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Desenvolvimento sustentável sob holofotes na cadeia láctea

O desenvolvimento sustentável tem aumentado sua participação no planejamento e preocupações de cadeias produtivas, e não é diferente na cadeia láctea. Leia!

Publicado em: - 3 minutos de leitura

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O desenvolvimento sustentável tem aumentado sua participação no que diz respeito ao planejamento e preocupações de cadeias produtivas, e não é diferente na cadeia láctea.

A Danone, por exemplo, possui uma agenda de sustentabilidade com diferentes metas para 2025, 2030 e 2050, com o objetivo de continuar produzindo produtos de alta qualidade nutricional e gerando saúde para os consumidores, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento social e gera cada vez menos impacto ambiental. “Cada vez que você escolhe o alimento que você come, você escolhe o planeta que você quer viver”, disse Henrique Borges, diretor de compras de leite da Danone, durante sua palestra “A agenda de sustentabilidade e como ela pode afetar as relações entre os agentes da cadeia láctea” na 12ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, que aconteceu no dia 06 de abril.

Alguns projetos voltados para ESG já estão em andamento no Brasil envolvendo reciclagem e fortalecimento da rede de captadores, empoderamento feminino e empreendedorismo, autossuficiência, preservação de águas e desenvolvimento rural sustentável. A empresa também conta com a certificação B corp, que certifica empresas que visam não somente o lucro, mas também o impacto e a resolução de problemas sociais e ambientais.

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Dentre os compromissos públicos assumidos pela Danone, a meta de 2021 foi atingida e 100% das garrafas pets foram recicladas. Para os próximos anos os objetivos incluem redução das emissões de carbono, uso racional de água, eficiência energética, menor desperdício de alimentos e circularidade.

Ao estudar sua pegada de carbono, a Danone percebeu que 52% têm origem na cadeia do leite, evidenciando que, para alcançar suas metas, é imprescindível que trabalhe neste setor. O caminho para alcançar o objetivo de diminuir 40% da sua pegada até o final deste ano será traçado baseado em 3 principais pilares: eficiência, agricultura regenerativa e rastreabilidade. “Está muito claro ‘pra’ gente que operações, fazendas, produção leiteira sem eficiência são operações muito pouco sustentáveis, e não só financeiramente, mas também em termos de neutralidade de carbono”, disse Henrique.

O palestrante também abordou a importância de parcerias nesse processo e ações colaborativas para alcançar melhores resultados: “Como eu costumo brincar, eu não me importo de mostrar nossa cozinha, qual é o nosso plano; porque, para mim, todo mundo deveria ter seu plano, compartilhar, porque esse compartilhamento normalmente gera muita ideia e ideia é o que a gente precisa para avançar. Isso daqui não é um problema só da Danone, é um problema global e a gente precisa discutir mais isso e eu agradeço ao Fórum por abrir essa janela de oportunidade”.

Outra iniciativa da empresa é promover um modelo produtivo nas fazendas que leva em conta a singularidade de cada unidade produtiva. O objetivo é ter várias opções de manejos e entender qual faz sentido para cada realidade, principalmente em relação ao sistema de produção adotado, e, então, iniciar a implementação do projeto propriamente dito.

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Referente à participação dos diferentes agentes da cadeia de lácteos, Henrique comentou sobre a importância do auxílio da indústria principalmente no início do processo, fazendo com que aos poucos os produtores sejam independentes e consigam caminhar sozinhos. Ele associou com o processo de aprender a andar de bicicleta: no começo são necessárias duas rodinhas, depois apenas uma, depois só uma mão nas costas e depois está andando sozinho e feliz.

O desenvolvimento sustentável já não é visto como algo opcional, é imprescindível para garantirmos a qualidade de vida e produção futura. Para que ele seja concretizado, diferentes elos precisam estar envolvidos e a abertura a novas parcerias é decisiva.

Além disso, os projetos devem ser atrativos para o produtor, que deve receber incentivo no início para posteriormente conseguir investir com capital próprio e atrair pessoas de forma mais orgânica; e o marketing dos produtos produzidos com práticas sustentáveis deve ser trabalhado.

No caso da Danone, a relação com os produtores de leite se tornou mais atrativa através de contratos mais longos e maior valorização do produto. Para o futuro, estão planejando formas de valorização e compartilhamento das boas práticas.

