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Depois dos ovos, gripe aviária afeta leite nos Estados Unidos: quais possíveis impactos no Brasil?

Após a gripe aviária em aves, os Estados Unidos estão preocupados com os efeitos da mesma doença em vacas leiteiras. Como isso pode afetar o Brasil? Veja aqui!

Publicado por: MilkPoint

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Após a gripe aviária em aves, os Estados Unidos estão preocupados com os efeitos da mesma doença em vacas leiteiras. Assim como o país teve influência nos preços mundiais dos ovos, pode pressionar também os do leite. 

Há um ano ocorria o primeiro caso de gripe aviária em vacas leiteiras nos Estados Unidos. Desde então, 989 rebanhos foram afetados, em 17 estados. Os principais produtores são os mais afetados. A Califórnia, líder nacional na produção, colocou 6% menos leite no mercado americano em janeiro deste ano, em relação a igual período de 2024, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Wisconsin, outro grande produtor, teve queda de 1% no mesmo período.

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No último trimestre do ano ado, a Califórnia produziu 4,3 milhões de toneladas, 11% a menos do que nos três primeiros meses do ano, período em que surgiu a gripe aviária em um rebanho do Texas. A produção total americana do ano ado recuou para 102,5 milhões de toneladas, a segunda queda anual seguida. 

A expansão da gripe aviária em gado pode gerar uma demanda maior de leite pelos Estados Unidos e interferir nos preços externos. Por ora, esse cenário ainda não se concretizou, segundo Samuel Oliveira, pesquisador da Embrapa Gado de Leite. Os leilões internacionais mais recentes não indicam grandes evoluções, arma ele. 

Os dados de importação dos Estados Unidos já apontam para uma movimentação maior do país no mercado externo. De janeiro a dezembro de 2024, as importações de lácteos geraram gastos de US$ 5,4 bilhões, 10% a mais do que em 2023. Se considerado o ano fiscal de 2025 (de outubro de 2024 a janeiro de 2025), as compras externas somam US$ 2 bilhões, 21% a mais do que em igual período anterior.

Nos números recentes do USDA, até o Brasil participa mais das compras americanas, embora com valores baixos. No ano ado, as exportações brasileiras do setor de lácteos para os americanos subiram para US$ 50 milhões, 40% a mais do que em 2023. Neste ano fiscal, atingem US$ 11 milhões, 16% a mais. 

A gripe aviária ocorre em um momento de alta dos custos e de redução de produção em várias regiões dos Estados Unidos. Na avaliação dos produtores, o setor leiteiro está sendo mais afetado do que o de ovos, em consequência da gripe aviária. No caso dos produtores de ovos imperou a lei da oferta e demanda, resultando em alta dos preços. No do leite, uma lei de 1937 determina preços mínimos de mercado, segundo os produtores. 

Se houver um efeito de alta no mercado externo, o Brasil também será afetado, com possível pressão interna nos preços pagos aos produtores e no varejo, uma vez que as importações brasileiras do setor ainda são elevadas.

O Brasil conquistou o mercado mundial de grãos e de carnes, graças à evolução da produção e da produtividade, mas isso ainda não ocorreu com o leite. O setor melhorou, mas vai ter de se ajustar para atingir o patamar dos demais. Oliveira acredita, porém, que o país vai conseguir essa competitividade, uma vez que vem se ajustando. 

A produção mundial de leite dos cinco principais exportadores mundiais ficou em 289 milhões de toneladas no ano ado, mesmo patamar de 2023. Para 2025, as primeiras estimativas indicam um volume próximo de 190 milhões, com crescimento maior da Argentina e da Austrália. Além desses dois, Estados Unidos, Nova Zelândia e Estados Unidos compõem a lista dos principais exportadores.


As informações são da Folha de S. Paulo, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

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Há um ano ocorria o primeiro caso de gripe aviária em vacas leiteiras nos Estados Unidos. Desde então, 989 rebanhos foram afetados, em 17 estados. Os principais produtores são os mais afetados. A Califórnia, líder nacional na produção, colocou 6% menos leite no mercado americano em janeiro deste ano, em relação a igual período de 2024, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Wisconsin, outro grande produtor, teve queda de 1% no mesmo período.

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No último trimestre do ano ado, a Califórnia produziu 4,3 milhões de toneladas, 11% a menos do que nos três primeiros meses do ano, período em que surgiu a gripe aviária em um rebanho do Texas. A produção total americana do ano ado recuou para 102,5 milhões de toneladas, a segunda queda anual seguida. 

A expansão da gripe aviária em gado pode gerar uma demanda maior de leite pelos Estados Unidos e interferir nos preços externos. Por ora, esse cenário ainda não se concretizou, segundo Samuel Oliveira, pesquisador da Embrapa Gado de Leite. Os leilões internacionais mais recentes não indicam grandes evoluções, arma ele. 

Os dados de importação dos Estados Unidos já apontam para uma movimentação maior do país no mercado externo. De janeiro a dezembro de 2024, as importações de lácteos geraram gastos de US$ 5,4 bilhões, 10% a mais do que em 2023. Se considerado o ano fiscal de 2025 (de outubro de 2024 a janeiro de 2025), as compras externas somam US$ 2 bilhões, 21% a mais do que em igual período anterior.

Nos números recentes do USDA, até o Brasil participa mais das compras americanas, embora com valores baixos. No ano ado, as exportações brasileiras do setor de lácteos para os americanos subiram para US$ 50 milhões, 40% a mais do que em 2023. Neste ano fiscal, atingem US$ 11 milhões, 16% a mais. 

A gripe aviária ocorre em um momento de alta dos custos e de redução de produção em várias regiões dos Estados Unidos. Na avaliação dos produtores, o setor leiteiro está sendo mais afetado do que o de ovos, em consequência da gripe aviária. No caso dos produtores de ovos imperou a lei da oferta e demanda, resultando em alta dos preços. No do leite, uma lei de 1937 determina preços mínimos de mercado, segundo os produtores. 

Se houver um efeito de alta no mercado externo, o Brasil também será afetado, com possível pressão interna nos preços pagos aos produtores e no varejo, uma vez que as importações brasileiras do setor ainda são elevadas.

O Brasil conquistou o mercado mundial de grãos e de carnes, graças à evolução da produção e da produtividade, mas isso ainda não ocorreu com o leite. O setor melhorou, mas vai ter de se ajustar para atingir o patamar dos demais. Oliveira acredita, porém, que o país vai conseguir essa competitividade, uma vez que vem se ajustando. 

A produção mundial de leite dos cinco principais exportadores mundiais ficou em 289 milhões de toneladas no ano ado, mesmo patamar de 2023. Para 2025, as primeiras estimativas indicam um volume próximo de 190 milhões, com crescimento maior da Argentina e da Austrália. Além desses dois, Estados Unidos, Nova Zelândia e Estados Unidos compõem a lista dos principais exportadores.


As informações são da Folha de S. Paulo, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

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