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Retorno das chuvas no RS: como está o setor agropecuário?

Nos últimos dias, o Rio Grande do Sul foi marcado pelo retorno das chuvas, mas como está o setor agropecuário? Confira!

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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Nos últimos dias, o Rio Grande do Sul foi marcado pelo retorno das chuvas, especialmente nas áreas que vinham enfrentando um período mais seco nas últimas semanas.

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Para essa segunda-feira (03/02) e na terça-feira (04/02), haverá condições para a ocorrência de precipitação com intensidade de fraca a moderada, sobre as regiões Norte e Campos de Cima da Serra em função da umidade transportada pelo anticiclone que estará situado no oceano. 

Figura 1 - Chuva prevista (em mm) pelo modelo GFS de 30/01 a 05/02/2025.

Chuva prevista no Rio Grande do Sul

Milho silagem 

As chuvas recentes beneficiaram as lavouras. O aspecto geral da cultura melhorou significativamente, e houve recuperação da coloração verde das plantas, mesmo durante os períodos de maior calor. Os produtores aproveitaram os prognósticos de chuva, que se confirmaram, para aplicar fertilizantes nitrogenados e potássicos em cobertura. Apesar das chuvas, as atividades de ensilagem prosseguiram durante o período, e os resultados estão satisfatórios.

Pecuária de leite

As chuvas recentes contribuíram para a recuperação dos níveis de fontes e açudes e para a redução das temperaturas, mas ainda são exigidas estratégias para minimizar o estresse térmico nos rebanhos. 

Em algumas regiões, as altas temperaturas continuam interferindo no manejo, em especial nas propriedades com deficiência de sombra para o rebanho. As propriedades com sistemas confinados, a ventilação e o sistema de aspersão foram intensificados para ajudar no resfriamento do rebanho. Alguns produtores têm notado a queda na produção de leite devido ao estresse das vacas pelas altas temperaturas. 

Grãos

Para o milho, as recentes precipitações, em volumes mais elevados, atingiram a Região Oeste do Estado, onde o déficit hídrico estava comprometendo o potencial produtivo. A reposição de umidade favoreceu as lavouras de milho, especialmente aquelas em desenvolvimento vegetativo e em início do período reprodutivo. Foi retomado o plantio de milho safrinha, e as lavouras semeadas tardiamente, em resteva de tabaco e feijão, estão em desenvolvimento vegetativo; algumas já entrando em floração. As condições de umidade do solo estão propícias. Porém, novas precipitações e temperaturas amenas serão essenciais, nos próximos dias, para garantir pendoamento e polinização adequados, além de evitar impactos negativos no enchimento de grãos

Da mesma forma que o milho, para a soja as chuvas mais uniformes e de maior volume, em 23 e 24/01, aliviaram temporariamente o estresse hídrico nas lavouras de soja. Também possibilitaram retomar o plantio em áreas de resteva de milho sem irrigação e o replantio onde havia falhas significativas de estande, mas sem alterar a proporção semeada, que permaneceu em 99% no Estado. Embora as precipitações tenham sido insuficientes para encerrar a estiagem, elas restabeleceram temporariamente a umidade do solo.

Referências bibliográficas

As informações são do Informativo Conjuntural - Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

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Material escrito por:

Fernanda Antunes

Fernanda Antunes

Engenheira Agrônoma pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC/CAV.

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As chuvas recentes contribuíram para a recuperação dos níveis de fontes e açudes e para a redução das temperaturas, mas ainda são exigidas estratégias para minimizar o estresse térmico nos rebanhos. 

Em algumas regiões, as altas temperaturas continuam interferindo no manejo, em especial nas propriedades com deficiência de sombra para o rebanho. As propriedades com sistemas confinados, a ventilação e o sistema de aspersão foram intensificados para ajudar no resfriamento do rebanho. Alguns produtores têm notado a queda na produção de leite devido ao estresse das vacas pelas altas temperaturas. 

Grãos

Para o milho, as recentes precipitações, em volumes mais elevados, atingiram a Região Oeste do Estado, onde o déficit hídrico estava comprometendo o potencial produtivo. A reposição de umidade favoreceu as lavouras de milho, especialmente aquelas em desenvolvimento vegetativo e em início do período reprodutivo. Foi retomado o plantio de milho safrinha, e as lavouras semeadas tardiamente, em resteva de tabaco e feijão, estão em desenvolvimento vegetativo; algumas já entrando em floração. As condições de umidade do solo estão propícias. Porém, novas precipitações e temperaturas amenas serão essenciais, nos próximos dias, para garantir pendoamento e polinização adequados, além de evitar impactos negativos no enchimento de grãos

Da mesma forma que o milho, para a soja as chuvas mais uniformes e de maior volume, em 23 e 24/01, aliviaram temporariamente o estresse hídrico nas lavouras de soja. Também possibilitaram retomar o plantio em áreas de resteva de milho sem irrigação e o replantio onde havia falhas significativas de estande, mas sem alterar a proporção semeada, que permaneceu em 99% no Estado. Embora as precipitações tenham sido insuficientes para encerrar a estiagem, elas restabeleceram temporariamente a umidade do solo.

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