, na produção de snaplage, elas podem começar no campo/lavoura e aparecerem até a utilização pelos animais. Em silagens de grãos reconstituídos ou de subprodutos/coprodutos elas estão condicionadas a iniciar a partir do silo ou de um processamento anterior ao fechamento do material no silo.

Processos de ensilagem que envolvem colheita e transporte de material para o silo podem conviver com perdas nestes procedimento pela falta de máxima eficiência em recolher o material colhido.
Dentro do silo podem acontecer processos que causam deterioração do material ensilado e, após abertura, estas porções de silagens deverão ser descartadas, constituindo outra forma de perdas visíveis.

Ensilagem de materiais com %MS inadequada (muita umidade) podem gerar perdas por efluentes/chorume, que são perdas físicas (visíveis) que acarretam também em perda qualitativa nas silagens.

Após a abertura do silo, na fase de desabastecimento do silo, podem acontecer perdas por deterioração aeróbia na silagem exposta ao oxigênio, isto gera perdas quantitativas (descarte) e perdas qualitativas (consumo de produtos energéticos por microrganismos deterioradores ou volatilização de compostos orgânicos).

Ainda podemos considerar as perdas no transporte da silagem para os vagões misturadores ou para o cocho, pela seleção de partículas pelos animais...

Para finalizar, as perdas quantitativas (visíveis ou invisíveis) reduzem a MS armazenada e tem impacto direto na quantidade de silagem produzida e no seu custo de produção. Bom, e você? Sabe medir as perdas durante a ensilagem no dia-a-dia?

É disso que vamos falar nos próximos textos. Fique de olho!

 

 

Autores:

Rafael Henrique Pereira dos Reis
Instituto Federal de Rondônia Campus Colorado do Oeste
Pós-Doutorando em Ciência Animal e Pastagens – ESALQ/USP

Greiciele de Morais
Pós-Doutorando em Ciência Animal e Pastagens – ESALQ/USP

Luiz Gustavo Nussio
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ESALQ/USP

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Material escrito por:

Rafael Henrique P. dos Reis

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Por que dizer que a ensilagem é um processo de constante gerenciamento de perdas?

Vamos lá! Por ser uma técnica de conservação de alimentos, a silagem produzida deve ser o mais similar possível ao material que foi ensilado, ou seja, deve haver a máxima preservação possível das características originais. Quando isto acontece é sinal que houve cuidado e controle que resultou em minimização das perdas que podem acontecer durante o período de armazenamento.

Mas, como se trata de uma técnica de conservação/preservação, algumas perdas são inerentes ao processo, são previstas ou esperadas (Figura 1).

Conservação significa “preservação contra dano, perda ou desperdício. (...) conjunto de medidas permanentes para impedir que se deteriorem com o tempo objetos de valor.” Então, é possível IMPEDIR que os materiais ensilados se deteriorem? A resposta é “não”! Devemos entender o processo, cada uma das etapas e visualizar possíveis fontes de problemas a fim de evitar/minimizar a possibilidade de perdas.

Figura 1 – Perdas evitáveis e inevitáveis durante a ensilagem.

Perdas evitáveis e inevitáveis durante a ensilagem. Adaptado de Lanes et al. (2006)
Fonte: Adaptado de Lanes et al. (2006).

Então, apenas medidas “corretivas” não são suficientes, devemos planejar e adotar medidas preventivas visando reduzir as chances ou fatores que podem resultar em aumento de perdas no processo, daí o “gerenciamento de processos a fim de evitar/reduzir perdas”.

Quanto melhor for sua capacidade em prever possíveis fontes geradoras de perdas e controlá-las, maiores serão as chances de uma conservação com maior eficiência dos pontos de vista “quantitativo” e “qualitativo”.

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Além de afetar a qualidade (valor nutritivo) das silagens e comprometer a sua sanidade, processos relacionados com perdas também comprometem a eficiência de conservação de matéria seca, ou seja, reduzem a quantidade de alimento conservado estocado. Isso implica diretamente em elevação dos custos para cada quilograma de matéria seca produzida e armazenada.
 

Onde e quando podem acontecer perdas na ensilagem?

As perdas na ensilagem podem acontecer durante todas as etapas e procedimentos, algumas são gerais e independem do tipo de silagem e outras podem ser mais específicas para cada tipo de silagem.

Por exemplo, na ensilagem de planta inteira de milho as perdas podem acontecer:

  1. Na lavoura/colheita até o silo = procedimento de colheita, carregamento dos vagões forrageiros/caminhões, transporte até o silo. Estas perdas podem ser físicas/visíveis (de massa de forragem) ou químicas/invisíveis (deterioração aeróbia da forragem entre a colheita e a vedação do silo).
     
  2. No silo até a sua abertura = perdas decorrentes do oxigênio remanescente após a vedação do silo, perdas por fermentações indesejáveis (como a alcoólica e a butírica) e por fermentações menos eficientes em conservar energia em comparação com a fermentação lática, como a acética (figura 2).
     
  3. Pós-abertura do silo até o cocho = deterioração aeróbia após contato da silagem com o ar, perda de compostos voláteis no pós-abertura, descarte de silagem deteriorada, transporte da silagem até o vagão/misturador e ao cocho, seleção de partículas no cocho/sobras.

Figura 2 e 3– Exemplos de perdas visíveis, quantitativas e qualitativas durante a ensilagem de milho.