A próxima edição do Fórum MilkPoint Mercado já está marcado para o dia 02 de agosto e acontecerá em Goiânia, precedendo o InterLeite Brasil que será nos dias 03 e 04 de agosto também em Goiânia. Até lá! 

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Material escrito por:

Juliana Vieira Paz

Juliana Vieira Paz

Médica Veterinária pela USP.

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A Danone, por exemplo, possui uma agenda de sustentabilidade com diferentes metas para 2025, 2030 e 2050, com o objetivo de continuar produzindo produtos de alta qualidade nutricional e gerando saúde para os consumidores, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento social e gera cada vez menos impacto ambiental. “Cada vez que você escolhe o alimento que você come, você escolhe o planeta que você quer viver”, disse Henrique Borges, diretor de compras de leite da Danone, durante sua palestra “A agenda de sustentabilidade e como ela pode afetar as relações entre os agentes da cadeia láctea” na 12ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, que aconteceu no dia 06 de abril.

Alguns projetos voltados para ESG já estão em andamento no Brasil envolvendo reciclagem e fortalecimento da rede de captadores, empoderamento feminino e empreendedorismo, autossuficiência, preservação de águas e desenvolvimento rural sustentável. A empresa também conta com a certificação B corp, que certifica empresas que visam não somente o lucro, mas também o impacto e a resolução de problemas sociais e ambientais.

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Dentre os compromissos públicos assumidos pela Danone, a meta de 2021 foi atingida e 100% das garrafas pets foram recicladas. Para os próximos anos os objetivos incluem redução das emissões de carbono, uso racional de água, eficiência energética, menor desperdício de alimentos e circularidade.

Ao estudar sua pegada de carbono, a Danone percebeu que 52% têm origem na cadeia do leite, evidenciando que, para alcançar suas metas, é imprescindível que trabalhe neste setor. O caminho para alcançar o objetivo de diminuir 40% da sua pegada até o final deste ano será traçado baseado em 3 principais pilares: eficiência, agricultura regenerativa e rastreabilidade. “Está muito claro ‘pra’ gente que operações, fazendas, produção leiteira sem eficiência são operações muito pouco sustentáveis, e não só financeiramente, mas também em termos de neutralidade de carbono”, disse Henrique.

O palestrante também abordou a importância de parcerias nesse processo e ações colaborativas para alcançar melhores resultados: “Como eu costumo brincar, eu não me importo de mostrar nossa cozinha, qual é o nosso plano; porque, para mim, todo mundo deveria ter seu plano, compartilhar, porque esse compartilhamento normalmente gera muita ideia e ideia é o que a gente precisa para avançar. Isso daqui não é um problema só da Danone, é um problema global e a gente precisa discutir mais isso e eu agradeço ao Fórum por abrir essa janela de oportunidade”.

Outra iniciativa da empresa é promover um modelo produtivo nas fazendas que leva em conta a singularidade de cada unidade produtiva. O objetivo é ter várias opções de manejos e entender qual faz sentido para cada realidade, principalmente em relação ao sistema de produção adotado, e, então, iniciar a implementação do projeto propriamente dito.

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Referente à participação dos diferentes agentes da cadeia de lácteos, Henrique comentou sobre a importância do auxílio da indústria principalmente no início do processo, fazendo com que aos poucos os produtores sejam independentes e consigam caminhar sozinhos. Ele associou com o processo de aprender a andar de bicicleta: no começo são necessárias duas rodinhas, depois apenas uma, depois só uma mão nas costas e depois está andando sozinho e feliz.

O desenvolvimento sustentável já não é visto como algo opcional, é imprescindível para garantirmos a qualidade de vida e produção futura. Para que ele seja concretizado, diferentes elos precisam estar envolvidos e a abertura a novas parcerias é decisiva.

Além disso, os projetos devem ser atrativos para o produtor, que deve receber incentivo no início para posteriormente conseguir investir com capital próprio e atrair pessoas de forma mais orgânica; e o marketing dos produtos produzidos com práticas sustentáveis deve ser trabalhado.

No caso da Danone, a relação com os produtores de leite se tornou mais atrativa através de contratos mais longos e maior valorização do produto. Para o futuro, estão planejando formas de valorização e compartilhamento das boas práticas.

A próxima edição do Fórum MilkPoint Mercado já está marcado para o dia 02 de agosto e acontecerá em Goiânia, precedendo o InterLeite Brasil que será nos dias 03 e 04 de agosto também em Goiânia. Até lá! 

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