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Mapa e Embrapa desenvolvem sistema que qualifica formulação de políticas públicas para o leite

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, lançam nesta terça-feira (3) o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite, plataforma que reúne, pela primeira vez, dados consolidados sobre a qualidade da produção de leite no Brasil. A iniciativa atende a uma demanda de mais de 15 anos do setor leiteiro.

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A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, lançam nesta terça-feira (3) o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite, plataforma que reúne, pela primeira vez, dados consolidados sobre a qualidade da produção de leite no Brasil. A iniciativa atende a uma demanda de mais de 15 anos do setor leiteiro.

A partir de agora, os resultados das análises laboratoriais serão atualizados semanalmente e vão permitir acompanhamento preciso e atualizado da qualidade do produto entregue aos laticínios. O sistema também auxilia na formulação de políticas públicas e na definição de estratégias das empresas, permitindo melhorar a competitividade da cadeia produtiva do leite brasileiro, cujo faturamento em 2014 é estimado em R$ 78 bilhões, segundo a Embrapa Gado de Leite.

O novo sistema – que faz parte das ações do Programa Leite Saudável, lançado pelo Mapa em setembro de 2015 – evoluiu de cerca de 3 milhões para 48 milhões de dados coletados, em apenas sete meses. Neste período, também em tempo recorde, foi construído o software que permite obter as informações e simular situações frente a decisões de políticas públicas. As informações coletadas pela plataforma serão a base do Plano Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), que será construído pelo Mapa em conjunto com o setor produtivo e a academia. Neste primeiro momento, o sistema será utilizado por uma comissão, formada por representantes do governo e do setor privado, que vai discutir níveis de o das informações.
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No Brasil, há cerca de 1,3 milhão de produtores de leite, único produto presente em praticamente todos os municípios – somente 60 não produzem leite em todo o país. “Temos um divisor de águas na formulação de políticas públicas. Saímos da era do achismo e colocamos o leite na sociedade do conhecimento”, avalia o chefe da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins.

Informação

O sistema atende a uma demanda antiga do setor leiteiro. Dez laboratórios, distribuídos por todo o país, formam a Rede Brasileira de Qualidade do Leite, que realiza análises do produto com base em amostras coletadas no máximo a cada mês. De acordo com os resultados, é definido o valor a ser recebido pelo produtor.

O chefe da Embrapa Gado de Leite, com sede em Juiz de Fora (MG), diz que os dados disponíveis até agora não geravam informações. “Eles eram apurados isoladamente e não havia um sistema que os organizasse de maneira a permitir uma observação mais qualificada do leite que estamos produzindo no país.” “Agora, amos a cruzar dados diferentes de maneira bastante amigável”, acrescentou Martins. Na prática, será possível aferir a qualidade do leite por cada região, microrregiões ou município do país.

Critérios

Durante lançamento do sistema, a ministra Kátia Abreu assinou a prorrogação por dois anos da consulta pública para alterações na Instrução Normativa (IN) 62, que apresenta os critérios de qualidade do leite. Os novos padrões, que entrariam em vigor a partir de julho para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, serão adotados somente a partir de 01/07/2018. Para as regiões Norte e Nordeste, eles arão a valer a partir de 01/07/2019. A prorrogação permitirá que sejam estabelecidas regras mais adequadas para a produção de leite e estratégias mais eficientes para a melhoria da sua qualidade, sem causar prejuízos a produtores, indústrias e consumidores.

Plano Nacional

Kátia Abreu ainda formalizou a criação da Comissão Técnica Consultiva da Qualidade do Leite, formada por representantes do Mapa e das entidades representativas dos diferentes atores envolvidos na cadeia produtiva do leite, além de instituições de ensino e pesquisa. O grupo vai avaliar a situação atual da qualidade do leite no país e a construção de uma proposta para a criação do Plano Nacional para Melhoria da Qualidade e Competitividade do Leite.

As informações são do Mapa. 
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Julio Pacheco
JULIO PACHECO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 05/05/2016

Concordo com o Luis, a 62 que já foi 51 e agora postergada para 2018 só atrasa o desenvolvimento do setor; medida de caráter populista de quem se supunha ter conhecimento do setor. Vamos permanecer com preços pagos ao produtor a R$ 1,00 por muito tempo.
Ronaldo Marciano Gontijo
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/05/2016

Para mim não é surpresa, esse adiamento já era esperado, da mesma forma que em 2018 será adiado para 2020. Com certeza alguém (que não é o produtor) está lucrando.
Luís Otávio da Costa de Lima
LUÍS OTÁVIO DA COSTA DE LIMA

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 03/05/2016

Triste... Assim julgo essa prorrogação dos padrões da IN62... Se queremos evoluir quanto setor, profissionalizar, atingir mercados importantes, não é adiando a exigência por qualidade que o faremos...

Se os padrões para CCS são rígidos, que se discutam os padrões, agora adiamento, é carimbar um atestado de incapacidade técnica em toda a cadeia produtiva...

E ainda existem publicações afirmando que o "setor comemora prorrogação".. quero deixar claro que eu faço parte do setor produtivo e não comemoro.
Qual a sua dúvida hoje?