Exemplos de perdas visíveis, quantitativas e qualitativas durante a ensilagem de milho

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Tipos e causas de perdas na ensilagem

As perdas podem ser abordadas em várias vias, por exemplo:

  • podem ser quantitativas ou qualitativas;
  • podem ser visíveis ou invisíveis;
  • podem acontecer no campo/lavoura, durante a estocagem e até mesmo após a abertura do silo e oferecimento aos animais.

As perdas invisíveis são àquelas que não conseguimos enxergar quando abrimos o silo e temos a silagem, mas, já aconteceram e houve perda de MS. Em geral, são provenientes da produção de gases, como o CO2, resulta em redução de MS em função de oxidação (presença ou entrada de oxigênio no silo, deterioração aeróbia após abertura do silo); de fermentações indesejáveis (alcoólica, butítica) que resultam em perda de energia na forma de C e/ou compostos voláteis perdidos após abertura do silo.  Também há àquelas inerentes à fermentações que são desejáveis e contribuem com a acidificação da massa no silo, mas, possuem menor eficiência que a fermentação lática (por exemplo: fermentação acética ou propiônica - geram CO2 + ácidos orgânicos).

As perdas visíveis podem ocorrer em todas as etapas, por exemplo: partículas picadas que não chegaram ao vagão/caminhão durante a colheita, produção de efluentes/chorume, silagem descartada por conter podridão, mofos/bolores (também resultantes de processos que geram perdas invisíveis).

As perdas quantitativas (visíveis ou invisíveis) reduzem a MS armazenada e tem impacto direto na quantidade de silagem produzida e no seu custo de produção. As perdas qualitativas podem estar associadas à baixa eficiência no processo de conservação, resultam em silagem com qualidade inferior ao esperando, menos nutrientes e maior custo do nutriente.
 

Nunca é demais relembrar: As perdas na ensilagem sempre devem ser determinadas com base na matéria seca! 
 

Perdas invisíveis na ensilagem: não enxergamos, mas elas estão lá!

Quando abrimos o silo para iniciar o uso da silagem, não teremos a mesma quantidade MS que foi ensilada, há perdas de MS durante o período de estocagem.

Em geral, são provenientes da produção de gases (como o CO2), em função:

  • de oxidação (presença ou entrada de oxigênio no silo);
  • de fermentações indesejáveis (alcoólica, butítica = consomem ác. lático e produzem pouco ou nenhum ác. lático e/ou compostos altamente voláteis);
  • até mesmo de fermentações benéficas (acética, propiônica), mas, que não tem 100% de eficiência em conversão de açúcares à ácido lático (geram ác. lático + ác. Orgânicos + CO2).
     

Após a abertura do silo estas perdas podem continuar por meio da deterioração aeróbia decorrente da exposição da silagem ao ambiente externo ao silo (aeróbio). Além do consumo de ác. lático nesta fase (perda de energia) há a volatilização de ácidos graxos, reduzindo a qualidade da silagem produzida.

Estas perdas “invisíveis” podem gerar porções de descarte (podridões, mofos/bolores - perdas quantitativas) e perdas qualitativas (consumo de produtos energéticos por microrganismos deterioradores, volatilização de compostos orgânicos, concentração de fração fibrosa na silagem). Tudo isto gera redução de MS armazenada, tem impacto direto no seu custo produção de massa e dos nutrientes.
 

Perdas visíveis na ensilagem

Elas dependem do tipo de silagem que será produzida. Por exemplo, na ensilagem de planta inteira de milho ou sorgo, na ensilagem de forrageiras pré-secadas, de cana ou capim-elefante, na produção de snaplage, elas podem começar no campo/lavoura e aparecerem até a utilização pelos animais. Em silagens de grãos reconstituídos ou de subprodutos/coprodutos elas estão condicionadas a iniciar a partir do silo ou de um processamento anterior ao fechamento do material no silo.

Processos de ensilagem que envolvem colheita e transporte de material para o silo podem conviver com perdas nestes procedimento pela falta de máxima eficiência em recolher o material colhido.
Dentro do silo podem acontecer processos que causam deterioração do material ensilado e, após abertura, estas porções de silagens deverão ser descartadas, constituindo outra forma de perdas visíveis.

Ensilagem de materiais com %MS inadequada (muita umidade) podem gerar perdas por efluentes/chorume, que são perdas físicas (visíveis) que acarretam também em perda qualitativa nas silagens.

Após a abertura do silo, na fase de desabastecimento do silo, podem acontecer perdas por deterioração aeróbia na silagem exposta ao oxigênio, isto gera perdas quantitativas (descarte) e perdas qualitativas (consumo de produtos energéticos por microrganismos deterioradores ou volatilização de compostos orgânicos).

Ainda podemos considerar as perdas no transporte da silagem para os vagões misturadores ou para o cocho, pela seleção de partículas pelos animais...

Para finalizar, as perdas quantitativas (visíveis ou invisíveis) reduzem a MS armazenada e tem impacto direto na quantidade de silagem produzida e no seu custo de produção. Bom, e você? Sabe medir as perdas durante a ensilagem no dia-a-dia?

É disso que vamos falar nos próximos textos. Fique de olho!

 

 

Autores:

Rafael Henrique Pereira dos Reis
Instituto Federal de Rondônia Campus Colorado do Oeste
Pós-Doutorando em Ciência Animal e Pastagens – ESALQ/USP

Greiciele de Morais
Pós-Doutorando em Ciência Animal e Pastagens – ESALQ/USP

Luiz Gustavo Nussio
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ESALQ/USP

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