Em um mercado cada vez mais competitivo e exigente, as empresas têm apostado em estratégias inovadoras para ganhar e manter clientes, agregando o máximo de valor possível às marcas. Neste contexto, uma tecnologia que vem ganhando espaço é a realidade aumentada. Mas, afinal, do que ela se trata?
A realidade aumentada tem como objetivo unir os mundos real e virtual a fim de proporcionar uma experiência única ao consumidor. Por meio de um dispositivo eletrônico com câmera, o usuário pode interagir na tela, em tempo real, com o cenário local combinado a elementos virtuais.
A Flex Interativa é uma empresa brasileira que trabalha com esse tipo de tecnologia e para contar com detalhes sobre esse mercado, o seu Diretor Comercial e Fundador, Fernando Godoy, será um dos palestrantes do Dairy Vision 2019, evento que ocorrerá nos dias 26 e 27 de novembro em Campinas/SP.
Sua palestra terá como tema “Realidade aumentada nas embalagens: panorama atual e para onde caminhamos”, no “O futuro à frente”. Além de palestrar no evento, em novembro, Fernando concedeu a AgriPoint uma entrevista exclusiva.
História e mudanças
Atuando desde 1999, a Flex ou por todas as ondas da internet, desde software house (empresas que desenvolvem e comercializam programas de computador) até agência digital (empresas que prestam serviço na área de internet). Em 2019, então, a empresa completará duas décadas de existência. Porém, há cinco anos, resolveu mudar a direção e ou a apostar em experiências digitais inovadoras, por meio da realidade aumentada, virtual e mista.
Segundo Fernando, isso se deu porque notaram que o consumidor estava buscando novas formas de interagir e aprender com os produtos, quer seja em casa, no ponto de venda ou em um evento. Assim, aram a utilizar essas tecnologias como uma nova forma de comunicação.
Realidade aumentada em embalagens
Quando esse tipo de artifício (a realidade aumentada) é empregue em embalagens, a ferramenta permite que o consumidor interaja com o produto que irá comprar. “A embalagem é fundamental para atrair atenção e informar o cliente. Podem ser colocadas informações sobre a funcionalidade do produto, modo de uso, descarte, indicações, contraindicações, depoimentos, além de vídeos, animações 3D e games. Porém, tudo isto só é possível com a utilização da realidade aumentada”, disse.
Além disso, mais do que atrair, é importante reter a atenção do público. Com auxílio dessa ferramenta consegue-se aumentar o tempo de retenção, permitindo que transcorra o intervalo necessário até que o consumidor entenda a proposta do produto vendido.
Não demorou para essa tecnologia chegar ao ramo das embalagens alimentícias, fazendo jus ao famoso ditado popular: “come-se primeiro com os olhos”. Fernando deu vários exemplos de como eles aram a usufruir da realidade aumentada para melhorar a interação do consumidor com os alimentos.
“Utilizamos em vários projetos para a Nestlé. O primeiro deles foi a volta dos chocolates Surpresa. Lançamos o aplicativo para a Páscoa 2019 e foi um sucesso! Recentemente lançamos também o Ninho, no qual a realidade aumentada permite que pais e filhos interajam e aprendam juntos. Além disso, houve também o projeto inovador do Nescau, junto com o jogador Falcão, do futsal”.
O fundador da empresa explicou que o intuito é sempre informar melhor o consumidor, ampliando de forma exponencial a comunicação entre marca e cliente.
De acordo com ele, essa experiência com a Nestlé foi extremamente positiva e atualmente eles têm três projetos lançados e dois em desenvolvimento. Logo, Fernando acredita que as perspectivas do emprego da realidade aumentada em lácteos é bastante promissora. Ele destacou que “o número de s do aplicativo lançado com a Nestlé bateu recordes, diversas matérias na imprensa destacaram o aspecto positivo das embalagens e os vídeos postados pelos próprios consumidores viralizaram nas redes sociais”.
Futuro
O Diretor Comercial da Flex contou ainda que uma plataforma criada em parceria com a International Business Machines Corporation (IBM) está praticamente saindo do forno. Ela integrará realidade aumentada e inteligência artificial, por meio do Watson (plataforma de serviços cognitivos da IBM para negócios).
“Isto vai agregar um valor enorme tanto para o consumidor quanto para a marca. Pela primeira vez o cliente vai poder fazer qualquer pergunta para um produto e ter a resposta em tempo real, incluindo animações em realidade aumentada”, contou.
Ele explicou ainda que todos os dados gerados serão armazenados na nuvem e ficarão à disposição da empresa para que ela faça os devidos ajustes no produto, caso necessário. s positivos, negativos e dúvidas serão apresentados em um dashboard (relatório de andamento).
“O índice de retenção das marcas que utilizarem estas inovações disruptivas ao seu favor irá para um patamar jamais imaginado”, concluiu.
O setor lácteo a por profundas transformações no Brasil e no mundo. Estas transformações têm diversas vertentes e carregam como consequência um cenário difuso, em que não se pode mais classificar o setor como algo uniforme: certamente haverá vários “setores” dentro do que se convencionou chamar de indústria de laticínios, com rentabilidades, perspectivas e crescimento muito distintos. A transformação a por diversos pilares, podendo-se destacar: protagonismo crescente do consumidor, novas tecnologias e inovação aberta. O Dairy Vision é o evento mais exclusivo do setor no Brasil e um dos principais do mundo. A cada ano, cresce em número de participantes e empresas, sinal de que a proposta do evento é vencedora. Serão mais de 20 apresentações e debates com um único objetivo: dar uma oportunidade concreta para que os executivos tenham insights relevantes, daqueles que podem mudar o rumo de seus negócios.