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Onde sua indústria pode estar perdendo margem sem perceber

Os custos de captação podem variar significativamente entre as empresas. Veja como identificar ineficiências e melhorar sua operação no setor de laticínios.

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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Nos últimos anos, a indústria de laticínios vive um grande desafio: margens cada vez mais apertadas. Para manter a competitividade, eficiência operacional deixou de ser diferencial para se tornar necessidade. Embora fatores como posicionamento de mercado e precificação sejam relevantes, neste artigo queremos focar em algo que representa cerca de 70% do custo total de produção dos derivados: a matéria-prima – composta pelo preço do leite e outros custos de captação.

Durante o 17º Fórum MilkPoint Mercado, que aconteceu em março, realizamos um benchmarking inédito com 28 laticínios e cooperativas presentes no evento, distribuídos em 10 estados brasileiros. A amostra representou mais de 50 unidades industriais e uma base de captação com mais de 13 mil produtores. O objetivo era dar visibilidade sobre a composição dos custos de captação — e os dados surpreenderam.

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Embora o preço do leite – que é ditado pelo mercado – represente cerca de 90% do custo da matéria-prima, os outros 10% são altamente estratégicos e, mais importante, controláveis pela própria indústria:

  • Frete T1 (fazenda → fábrica ou posto – se houver): 5%

  • Frete T2 (posto → fábrica – se houver): 2,5%

  • Postos de resfriamento (se houver): 1,5%

  • Outros custos operacionais (equipe, análises, qualidade): 1%

Apesar de parecerem pequenos em proporção, esses custos escondem enormes variações entre empresas — com diferenças acima de 30% entre os menores e maiores valores. Por exemplo, os custos com postos de resfriamento variaram de R$ 0,01 até R$ 0,33 por litro, com média de R$ 0,04/L. Já os outros custos operacionais oscilaram de R$ 0,01 a R$ 0,20/L (média de R$ 0,03/L). São diferenças que impactam diretamente a rentabilidade das empresas.

Um dos vetores dessa eficiência (ou ineficiência) pode estar relacionado a densidade de captação — ou seja, quantos litros de leite são captados por quilômetro rodado. O benchmarking revelou uma média de 60 L/km, mas com variações extremas: de 15 até 200 L/km. Quanto maior esse número, melhor: significa mais leite captado por quilômetro percorrido.

Gráfico 1. Densidade de captação por empresa (litros/Km)

Figura 1

Fonte: MilkPoint Ventures, a partir do benchmarking realizado no Fórum MilkPoint Mercado

 

Mas o que influencia a densidade?

  • Rotas de captação e competitividade de captação;

  • Número de dias de captação;

  • Número de produtores e volume por produtor;

  • Localização dos postos de resfriamento: Um posto mal localizado ou a falta de um pode multiplicar a distância percorrida. Esse fator precisa ser analisado com lupa. Será que seus postos estão bem-posicionados? Vale a pena manter algum deles? Ou ainda: é melhor criar um para aumentar a densidade?

Na prática, olhar para a densidade é olhar para o custo logístico por litro de leite. E isso, no fim do dia, define se a sua operação está maximizando ou desperdiçando margem.

A boa notícia? Todos esses fatores são mensuráveis e, mais importante, gerenciáveis. Mas para isso, é preciso começar: medir, comparar, identificar oportunidades e agir. Comparar seus números com o mercado pode revelar ineficiências ocultas. Pensando nisto, a MilkPoint Ventures possui uma ferramenta de benchmarking que ajuda empresas a entenderem onde estão e onde podem chegar

No próximo artigo, vamos mergulhar em outro ponto crítico de eficiência: qualidade e composição do leite — e como esses indicadores impactam tanto a indústria quanto o produtor.

Enquanto isso, quer entender como o benchmarking pode revelar onde sua indústria pode melhorar? Clique aqui e saiba mais

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Material escrito por:

Juliana Torres Santiago

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Nos últimos anos, a indústria de laticínios vive um grande desafio: margens cada vez mais apertadas. Para manter a competitividade, eficiência operacional deixou de ser diferencial para se tornar necessidade. Embora fatores como posicionamento de mercado e precificação sejam relevantes, neste artigo queremos focar em algo que representa cerca de 70% do custo total de produção dos derivados: a matéria-prima – composta pelo preço do leite e outros custos de captação.

Durante o 17º Fórum MilkPoint Mercado, que aconteceu em março, realizamos um benchmarking inédito com 28 laticínios e cooperativas presentes no evento, distribuídos em 10 estados brasileiros. A amostra representou mais de 50 unidades industriais e uma base de captação com mais de 13 mil produtores. O objetivo era dar visibilidade sobre a composição dos custos de captação — e os dados surpreenderam.

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Embora o preço do leite – que é ditado pelo mercado – represente cerca de 90% do custo da matéria-prima, os outros 10% são altamente estratégicos e, mais importante, controláveis pela própria indústria:

  • Frete T1 (fazenda → fábrica ou posto – se houver): 5%

  • Frete T2 (posto → fábrica – se houver): 2,5%

  • Postos de resfriamento (se houver): 1,5%

  • Outros custos operacionais (equipe, análises, qualidade): 1%

Apesar de parecerem pequenos em proporção, esses custos escondem enormes variações entre empresas — com diferenças acima de 30% entre os menores e maiores valores. Por exemplo, os custos com postos de resfriamento variaram de R$ 0,01 até R$ 0,33 por litro, com média de R$ 0,04/L. Já os outros custos operacionais oscilaram de R$ 0,01 a R$ 0,20/L (média de R$ 0,03/L). São diferenças que impactam diretamente a rentabilidade das empresas.

Um dos vetores dessa eficiência (ou ineficiência) pode estar relacionado a densidade de captação — ou seja, quantos litros de leite são captados por quilômetro rodado. O benchmarking revelou uma média de 60 L/km, mas com variações extremas: de 15 até 200 L/km. Quanto maior esse número, melhor: significa mais leite captado por quilômetro percorrido.

Gráfico 1. Densidade de captação por empresa (litros/Km)

Figura 1

Fonte: MilkPoint Ventures, a partir do benchmarking realizado no Fórum MilkPoint Mercado

 

Mas o que influencia a densidade?

  • Rotas de captação e competitividade de captação;

  • Número de dias de captação;

  • Número de produtores e volume por produtor;

  • Localização dos postos de resfriamento: Um posto mal localizado ou a falta de um pode multiplicar a distância percorrida. Esse fator precisa ser analisado com lupa. Será que seus postos estão bem-posicionados? Vale a pena manter algum deles? Ou ainda: é melhor criar um para aumentar a densidade?

Na prática, olhar para a densidade é olhar para o custo logístico por litro de leite. E isso, no fim do dia, define se a sua operação está maximizando ou desperdiçando margem.

A boa notícia? Todos esses fatores são mensuráveis e, mais importante, gerenciáveis. Mas para isso, é preciso começar: medir, comparar, identificar oportunidades e agir. Comparar seus números com o mercado pode revelar ineficiências ocultas. Pensando nisto, a MilkPoint Ventures possui uma ferramenta de benchmarking que ajuda empresas a entenderem onde estão e onde podem chegar

No próximo artigo, vamos mergulhar em outro ponto crítico de eficiência: qualidade e composição do leite — e como esses indicadores impactam tanto a indústria quanto o produtor.

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