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Balança comercial de lácteos: importações caem 56% em setembro

Apesar do aumento de 7% em relação a agosto, se comparado a setembro de 2020, as importações foram 56,4% menores que o observado no mesmo mês do ano ado.

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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Segundo dados divulgados nesta terça-feira (05/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -73 milhões de litros em equivalente leite no mês de setembro, um aumento de 16,4% no déficit quando comparado a ago/21.

Em relação ao mesmo período do ano ado, o déficit foi bem menor - uma diferença de cerca de 100 milhões de litros. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Figura 1

Em setembro, 80,1 milhões de litros (equivalente) de leite foram internalizados, representando um aumento de 7% em relação a agosto/21. A elevação foi reflexo, principalmente, da baixa disponibilidade do leite matéria-prima no Brasil e dos elevados preços internos no período - tanto do preço pago ao produtor, quanto no mercado Spot – o que tornou o produto importado mais competitivo em setembro.

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Apesar do aumento de 7% em relação a agosto, se comparado a setembro de 2020, as importações foram 56,4% menores que o observado no mesmo mês do ano ado.

O leite em pó integral foi o derivado lácteo mais importante da pauta importadora em setembro. Os 3,77 milhões de litros (equivalentes) importados do derivado representaram um aumento de 3% no volume internalizado do produto em relação a agosto, e 36% do volume total importado no mês. Logo em seguida vieram os queijos e o leite em pó desnatado, que juntos representaram 44% do volume total importado.

Já o volume exportado em setembro foi de 7,1 milhões de litros de leite (equivalente), redução de 50% em relação a agosto e, em relação ao mesmo período do ano ado, queda de 15,4%.

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O leite em pó integral teve suas exportações reduzidas em 85% em relação a ago/21. O leite condensado foi o produto lácteo que apresentou maior aumento das exportações em setembro, de 29% em relação ao mês anterior. Em compensação, produtos como leite em pó desnatado, leite modificado, doce de leite e iogurtes tiveram queda no volume exportado.

A tabela 2 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de setembro deste ano.

Figura 2

O que podemos esperar para o mês de outubro?

Nas últimas semanas, de acordo com o levantamento semanal do MilkPoint Mercado, observou-se que a demanda da população pelos lácteos tem diminuído, enfraquecendo as vendas da indústria ao varejo.

Por essa razão, a competitividade por leite por parte das indústrias tende a diminuir, o que já refletiu na diminuição do preço do leite no mercado spot e que provavelmente irá pressionar o preço do leite pago ao produtor a partir dos próximos pagamentos.

Aliado a isso, o preço do leite internacional tem ganhado força e a taxa de câmbio (R$/dólar) também vem aumentando no início de outubro – já ultraando a barreira dos R$5,40.

Caso esse cenário se mantenha - de demanda interna baixa, elevados preços internacionais e alta taxa de câmbio – as importações brasileiras provavelmente perderão força neste mês.

As informações são do MilkPoint Mercado. 
 

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Material escrito por:

André Sodré Martins

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Em relação ao mesmo período do ano ado, o déficit foi bem menor - uma diferença de cerca de 100 milhões de litros. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Figura 1

Em setembro, 80,1 milhões de litros (equivalente) de leite foram internalizados, representando um aumento de 7% em relação a agosto/21. A elevação foi reflexo, principalmente, da baixa disponibilidade do leite matéria-prima no Brasil e dos elevados preços internos no período - tanto do preço pago ao produtor, quanto no mercado Spot – o que tornou o produto importado mais competitivo em setembro.

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Apesar do aumento de 7% em relação a agosto, se comparado a setembro de 2020, as importações foram 56,4% menores que o observado no mesmo mês do ano ado.

O leite em pó integral foi o derivado lácteo mais importante da pauta importadora em setembro. Os 3,77 milhões de litros (equivalentes) importados do derivado representaram um aumento de 3% no volume internalizado do produto em relação a agosto, e 36% do volume total importado no mês. Logo em seguida vieram os queijos e o leite em pó desnatado, que juntos representaram 44% do volume total importado.

Já o volume exportado em setembro foi de 7,1 milhões de litros de leite (equivalente), redução de 50% em relação a agosto e, em relação ao mesmo período do ano ado, queda de 15,4%.

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O leite em pó integral teve suas exportações reduzidas em 85% em relação a ago/21. O leite condensado foi o produto lácteo que apresentou maior aumento das exportações em setembro, de 29% em relação ao mês anterior. Em compensação, produtos como leite em pó desnatado, leite modificado, doce de leite e iogurtes tiveram queda no volume exportado.

A tabela 2 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de setembro deste ano.

Figura 2

O que podemos esperar para o mês de outubro?

Nas últimas semanas, de acordo com o levantamento semanal do MilkPoint Mercado, observou-se que a demanda da população pelos lácteos tem diminuído, enfraquecendo as vendas da indústria ao varejo.

Por essa razão, a competitividade por leite por parte das indústrias tende a diminuir, o que já refletiu na diminuição do preço do leite no mercado spot e que provavelmente irá pressionar o preço do leite pago ao produtor a partir dos próximos pagamentos.

Aliado a isso, o preço do leite internacional tem ganhado força e a taxa de câmbio (R$/dólar) também vem aumentando no início de outubro – já ultraando a barreira dos R$5,40.

Caso esse cenário se mantenha - de demanda interna baixa, elevados preços internacionais e alta taxa de câmbio – as importações brasileiras provavelmente perderão força neste mês.

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