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Calendário de vacinas para vacas de leite

O calendário de vacinação é uma importante ferramenta que deve ser utilizada para eficiência do manejo sanitário do rebanho. Baixe aqui e planeje-se!

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Bruceloseraivarinotraqueíte infecciosa bovina, diarreia viral bovinadoenças respiratóriasmastite e muitas outras: a lista de doenças de bovinos que podem ser prevenidas com vacinas é longa
 

Mas, como surgiram as vacinas?

Após a Europa ser devastada pela varíola no século XVIII, Edward Jenner, um médico inglês, observou que mulheres que ordenhavam vacas costumavam apresentar uma forma mais moderada da doença (a varíola bovina) e não adoeciam nem morriam de varíola humana.

Jenner então decidiu testar na prática sua teoria: O contato prévio com a varíola bovina poderia proteger as pessoas contra a varíola humana. Assim, ele inoculou material de pústulas de varíola bovina em um menino de oito anos.

Posteriormente, Jenner inoculou pústula de varíola humana no menino e este não adoeceu (sim, naquele tempo não havia qualquer regulamentação ética para uso de seres humanos como “cobaias”). Assim surgiu a vacinação, do latim vaccinus ou “a partir de vacas”. 

Desde a publicação do tratado de Jenner sobre a vacinação, em 1798, até a erradicação da varíola no Brasil em 1971 e no mundo em 1980, houve um longo percurso, no qual foram desenvolvidos os mais diversos tipos de vacinas, tanto para humanos quanto para os animais.

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Essa disponibilidade de vacinação seguida de imunização (ou seguida de proteção) levou também ao registro da erradicação mundial da peste bovina, considerada a segunda doença erradicada no mundo e a primeira em animais, graças aos programas massivos de vacinação empregados.

Hoje a comunidade científica concorda com a importância da vacinação tanto para assegurar o direito à saúde humana quanto para resguardar a segurança alimentar, já que evita grandes perdas de animais de produção e transmissão de doenças zoonóticas.

Ao planejar o manejo sanitário de um rebanho, lembre-se que a vacinação é uma das ferramenta chave para o sucesso do calendário a ser definido.

O ato da vacinação é uma prática simples, mas que requer alguns cuidados especiais e conhecimentos para evitar prejuízos aos produtores, danos aos animais e para que o próprio processo de vacinação tenha maior chance de ser bem-sucedido.
 

Como definir as vacinas no calendário sanitário de fazendas leiteiras?

Algumas vacinas são obrigatórias, situação definida por órgãos oficiais que visam controlar e erradicar doenças importantes para o rebanho nacional e internacional. Uma delas é a Brucelose, que é obrigatória em fêmeas de 3 a 8 meses, e seu calendário oficial é definido de acordo com o estado em questão.

Outra vacina obrigatória é a contra a Febre Aftosa, doença vesicular que causa grandes prejuízos ao bem-estar dos animais, economia da propriedade e situação sanitária da região em questão, podendo, inclusive, afetar o comércio com o exterior. Contudo, alguns estados e municípios brasileiros já são livres da doença sem a vacinação, locais onde vacinar os animais se torna proibido. O status sanitário “livre da doença sem vacinação” é o mais elevado que pode ser conquistado por uma região e é definido por órgãos oficiais.

Tem ainda, vacinas que são obrigatórias dependendo da situação da doença na região. É o caso da vacina contra Raiva, que se torna obrigatória em áreas endêmicas.

Existem, ainda, outras vacinas bastante importantes para o controle de doenças no rebanho, mas que não são obrigatórias. É o caso das vacinas contra clostridiose, IBR, BVD e leptospirose. Nestes casos, a(o) Médica(o) Veterinária(o) deve acompanhar a sanidade do rebanho e determinar a necessidade de introduzir estas vacinas no manejo, quando e a melhor forma de fazer.

Mas não se esqueça! A sanidade da propriedade não se restringe a vacinação. A higiene diária, boas práticas de medicação, entre outros, são essenciais para zelar pela saúde do rebanho, das pessoas, do ambiente e outros animais que vivem na propriedade ou ao seu redor.

Pensando em facilitar o planejamento e controle da sanidade do rebanho, o MilkPoint disponibiliza um calendário de vacinação, todas as informações necessárias para você, produtor, médico veterinário ou técnico, não deixar ar nenhuma prática importante. 2023 já começou: baixe o calendário e esteja em dia com a vacinação do seu rebanho! 

O arquivo disponibilizado em duas versões (para em PDF e como planilha editável no Excel) conta com as informações necessárias sobre cada prática e possui os períodos sem preenchimento para ser preenchida de acordo com os manejos da propriedade e regras do estado/município. É o MilkPoint fazendo parte cada vez mais da sua rotina!

