Estudos recentes sobre o uso da terra em nosso país demonstram que temos 60 milhões de hectares ocupados com agricultura e 198 milhões de hectares ocupados com pastagens. O restante do nosso território é ocupado por 200 milhões de hectares de cerrados, 354 milhões de florestas e 135 milhões de hectares de áreas de preservação permanente (APP´s). A ocupação urbana perfaz apenas 38 milhões de hectares. Antes de haver destruição e ocupação de novas áreas, grande trauma midiático proferido por ambientalistas, devemos ressaltar que ainda há muito trabalho a ser realizado nas áreas existentes, podendo a agricultura substituir áreas de pastagens improdutivas e pastagens improdutivas e/ou degradadas serem recuperadas promovendo aumentos significativos de produtividade (aumento da taxa de lotação média anual). Não estamos levando ainda em consideração aumentos possíveis de serem obtidos com a aplicação de práticas adequadas de manejo que possibilitam o crescimento da pecuária como maior controle sanitário e reprodutivo, gerando menor mortalidade, maior natalidade, acelerando o ciclo como um todo.
Resta, então algumas perguntas: que país no mundo possui esta riqueza natural? Que país no mundo pode “cobrar” do Brasil um trabalho em benefício do meio ambiente? A grande diferença é que nós temos meio ambiente enquanto que em regiões globais populosas, como Europa, a devastação foi praticamente total. Em termos de mercado e cadeia do leite, a realidade atual também difere muito dos tempos de “vacas magras”. Houve significativa expansão industrial com crescimento e fortalecimento de muitas empresas do segmento e profissionalização de muitos laticínios. A modernização de diversas plataformas captadoras associadas à implantação e imposição legal da coleta à granel proporcionou ao mercado um novo perfil de produtor: o profissional do leite. Parte dessa modificação pôde ser percebida até mesmo nas prateleiras e refrigeradores dos supermercados: mercado consumidor aquecido com expansão do crédito. O maior poder aquisitivo da população. O fortalecimento e crescimento da classe C alavancaram a demanda, proporcionando maior diversificação dos derivados lácteos (tendência mundial) com produtos direcionados para diferentes perfis de consumidores e nichos de mercado.
Mediante os pressupostos acima surgem algumas perguntas como:
É possível produzir leite em quantidade, com qualidade e de forma eficiente e barata?
Qual é ou seria o melhor sistema de produção?
É possível produzir leite em qualquer região do país?
Entre essas e muitas outras perguntas, surgiu a ideia e iniciativa do PORTEIRA ADENTRO, em parceria inovadora com o MILKPOINT em expor aos leitores e usuários, de forma diferenciada, dinâmica, com o a dados estatísticos, fotos e vídeos a experiência acumulada na atividade por diferentes produtores de leite e diferentes sistemas de produção. Visite nossa página e participe!
Fonte: www.redeagro.org.br (dados sobre distribuição e ocupação territorial do Brasil)