Mapa e Embrapa desenvolvem sistema que qualifica formulação de políticas públicas para o leite

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, lançam nesta terça-feira (3) o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite, plataforma que reúne, pela primeira vez, dados consolidados sobre a qualidade da produção de leite no Brasil. A iniciativa atende a uma demanda de mais de 15 anos do setor leiteiro.

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A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, lançam nesta terça-feira (3) o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite, plataforma que reúne, pela primeira vez, dados consolidados sobre a qualidade da produção de leite no Brasil. A iniciativa atende a uma demanda de mais de 15 anos do setor leiteiro.

A partir de agora, os resultados das análises laboratoriais serão atualizados semanalmente e vão permitir acompanhamento preciso e atualizado da qualidade do produto entregue aos laticínios. O sistema também auxilia na formulação de políticas públicas e na definição de estratégias das empresas, permitindo melhorar a competitividade da cadeia produtiva do leite brasileiro, cujo faturamento em 2014 é estimado em R$ 78 bilhões, segundo a Embrapa Gado de Leite.

O novo sistema – que faz parte das ações do Programa Leite Saudável, lançado pelo Mapa em setembro de 2015 – evoluiu de cerca de 3 milhões para 48 milhões de dados coletados, em apenas sete meses. Neste período, também em tempo recorde, foi construído o software que permite obter as informações e simular situações frente a decisões de políticas públicas. As informações coletadas pela plataforma serão a base do Plano Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), que será construído pelo Mapa em conjunto com o setor produtivo e a academia. Neste primeiro momento, o sistema será utilizado por uma comissão, formada por representantes do governo e do setor privado, que vai discutir níveis de o das informações.
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No Brasil, há cerca de 1,3 milhão de produtores de leite, único produto presente em praticamente todos os municípios – somente 60 não produzem leite em todo o país. “Temos um divisor de águas na formulação de políticas públicas. Saímos da era do achismo e colocamos o leite na sociedade do conhecimento”, avalia o chefe da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins.

Informação

O sistema atende a uma demanda antiga do setor leiteiro. Dez laboratórios, distribuídos por todo o país, formam a Rede Brasileira de Qualidade do Leite, que realiza análises do produto com base em amostras coletadas no máximo a cada mês. De acordo com os resultados, é definido o valor a ser recebido pelo produtor.

O chefe da Embrapa Gado de Leite, com sede em Juiz de Fora (MG), diz que os dados disponíveis até agora não geravam informações. “Eles eram apurados isoladamente e não havia um sistema que os organizasse de maneira a permitir uma observação mais qualificada do leite que estamos produzindo no país.” “Agora, amos a cruzar dados diferentes de maneira bastante amigável”, acrescentou Martins. Na prática, será possível aferir a qualidade do leite por cada região, microrregiões ou município do país.

Critérios

Durante lançamento do sistema, a ministra Kátia Abreu assinou a prorrogação por dois anos da consulta pública para alterações na Instrução Normativa (IN) 62, que apresenta os critérios de qualidade do leite. Os novos padrões, que entrariam em vigor a partir de julho para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, serão adotados somente a partir de 01/07/2018. Para as regiões Norte e Nordeste, eles arão a valer a partir de 01/07/2019. A prorrogação permitirá que sejam estabelecidas regras mais adequadas para a produção de leite e estratégias mais eficientes para a melhoria da sua qualidade, sem causar prejuízos a produtores, indústrias e consumidores.

Plano Nacional

Kátia Abreu ainda formalizou a criação da Comissão Técnica Consultiva da Qualidade do Leite, formada por representantes do Mapa e das entidades representativas dos diferentes atores envolvidos na cadeia produtiva do leite, além de instituições de ensino e pesquisa. O grupo vai avaliar a situação atual da qualidade do leite no país e a construção de uma proposta para a criação do Plano Nacional para Melhoria da Qualidade e Competitividade do Leite.

As informações são do Mapa. 
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Julio Pacheco
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CAMPINAS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 05/05/2016

Concordo com o Luis, a 62 que já foi 51 e agora postergada para 2018 só atrasa o desenvolvimento do setor; medida de caráter populista de quem se supunha ter conhecimento do setor. Vamos permanecer com preços pagos ao produtor a R$ 1,00 por muito tempo.
Ronaldo Marciano Gontijo
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/05/2016

Para mim não é surpresa, esse adiamento já era esperado, da mesma forma que em 2018 será adiado para 2020. Com certeza alguém (que não é o produtor) está lucrando.
Luís Otávio da Costa de Lima
LUÍS OTÁVIO DA COSTA DE LIMA

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 03/05/2016

Triste... Assim julgo essa prorrogação dos padrões da IN62... Se queremos evoluir quanto setor, profissionalizar, atingir mercados importantes, não é adiando a exigência por qualidade que o faremos...

Se os padrões para CCS são rígidos, que se discutam os padrões, agora adiamento, é carimbar um atestado de incapacidade técnica em toda a cadeia produtiva...

E ainda existem publicações afirmando que o "setor comemora prorrogação".. quero deixar claro que eu faço parte do setor produtivo e não comemoro.
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