Varíola bovina avança no Vale do Paraíba

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A varíola bovina - doença que acomete principalmente os tetos das vacas e impede a produção de leite, além de provocar feridas nos trabalhadores rurais - está avançando rapidamente no Vale do Paraíba, em São Paulo. Segundo um levantamento do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA), de Guaratinguetá, órgão ligado à Secretaria da Agricultura de São Paulo, 110 fazendas em 9 cidades foram atingidas pela doença.
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"Receio que se perca o controle", diz Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil e pecuarista na cidade de Cruzeiro, uma das atingidas pela varíola. Segundo ele, as medidas implantadas para o combate mostram eficácia, mas não estão resolvendo o problema. "Impedir o trânsito das vacas é possível, mas é difícil fiscalizar a circulação de gente de uma fazenda para a outra, o que facilita a transmissão."

Segundo o veterinário do EDA, Hilton Ferreira Leite, 800 bovinos já foram contaminados. Há um mês, o número era de 450. Além disso, 70 trabalhadores tiveram feridas nas mãos devido ao contato com as vacas doentes.

Até outubro, os municípios paulistas de Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Lorena, Areias e São José do Barreiro tinham sido atingidos. A doença surgiu depois nos municípios de Canas, Cunha, Lavrinhas e Silveiras, diz Ferreira Leite.

Segundo ele, a estratégia do governo consiste em fechar a fazenda após o surgimento do foco, impedindo o trânsito do gado. "Em seguida, nós orientamos o produtor sobre a maneira de erradicar a doença." Ele reconhece que a varíola está se espalhando rapidamente, o que preocupa o governo. Hoje está sendo realizada uma reunião em Guaratinguetá com pecuaristas para definir se haverá ou não mudanças na estratégia de combate à doença.

Segundo a pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo, Maristela Pituco, embora a doença possa provocar feridas no homem, não há motivo para pânico. "É possível curar as infecções com antibióticos", afirma ela, ressaltando que o funcionário da fazenda deve ficar atento aos sintomas da doença (gânglios inflamados e febre).

No animal, a doença provoca o aparecimento de vesículas nos tetos que, ao se romperem, liberam um líqüido que pode contaminar o ordenhador. É importante destacar que o leite de vacas doentes não contamina o homem - caso esse leite acabe chegando ao mercado.

Segundo Pituco, a higienização da sala de ordenha é o meio mais eficaz de prevenção à doença. Ela lembra que não existe vacina contra a varíola.

A supervisão do trabalho de combate à varíola e de outras doenças que acometem o rebanho bovino do Estado de São Paulo é da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), em Campinas, ligada à Secretaria da Agricultura. Segundo o coordenador da CDA, Júlio Pompei, a doença está sob controle. "A fase emergencial ou. As fazendas foram fechadas e um trabalho está sendo feito em conjunto com a Secretaria da Saúde para dar assistência aos retireiros."

Pompei afirma que a disseminação da doença é lenta, ao contrário, por exemplo, da aftosa, que se propaga rapidamente. Além disso, ele diz que a coordenadoria está fazendo o levantamento epidemiológico.

Fonte: Agrofolha, Folha de S. Paulo (por Sebastião Nascimento), adaptado por Equipe MilkPoint

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Alberto Magno de assis
ALBERTO MAGNO DE ASSIS

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/11/2001

Como veterinário de campo em MG, na região do Vale do Rio Doce, informo que eu e meus colegas de profissão já convivemos com a varíola bovina há mais ou menos quatro anos. A orientacão técnica que amos para nossos clientes é a seguinte: fazer linha de ordenha (separar animais sadios de animais contaminados) e fazer uso do pré-diping e pós-diping usando solução a base de iodo ou solução de hipoclorito de sódio a 2%.
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"Receio que se perca o controle", diz Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil e pecuarista na cidade de Cruzeiro, uma das atingidas pela varíola. Segundo ele, as medidas implantadas para o combate mostram eficácia, mas não estão resolvendo o problema. "Impedir o trânsito das vacas é possível, mas é difícil fiscalizar a circulação de gente de uma fazenda para a outra, o que facilita a transmissão."

Segundo o veterinário do EDA, Hilton Ferreira Leite, 800 bovinos já foram contaminados. Há um mês, o número era de 450. Além disso, 70 trabalhadores tiveram feridas nas mãos devido ao contato com as vacas doentes.

Até outubro, os municípios paulistas de Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Lorena, Areias e São José do Barreiro tinham sido atingidos. A doença surgiu depois nos municípios de Canas, Cunha, Lavrinhas e Silveiras, diz Ferreira Leite.

Segundo ele, a estratégia do governo consiste em fechar a fazenda após o surgimento do foco, impedindo o trânsito do gado. "Em seguida, nós orientamos o produtor sobre a maneira de erradicar a doença." Ele reconhece que a varíola está se espalhando rapidamente, o que preocupa o governo. Hoje está sendo realizada uma reunião em Guaratinguetá com pecuaristas para definir se haverá ou não mudanças na estratégia de combate à doença.

Segundo a pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo, Maristela Pituco, embora a doença possa provocar feridas no homem, não há motivo para pânico. "É possível curar as infecções com antibióticos", afirma ela, ressaltando que o funcionário da fazenda deve ficar atento aos sintomas da doença (gânglios inflamados e febre).

No animal, a doença provoca o aparecimento de vesículas nos tetos que, ao se romperem, liberam um líqüido que pode contaminar o ordenhador. É importante destacar que o leite de vacas doentes não contamina o homem - caso esse leite acabe chegando ao mercado.

Segundo Pituco, a higienização da sala de ordenha é o meio mais eficaz de prevenção à doença. Ela lembra que não existe vacina contra a varíola.

A supervisão do trabalho de combate à varíola e de outras doenças que acometem o rebanho bovino do Estado de São Paulo é da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), em Campinas, ligada à Secretaria da Agricultura. Segundo o coordenador da CDA, Júlio Pompei, a doença está sob controle. "A fase emergencial ou. As fazendas foram fechadas e um trabalho está sendo feito em conjunto com a Secretaria da Saúde para dar assistência aos retireiros."

Pompei afirma que a disseminação da doença é lenta, ao contrário, por exemplo, da aftosa, que se propaga rapidamente. Além disso, ele diz que a coordenadoria está fazendo o levantamento epidemiológico.

Fonte: Agrofolha, Folha de S. Paulo (por Sebastião Nascimento), adaptado por Equipe MilkPoint

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EM 26/11/2001

Como veterinário de campo em MG, na região do Vale do Rio Doce, informo que eu e meus colegas de profissão já convivemos com a varíola bovina há mais ou menos quatro anos. A orientacão técnica que amos para nossos clientes é a seguinte: fazer linha de ordenha (separar animais sadios de animais contaminados) e fazer uso do pré-diping e pós-diping usando solução a base de iodo ou solução de hipoclorito de sódio a 2%.
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