Faça o  do arquivo editável em Excel ou, se preferir, você pode baixar o arquivo em PDF. 

calendario vacinaçao

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Material escrito por:

Stephanie Alves Gonsales

Stephanie Alves Gonsales

Zootecnista formada pela Universidade Estadual de Maringá e pós-graduada em Gestão do Agronegócio. Responsável pela Equipe de Conteúdo do MilkPoint.

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VIRGINIA EDE
VIRGINIA EDE

CUNHA - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 29/02/2024

ADorei a tabela das vacinas. Tenho 25 meninas, onde 13 sao caipiras e 12 sao da raca brangus. Queria que vc me ajudasse com as vacinas. Algumas vc diz depender da regiao. Estou em Sao Paulo, na cidade de Cunha. Eternamente agradecida!! E parabens por todas as informacoes.
Adalberto Gonçalves da Silva
ADALBERTO GONÇALVES DA SILVA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO

EM 27/08/2022

Simples e excelente!!!
Stephanie Alves Gonsales
STEPHANIE ALVES GONSALES

MARÍLIA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 29/08/2022

Olá, Adalberto!
Fico feliz que tenha gostado.
Espero que seja útil.

Continue nos acompanhando.
Abraços!
Qual a sua dúvida hoje?

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Jenner então decidiu testar na prática sua teoria: O contato prévio com a varíola bovina poderia proteger as pessoas contra a varíola humana. Assim, ele inoculou material de pústulas de varíola bovina em um menino de oito anos.

Posteriormente, Jenner inoculou pústula de varíola humana no menino e este não adoeceu (sim, naquele tempo não havia qualquer regulamentação ética para uso de seres humanos como “cobaias”). Assim surgiu a vacinação, do latim vaccinus ou “a partir de vacas”. 

Desde a publicação do tratado de Jenner sobre a vacinação, em 1798, até a erradicação da varíola no Brasil em 1971 e no mundo em 1980, houve um longo percurso, no qual foram desenvolvidos os mais diversos tipos de vacinas, tanto para humanos quanto para os animais.

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Ao planejar o manejo sanitário de um rebanho, lembre-se que a vacinação é uma das ferramenta chave para o sucesso do calendário a ser definido.

O ato da vacinação é uma prática simples, mas que requer alguns cuidados especiais e conhecimentos para evitar prejuízos aos produtores, danos aos animais e para que o próprio processo de vacinação tenha maior chance de ser bem-sucedido.
 

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Algumas vacinas são obrigatórias, situação definida por órgãos oficiais que visam controlar e erradicar doenças importantes para o rebanho nacional e internacional. Uma delas é a Brucelose, que é obrigatória em fêmeas de 3 a 8 meses, e seu calendário oficial é definido de acordo com o estado em questão.

Outra vacina obrigatória é a contra a Febre Aftosa, doença vesicular que causa grandes prejuízos ao bem-estar dos animais, economia da propriedade e situação sanitária da região em questão, podendo, inclusive, afetar o comércio com o exterior. Contudo, alguns estados e municípios brasileiros já são livres da doença sem a vacinação, locais onde vacinar os animais se torna proibido. O status sanitário “livre da doença sem vacinação” é o mais elevado que pode ser conquistado por uma região e é definido por órgãos oficiais.

Tem ainda, vacinas que são obrigatórias dependendo da situação da doença na região. É o caso da vacina contra Raiva, que se torna obrigatória em áreas endêmicas.

Existem, ainda, outras vacinas bastante importantes para o controle de doenças no rebanho, mas que não são obrigatórias. É o caso das vacinas contra clostridiose, IBR, BVD e leptospirose. Nestes casos, a(o) Médica(o) Veterinária(o) deve acompanhar a sanidade do rebanho e determinar a necessidade de introduzir estas vacinas no manejo, quando e a melhor forma de fazer.

Mas não se esqueça! A sanidade da propriedade não se restringe a vacinação. A higiene diária, boas práticas de medicação, entre outros, são essenciais para zelar pela saúde do rebanho, das pessoas, do ambiente e outros animais que vivem na propriedade ou ao seu redor.

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ADorei a tabela das vacinas. Tenho 25 meninas, onde 13 sao caipiras e 12 sao da raca brangus. Queria que vc me ajudasse com as vacinas. Algumas vc diz depender da regiao. Estou em Sao Paulo, na cidade de Cunha. Eternamente agradecida!! E parabens por todas as informacoes.
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EM 27/08/2022

Simples e excelente!!!
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EM 29/08/2022

Olá, Adalberto!
Fico feliz que tenha gostado.
Espero que seja útil.

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Abraços!
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